Os videojogos ativos como aspeto metodológico na aula de Educação Física

Resumo

Uma das causas do sedentarismo das crianças é o facto de os seus tempos livres serem investidos em atividades baseadas no ecrã. Os jogos de vídeo são atualmente uma ferramenta universal entre os jovens. No entanto, estas tecnologias também podem ser utilizadas para promover estilos de vida ativos baseados na atividade física. Assim, este estudo tem como objetivo identificar o efeito da aplicação de videojogos na familiarização, satisfação e crença de viabilidade de utilização destes exergames nas aulas de educação física por parte dos alunos. Assim, o método pre-experimental desta investigação submeteu 14 participantes do terceiro ciclo do Ensino Básico a um teste de atividade física com recurso a uma plataforma de realidade virtual e, posteriormente, responderam a questionários sobre os aspectos supracitados. Os resultados mostraram uma elevada percentagem de desconhecimento dos videojogos ativos (51%), uma elevada percentagem de satisfação com a prática de atividade física utilizando a plataforma (83%) e uma elevada percentagem de viabilidade da sua utilização na educação física (77,75%). Concluiu-se que, na população infantil, os videojogos ativos apresentam uma promissora margem de atratividade, uma associação com sensações agradáveis e entretenimento e uma notável aceitação para a melhoria de hábitos saudáveis nas gerações futuras.

Palavras-chave: Educação Física, Jogos de vídeo ativos, Realidade virtual, Atividade física

Referências

Araújo, J.D.S., Souza, W.L.D., Santos, J.C.D., Ribeiro, J.D.C., & Brito, A.D.F. (2021). Educação física e jogos eletrônicos: uma proposta educativa para as aulas. Educação: Teoria e Prática, 31(64). https://doi.org/10.18675/1981-8106.v31.n.64.s14832

Baños, R., Cebolla, A., Oliver, E., Alcaniz, M., & Botella, C. (2013). Efficacy and acceptability of an Internet platform to improve the learning of nutritional knowledge in children: the ETIOBE mates. Health education research, 28(2), 234-248. https://doi.org/10.1093/her/cys044

Castro, M., Espejo, T., Valdivia, P., Zurita, F., Chacón, R., & Cabrera, A. (2015). Importancia de los exergames en la educación físico-deportiva. TRANCES: Revista de Transmisión del Conocimiento Educativo y de la Salud, 7, 657-676. https://doi.org/10.21071/edmetic.v7i2.6917

Chacón, R., Castro, M., Zurita, F., Espejo, T., & Martínez, A. (2016). Videojuegos activos como recurso TIC en el Aula de Educación Física: estudio a partir de parámetros de Ocio Digital. Digital Education Review, 29. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5580046

Chaddha, A., Jackson, E., Richardson, C., & Franklin, B. (2017). Technology to help promote physical activity. The American Journal of Cardiology, 119(1), 149-152. https://dx.doi.org/10.1016/j.amjcard.2016.09.025

Cortabitarte, I.C., Hoyos, C.R., & Salvador, A.C. (2020). Potencialidades y límites educativos de los videojuegos activos: una investigación basada en entrevistas a docentes de Educación Física. Cultura, Ciencia y Deporte, 15(43), 43-52. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7282459

Cambraia, S.F. (2024). Práticas corporais virtualizadas e jogos eletrônicos: novas implicações para a educação física escolar [Dissertação, Mestrado Profissional em Educação Física. Universidade de Brasília]. https://repositorio.unb.br/handle/10482/48347

Faulkner, G., Carson, V., & Stone, M. (2014). Objectively measured sedentary behavior and self-esteem among children. Mental Health and Physical Activity, 7(1), 25-29. https://doi.org/10.1016/j.mhpa.2013.11.001

Garris, D., Ahlers, R., & Driskell, J. (2002). Games, motivation and learning. A research and practice model. Simulation & Gaming, 33(4), 441-467. https://doi.org/10.1177/1046878102238607

Herman, K., Sabiston, C., Mathieu, M., Tremblay, A., & Paradis, G. (2014). Sedentary behavior in a cohort of 8- to 10-year-old children at elevated risk of obesity. Preventive Medicine, 60, 115-120. https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2013.12.029

Kautiainen, S., Koivusilta, L., Lintonen, T., & Rimpela, A. (2005). Use of information and communication technology and prevalence of overweight and obesity among adolescents. International Journal of Obesity, 29, 925-933. https://doi.org/10.1038/sj.ijo.0802994

Klein, M., & Simmers, C. (2009). Exergaming: virtual inspiration, real perspiration. Young Consumers, 10(1), 33-45. https://doi.org/10.1108/17473610910940774

Limperos, A., Schmierbach, M., Kegerise, A., & Dardis, F. (2011). Gaming across different consoles: exploring the influence of control scheme on game-player enjoyment. Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, 14(6), 345-350. https://doi.org.10.1089/cyber.2010.0146

Lwin, M., & Malik, S. (2012). The efficacy of exergames-incorporated physical education lessons in influencing drivers of physical activity. A comparison of children and pre-adolescents. Psychology of Sport and Exercise, 13(6), 756-760. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2012.04.013

Maddison, R., Mhurchu, C., Jull, A., Jiang, Y., Prapavessis, H., & Rodgers, A. (2007). Energy expended playing video console games. An opportunity to increase children’s physical activity? Human Kinetics Journals, 19(3), 334-343. https://doi.org/10.1123/pes.19.3.334

Mark, R., Rhodes, R., Warburton, D., & Bredin, S. (2008). Interactive video games and physical activity. A review of the literature and future. Health & Fitness Journal of Canada, 1(1). https://doi.org/10.14288/hfjc.v1i1.5

Mhurchu, C., Maddison, R., Jiang, Y., Jull, A., Prapavessis, H., & Rodgers, A. (2008). Couch potatoes to jumping beans. A pilot study of the effect of active video games on physical activity in children. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 5(8). https://doi.org/10.1186/1479-5868-5-8

Morotti, C., Fargier, P., & Lentillon-Kaestner, V. (2024). Potential influence of exergaming on physical education and language learning. In EDULEARN24 Proceedings (pp. 8011-8019). IATED. https://doi.org/10.21125/edulearn.2024.1894

Navarro, J., Escobar, P., Cebolla, A. Lisón, J., Pitti, J., Guixerres, J., Botella, C., & Baños, R. (2017). Exergames on line for childhood obesity: using a web platform as an ambulatory program to increase the acceptance and adherence to physical activity (PA). eHealth 360°, 181, Lecture Notes of the Institute for Computer Sciences, Social Informatics and Telecommunications Engineering (LNICST), 127-134. https://doi.org/10.1007/978-3-319-49655-9_17

Peng, W., Lin, J., & Crouse, J. (2011). Is playing exergames really exercising? A meta-analysis of energy expenditure in active video games. Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, 14(11), 681-688. https://doi.org/10.1089/cyber.2010.0578

Quintas, A., Bustamante, J.C., Pradas, F., & Castellar, C. (2020). Psychological effects of gamified didactics with exergames in Physical Education at primary schools: Results from a natural experiment. Computers & Education, 152, 103874. https://doi.org/10.1016/j.compedu.2020.103874

Quintero, A.M.H., Garcia, N.Y., & Sandon, V.A.F. (2022). Efecto del uso de videojuegos activos en el nivel de actividad física del adulto joven: Revisión exploratoria. Retos: nuevas tendencias en educación física, deporte y recreación, (45), 888-896. https://doi.org/10.47197/retos.v45i0.90421

Saphiro, D., Gurvitch, R., & Yao, W., (2016). Video editing: A service-learning assignment in adapted physical education. Journal of Physical Education, Recreation & Dance, 87(2), 33-37. https://doi.org/10.1080/07303084.2015.1119077

Soler, A., & Castañeda, C. (2017). Estilo de vida sedentario y consecuencias en la salud de los niños. Una revisión sobre el estado de la cuestión. Journal of Sport and Health Research, 9(2), 187-198. https://doi.org/10.1186/s12966-014-0096-x

Staiano, A., & Calvert, S. (2011). Exergames for physical education courses: physical, social and cognitive benefits. Child Development Perspectives, 5(2), 93-98. https://doi.org/10.1111/j.1750-8606.2011.00162.x

Tan, B., Aziz, A., Chua, K., & Teh, K. (2002). Aerobic demands of the dance simulation game. International Journal of Sports Medicine, 23(2), 125-129. https://doi.org/10.1055/s-2002-20132

Villalba, E.L. (2024). Use of Resources in Physical Education. Academic, Satisfaction and Ease of Use Analysis. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(315). https://doi.org/10.46642/efd.v29i315.7445

World Health Organization (2017). World health statistics 2017: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals. https://www.who.int/publications/i/item/9789241565486

Publicado
2025-11-02
Como Citar
López Villalba, E. (2025). Os videojogos ativos como aspeto metodológico na aula de Educação Física. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 30(330), 54-67. https://doi.org/10.46642/efd.v30i330.7901
Seção
Artigos de pesquisa