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Paixões cheias, bolsos vazios
O espetáculo esportivo moderno, especialmente o futebol de elite, consolidou-se como uma fábrica de paixão coletiva que, paradoxalmente, deixa vazios os bolsos de seus consumidores mais fiéis. Bilhões de torcedores ao redor do mundo investem não apenas seu tempo e emoção, mas também uma parcela significativa de sua renda em uma indústria cada vez mais inacessível.
Esse paradoxo se manifesta em diversas frentes. Os preços dos ingressos estão disparando, transformando a presença em estádios em um luxo. Camisas oficiais, renovadas anualmente, exigem um gasto que muitas vezes excede o poder de compra da pessoa média. O custo dos pacotes de TV paga para acompanhar cada partida é outra barreira econômica que transforma a fidelidade em um fardo financeiro constante.
À medida que as receitas de clubes, ligas e estrelas atingem cifras estratosféricos, o torcedor médio enfrenta um dilema: abrir mão da experiência ou se endividar para manter sua paixão viva. O esporte é usado como uma distração social eficaz, mas seu consumo evoluiu de simples entretenimento para uma mercadoria cara que extrai valor emocional e econômico da base, criando um abismo crescente entre a riqueza da elite esportiva e a capacidade financeira cada vez mais degradada de seus devotos seguidores.
Túlio Guterman, Diretor – Outubro de 2025
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