Associação entre o TUG e à capacidade funcional em idosos candidatos à reabilitação cardíaca
Resumo
Introdução: O aumento da expectativa de vida tem sido associado à redução da força muscular e aumento do risco de perda de mobilidade e capacidade funcional, tendo como consequência a alteração da funcionalidade do idoso. O processo de envelhecimento tem sido correlacionado a um gradativo aumento na predisposição à doença, no entanto, este é acentuado na presença de doenças cardiovasculares (DCV), sendo atualmente uma das principais causas de incapacidade física e mortalidade na população idosa. Objetivo: Avaliar se há relação entre o desempenho no teste Timed Up and Go (TUG), força de preensão palmar (FPP) e capacidade funcional em idosos candidatos a um programa de reabilitação cardíaca (PRC). Métodos: Estudo transversal composto por 14 pacientes (66,5±6,6 anos, 11 homens) ingressantes em um PRC (Fase II) de um hospital universitário no Brasil. Foram analisados o desempenho no teste TUG, a FPP através da dinamometria e a capacidade funcional através da distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (DPTC6M). Resultados: Houve correlação negativa moderada entre o TUG e o TC6m (r=-0,535; p=0,049) e correlação positiva moderada entre os valores preditos da FPP e TC6m (membro superior direito: r=0,670; p=0,008) (membro superior esquerdo: r=0,644; p=0,012). Conclusões: Os achados demonstraram que a diminuição da capacidade funcional foi associada à diminuição da mobilidade funcional e agilidade, sugerindo o TUG como uma alternativa de avaliação de pacientes candidatos a um PRC com capacidade funcional baixa a moderada ou com alguma contraindicação para realizar um teste que requer maior esforço cardiovascular como o TC6m.
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