A configuração do lazer sob as condicionalidades do tempo-de-não-trabalho
Resumo
Este estudo objetiva refletir sobre a lógica do lazer sob as condicionalidades da sociabilidade do capital e suas reverberações para o ser social. Compreende-se que lazer situado no bojo das relações humanas subjugadas pelo sistema produtor de mercadorias, apresenta um caráter iníquo e estranhado. A pesquisa possui abordagem qualitativa do tipo bibliográfica, além de estar calcada no paradigma epistemológico crítico-dialético. O desenvolvimento do lazer na perspectiva do reino da liberdade é inconcebível nos moldes do atual modo de produção e reprodução da vida, ainda, compreendendo o lazer como tempo-de-não-trabalho, com efeito, o lazer pode ser engolido pela lógica da expansão de mercadorias próprias do sistema metabólico do capital. O lazer se configura, no interior do sociometabolismo do capital, como um nicho de mercado crucial para a extração lucrativa por parte de setores empresariais.
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