A auriculoterapia na melhora da qualidade de vida de profissionais atuantes na nefrologia
Resumo
A baixa percepção e o declínio dos domínios da qualidade de vida são comuns entre profissionais da saúde. Busca-se alternativas para reverter essa situação, e a auriculoterapia tem se popularizado como método eficaz. Neste contexto, o artigo busca avaliar os efeitos de um protocolo de auriculoterapia nos parâmetros de qualidade de vida de profissionais atuantes em uma clínica renal. Este estudo intervencional quantitativo envolveu 15 profissionais: 2 Enfermeiras, 8 Técnicas em Enfermagem, 1 Nutricionista, 1 Assistente Social, 1 Psicóloga e 2 funcionárias da equipe administrativa. Durante o protocolo, estimulou-se o pavilhão auricular uma vez por semana nos acupontos: Sistema Nervoso Central (SNC), rim, Sistema Nervoso Autônomo (SNA), relaxamento muscular, analgesia, ansiedade, dupla ansiedade, subcórtex e fígado energético 1 e 2. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário Item Short Form Survey (SF-36), aplicado antes e após 12 sessões de auriculoterapia. Ao final, houve uma diferença significativa em três dos oito domínios da qualidade de vida: dor (83,20±10,55 para 35,60±13,48, p=0,001), aspectos emocionais (57,77±26,62 para 91,10±15,26, p=0,030) e saúde mental (50,40±21,15 para 71,46±24,46, p=0,031). As diferenças após as sessões indicam que essa intervenção pode ser uma estratégia valiosa para promover o bem-estar dos indivíduos. Assim, a auriculoterapia não apenas alivia sintomas físicos, mas também contribui para o fortalecimento da saúde emocional, destacando seu potencial como uma terapia complementar.
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