Associação entre comportamento sedentário e custos públicos com doenças crônicas: protocolo de revisão sistemática

Resumo

Introdução: Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT’s) são consideradas um importante problema saúde pública. O comportamento sedentário (CS) está associado ao aparecimento de doenças crônicas como diabetes, doenças cardiometabólicas, doenças mentais e ao risco aumentado de adoecimento e morte. Embora a literatura aponte que o CS está associado ao desenvolvimento e agravamento de doenças, e que pessoas com maior exposição ao CS demandam maiores gastos em saúde, a relação entre o CS e esses gastos ainda não é tão clara. Objetivo: O objetivo deste protocolo é sintetizar as evidências a respeito da associação entre CS e custos públicos com DCNT’s em adultos e idosos não institucionalizados. O estudo incluirá estudos observacionais, experimentais, quase-experimentais e avaliações econômicas. Após identificar os estudos, dois revisores coletarão os dados em uma planilha. Um terceiro revisor analisará os dados extraídos e os fundirá. O formulário conterá informações sobre: autores, ano de publicação, população, tipo do estudo, local do estudo, principais resultados, custo da intervenção. O protocolo utilizará o PRISMA-P 2020. Será construído o acrônimo PICOS e os termos de busca relacionados ao CS serão combinados com termos relacionados ao tipo de estudo, também serão incluídos os bancos de dados bibliográficos: The Cochrane Library, National Library of Medicine, Scopus, Web of Science e SportDiscus. Discussão: A heterogeneidade e possíveis vieses de seleção dos estudos podem ser fatores limitantes para o estudo, mas destaca-se que o foco principal deste protocolo é sintetizar as evidências de melhor qualidade metodológica para apoiar processos de tomada de decisão em políticas públicas.

Palavras-chave: Comportamento sedentário, Tempo sentado, Custos públicos com saúde, Custo direto, Custo indireto

Referências

Aragão, FBA, Oliveira, ES, Souza, SAR, Carvalho, WRG, Bezerra, SAS, Santos, DM, Reis, AD, e Salvador, EP (2020). Atividade física na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em homens. Revistas USP, 5312, 163-169. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i2p163-169

Barros, DM, Silva, APF, Moura, DF, Barros, MVC, Pereira, ABS, Melo, MA, e Silva, ALB, Rocha, TA, Ferreira, SAO, Siqueira, TTA, Carvalho, MF, Freitas, TS, Leite, DRS, Melo, NS, Alves, TM, Barbosa, TSL, Santos, JSS, Costa, MP, e Diniz, MA (2021). A influência da transição alimentar e nutricional sobre o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. Brazilian Journal of Development, 7(7), 74647-74664. https://doi.org/10.34117/bjdv7n7-579

Bueno, D.R., Marucci, M.F.N., Codogno, J.S., e Roediger, M.A. (2016). Os custos da inatividade física no mundo: estudo de revisão. Ciência & Saúde Coletiva, 21(4), 1001-1010. https://doi.org/10.1590/1413-81232015214.09082015

Codogno, J.S., Fernandes, R.A., e Monteiro, H.L. (2012). Prática de atividades físicas e custo do tratamento ambulatorial de diabéticos tipo 2 atendidos em unidade básica de saúde. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, 56(1), 6-11. https://doi.org/10.1590/S0004-27302012000100002

Cândido, L.M., Wagner, K.J.P., Costa, M.E., Pavesi, E., Avelar, N.C.P., e Danielewicz, A.L. (2022). Comportamento sedentário e associação com a multimorbidade e padrões de multimorbidade em idosos brasileiros: dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Cadernos de Saúde Pública, 38(1), 1-14. https://doi.org/10.1590/0102-311X00128221

Ding, D., Alexander, T.K., Nguyen, B., Katzmarzyk, P.T., Pratt, M., e Lawson, K.D. (2017). The economic burden of physical inactivity: a systematic review and critical appraisal. British Journal of Sports Medicine, 51, 1392-1409. https://doi.org/10.1136/bjsports-2016-097385

Drummond, M., Sculpher, M., Torrance, G., O'Brien, B., e Stoddart, G. (2015). Methods for the economic evaluation of health care programs (4th ed.). Oxford University Press.

Dunstan, DW, Barr, ELM, Healy, GN, Salmon, JE, Shaw, MD, Balkau, BDJ, Magliano, DJ, Cameron, AJ, Zimmet, PZ, e Owen, N. (2010). Television viewing time and mortality: the Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle study (AusDiab). Circulation, 121(3), 384-391. https://doi.org/10.1161/circulationaha.109.894824

Elm, V.E., Altman, D.G., Egger, M., Pocock, S.J., Gotzsche, P.C., e Vandenbroucke, J.P. (2008). Strengthening the reporting of observational studies in epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. BMJ, 335(7624), 344-349. https://doi.org/10.1136/bmj.39335.541782.AD

Ferreira, S.J., Cruz, R.P.V., Assis, T.C., e Dellagrana, R.A. (2021). Comportamento sedentário de adultos e idosos durante a pandemia de COVID-19. Journal of Health and Biological Sciences, 9(1), 1-5. https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v9i1.3816.p1-5.2021

González, K., Fuentes, J., e Márquez, J.L. (2017). Physical inactivity, sedentary behavior and chronic diseases. Korean Journal of Family Medicine, 38(3), 111-115. https://doi.org/10.4082/kjfm.2017.38.3.111

Heron, L., O'Neill, C., Mcaneney, H., Kee, F., e Mark, T.A. (2019). Direct healthcare costs of sedentary behaviour in the UK. Journal of Epidemiology and Community Health, 73(7), 625-629. https://doi.org/10.1136/jech-2018-211758

Larg, A., e Moss, J.R. (2011). Cost-of-illness studies. PharmacoEconomics, 29(8), 653-671. https://doi.org/10.2165/11588380000000000-00000

Latorraca, C.O.C., Rodrigues, M., Pacheco, R.L., Martimbianco, A.L.C., e Riera, R. (2019). Busca de bases de dados eletrônicas da área da saúde: por onde começar. Revista Diagnóstico e Tratamento, 24(2), 59-63. https://periodicosapm.emnuvens.com.br/rdt/article/view/235

Leão, O.A.A., Knuth, A.G., e Meucci, R.D. (2020). Comportamento sedentário em idosos residentes de zona rural no extremo Sul do Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23, 1-13. https://doi.org/10.1590/1980-549720200008

Nguyen, P., Le, L.K., Jaithri, A., Lan, G., Dunstan, D.W., e Moodie, M. (2022). Economics of sedentary behaviour: A systematic review of cost of illness, cost-effectiveness, and return on investment studies. Preventive Medicine, 156, 1-9. https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2022.106964

World Health Organization (2020). Brasil. http://apps.who.int/gho/data/node.country.country

Yu, H., e Schwingel, A. (2018). Associations between sedentary behavior, physical activity, and out-of-pocket health care expenditure: Evidence from Chinese older adults. Journal of Aging and Physical Activity, 27(1), 108-115. https://doi.org/10.1123/japa.2017-0206

Biografias Autor

Gleyce Kelly Batista de Souza,

http://lattes.cnpq.br/4018758078441467

Vilde Gomes de Menezes,

http://lattes.cnpq.br/4572757960571445

Diego de Melo Lima,

http://lattes.cnpq.br/7613135818619933

Paola Frassinetti de Oliveira Correia,

http://lattes.cnpq.br/7054998709288839

Flavio Renato Barros da Guarda,

http://lattes.cnpq.br/6324960716344364

Publicado
2025-05-01
Como Citar
Souza, G. K. B. de, Menezes, V. G. de, Lima, D. de M., Correia, P. F. de O., & Guarda, F. R. B. da. (2025). Associação entre comportamento sedentário e custos públicos com doenças crônicas: protocolo de revisão sistemática. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 30(324), 183-197. https://doi.org/10.46642/efd.v30i324.7472
Seção
Artigos de Revisão