Aplicação de escala de incapacidade neurológica específica em portadores de HTLV-1
Resumo
O vírus T-linfotrópico humano 1 (HTLV-1) está associado à Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-1 (HAM/TSP), uma doença caracterizada por evolução lenta e progressiva. Múltiplos aspectos sobre evolução, perfil da incapacidade e opções terapêuticas ainda permanecem obscuros pela inexistência de uma ferramenta adequada de mensuração de saúde específica. O objetivo do estudo foi descrever os resultados da aplicação da escala EIPEC-2 em portadores de HTLV-1 atendidos no ambulatório do NMT da UFPA. Foi realizado um estudo transversal de 39 pacientes identificados com anticorpos anti-HTLV e DNA proviral do HTLV-1, de março a junho de 2017. Estes foram divididos em 3 grupos: Definidos para HAM/TSP (Grupo 1=13); Prováveis/possíveis para HAM/TSP (Grupo 2=10); Sem HAM/TSP (Grupo 3=16). Houve predomínio de 74,4% de mulheres com média de 52 anos (DP ± 13,2), porém, sem significância estatística (p=0,366), comparado aos homens (56,3 ± 8,3 anos). Os Grupos 1, 2 e 3 apresentaram respectivamente as seguintes pontuações na escala: 16,3 ± 5,3; 6,6 ± 4,1; 4,6 ± 3,7. Quanto à marcha, o Grupo 1 apresentou 30,77% necessidade de apoio para caminhar e 69,23% uso de cadeira de rodas. Os Grupos 2 e 3 apresentaram poucos indivíduos que precisam de apoio para deambulação (10% e 6,25%, respectivamente). A EIPEC-2 demonstrou coerência na pontuação dos escores de acordo com o grau de envolvimento neurológico de cada grupo. Sugere-se o uso da escala pela necessidade de uma mensuração precoce da HAM/TSP.
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