Aplicação de escala de incapacidade neurológica específica em portadores de HTLV-1

  • Izabela Mendonça Assis Universidade Federal do Pará
  • Mariângela Moreno Domingues Universidade Federal do Pará
  • Ingrid Christiane Silva Universidade Federal do Pará
  • Bruna Teles Pinheiro Universidade Federal do Pará
  • Akim Felipe Santos Nobre Universidade Federal do Pará
  • Cássia Cristine Costa Pereira Universidade Federal do Pará
  • Louise de Souza Canto Ferreira Universidade Federal do Pará
  • Danilo de Souza Almeida Universidade Federal do Pará
  • Fernando Costa Araújo Universidade Federal do Pará
  • Marisa da Silva Borges Universidade Federal do Pará
  • Marcos William Leão de Araújo Universidade Federal do Pará
  • Carlos Araújo da Costa Universidade Federal do Pará
  • Maísa Silva de Sousa Universidade Federal do Pará

Resumo

O vírus T-linfotrópico humano 1 (HTLV-1) está associado à Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia Associada ao HTLV-1 (HAM/TSP), uma doença caracterizada por evolução lenta e progressiva. Múltiplos aspectos sobre evolução, perfil da incapacidade e opções terapêuticas ainda permanecem obscuros pela inexistência de uma ferramenta adequada de mensuração de saúde específica. O objetivo do estudo foi descrever os resultados da aplicação da escala EIPEC-2 em portadores de HTLV-1 atendidos no ambulatório do NMT da UFPA. Foi realizado um estudo transversal de 39 pacientes identificados com anticorpos anti-HTLV e DNA proviral do HTLV-1, de março a junho de 2017. Estes foram divididos em 3 grupos: Definidos para HAM/TSP (Grupo 1=13); Prováveis/possíveis para HAM/TSP (Grupo 2=10); Sem HAM/TSP (Grupo 3=16). Houve predomínio de 74,4% de mulheres com média de 52 anos (DP ± 13,2), porém, sem significância estatística (p=0,366), comparado aos homens (56,3 ± 8,3 anos). Os Grupos 1, 2 e 3 apresentaram respectivamente as seguintes pontuações na escala: 16,3 ± 5,3; 6,6 ± 4,1; 4,6 ± 3,7. Quanto à marcha, o Grupo 1 apresentou 30,77% necessidade de apoio para caminhar e 69,23% uso de cadeira de rodas. Os Grupos 2 e 3 apresentaram poucos indivíduos que precisam de apoio para deambulação (10% e 6,25%, respectivamente). A EIPEC-2 demonstrou coerência na pontuação dos escores de acordo com o grau de envolvimento neurológico de cada grupo. Sugere-se o uso da escala pela necessidade de uma mensuração precoce da HAM/TSP.

Palavras-chave: HTLV-1, Mielopatia associada ao HTLV-1, Incapacidade funcional
Publicado
2018-07-26
Como Citar
Mendonça Assis, I., Moreno Domingues, M., Silva, I. C., Teles Pinheiro, B., Santos Nobre, A. F., Costa Pereira, C. C., de Souza Canto Ferreira, L., de Souza Almeida, D., Costa Araújo, F., da Silva Borges, M., Leão de Araújo, M. W., Araújo da Costa, C., & Silva de Sousa, M. (2018). Aplicação de escala de incapacidade neurológica específica em portadores de HTLV-1. Lecturas: Educación Física Y Deportes, 23(242), 18-27. Obtido de https://efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/article/view/284
Seção
Artigos de pesquisa