ISSN 1514-3465
Comparação do padrão cinemático entre diferentes
drills: perspetivas para o ensino na técnica de crol
Kinematical Comparison Between Different Swimming Drills:
Perspectives for Teaching in Front Crawl Technique
Comparación del patrón cinemático entre diferentes ejercicios:
perspectivas para la enseñanza de la técnica crol
Marta Lima Machado
*up202007622@edu.fade.up.pt
Catarina Costa Santos
**cmsantos@fade.up.pt
Ana Espingardeiro
*up202006766@edu.fade.up.pt
Luana Domingues
*up202105622@edu.fade.up.pt
Francisco André Ferreira
*up202100039@edu.fade.up.pt
Susana Soares
**susana@fade.up.pt
Ricardo Jorge Fernandes
***ricfer@fade.up.pt
Mário Jorge Costa
***mjcosta@fade.up.pt
*Estudante na Faculdade de Desporto
da Universidade do Porto
**Professora no Instituto Superior
de Ciências Educativas do Douro (ISCE-Douro)
Investigadora do Centro de Investigação Formação Inovação
e Intervenção em Desporto (CIFI2D)
***Professor na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Investigador do Centro de Investigação, Formação, Inovação
e Intervenção em Desporto (CIFI2D)
Membro do Laboratório de Biomecânica (LABIOMEP-UP)
a Universidade do Porto
(Portugal)
Recepción: 14/06/2024 - Aceptación: 20/09/2024
1ª Revisión: 18/08/2024 - 2ª Revisión: 08/09/2024
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Machado, ML, Santos, CC, Espingardeiro, A., Domingues, L., Ferreira, F., Soares, S., Fernandes, RJ, e Costa, MJ (2024). Comparação do padrão cinemático entre diferentes drills: perspetivas para o ensino na técnica de crol. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(317), 76-88. https://doi.org/10.46642/efd.v29i317.7567
Resumo
Foi objetivo deste estudo comparar, do ponto de vista cinemático, diferentes drills com o nado na técnica de crol. Seis nadadoras com (20,68±0,50 anos, 57,83±10,50 kg de massa corporal, 1,60±0,10 m de altura, e 22,39±2,61 kg/m² de índice de massa corporal) realizaram três repetições de 25 m nas seguintes condições de nado na técnica de crol: i) normal; ii) mãos fechadas; e iii) catch-up. A velocidade de nado foi medida com recurso a um velocímetro permitindo traçar o perfil das curvas velocidade-tempo. Determinaram-se como variáveis a analisar a velocidade máxima (vmáx) a velocidade média (vméd) e a variação intracíclica da velocidade (VIV). Foi utilizado um cronofrequencímetro que permitiu determinar a frequência gestual (FG) e estimar a distância de ciclo (DC) e o índice de nado (IN). Recorreu-se ao teste de Friedman para comparação das três condições seguido do teste de Wilcoxon (condição vs condição). Os perfis das curvas velocidade-tempo demonstraram que o drill de catch-up é o que se mais se assemelha em termos de amplitude ao crol normal, enquanto o drill de mãos fechadas é o mais semelhante em termos de frequência. Os maiores valores de vmáx e vméd foram verificados na condição de crol normal. Enquanto a FG apresentou-se mais alta na condição de mãos fechadas, a DC e o IN foram superiores nas condições de crol normal e catch-up. Conclui-se que o drill de catch-up é o mais semelhante ao nado de crol normal em termos cinemáticos e o que compromete menos a eficiência de nado.
Unitermos:
Natação. Ensino. Drills. Crol.
Abstract
The present study aimed to compare different technique drills at front crawl swimming from a kinematical standpoint. Six female swimmers (20.68±050 years, 57.83±10.50 kg body mass, 1.60±0.10 m height, and 22.39±2.61 kg/m² of Body Mass Index) were randomly allocated to perform three 25 m repetitions at front crawl swimming in the following conditions: i) normal; ii) closed hands; and iii) catch-up. The swimming velocity was measured with a speedometer, allowing to elaborate the time-velocity profile curves as well as collecting the maximum velocity (vmax), average velocity (vmed) and intracycle velocity variation (VIV). A stopwatch was used to determine the stroke frequency (FG) and then estimate the stroke length (DC) and stroke index (IN). The Friedman test was used for comparing the three conditions, followed by the Wilcoxon test (condition vs condition). The velocity-time profile curves showed that the catch-up drill is the most similar to normal front crawl in amplitude, but not in frequency. Higher vmax and vmed values were found in normal front crawl swimming compared to the two drills analyzed. While the FG was higher when swimming with closed hands, the DC and IN were higher in the catch-up mode and in the normal front crawl. It can be concluded that the catch-up is the drill that best resembles with the normal front crawl swimming and that compromises less the swimming efficiency.
Keywords:
Swimming. Teaching. Drills. Front crawl.
Resumen
El objetivo fue comparar, cinemáticamente, diferentes ejercicios con natación en la técnica crol. Seis nadadores (20,68±0,50 años, 57,83±10,50 kg de masa corporal, 1,60±0,10 m de altura y 22,39±2,61 kg/m² de masa corporal) realizaron tres repeticiones de 25 m en las siguientes condiciones de natación en la técnica crol : i) normales; ii) manos cerradas; y iii) ponerse al día. La velocidad de natación se midió utilizando un velocímetro, lo que permitió trazar el perfil de las curvas de velocidad-tiempo. Las variables a analizar se determinaron como velocidad máxima (vmáx), velocidad promedio (vmed) y variación de velocidad intracíclica (VVI). Se utilizó un cronofrequencímetro para determinar la frecuencia gestual (FG) y estimar la distancia de ciclo (DC) y el índice de nado (IN). Se utilizó la prueba de Friedman para comparar las tres condiciones, seguida de la prueba de Wilcoxon (condición vs condición). Los perfiles de la curva velocidad-tiempo demostraron que el ejercicio de recuperación es el más similar en términos de amplitud al crol normal, mientras que el ejercicio con la mano cerrada es el más similar en términos de frecuencia. Los valores más altos de vmáx y vmed se observaron en la condición crol normal. Mientras que FG fue mayor en la condición de manos cerradas, DC e IN fueron mayores en las condiciones normales de crol y recuperación. Se concluye que el ejercicio de recuperación es el más similar a la natación crol normal en términos cinemáticos y el que menos compromete la eficiencia de la natación.
Palabras clave
: Natación. Enseñanza. Ejercicios. Crol.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 317, Oct. (2024)
Introdução
A natação pura desportiva é uma modalidade complexa, onde a otimização da performance depende tanto de fatores técnicos como de fatores energéticos (Costa et al., 2012, Fernandes et al., 2024). É também uma modalidade cíclica onde o aperfeiçoamento técnico implica uma exercitação e repetição sistemática dos movimentos padronizados (Barbosa et al., 2010)(Barbosa et al., 2010). No entanto, o desenvolvimento técnico não se cinge apenas à reprodução desses movimentos, envolvendo, também, a sua interpretação e adaptação por parte do praticante (Light, e Wallian, 2012)(Light and Wallian, 2012). Para isso, é necessário promover diversas experiências sensoriais e cinestésicas ao nadador, de modo que este adquira maior sensibilidade ao meio aquático e nade de forma mais económica. A utilização de diferentes drills técnicos é uma estratégia de promover diferentes experiências sensoriais e quebrar a monotonia das sessões.
A qualidade técnica e a correção do erro técnico são aspectos fulcrais e orientadores do ensino da natação (Pera, e Burgueño, 2023). O processo de ensino ocorre através da divisão de uma tarefa complexa nos seus componentes mais simples (Suárez, e Mirkin, 2000; Brackley, 2020)Brackley, 2020), permitindo ao aprendiz concentrar a sua atenção num aspeto específico do movimento (Lucero, 2008). Neste enquadramento, o drill técnico apresenta-se como uma tarefa motora com o objetivo de aumentar a eficiência técnica (Marinho, 2003) e pode ser aplicado em faixas etárias mais jovens, tanto numa fase de ensino como no processo de treino, constituindo-se como um complemento ao feedback verbal por parte do treinador/professor. Deste modo, promover experiências sensoriais variadas entre sessões através da aplicação de diferentes drills pode ser vantajoso e beneficiar o nadador na perceção cinestésica do seu corpo no meio aquático.
Existem vários drills conhecidos pela comunidade técnica da natação para otimizar a eficiência do nado tais como o surf, scullings, tocar na axila, catch-up, mãos fechadas (Marinho, 2003) e podem ser categorizados em (Lucero, 2008): (i) analítico; (ii) contraste; (iii) exagero e; (iv) progressivo. De entre os mencionados, os drills com recurso a mãos fechadas ou com um tipo de coordenação catch-up parecem ser dos aplicados com maior frequência. O drill catch-up (exagero) consiste em nadar crol num padrão de coordenação diferente (quando relacionados com a ação dos membros superiores), em que um membro superior permanece em extensão na fase de deslize aguardando que o outro membro realize a entrada na água. Este drill tem como objetivo aumentar o comprimento da ação dos membros superiores e promover a ação contínua dos membros inferiores. O drill de mãos fechadas (contraste) é também executado de forma semelhante à técnica de crol em condição normal, contudo ambas as mãos permanecem fechadas durante todo o ciclo de nado. Este drill tem como objetivo contrastar a superfície propulsiva (área palmar) de modo a otimizar a ação dos membros superiores quando posteriormente executada a técnica de crol em condição normal.
Embora a aplicação de diferentes drills esteja vertida nos diferentes programas em contexto de ensino ou de treino, a literatura carece de estudos que nos permitam perceber quais os drills mais adequados, e a ordem na qual estes devem ser aplicados. Foi objetivo deste estudo comparar, do ponto de vista cinemático, diferentes drills com o nado na técnica de crol.
Métodos
Amostra
Participaram neste estudo de carácter transversal seis nadadoras com 20,68±0,50 anos, 57,83±10,50 kg de massa corporal, 1,60±0,10 metros de altura, e 22,39±2,61 kg/m² de índice de massa corporal. As participantes encontravam-se a treinar semanalmente para manter a condição física (frequência máxima de três vezes por semana). Todas possuíam experiência prévia em natação de competição com um mínimo de dois anos em contexto federativo. Todas as nadadoras assinaram um termo de consentimento informado com esclarecimentos detalhados sobre o objetivo do estudo, sobre o formato de participação voluntária e que os dados recolhidos permaneceriam anónimos. Os procedimentos foram implementados de acordo com a Declaração de Helsínquia no que à investigação em seres humanos diz respeito.
Recolha dos dados
Os procedimentos experimentais foram realizados num único dia, numa piscina coberta de 25 metros com 27º de temperatura ambiente, água com 26,5º, e 75% humidade relativa. Inicialmente, as nadadoras foram avaliadas em pressupostos antropométricos relativamente à massa corporal medida com aproximação de 0,1kg, através da balança portátil (TANITA, BC-730, Amsterdam, Netherlands), e altura com aproximação de 0,1cm através do estadiómetro portátil (SECA, 242, Hamburg, Germany).
As nadadoras realizaram um aquecimento padronizado de 2x200 metros crol a baixa intensidade (em regime de capacidade aeróbia 1) cumprindo de seguida, de forma aleatória um protocolo de 3x25 metros em intensidade baixa replicando as seguintes condições de nado (Figura 1): (i) crol normal; (ii) crol com as mãos fechadas e, (iii) crol em coordenação catch-up.
As nadadoras iniciaram o teste dentro de água, sem qualquer outro elemento perturbador nas pistas adjacentes. A velocidade de nado (m/s) foi medida com recurso a um velocímetro, com frequência de aquisição de 50Hz. Determinaram-se como variáveis para posterior análise a velocidade máxima (vmáx), a velocidade média (vméd) e a variação intracíclica da velocidade (VIV). Com os valores de velocidade instantâneos, obtidos também através do velocímetro, foi possível traçar o perfil das curvas velocidade-tempo. Para todas as medições foram analisados os ciclos entre os 5 e os 15 s do percurso nadado para retirar quaisquer efeitos de impulsão na parede ou de chegada. Foi utilizado também um cronofrequencímetro (3x100M Stopwatch, Finis) que permitiu determinar a frequência gestual (FG, ciclos/min) pela duração de três ciclos consecutivos e posterior estimativa da distância de ciclo (DC, m) calculada através da equação (Craig, e Pendergast, 1979):
em que DC representa a distância de ciclo, v representa a velocidade de nado e FG representa a frequência gestual.
Procedeu-se de seguida à estimativa do índice de nado (IN, m²·s−1), calculado através da equação (Costill et al., 1985):
IN = DC X V
em que IN representa o índice de nado, DC representa a distância de ciclo e V representa a velocidade de nado.
Procedimentos estatísticos
Em relação à análise estatística dos dados, verificando-se uma distribuição não normal, procedeu-se à comparação das características cinemáticas entre as diferentes condições de execução com recurso ao teste de Friedman seguido do teste de Wilcoxon (condição vs condição) determinando o nível de significância como p ≤ 0,05.
Resultados
O perfil das curvas velocidade-tempo relativamente às condições de nado normal, catch-up ou mão fechada pode ser observado nas Figuras 2, 3 e 4, respetivamente. Analisando as curvas em termos de frequência, é no drill de mãos fechadas que esta se apresenta maior e mais semelhante ao crol normal. Quando a análise é feita em termos de amplitude das curvas verifica-se o oposto, onde é o drill de catch-upque mais se assemelha ao perfil do crol normal
A Tabela 1 apresenta a estatística descritiva das variáveis cinemáticas nas três condições estudadas. Naturalmente verificaram-se maiores valores de velocidade máxima e velocidade média na condição de crol normal comparativamente aos dois drills estudados. O mesmo não se verificou ao nível da VIV. A FG apresentou-se mais alta na condição de mãos fechadas corroborando o apresentado pelas curvas velocidade-tempo. Tanto na DC como no IN verificaram-se valores mais elevados nas condições de crol normal e de catch-up comparativamente à condição de mãos fechadas.
Tabela 1.Valores médios e respetivos desvio-padrão das variáveis
cinemáticas nas condições de nado normal, catch-up e mãos fechadas
Variável |
normal |
catch-up |
mãos fechadas |
p |
vmáx (m/s) |
1,51 ± 0,29*† |
1,41 ± 0,32 |
1,41 ± 0,22 |
< 0,01 |
vméd (m/s) |
1,08 ± 0,14*† |
0,96 ± 0,19 |
1,01 ± 0,13 |
< 0,01 |
VIV (%) |
16,82 ± 3,36 |
17,28 ± 1,61 |
15,85 ± 2,05 |
0,57 |
FG (ciclos/min) |
30,50 ± 4,03*† |
24,78 ± 5,11# |
31,67 ± 4,67 |
< 0,01 |
FG (Hz) |
0,51 ± 0,07* |
0,42 ± 0,09# |
0,53 ± 0,08 |
< 0,01 |
DC (m) |
2,15 ± 0,46† |
2,37 ± 0,60# |
1,96 ± 0,47 |
< 0,01 |
IN (m²/s) |
2,36 ± 0,80† |
2,33 ± 0,95 # |
2,02 ± 0,73 |
0,04 |
*Diferenças entre nado normal e catch-up; † diferenças entre nado normal e mãos fechadas;
# diferenças entre catch-up e mãos fechadas. Fonte: Dados de pesquisa
Discussão
O presente estudo teve como objetivo analisar, do ponto de vista cinemático, os drills de catch-up e mãos fechadas e observar qual o que se apresenta similar com o nado de crol em condição normal. Verificou-se que o drill de catch-up é o que melhor se assemelha ao nado de crol normal em termos cinemáticos e o que compromete menos os indicadores de eficiência e nado.
A introdução dos drills no contexto de ensino ou de treino em escalões etários mais baixos deve respeitar um critério claro, seguindo assim uma sequência lógica de forma a facilitar a progressão dos conteúdos a serem lecionados. De acordo com o perfil das curvas velocidade-tempo, e no que toca à frequência, o drill de mãos fechadas é mais semelhante ao crol normal do que o drillcatch-up, o que seria de esperar, pois no drill de catch-up existe um momento de pausa após a entrada da mão na água, e onde as duas mãos, a determinado momento, se encontram paralelas entre si. Este tipo de drill promove um atraso na ação descendente, fazendo com que a proximidade entre ciclos seja menor. Relativamente à amplitude das curvas velocidade-tempo aconteceu o inverso, pois foi o drill de mãos fechadas que revelou picos de velocidade mais baixos derivados de uma menor força propulsiva à explicada por uma menor área de superfície palmar. (Vilas-Boas et al., 2015)
Do ponto de vista dos indicadores cinemáticos, a VIV não demonstrou ser diferente entre nenhuma das condições. Como este valor é referente à variação de velocidade dos ciclos de cada condição (Fernandes et al., 2022), e como os ciclos são semelhantes entre si, tratando-se da mesma técnica a ser nadada, é expectável não existirem diferenças entre nenhuma condição.
Na FG houve diferenças entre todas as condições, sendo na condição de nado catch-up onde se verificou o FG mais baixo. Este é um drill com um padrão coordenativo de sobreposição (existência de uma pausa) que, naturalmente, estende a fase de entrada e deslize, aumentando assim o tempo de duração do ciclo e, consequentemente, a DC (Cholletet al., 2003). Já o drill de mãos fechadas é o que tem o valor de FG mais elevado, comparativamente às restantes condições. Esta é a estratégia motora adotada devido à menor capacidade de gerar força propulsiva pela menor área de superfície palmar que contacta com o fluído (Toussaintet al., 1991). Aqui, para se manter a velocidade de nado, existe a necessidade de aumentar a FG comprometendo a DC. Pode-se especular que este é um tipo de drill (de contraste) que exige um maior dispêndio energético (à custa de uma maior FG), e que se desaconselha que seja implementado numa fase inicial do ensino.
Relativamente ao IN, foi na condição catch-up onde este se apresentou superior quando comparado com a condição de mãos fechadas. O IN é um indicador de extrema importância, uma vez que é um valor objetivo que traduz a eficiência de nado (Costill, et al., 1985, Huot-Marchand et al., 2005) e que distingue níveis competitivos numa faixa etária semelhante (Santos et al., 2023). Sendo este indicador o resultado do produto entre a velocidade e a DC é importante promover, desde uma idade jovem, experiências de nado com elevadas DC, como é o caso do drill catch-up de modo a aumentar o IN dos nadadores.
Ainda assim, ressaltam-se algumas limitações: (i) o estudo ter sido realizado apenas com nadadoras; (ii) terem sido analisadas nadadoras adultas; e (iii) apenas existir a comparação entre dois drills. No futuro seria interessante replicar esta abordagem em nadadores do sexo masculino, em escalões etários mais jovens (de ambos os sexos), e expandir a análise com mais drills, podendo ainda alargar esta abordagem às restantes técnicas de nado.
Conclusão
Tendo em conta os resultados do ponto de vista cinemático pode-se concluir que o drill de catch-up é o que melhor se assemelha ao nado de crol normal e o que menos compromete os indicadores de eficiência e nado. Para um melhor desenvolvimento da competência técnica numas idades iniciais, quer em contexto de ensino, quer em contexto de treino, sugere-se privilegiar drills de exagero, tal como o catch-up, e só depois os drills de contraste, como o caso do drill de mãos fechadas.
Referências
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