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Metodologia do treino de força no tênis de campo |
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Consultoria Esportiva Performance ONE (Brasil) |
Adriano Vretaros professorav@bol.com.br |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 47 - Abril de 2002 |
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Introdução
Nas modalidades esportivas de caráter acíclico, como o tênis, o treinamento da qualidade física força torna-se de fundamental importância para efetivo desenvolvimento e aprimoramento na performance do atleta.
O jogo de tênis cuja característica predominante durante uma partida são as constantes trocas de bola com golpes desferidos para o fundo da quadra, acabam exigindo do atleta um limiar de manutenção da força. Também, os membros inferiores são solicitados, pois, as saídas rápidas, paradas bruscas, mudanças de direção e constantes deslocamentos frontais alternados de laterais são situações típicas vivenciadas pelos jogadores em uma partida e que acabam solicitando da valência física força nas suas diferentes manifestações.
O acirrado circuito mundial com seu calendário exigente em termos de participações dos jogadores nas competições faz com que alguns tenistas de alto nível sejam obrigados a competir entre 25 e 30 semanas por ano. Tal situação torna-se um estresse elevado para o atleta levando-o a aquisição de lesões, se porventura, o mesmo não estiver com seu preparo físico adequado.
Levando em consideração os aspectos acima citados e o atual cenário do tênis mundial, este estudo visa abordar os componentes da preparação física de força voltada aos jogadores de tênis profissional buscando transmitir informações relevantes aos atuais treinadores e tênis.
ForçaA força vista na lei da Física é igual a todo aquele agente capaz de atribuir aceleração a um corpo. Conforme Verkhoshansky(2001) a força empregada na ação humana esportiva relaciona-se a uma atividade do sistema nervoso central, que permite nosso aparelho locomotor reagir aos estímulos externos mediante a utilização da tensão muscular.
A qualidade da força que é utilizada na preparação física dos jogadores de tênis visa aprimorar o recrutamento neural do músculo, como também suas propriedades elásticas, permitindo com isoo, uma melhor reação do músculo as forças de ação contrária(Groppel&Roetert, 1992 ; Spassov, 1989).
No jogo de tênis, Skorodumova(1989) reporta que a força manifesta-se predominantemente na forma de resistência de força rápida, força explosiva e força máxima. Porém, no aspecto metodológico não bastaria apenas isso. É preciso criar condições para que estas manifestações da força possam ser transferidas para o movimento esportivo da modalidade. Para tanto, existe uma seqüência pedagógica devolução do trabalho de força que pode ser empregado no tênis.
Resistência muscular localizadaO primeiro trabalho de força a ser desenvolvido é o da resistência muscular localizada, que objetiva criar condições fisiológicas nas estruturas musculares para permitir que o corpo do jogador suporte trabalhos de longa duração e prevenir o surgimento de futuras lesões.
Normalmente, esse tipo de trabalho pode ser feito na sala de musculação ou em um sistema de circuito, utilizando-se de quase toda a cadeia muscular agonista e antagonista, através e exercícios contendo muitas repetições e cargas baixas. Tais exercícios, contribuem para reforçar os músculos que poderiam estar mais débeis e adequar grande parte da musculatura geral (Harre&Leopold, 1990).
A resistência muscular localizada propicia uma adaptação anatômica primária (Bompa, 2001) nas estruturas musculares para o trabalho de força que virá posteriormente.
Características dos Exercícios para Resistência Muscular (quadro 01)
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Exemplo de Exercício do Programa de Resistência Muscular (quadro 02)
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Força máximaO segundo tipo de trabalho de força tem como premissa o fato de que somente com esforço máximo é que se pode adicionar cargas mais intensas.
A maior força que o sistema neuromuscular consegue mobilizar por meio e uma contração máxima representaria a força máxima (Weineck, 1999).
Este tipo de treinamento não se aplica a atletas que se encontram na fase pubertaria (Weineck, 1999).
Na força máxima pode-se priorizar exercícios gerais em detrenimento aos de caráter específico, pois, o interesse direciona-se aos principais grupos musculares. Portanto, no tênis, o supino e o agachamento satisfazem as necessidades reais do treino de força máxima.
O desenvolver da força máxima permitirá ao tenista transferir a força solicitada nos treinos em picos de aumento na potência. Devido as cargas serem muito próximas ao esforço máximo (85-95%), acabam ocasionando uma grande descarga de ativação neuromuscular que permite melhorar a coordenação intra e intermuscular (Bompa, 2001).
Exercícios de Força Máxima para Tenistas (quadro 03)
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Resistência de força rápidaUma particularidade muito importante do jogo de tênis é que durante uma partida de profissionais são executadas uma média de 1100 batidas(dependendo do tempo de duração do jogo e do tipo de piso) (Skorodumova, 1998). Esse fato, por si só, justifica o treino da val6encia resistência de força rápida, que permitiria ao tenista executar as batidas por um longo período de tempo, sem perder a velocidade de execução de sua ação motora.
Esta demanda repetitiva de movimentos dos golpes efetuados pelo membro superior ocasiona um desbalanço na musculatura dos rotatores internos e externos. Segundo Treiber et alii, (1998) os rotatores internos cuja solicitação é mais acentuada, acabam desenvolvendo-se em maior escala se comparado aos rotatores externos, que possuem a função de desaceleração do movimento. Isto implicaria no aparecimento de lesões a médio e longo prazo caso esse desbalanço não seja corrigido (Chandler et alii, 1992). Somando-se a isto, o membro dominante pelo seu uso excessivo torna-se mais hipertrofiado quando comparado ao membro contralateral (König et alii, 2001). Portanto, no início do programa de resistência de força rápida esse desbalanço deve ser avaliado e minimizado por meio de um trabalho corretivo de força.
Em relação aos principais músculos solicitados durante os movimentos, os estudos eletromiográficos apontam para a musculatura do peitoral maior, tríceps braquial, deltóide anterior e posterior, oblíquo externo, reto abdominal e extensor radial do carpo (Chow et alii, 1999; Giangarra et alii, 1993).
Lecturas: Educación Física y Deportes · http://www.efdeportes.com · Año 8 · Nº 47 | sigue Ü |