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Uma proposta teórica para a formação |
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Doutora em História e Filosofia pela Faculdade de Educação USP (1996) Mestre em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esporte da USP (1991) Laboratório de Pedagogia do Movimeto Humano (LAPEM) Escola de Educação Física e Esporte - Universidade de São Paulo |
Ana Cristina Arantes
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Esa propuesta teórica objetiva disseminar ideas y aspectos relactivos a la “construción” del curriculun de la graduación en Educación Física
Las transformaciones sociales, los nuevos campos de trabajo, la filosofia contemporânea, provocaran profundas modificaciones curriculares que buscán contestar las necesidades de la sociedad actual y que tambiém sea capaz de responder a las futuras exigencias del proximo siglo. |
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http://www.efdeportes.com/
Revista Digital - Buenos Aires - Año 5 - N° 26 - Octubre de 2000
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Introdução
O texto preparado para este encontro, tem por objetivo apontar os aspectos que julgo serem relevantes na estruturação de um currículo orientado à formação de recursos humanos capazes de oferecer programas de atividade física para a população em geral.Trata-se de um postulado teórico; uma proposição acerca da importância do nosso trabalho na qualidade de professores formadores de mão de obra especializada. Como um grupo tarefa encarregado de elaborar um currículo de graduação em Educação Física, devemos pensar no exercício profissional dos futuros jovens para o novo milênio. Preparar pessoas que possam, através da atividade física orientada, colaborar para a construção de uma sociedade que ofereça a todos os seus membros a oportunidade de obter e de consumir o conhecimento construído ao longo dos séculos.
A partir das informações recebidas em situação formal, na atuação profissional, cada um, à sua maneira, poderá participar da edificação de uma sociedade mais solidária, que ofereça múltiplas formas de obtenção da informação, da saúde, da justiça social - o que poder ser traduzido em um sentido amplo, como uma melhor qualidade de vida.
Sabemos que educar - ensenãr - significa apontar caminho, levar às pessoas o pensamento crítico. Assim entendendo, não se pode considerar o processo de escolarização como um ato neutro destituído de conotação crítica ou considerá-lo como apolítico. Nesta perspectiva, cabe a escola e aos cursos de formação profissional orientar os seus alunos para que possam exercer a profissão escolhida de maneira adequada às demandas sociais.
As mudanças e um pouco sobre a história da escola e a nova área de investigação
Vivemos atualmente uma fase caracterizada por inúmeras transformações nos diversos campos da atividade humana. A escola é uma instituição de formação humana e um poderoso agente de modificação social. Assim entendendo, o seu currículo ao contrário de décadas passadas, deve acompanhar as necessidades do mundo de hoje.Em se tratando de pessoas responsáveis pela construção do “desenho curricular” dos cursos de Educação Física, cabe aos professores antever os problemas, pressupor as direções, prever os obstáculos, tomar decisões fundamentando o pensamento e ação tendo sempre em vista o sentido e a razão de educar. Em outras, palavras isto significa perguntar a todo momento por que ?, para que ?, e, como formar um profissional em Educação Física que responda adequadamente às necessidades das pessoas com diversos níveis de expectativa.
Houve tempo (há muito tempo), em que se construía um currículo escolar de “cima para baixo” ou seja - alguns membros da sociedade escolhiam aquilo que julgavam ser o mais adequado aos jovens cidadãos. Construíam a escola, supervisionavam o ensino, pagavam-se os professores, estabeleciam-se os critérios de promoção dos alunos muitas vezes sob a égide papal...
Outras sociedades, como a ateniense, organizavam a sua educação formal segundo o padrão da comunidade. Era ela, a comunidade, que através de seus membros, elegia o que considerava significativo e necessário para seus jovens de forma a servirem ao mercado de trabalho e à sua própria sobrevivência. Não é necessário dizer que nem sempre estes grupos viveram em harmonia com a igreja; mas, talvez se possa afirmar que a segunda maneira parece ser mais adequada do que o primeira na medida em que atendia as expectativas sociais.
De uma forma geral, as escolas, as universidades não eram “para todos”. Ainda que se pregasse que o processo de escolarização devesse democratizar as informações, a realidade era, e ainda é muito distante dos planos teóricos. ECO (1998). Embora a disseminação da informação seja considerada como precária, se compararmos o número de pessoas que a ela tem acesso, parece que hoje é bastante maior do que aquele número atendido pela escola até o século passado este aspecto parece ser interessante.
O currículo escolar, ao que os fatos indicam, parece ter sido alvo de atenção objetiva a partir da Revolução Industrial quando se necessitou de indivíduos possuidores de novas habilidades para a indústria emergente na Europa. (ARANTES & MEDALHA, 1989).
Um outro fato que, de forma indireta, contribuiu para a re- orientação curricular é representada pela II Guerra Mundial no início do século. As invenções, as novas formas de combate, por certo, foram criadas a partir de habilidades mentais e de novos produtos elaborados a partir de pesquisas e tecnologias até então não praticadas.
Com a descobertas e as demandas sempre crescentes, o lançamento do Spunik II pela União Soviética, em 1957, representa terceiro e forte argumento para se alterar os currículos escolares vigentes de maneira a favorecer a formação de recursos humanos capazes de produzir novos e eficientes artefatos para a corrida à Lua.
De lá para cá, não é necessário afirmar, vivemos em um mundo repleto de informações. Apesar dos aspectos regionais, que são muito importantes e que nos distinguem dos demais, participamos da “aldeia global”. Assim sendo, concomitantemente somos ao mesmo tempo parte e todo da humanidade.
Sob o ponto de vista macro estrutural, através dos meios de comunicação e da mídia, tomamos conhecimento de tudo que se passa a nossa volta. Isto faz com que seja formado o espírito crítico e a solidariedade entre as pessoas. Micro estruturalmente pede-se relações pessoais mais elaboradas e o ambiente de trabalho tem privilegiado o conhecimento teórico e melhores habilidades “práticas”. Ou seja, estamos perseguindo um indivíduo cuja formação seja integral. tal como os atenienses recomendavam.
Este segundo ponto também parece que nos diz respeito pois, na qualidade de pessoas sensíveis à formação de outros indivíduos, devemos nos preocupar em capacitar os estudantes de Educação Física de maneira que compreendam os fatos universais, atendam os aspectos regionais, os aspectos culturais sem perder de vista a especificidade da profissão quer seja atuando no ensino formal quer seja no atendimento de grupos populacionais em geral.
Os primeiros estudos sobre currículo
Os primeiros estudos sobre currículo consideram-na como uma área de investigação bastante recente. Em 1935, Kilpatrik, discípulo de Dewey, definiu currículo como sendo uma sucessão de experiências escolares adequadas que pudessem favorecer a formação de recursos humanos capazes de possibilitar sua contínua reconstrução. Oito anos após esta citação, publica-se o primeiro livro sobre currículo. Nele, Bobbit define currículo como “uma série de coisas que as crianças e os jovens devem fazer e experimentar afim se desenvolver habilidades que os capacite a decidi assuntos da vida adulta” (ARANTES & MEDALHA 1989: 47).Se por um lado esses pesquisadores preocupavam-se como as experiências a serem praticadas pelos estudantes (e esta prática estava vinculada a formação e a adequação de comportamentos para as situações futuras), Caswell, no texto citado, escrevendo sobre o tema afirmou que o currículo poderia ser considerado “como tudo que ocorre na vida de uma pessoa, de seus pais e professores”. O estudioso citado também considerava como currículo todas as situações informais o que hoje denominamos de “currículo oculto” e que de certa forma podem incidir na formação do estudante de maneira significativa.
Vale dizer que esta última concepção oferece o que há de mais moderno nesta área de investigação pois, quando planejamos um curso, necessariamente devemos considerar o aluno como sujeito histórico que assimila e emite os valores socialmente construídos. (TYLER, 1986).
A partir destes, muitos outros estudos proliferaram demonstrando o sempre crescente interesse sobre filosofia aplicada à formação de recursos humanos TABA, 1976, TYLER, 1986 e COLL.1996 por exemplo. Esses trabalhos procuraram discutir o tipo de formação escolar que devemos oferecer aos jovens tendo em vista a sociedade que queremos formar.
Lecturas: Educación Física y Deportes · http://www.efdeportes.com · Año 5 · Nº 26 | sigue Ü |