Lecturas: Educación Física y Deportes
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O Controlo do Esforço em Aulas de Ginástica Aeróbica
Catarina Abrantes, Maria Paula Mota e Antonio Jaime Sampaio


A literatura disponível e específica da GA que versa sobre estas questões, restringe-se aos trabalhos de Koltyn e Morgan (1992) de Grant et al (1993) e de Schaeffer et al. (1995). No entanto, estes estudos expressam algumas particularidades metodológicas importantes: Grant et al (1993) – os indicadores não foram medidos numa aula real de GA, apesar dos autores considerarem o esforço realizado similar; Schaeffer et al. (1995) - os autores não fazem referência aos gestos técnicos utilizados no estudo. Para a presente discussão, o trabalho de Koltyn e Morgan (1992) parece ser a referência com maior representatividade. Os nossos resultados corroboram com os resultados e a opinião destes autores, quando referem que a EPE pode ser mais do que um método alternativo para o controlo da intensidade do esforço. De facto, os resultados expressam que a sua utilidade ultrapassa a utilização exclusiva em indivíduos sujeitos a medicamentos beta-bloqueantes (inibem a estimulação dos receptores-adrenergicos durante o exercício e situações emotivas, o que provoca diminuições na FC e condiciona significativamente o controlo e prescrição do exercício a partir deste indicador).

O aumento da intensidade do esforço provocou uma menor precisão nos valores obtidos pelos dois métodos de medição, facto que confirma as considerações apontadas por Norton et al. (1997): "quanto mais vigoroso for o exercício, menor é a precisão do método da palpação".

Apesar deste facto, o método da palpação é o que possibilita o controlo em grupos bastante numerosos, sendo mais viável para utilizar numa aula de GA (que é caracterizada por ter, simultaneamente, um elevado número de indivíduos em pratica). Do mesmo modo, os indivíduos a testar devem demonstrar alguma precisão nas medições antes de procederem à sua utilização.

Em suma, parece-nos que o controlo da intensidade do esforço numa aula de GA deverá recair, se possível, simultaneamente aos dois métodos de medição. Ou seja, o recurso aos valores médios da FC palpada, para a medição da intensidade do esforço do grupo e o recurso aos valores da EPE, para a medição da intensidade do esforço individual.


Nota
1. Actualmente, a maioria dos monitores portáteis têm a capacidade de registar a FC em intervalos de 60'', 30'', 15'', 5'' e batimento a batimento.


Bibliografia


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revista digital · Año 4 · Nº 17 | Buenos Aires, diciembre 1999