Lecturas: Educación Física y Deportes http://www.efdeportes.com/ · revista digital |
A literatura disponível e específica da GA que versa sobre estas questões, restringe-se aos trabalhos de Koltyn e Morgan (1992) de Grant et al (1993) e de Schaeffer et al. (1995). No entanto, estes estudos expressam algumas particularidades metodológicas importantes: Grant et al (1993) – os indicadores não foram medidos numa aula real de GA, apesar dos autores considerarem o esforço realizado similar; Schaeffer et al. (1995) - os autores não fazem referência aos gestos técnicos utilizados no estudo. Para a presente discussão, o trabalho de Koltyn e Morgan (1992) parece ser a referência com maior representatividade. Os nossos resultados corroboram com os resultados e a opinião destes autores, quando referem que a EPE pode ser mais do que um método alternativo para o controlo da intensidade do esforço. De facto, os resultados expressam que a sua utilidade ultrapassa a utilização exclusiva em indivíduos sujeitos a medicamentos beta-bloqueantes (inibem a estimulação dos receptores-adrenergicos durante o exercício e situações emotivas, o que provoca diminuições na FC e condiciona significativamente o controlo e prescrição do exercício a partir deste indicador).
O aumento da intensidade do esforço provocou uma menor precisão nos valores obtidos pelos dois métodos de medição, facto que confirma as considerações apontadas por Norton et al. (1997): "quanto mais vigoroso for o exercício, menor é a precisão do método da palpação".
Apesar deste facto, o método da palpação é o que possibilita o controlo em grupos bastante numerosos, sendo mais viável para utilizar numa aula de GA (que é caracterizada por ter, simultaneamente, um elevado número de indivíduos em pratica). Do mesmo modo, os indivíduos a testar devem demonstrar alguma precisão nas medições antes de procederem à sua utilização.
Em suma, parece-nos que o controlo da intensidade do esforço numa aula de GA deverá recair, se possível, simultaneamente aos dois métodos de medição. Ou seja, o recurso aos valores médios da FC palpada, para a medição da intensidade do esforço do grupo e o recurso aos valores da EPE, para a medição da intensidade do esforço individual.
Nota
1. Actualmente, a maioria dos monitores portáteis têm a capacidade de registar a FC em intervalos de 60'', 30'', 15'', 5'' e batimento a batimento.
Abadie, B.R. (1996) Effect of viewing the RPE scale on the ability to make ratings of perceived exertion. Perceptual and Motor Skills, Aug, 83: 317-8.
ACSM (1991) Guidelines For Exercise Testing And Prescription. Quarta edição. Lea & Febiger.
ACSM (1993) ACSM's Resource Manual For Guidelines For Exercise Testing And Prescription. Segunda edição. Lea & Febiger.
Bell, J.M.; Bassey E.J. (1996) Postexercise heart rates and pulse palpation as a means of determining exercising intensity in an aerobic dance class. British Journal of Sports Medicine. 30,48-52.
Borg, Gunnar A. (1985) Borg's RPE – Its value for sports testing. Movement Publications.
Borg, Gunnar; Ottoson, D. (1986) The perception of exertion in physical work. Proceedings of an international symposium. London, MacMillan.
Bryant, S.E.; Wyrick, P.S.; Priest, K.; Snell, P.G. (1992) Heart rate and energy expenditure comparisons for various exercise modes during submaximal exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, 24.
Carton, R.L.; Rhodes, E.C. (1985) A critical review of literature on rating scales for perceived exertion. Sports Medicine, 2, 198-222.
Ceci, R.; Hassman, P. (1991) Self-monitored exercise at three different RPE- intensities in treadmill versus field running. Medicine and Science in Sports and Exercise, 6, 732-738.
Cothill, G. (1994) Does music influence both the subjective and objective factors when interacted with physical activity. Human Biology Final Year Project (Unpublished Abstract).
Darby, Lynn A.; Browder, Kathy D.; Reeves, Brenda D. (1995) The effects of cadence, impact, and step on physiological responses to aerobic dance exercise. Research Quarterly for Exercise and Sport, Washington, Sep 1995.
Garber, C.E.; McKinney, J.S.; Carleton, R.A. (1992) Is aerobic dance an effective alternative to walk-jog exercise training? Jounal of Sport Medicine and Physical Fitness, Jun, 32:2, 136-41.
Grant, S.; Armstrong, G.; Sutherland, R.; Wilson, J.; Aitchisont, T.; Paul, E. (1993) Physiological and psychological responses to a university fitness session. British Journal of Sports Medicine, 27:162-7
Guiselini; Barbanti (1993) Fitness – Manual do instructor. CLR, Balieiro – São Paulo.
Hale, S. (1996) Heart Rate Training Zones. Today's Runner (http://www. advanceperformance.uk) Heart Journal 125/3.
Hall, S. J.; Messier, S.P. (1993) Biomechanics of Fitness Exercises. In: ACSM's Resource Manual For Guidelines For Exercise Testing And Prescription. Segunda edição. Lea & Febiger.
Janeira, M. (1994) Funcionalidade e estrutura de exigências em Basquetebol; um estudo univariado e multivariado em atletas seniores de alto nivel. Tese De Doutoramento, FCDEF-UP.
Jucá, Marcos (1993) Aeróbica & Step. Bases Fisiológicas e Metodologia. ISBN Editora Sprint.
Koltyn, K.F.; Morgan, W.P. (1992) Efficacy of perceptual versus heart rate monitoring in the development of endurance. British Journal of Sports Medicine. Jun, 26:2, 132-4
Norton, E.; Vehrs, P.R.; Ryan, N. & Jackson, A.S. (1997) Manual heart rate are usually inaccurate: Palpated vs electronically monitored heart rates in predicting VO2 max with submaximal exercise tests. Medicine and Science in Sports and Exercise, 29.
Pandolf, K. B.; Billings, D. S.; Drolet, L.L. Pimenteal, N.A.; Sawka, M.N. (1984) Differential ratings of perceived exertion and various physiological responses during prolonged upper and lower body exercise. European Journal Applied Physiology, 53:5-11.
Papi, Julio Diéguez (1997) Aeróbic en salas de fitness. Manual teórico- práctico. INDE Publicaciones
Pollock, M.L.; Jackson, A.S.; Foster, C. (1986) The use of perception scale for exercise prescription. In the perception of exertion in physical work. Proceedings of an international symposium. G. Borg and D. Ottoson, (eds). Stockholm: Wiener- Glenn.
Reeves, B.D. (1992) Energy cost and biomechanical responses during three different aerobic dance routines. Unpublished Master's Thesis, Bowling Green, OH.
Reeves, B.D.; Darby, L.A. (1991) Energy cost during three different aerobic dance routines. In: W.Liemohn (Ed.) Abstracts of research papers: AAHPERD 1991 (p.147). Reston, VA.
Schaeffer, S.A.; Darby, L.A.; Browder, K.D.; Reeves, B.D. (1995) Perceived exertion and metabolic responses of women during aerobic dance exercise. Perceptual and Motor Skills, 81:2, 691-700.
Scharff-Olson, M.; Williford, H.N.; Smith, F.H. (1992) The heart rate VO2 relationship of aerobic dance: a comparison of target heart rate methods. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Dec, 32:4, 372-7.
Sharkey, Brian J. (1997) Fitness & Health. Human Kinetics Books, Champaign, Illinois.
Sharpe, G. (1996) Can you walk and count your pulse at the same time? Journal of Strenght and Conditioning Research, 10(2), 98-100.
Soares, J. (1987) A frequência cardíaca em andebolistas jovens – defesa individual e defesa à zona. Revista Horizonte, vol.4 nº22, Lisboa.
Thomas, T.; Ziogas, G.; Smith, T.; Zhang, Q.; Londeree, B. (1995) Physiological and perceived exertion responses to six modes of submaximal exercise. Research Quarterly for Exercise and Sport, 66(3).
Treiber, F. A.; Musante, L.; Hartdagan, S.; Davis, H.; Levy, M.; & Stong, W. B. (1989) Validation of a heart rate monitor with children in laboratory and field settings. Medicine and Science in Sports and Exercise. 21, 338-342.
Vilas-Boas, J.P. (1988) Técnica de monitorização da frequência cardíaca por telemetria do electrocardiograma em provas de natação. Revista Portuguesa de Medicina Desportiva, 6.
Williams, L.D.; Morton, A.R. (1986) Changes in selected cardiorespiratory responses to exercise and in body composition following a 12-week aerobic dance programme. Journal of Sports Science, Winter, 4:3, 189-99.
Williford, H. N.; Scharff-Olson, M.; Blessing, D. L. (1989) The physiological effects of aerobic dance. A review. Sports Medicine, 8.
Winborn, M.D.; Meyers, A.W.; Mulling, C. (1988) The effects of gender and experience on perceived exertion. Journal of Sport and Exercise Psychology, 10, 22-31.
revista digital · Año 4 · Nº 17 | Buenos Aires, diciembre 1999 |