Flexibilidade na terceira idade: uma revisão de literatura

Flexibility in the elderly: a literature review

Flexibilidad en la tercera edad: una revisión de la literatura

 

Eduardo Gauze Alexandrino*

eduardogauze@hotmail.com

Danilo Francisco da Silva Marçal*

danilofsm@msn.com

Claudiana Marcela Siste Charal*

claudiana_siste@hotmail.com

Fernanda Braghini*

fernanda.braghini@hotmail.com

Sônia Maria Marques Gomes Bertolini**

sonia.bertolini@unicesumar.edu.br

 

*Mestre em Promoção da Saúde do UNICESUMAR, Maringá, Paraná

**Dra. Docente do Mestrado em Promoção da Saúde

do UNICESUMAR, Maringá, Paraná

(Brasil)

 

Recepção: 08/01/2018 - Aceitação: 27/06/2018

1ª Revisão: 26/06/2018 - 2ª Revisão: 26/06/2018

 

Resumo

    A redução da flexibilidade pode levar a um quadro de hipomobilidade ligado a problemas de postura, risco de lesão e aumento da tensão muscular. Por outro lado, altos níveis de flexibilidade podem deixar as articulações vulneráveis ocasionando determinados tipos de lesões, como luxações e frouxidão ligamentar. O presente estudo teve como objetivo apresentar e discutir o termo flexibilidade de pessoas com idade avançada. Os dados foram coletados nas bases de dados SCIELO e LILACS, sendo selecionadas publicações entre 2005 e 2015. Pesquisas têm mostrado que muitas atividades físicas proporcionam melhoria da saúde e da funcionalidade do idoso. Dentre essas atividades, o treinamento com pesos tem se revelado o mais eficaz na melhoria e manutenção da flexibilidade na autonomia funcional.

    Unitermos: Envelhecimento. Flexibilidade. Idoso. Atividade física.

 

Abstract

    Reduced flexibility may lead to hypomobility associated with posture problems, risk of injury and increased muscle tension. On the other hand, high levels of flexibility can unprotect the joints causing certain types of injuries, such as dislocations and ligament laxity. The present study aimed to present and discuss the term flexibility of elderly people. Data were collected in the SCIELO and LILACS databases, being selected publications were selected between 2005 and 2015. Research shows that several physical activities improve the health and functionality of the elderly. Among these activities, weight training has been shown to be the most effective in improving and maintaining flexibility in functional autonomy.

    Keywords: Aging. Flexibility. Elderly. Physical activity.

 

Resumen

    La reducción de la flexibilidad puede llevar a un cuadro de hipomobilidad ligado a problemas de postura, riesgo de lesión y aumento de la tensión muscular. Por otro lado, altos niveles de flexibilidad pueden desproteger las articulaciones ocasionando determinados tipos de lesiones, como luxaciones y flojedad ligada. El presente estudio tuvo como objetivo presentar y discutir el término flexibilidad de personas con edad avanzada. Los datos fueron recolectados en las bases de datos SCIELO y LILACS, y se seleccionaron publicaciones entre 2005 y 2015. Las investigaciones demuestran que diversas actividades físicas proporcionan mejoría de la salud y de la funcionalidad del anciano. Entre estas actividades, el entrenamiento con pesas se ha mostrado como el más eficaz en la mejora y mantenimiento de la flexibilidad en la autonomía funcional.

    Unitermos: Envejecimiento. Flexibilidad. Persona mayor. Actividad física.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 241, Jun. (2018)


 

Introdução

 

    No processo natural de envelhecimento ocorre a degeneração das funções neuromotoras e estruturas orgânicas. Consequentemente, ocorre um declínio gradativo das capacidades físicas e do desempenho físico. Tais perdas podem ser amenizadas com condições adequadas do comportamento de estilo de vida (Magalhães, 2008; Nogueira et al., 2010).

 

    Para independência funcional longilínea, níveis adequados de flexibilidade são fundamentais.O baixo índice desta capacidade física tem sido associado à maior prevalência de lesões, bem como à maior dificuldade em caminhar e realizar as tarefas diárias. Essas manifestações biológicas ao longo da vida podem gerar maior vulnerabilidade e maior ocorrência de patologias (Nelson et al., 2007; Gonçalves; Gurjão; Gobbi, 2007).

 

    De acordo com Vale, Novaes e Dantas (2005) estudos vêm sendo produzidos influenciados pelo aumento da expectativa de vida, devido aos progressos sociais e avanços científicos em diferentes áreas das ciências da saúde. Estudos de Gonçalves et al. (2014) com idosos praticantes de atividades aquáticas e de Macêdo, Freitas e Scheicher (2014) com idosos com diferentes níveis de aptidão física demonstraram que a pratica regular da atividade física é capaz de proporcionar impacto positivo nas capacidades físicas, mesmo durante o processo de envelhecimento.

 

    O conhecimento sobre o fenômeno do declínio morfológico, fisiológico e cognitivo do envelhecimento com variáveis do ambiente são controversos. Por esse motivo, pesquisas tem buscado compreender a essência do viver mais e viver bem, e agregam ao exercício físico responsabilidade para manter e promover a flexibilidade como um dos fatores preponderantes da qualidade de vida na terceira idade. Entretanto, as modalidades, quantidade e intensidade de alongamento indicadas para pessoas idosas são inconsistentes para definição da carga de trabalho (Ueno et al., 2012).

 

    Para este estudo foi utilizada a técnica de pesquisa bibliográfica, compilando informações nas bases de dados SCIELO e LILACS, e em livros pertinentes ao assunto.

 

    Para a busca nos bancos de dados utilizou-se os termos constantes nos Descritores em Ciência da Saúde: Envelhecimento; Flexibilidade; Idoso; Atividade Física. A seleção do material se deu a partir dos critérios de inclusão: artigos que estivessem disponíveis na íntegra, trabalhos que abordassem flexibilidade relacionada à atividade física em idosos em seus títulos e resumos. Foram selecionadas as publicações entre 2005 e 2015.

 

    O presente estudo tem como objetivo apresentar e discutir o termo flexibilidade de pessoas com idade avançada, referido na literatura científica.

 

Flexibilidade em pessoas de idade avançada

 

    Segundo Magalhães (2008) envelhecer é a culminação de um processo que se inicia com a concepção e é resultante da ação do tempo sobre os seres vivos. Este processo envolve alterações que causam declínio em todas as funções do corpo. Dentre as alterações fisiológicas, chama a atenção a redução da massa magra, força e flexibilidade, os quais associados podem causar déficits do equilíbrio, postura e desempenho da capacidade funcional na execução das atividades da vida diária.

 

    Nogueira et al. (2010) tratam a capacidade funcional como con­dição que o indivíduo exerce de viver de maneira autônoma e independente. Nesse contexto, a flexibilidade exige atenção especial, pois sem o devido estimulo pode haver limitações da qualidade de vida, como a baixa mobilidade articular que dificulta tarefas simples, facilita lesões musculares, desvios posturais, dores na realização do movimento de extensão e baixa capacidade de suportar esforços físicos.

 

    Os conceitos de flexibilidade e alongamento podem variar de uma área para outra, tanto em publicações internacionais quanto nacionais.

 

    A elasticidade dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares diminuem com a idade devido à deficiência de colágeno. Adultos perdem em torno de 8-10 cm de flexibilidade na região lombar e no quadril, onde a restrição na amplitude de movimento das grandes articulações torna-se maior ainda maior na senescência (Rebellato et al., 2007).

 

    A flexibilidade é um componente da aptidão física e pode ser definida como a amplitude máxima anatômica passiva de um movimento articular. Dantas (2005) acrescenta que ela é a responsável pela execução de um movimento por uma articulação ou conjunto de articulações sem risco de danos musculares e articulares. Trevisol e Silva (2009) contribuem ao relacionar a capacidade de alongamento das estruturas que compõem os tecidos moles; músculos, tendões e tecido conjuntivo; através da amplitude de movimento articular disponível.

 

    Para Miranda e Morais (2009) a flexibilidade é a amplitude de movimento disponível em grupo de articulações. A flexibilidade resulta da interação de vários fatores como a capacidade flexível da articulação, capacidade extensível da musculatura e dos tendões, sendo considerado um indicador de saúde em todas as idades. Para Costa et al. (2008), flexibilidade é a habilidade de mover uma articulação ou uma série de articulações de maneira suave e confortável por meio da amplitude de movimento irrestrito, sem dor e sem lesioná-las.

 

    Segundo Macêdo et al. (2008) níveis baixos de flexibilidade podem levar a um quadro de hipomobilidade acarretando problemas posturais, níveis elevados de lesão e diminuição de tensões neuromusculares. Por outro lado, altos níveis de flexibilidade podem desproteger as articulações levando a ocorrência de determinados tipos de lesões, como luxações e frouxidão ligamentar. Bertolla et al. (2007) contribuem ao evidenciar que a falta de flexibilidade é um fator limitante de desempenho e aumenta as chances de lesões, como as distensões musculares. Em contrapartida, a flexibilidade além dos limites fisiológicos pode provocar instabilidade articular ocasionando entorses, osteoartrite e dores articulares.

 

    Para Gama et al. (2007) a flexibilidade inadequada é uma condição que favorece as lesões musculares. Para os autores, a amplitude articular de movimento ou mobilidade das articulações depende da extensibilidade dos tecidos moles peri e intra-articulares, para tanto, a utilização de manobras de alongamento é um dos recursos mais utilizados na prática de promoção da flexibilidade e prevenção e reabilitação de lesões musculotendinosas.

 

    Divergências são relatadas sobre a diferença entre flexibilidade e alongamento, principalmente no que diz respeito da pratica no campo profissional. Para Dantas (2005), alongamento é utilizado para manutenção dos níveis de flexibilidade e o flexionamento para desenvolvimento da mesma. Entretanto, o alongamento é o termo usado para descrever os exercícios que aumentam o comprimento das estruturas dos tecidos moles e, consequentemente, a flexibilidade.

 

    Trevisol e Silva (2009) tratam que o alongamento é categorizado na forma como o movimento é alcançado, de forma ativa ou passiva, ou se o movimento é alcançado por tensão de músculo agonista ou por inércia, gravidade, ou ambos.

 

    De acordo com Achour (2006) existem três tipos básicos de flexibilidade: a estática, que se refere à amplitude em torno de uma articulação, sem ênfase em velocidade. A balística, que se refere aos movimentos amplos e rápidos. E a dinâmica/funcional, que esta associada à habilidade de usar a amplitude de movimento articular na realização de uma atividade, seja ela rápida, moderada ou lenta. Achour (2007) trata que os fatores limitantes da flexibilidade ocorrem pela resistência muscular, então um exercício que produz alongamento dos músculos resultará em aumento da flexibilidade.

 

    Para o autor citado, a natureza visco-elástica da unidade musculo-tendinea sugere que o alongamento devera resultar em maior flexibilidade de uma articulação. O alongamento é referido por exercícios que envolvem a aplicação de uma força para superar a resistência do tecido conjuntivo sobre a articulação e aumentar a amplitude de movimento.

 

    De acordo com Gama et al. (2007) os exercícios de alongamento podem ser utilizados no ambiente terapêutico e desportivo para ganho de amplitude articular. Cargas de baixa magnitude por longos períodos de tempo intensificam a deformação plástica tecidual não contrátil, permitindo remodelamento gradual das ligações de colágeno e redistribuição de água para os tecidos vizinhos. Achour (2007) destaca que o sistema muscular e articular tem funções dependentes; uma alteração em um deles modifica em maior ou menor grau o outro. Diante do exposto poderia referir-se a flexibilidade como um sistema musculoarticular.

 

Evidências e contraposições de flexibilidade na terceira idade

 

    A senescência tem como característica as alterações e declínio na funcionalidade de vários sistemas do corpo humano, ocasionando mudanças anatomofuncionais significativas em pessoas com idade avançada. Segundo Silva e Menezes (2014) entres essas modificações, a diminuição da flexibilidade possui grande impacto na capacidade funcional do idoso, provocando fragilidade e menor autonomia para as tarefas cotidianas.

 

    Após as considerações levantadas, com o treinamento da flexibilidade, qualquer indivíduo, assim como a pessoa idosa é capaz de melhorar sua amplitude do músculo articular, diminuindo as resistências dos tecidos musculares e conjuntivos deformando os mesmos de forma elástica ou plástica para níveis adequados.

 

    Para Miranda e Morais (2009), independente da idade, o alcance de níveis mais elevados de flexibilidade ocorre pela aplicação sistematizada de estímulos denominados alongamentos. Estas aplicações devem ser definidas de acordo com objetivo e característica do idoso para melhorar o desempenho na atividade laboral e nas atividades da vida diária. Sacco et al. (2005), em pessoas com patologias, a amplitude articular pode ser agravada por processos inflamatórios, redução da quantidade de líquido sinovial e lesões cartilaginosas.

 

    Para Nelson et al. (2007) durante o processo de envelhecimento as fibras elásticas exibem mudanças físicas e bioquímicas específicas como resultado do envelhecimento. Magalhães (2008) relata que elas perdem a elasticidade e sofrem alterações, como fragmentação, desgaste e calcificação. No idoso, o alongamento pode proteger as articulações e músculos contra lesões, uma vez que melhora a vascularização nessas estruturas mantendo-as saudáveis, além de promover o aquecimento da musculatura preparando-a para exercícios com maior intensidade.

 

    Rebellato e Morelli (2007) destacam que em relação à flexibilidade, o fator elasticidade dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares diminui com a idade devido à deficiência e assimilação de colágeno. Estima-se que durante a vida ativa, adultos percam em torno de 8 à 10 centímetros de flexibilidade na região lombar e no quadril. Guedes e Guedes (2006) tratam o teste de sentar-e-alcançar como eficaz para diagnosticar pessoas de todas as idades, além de ser um marcador eficiente de avaliação de programas de exercício físico.

 

    O estudo de Ribeiro et al. (2009) avaliou 14 idosas participantes de um programa de ginástica com duração de 24 semanas. Na análise da flexibilidade, foi observado que, embora não se tenha observado diferença significativa entre as médias do pré e pós--teste, quando foi considerada a classificação, muitas passaram da categoria “regular” para a categoria “boa”.

 

    Um estudo evidenciou a eficácia do exercício físico supervisionado na flexibilidade, força muscular manual e mobilidade funcional (Fidelis; Patrizzi; Walsh, 2013). Prado e Haas (2006) com o objetivo de avaliar a influência do Método Pilates na flexibilidade de mulheres adultas realizaram um estudo com 10 mulheres, com idade média de 42,5 ± 16,01 anos, com duas sessões semanais durante oito meses. Houve aumento da flexibilidade de membros inferiores, superiores e tronco. Em outro estudo realizado com 20 mulheres idosas foi constatado que o treinamento de Pilates foi benéfico e satisfatório no grau de força e flexibilidade das idosas (Oliveira et al., 2014).

 

    No que diz respeito a flexibilidade, a seguir serão destacados estudos de intervenção com aumento significativo na flexibilidade dos indivíduos avaliados.

 

    Com 12 semanas de ginástica orientada verificou-se ganho significativo na flexibilidade de 30 idosos, evidenciando que a realização de exercícios do programa de alongamento reflete em benefícios à amplitude de movimento de indivíduos idosos (Silva; Guedes, 2015).

 

    Machado et al. (2015) ao comparar as médias do pré e pós-teste, verificou resultados significativos (p=0,002) no desempenho das idosas, evidenciando que uma intervenção de ginástica funcional é eficaz na melhoria da flexibilidade de membros inferiores.

 

    Em um estudo de casos realizado com 4 pacientes idosas portadores do vírus HIV foi constatado que dezesseis semanas de intervenção com exercícios físicos são capazes de promover benefícios, pois ocasionam melhorias na amplitude de movimento articular e força muscular, bem como possibilitam alterações em marcadores da função imunológica e domínios da qualidade de vida (Araújo et al., 2014).

 

    Em um trabalho realizado por Gonçalves, Gurjão e Gobbi (2007), após 08 semanas de treinamento com pesos com amostra de ambos os sexos (média de 65 anos), constataram que a flexibilidade foi aumentada após avaliação por flexímetro. No trabalho citado, a intervenção consistiu em três séries de 10 a 12 repetições. Em uma pesquisa realizada com 10 idosos, onde a intervenção foi duas sessões de alongamento geral por semana, foi constatado melhora na amplitude articular (Rodrigues et al., 2013).

 

    Entretanto, na pesquisa de Rebellato et al. (2006) de intervenção de 58 semanas de praticas variadas de atividade física, incluindo alongamentos, não houve melhora significativa na flexibilidade de mulheres entre 60 e 80 anos. Em uma pesquisa de comparação de idosos praticantes de dança, musculação e atividades gerais de Ueno et al. (2012) com 94 idosos (média de 64 anos) foi constatado que a prática de atividade física regular e sistematizada, independentemente da modalidade, pode ter influência positiva no desempenho funcional.

 

    Roma et al. (2013) pesquisou homens idosos sedentários com média de idade 69 anos, onde comparou dois grupos com programas de treinamento diferentes, sendo um de atividades aeróbicas e outro de exercícios resistidos. Os grupos apresentaram melhora na aptidão física, porém no grupo de exercícios resistido, os resultados foram mais significativos na flexibilidade.

 

    No estudo clínico não randomizado com 20 idosos institucionalizados de Sá, Bachion e Menezes (2012) obtiveram resultados significativos de flexibilidade e outras capacidades físicas e habilidades motoras associado ao medo de quedas e quedas propriamente ditas após 5 meses de intervenção. No estudo de Silva e Menezes (2014) com 420 idosos de idade entre 64 e 104 anos encontrou associação entre as variáveis indicativas de capacidade funcional e grupo etário na flexibilidade/mobilidade. Houve associação significativa do sexo apenas com a flexibilidade e experiências anteriores de atividade física.

 

    Observa-se que os ganhos de flexibilidade, através de programas de exercícios, podem atenuar os declínios desta capacidade promovendo melhoria na execução das atividades da vida diária.Deste modo, segundo Costa et al. (2008), a literatura recomenda como tempo e repetição ideal para manter níveis de alongamento de 03 a 60 segundos, em três ou quatro séries, sendo eficiente para aumentar a flexibilidade muscular.

 

    Ademais, diante da importância da capacidade funcional como preditor de morbidade e mortalidade, é fundamental tratar o ser humano de idade avançada como um organismo de sistemas integrados, onde qualquer intervenção neuromuscular em atividade física nunca terá resultados de forma isolada em uma ou outra capacidade.

 

Conclusão

 

    Observou-se que o treinamento contínuo da flexibilidade mantém a integralidade das estruturas de tecido conjuntivo dos músculos e articulações.Notou-se que as pesquisas apontam as características do envelhecimento como um acúmulo de danos aleatórios e funcionais aos elementos biológicos do corpo humano.

 

    Esta revisão evidenciou que a flexibilidade está associada à diversas alterações,relacionadas a outras capacidades físicas, decorrentes do processo de envelhecimento.De fato, tais implicações afetam a qualidade de vida e capacidade funcional do idoso. Entretanto, parece que essa perda é menor em pessoas que mantém regularidade de atividade física, mesmo com inicio tardio.

 

    Os resultados sugerem que os idosos que mantêm uma prática de atividade física apresentam melhor mobilidade funcional, tendo o treinamento com pesos resultados mais significativos no ganho de força, manutenção e melhoria da flexibilidade.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 241, Jun. (2018)