ISSN 1514-3465
Associação entre postura e lesões em atletas
profissionais do Montes Claros América
VôleiAssociation between Posture and Injuries in Professional Athletes from Montes Claros América Vôlei
Relación entre postura y lesiones en jugadores profesionales de Montes Claros América Voleibol
Wellington Danilo Soares
*wdansoa@yahoo.com.br
Rian Carlos Silva Santos
**riancarlos77713@gmail.com
Marcos Araújo Barboza
**marcos.barboza12@hotmail.com
Jomar Luiz Santos Almeida
***jomar_fisio@hotmail.com
*Doutor em Ciências da Saúde
pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
Docente no curso de Fisioterapia
no Centro Universitário FUNORTE, Montes Claros
**Acadêmico do curso de Fisioterapia
do Centro Universitário FUNORTE, Montes Claros, MG
***Mestre em Avaliação nas atividades físicas e desportivas
pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro/Portugal
Docente no curso de Fisioterapia das FUNORTE
Montes Claros, MG
(Brasil)
Recepción: 22/11/2024 - Aceptación: 15/02/2025
1ª Revisión: 11/02/2025 - 2ª Revisión: 12/02/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Soares, W.D., Santos, R.C.S., Barboza, M.A., e Almeida, J.L.S. (2025). Associação entre postura e lesões em atletas profissionais do Montes Claros América Vôlei. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(322), 107-117. https://doi.org/10.46642/efd.v29i322.8014
Resumo
O voleibol é amplamente praticado no Brasil e no mundo, caracterizando-se por um menor contato físico entre jogadores. Nele a prevenção de lesões é essencial, pois evita desequilíbrios corporais que prejudicam o desempenho e a saúde dos atletas. Este estudo teve como objetivo analisar se existe associação entre alterações posturais e lesões nos atletas do Montes Claros América Vôlei – MG. Trata de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, documental, associativa e transversal. A amostra incluiu prontuários de atletas com mais de 18 anos do Montes Claros América Vôlei – MG, que participaram da temporada 2023/2024. Foram coletados dados demográficos e clínicos, incluindo histórico de lesões e avaliação postural. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences versão 29.0, por meio do teste Qui-quadrado para avaliar possíveis associações com um nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que os centrais e pontas foram mais acometidos por lesões durante a temporada, principalmente nos membros inferiores, com destaque para as tendinites, entorses e estiramentos musculares, que podem estar relacionados com o overuse. Ao final, não foram encontradas associações entre alterações posturais e lesões na amostra pesquisada.
Unitermos:
Postura. Lesão. Fisioterapia. Voleibol.
Abstract
Volleyball is widely played in Brazil and around the world, and it is characterized by less physical contact between players. Injury prevention is essential, as it prevents body imbalances that harm athletes' performance and health. This study aimed to analyze whether there is an association between postural changes and injuries in athletes from Montes Claros América Vôlei – MG. It is a descriptive research, with a quantitative, documentary, associative and cross- sectional approach. The sample included medical records of athletes over 18 years old from Montes Claros América Vôlei – MG, who participated in the 2023/2024 season. They were collected demographic and clinical data, including injury history and postural assessment. The data were analyzed using the software Statistical Package for the Social Sciences (version 29.0), using the Chi-square test to assess possible associations with a significance level of 5%. The results showed that the central players and winger spikers were more affected by injuries during the season, mainly in the lower limbs, with emphasis on tendonitis, sprains and muscle strains, which may be related to overuse. In the end, no associations were found between postural changes and injuries in the sample studied.
Keywords:
Posture. Injury. Physiotherapy. Volleyball.
Resumen
El voleibol se practica ampliamente en Brasil y en todo el mundo, caracterizándose por un menor contacto físico entre los jugadores. La prevención de lesiones es fundamental, ya que evita desequilibrios corporales que perjudican el rendimiento y la salud de los deportistas. Este estudio tuvo como objetivo analizar si existe relación entre cambios posturales y lesiones en jugadores de Montes Claros América Voleibol – MG. Se trata de una investigación descriptiva, con un enfoque cuantitativo, documental, asociativo y transversal. La muestra incluyó historias clínicas de deportistas mayores de 18 años de Montes Claros América Voleibol – MG, que participaron en la temporada 2023/2024. Se recogieron datos demográficos y clínicos, incluidos antecedentes de lesiones y evaluación postural. Los datos fueron analizados mediante el software Statistical Package for the Social Sciences versión 29.0, utilizándose la prueba Chi-cuadrado para evaluar posibles relaciones con un nivel de significancia del 5%. Los resultados mostraron que los centrales y extremos fueron los más afectados por lesiones durante la temporada, principalmente en los miembros inferiores, con énfasis en tendinitis, esguinces y distensiones musculares, que pueden estar relacionadas con el sobreuso. Al final no se encontraron relaciones entre cambios posturales y lesiones en la muestra estudiada.
Palabras clave
: Postura. Lesión. Fisioterapia. Voleibol.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 322, Mar. (2025)
Introdução
O voleibol atualmente é o segundo esporte mais praticado no Brasil e um dos mais praticados no mundo (Pico Carvajal, e Contreras Toquica, 2020). Essa modalidade esportiva tem como característica menos contato físico entre os jogadores, todavia, existem altos impactos nas estruturas musculoesqueléticas dos atletas, pois, durante a partida, realizam diversos movimentos de salto, contato com a bola em alta velocidade e mudanças rápidas de direção. (Spinola, 2024)
Por conseguinte, é indubitável que o nível competitivo desse esporte requer movimentos de aceleração e frenagem súbita do corpo inteiro, consequentemente, causando lesões. Algumas articulações específicas costumam ficar sobrecarregadas, como o joelho e o tornozelo, durante o salto e a aterrissagem, bem como o ombro, durante o movimento de cortada e saque (Reyes Rivera, 2021). Além disso, existem os fatores extrínsecos e intrínsecos que levam os atletas às lesões. (Vidals Carvajal, 2022)
Vale ressaltar que a prevenção de qualquer tipo de lesão é crucial para manutenção de um corpo saudável, pois uma lesão pode danificar várias estruturas do corpo e, na tentativa de manter um bom trabalho, partes saudáveis se intensificam na busca de suprir a ausência de uma parte lesada, gerando um desequilíbrio osteomuscular significativo. (Borato et al., 2024)
Conforme Videa, e Carrasco (2021), controle postural é um processo complexo, que depende da integração da visão, da sensação vestibular e periférica, dos comandos centrais e de respostas neuromusculares e, particularmente, da força muscular e do tempo de reação. Nesse sentido, a realização de gestos esportivos habilidosos depende da integridade desse sistema. Ademais, um sistema proprioceptivo alterado pode acarretar déficits na estabilização articular e neuromuscular, que contribuem para a ocorrência de lesões. (Vidals Carvajal, 2022)
Todas essas informações são processadas pelo Sistema Nervoso Central (SNC), que é capaz de selecionar as informações relevantes e descartar as irrelevantes para garantir um equilíbrio adequado. Logo, a construção de estratégias de prevenção de lesões nessa modalidade esportiva é crucial, sendo imperativo analisar variáveis que podem identificar fatores de risco para lesões, como a performance muscular e o controle postural dos atletas profissionais. (Villaquiran-Hurtado et al., 2020)
Destarte, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar se há associação entre alterações posturais e lesões nos atletas do Montes Claros América Vôlei – MG.
A pesquisa encontra relevância na possibilidade de identificar aspectos multifatoriais que possam levar os atletas profissionais do voleibol a se lesionarem. Em razão disso, está em permanente discussão no âmbito da medicina e fisioterapia esportiva, sendo indubitável a consulta recorrente a documentos e dados atualizados que proporcionem o aumento dos conhecimentos relacionados ao tema.
Métodos
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes sob o Parecer nº 4.735.963 e CAAE: 30590820.6.0000.5146. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, documental, associativa e transversal.
A amostra foi constituída por prontuários dos atletas do Montes Claros América Vôlei – MG que tinham mais de 18 anos e que atuaram na temporada 2023/2024. Foram incluídos atletas que passaram por avaliação no começo da temporada pela equipe multidisciplinar de saúde da equipe e que jogaram a temporada 2023/2024 (compreendida entre o 2º semestre/2023 e 1º semestre/2024) da Superliga Masculina pelo Montes Claros América Vôlei – MG. Excluíram-se atletas que deixaram o time durante a temporada e/ou com prontuários incompletos.
Foram utilizadas informações dos prontuários, como dados dos atletas (nome, idade, sexo e posição). Outrossim, dados clínicos dos atletas (histórico de lesões, percentual de gordura, estatura, massa muscular, frequência cardíaca submáxima, biotipo, avaliação postural estática e dinâmica).
Todos os dados foram coletados pelos próprios pesquisadores no Centro de Treinamento (CT) da equipe. Vale ressaltar que a coleta foi realizada no segundo semestre de 2024, sob a supervisão do orientador e do fisioterapeuta da equipe.
Os dados foram organizados em planilhas no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 29.0 para Windows, sendo realizada uma análise descritiva dessas informações, com valores de média e desvio padrão. Além disso, para análise de possíveis associações entre as variáveis pesquisadas, foi utilizado o teste de Qui-quadrado, e o nível de significância adotado foi de 5%.
Resultados
Participaram da pesquisa 12 jogadores profissionais de vôlei, com idade entre 20 e 38 anos (27,0 ± 5,6 anos).
Tabela 1. Apresenta os dados descritivos em frequência real e absoluta do grupo amostral (n=12)
Variável |
Opção |
N - % |
Posição |
Levantador |
2
– 16,7 |
Ponteiro |
3
– 25,0 |
|
Oposto |
1
– 8,3 |
|
Central |
4
– 33,3 |
|
Libero |
2
– 16,7 |
|
Alterações
posturais |
Coluna
vertebral |
2
– 15,4 |
Membros superiores (MMSS) |
2
– 15,4 |
|
Membros
inferiores (MMII) |
9
– 69,2 |
|
Lesões |
Tendinites |
7
– 50 |
Estiramento
muscular |
5
– 35,7 |
|
Lesões
articulares |
4
– 7,1 |
|
Fascite
plantar |
4
– 7,1 |
|
Eletrotermofoterapia |
5
– 33,3 |
|
Tratamento |
Terapia
manual |
8
– 53,3 |
Exercícios |
1
– 6,7 |
|
Crioterapia |
1
– 6,7 |
Fonte: Elaboração própria
De acordo a Tabela 1, foi possível verificar que a maioria dos pesquisados atuava como central e ponteiro. Também foi identificado que das alterações posturais a maior prevalência foi nos MMII, o tipo de lesão de maior ocorrência foram as tendinites, e formas de tratamento mais utilizadas foram a terapia manual e a eletrotermofototerapia.
Tabela 2. Demonstra as comparações entre o pré- e pós-teste das variáveis pesquisadas (n =12)
Variável |
Pré-teste
– Pós-teste |
SIG |
Massa
corporal |
93,0
± 13,3 – 91,9 ± 12,2 |
0,004* |
Massa
livre de gordura |
78,8
± 10,3 – 80,9 ± 10,7 |
0,162 |
Percentual
de gordura |
13,0
± 5,0 – 9,3 – 3,1 |
0,004* |
*SIG = Nível de significância (p ≤ 0,05). Fonte: Elaboração própria
De acordo a Tabela 2, foi verificado que a massa corporal e o percentual de gordura tiveram diferenças estatisticamente significativas quando comparadas as médias dos pré e pós-teste.
Não foram encontradas associações entre alterações posturais e lesões na amostra pesquisada.
Discussão
Este estudo objetivou avaliar a existência ou não de associação entre alterações posturais e lesões nos atletas do Montes Claros América Vôlei – MG, na temporada 2023/2024.
Os resultados demostraram que não houve associações entre as alterações posturais como as lesões. Bem como no estudo de Veiga et al. (2011) que acreditam ser difícil fazer a correlação dos desequilíbrios posturais com as lesões sofridas, pois, em seu estudo com 28 atletas de futebol, foram observadas diversas alterações posturais, como joelho varo, anteriorização da cabeça, anteversão pélvica, assimetria dos triângulos de Tales e uma diminuição na flexibilidade da cadeia posterior na maioria dos atletas, o que pode demonstrar que essas alterações são uma postura padrão que os atletas em geral apresentam, dificultando, assim, estabelecer uma relação estatística entre os dados de alteração postural com o acometimento de lesão.
Isso corrobora também os achados deste trabalho assim como Carvalho et al. (2013) realizaram uma revisão de literatura com 33 fontes selecionadas. Os autores concluíram que não foi possível estabelecer uma relação entre as alterações posturais e as incidências de lesões nos atletas analisados nos estudos. Outrossim, Silva et al. (2019) realizaram seu estudo com uma amostra de 29 jogadores profissionais de um time de futebol da cidade de Montes Claros-MG, por meio do qual se concluiu que, apesar das alterações posturais da coluna vertebral presentes nos atletas, elas não foram causadoras de alterações morfológicas no joelho, sugerindo a possibilidade de a posição influenciar nesse aspecto; fato não encontrado nesta pesquisa.
Todavia, Peralta (2024) afirma que os desalinhamentos posturais associados às características próprias do esporte (excesso de treino, movimentos repetitivos) e às características individuais de cada atleta podem predispor à ocorrência de mais lesões em relação ao jogador que não apresenta qualquer alteração postural.
Com relação às lesões prevalentes, nosso achados apontaram que os centrais foram acometidos em maior número pelas tendinites e estiramentos musculares, sobretudo nos MMII. Assim como nos resultados do estudo de Stork (2024) em que as pontas e as centrais foram as mais acometidas com lesões, principalmente no tornozelo.
No que tange ao segmento corporal mais acometido, este estudo apontou que os MMII foram majoritariamente afetados pelas alterações posturais e lesões. Já Chimbo Tixi, e Villegas Gaibor (2024) afirmaram que a coluna lombar está entre as regiões corporais mais afetadas devido aos altos impactos do esporte. Contudo, Spinola (2024) elucida que o ombro é uma das regiões mais acometidas por lesões no voleibol, demonstrando uma falta de consenso na literatura científica.
Uma das possíveis explicações para os resultados deste estudo no que tange aos MMII como local de maior acometimento de lesões, segundo Santos et al. (2022) e Huichi (2022), é o fato de que no voleibol, são mais prevalentes as lesões por overuse (por sobrecarga ou por esforços repetidos) pela requisição sistemática do salto, sendo a mais comum com prevalência entre os 40 e 50%.
Por conseguinte, correlacionando com os achados deste estudo, pode-se notar que a relação do overuse com as lesões de MMII foi existente já que grande parte das tendinites e estiramentos musculares ocorreu nos membros inferiores, por exemplo, a tendinite patelar, entorse de tornozelo e estiramento muscular dos posteriores de coxa, conforme Borato et al. (2024) afirmam em seu estudo.
No que se refere ao tratamento utilizado na amostra em análise, destacaram-se a terapia manual e a eletrotermofototerapia, as quais propiciaram melhora do quadro álgico e prevenção de possíveis lesões musculoesqueléticas. Já no estudo de Jaramillo (2022), a terapia manual, exercícios de fortalecimento excêntrico, alongamentos e bandagens foram as condutas fisioterapêuticas escolhidas, que visaram reduzir a dor, melhorar a função do segmento e promover a reabilitação do atleta.
Pactua-se com Vanessa (2023) que apontou a terapia manual como muito usada em distúrbios ortopédicos por possuir um leque de manobras e possibilidades para sua aplicação diante de um tratamento de lesões advindas do esporte.
Quanto à composição corpórea, nesta amostra, houve queda no percentual de gordura e da massa corporal de maneira significativa entre o pré e pós-teste. O estudo de Reis et al. (2020), apontou que o aumento gradual do volume de treinos, atrelado às cargas impostas, induz a adaptações da flexibilidade e da composição corporal (massa corporal e percentual de gordura). Onde houve um aumento da massa magra e diminuição da massa gorda, por conseguinte, a amostra apresentou maior potência dos MMII para realizar os gestos esportivos do voleibol e diminuição do estresse musculoesquelético nas aterrisagens e mergulho.
Este estudo apresenta limitação inerente às pesquisas com desenho transversal, pela impossibilidade de se estabelecer uma relação de causa e efeito.
Conclusão
Destarte, os resultados obtidos permitem concluir que não houve associação entre alterações posturais apresentadas pelos atletas e as lesões sofridas durante a temporada.
Portanto, é imperativo que novos estudos sejam realizados sobre essa temática, a fim de esclarecer as possíveis associações ou não de alterações posturais e lesões e enriquecer as evidências científicas de forma a auxiliar a fisioterapia desportiva.
Referências
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 322, Mar. (2025)