ISSN 1514-3465
Correlação entre o salto vertical e o teste de
30 metros lançados em estudantes universitários
Correlation between Vertical Jump and the 30-Meter Sprint Test in University Students
Correlación entre el salto vertical y la prueba de 30 metros lanzados en estudiantes universitarios
Vidal Palacios Calderón
*palacios@ufpr.br
Edson Antônio Tanhoffer
**edsonanta@ufpr.br
Claudia Maria Sallai Tanhoffer
***sallaicm@ufpr.br
Matheus Souza dos Santos
+matthewsdsantos@gmail.com
Ana Carolina Vieira Delfino
++acvd661@gmail.com
Maicon Ambrósio de Souza
++maiconambrosio12@gmail.com
Christian de Santana Leite
+++christiansantana0107@gmail.com
*Graduado em Educação Física
pelo Instituto Central de Cultura Física (Moscou)
Doutor em Ciências da Cultura Física
pelo Instituto Superior de Cultura Física Manuel Fajardo (Havana)
Técnico Nível I da World Athletics
**Biólogo e médico. Doutorado em Fisiologia pela USP
Professor Adjunto 4 do departamento da Anatomia da UFPR
***Doutora em Fisiologia Geral pelo Instituto de biociências da USP
Professora Titular do departamento de Fisiologia da UFPR
+Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná
Mestrado em Biociências e saúde
pela Universidade Oeste de Santa Catarina (UNOESC)
++Graduado em Educação Física
pela Universidade Federal do Paraná
+++Graduando em Educação Física
pela Universidade Federal do Paraná
(Brasil)
Recepción: 24/08/2024 - Aceptación: 19/01/2025
1ª Revisión: 17/01/2025 - 2ª Revisión: 18/01/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Calderón, VP, Tanhoffer, EA, Tanhoffer, CMS, Santos, MS, Delfino, ACV, Souza, MA, e Leite, CS (2025). Correlação entre o salto vertical e o teste de 30 metros lançados em estudantes universitários. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(322), 77-91. https://doi.org/10.46642/efd.v29i322.7853
Resumo
A altura nos saltos verticais Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) é amplamente utilizada como métrica para avaliar a potência dos membros inferiores. Entretanto, poucas pesquisas investigaram a correlação entre as métricas desses saltos e o desempenho no teste de 30 metros. O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre o salto vertical e o desempenho no teste de 30 metros em estudantes universitários. Este é um estudo observacional, analítico e transversal. Participaram 31 estudantes universitários do sexo masculino, com idade média de 19,7±1,51 anos, estatura de 177±5,97 cm e massa corporal de 74,3±13,5 kg. Os participantes realizaram três tentativas dos saltos SJ e CMJ em um tapete de contato, enquanto um sistema de fotocélulas mediu o tempo no teste de 30 metros. A análise de correlação não paramétrica de Spearman foi realizada utilizando o software Jamovi (versão 2.3.38), com nível de significância estabelecido em 5%. Os resultados indicaram fortes correlações negativas e estatisticamente significativas entre o tempo no teste de 30 metros e a altura do SJ (r = -0,71, p<0,001), assim como com a potência relativa (W/kg) desse salto (r = -0,71, p<0,001). Conclui-se que a altura e a potência relativa (W/kg) no salto SJ devem ser consideradas as principais variáveis para o monitoramento da potência dos membros inferiores em estudantes universitários, uma vez que essas métricas estão fortemente associadas a um melhor desempenho no teste de 30 metros.
Unitermos:
Ciclo alongamento-encurtamento. Salto com contramovimento. Salto em agachamento. Sprint.
Abstract
The height in Squat Jump (SJ) and Counter Movement Jump (CMJ) vertical jumps is widely used as a metric to assess lower body power. However, few studies have investigated the correlation between the metrics of these jumps and performance in the 30-meter test. This study aimed to analyze the correlation between vertical jumps and performance in the 30-meter test in university students. This is an observational, analytical, and cross-sectional study. Thirty-one male university students participated, with a mean age of 19.7±1.51 years, height of 177±5.97 cm, and body mass of 74.3±13.5 kg. Participants performed three trials of SJ and CMJ on a contact mat, while a photocell system measured the time in the 30-meter test. A non-parametric Spearman correlation analysis was conducted using the Jamovi software (version 2.3.38), with a significance level set at 5%. The results indicated strong negative and statistically significant correlations between the time in the 30-meter test and the height of the SJ (r = -0.71, p<0.001), as well as with the relative power (W/kg) of this jump (r = -0.71, p<0.001). It is concluded that the height and relative power (W/kg) in the SJ jump should be considered the main variables for monitoring lower body power in university students, as these metrics are strongly associated with better performance in the 30-meter test.
Keywords
: Stretch-shortening cycle. Counter movement jump. Squat jump. Sprint.
Resumen
La altura en los saltos verticales Squat Jump (SJ) y Counter Movement Jump (CMJ) se utiliza ampliamente como métrica para evaluar la potencia de los miembros inferiores. Sin embargo, pocas investigaciones han analizado la correlación entre las métricas de estos saltos y el rendimiento en la prueba de 30 metros. El objetivo de este estudio fue analizar la correlación entre el salto vertical y el rendimiento en la prueba de 30 metros en estudiantes universitarios. Este es un estudio observacional, analítico y transversal. Participaron 31 estudiantes universitarios del sexo masculino, con edad promedio de 19,7±1,51 años, estatura de 177±5,97 cm y masa corporal de 74,3±13,5 kg. Los participantes realizaron tres intentos de los saltos SJ y CMJ en una alfombra de contacto, mientras que un sistema de fotocélulas midió el tiempo en la prueba de 30 metros. Se realizó un análisis de correlación no paramétrica de Spearman utilizando el software Jamovi (versión 2.3.38), con nivel de significancia establecido en 5%. Los resultados indicaron fuertes correlaciones negativas y estadísticamente significativas entre el tiempo en la prueba de 30 metros y la altura del SJ (r=-0,71, p<0,001), así como con la potencia relativa (W/kg) de este salto (r=-0,71, p<0,001). Se concluye que la altura y la potencia relativa (W/kg) en el salto SJ deben ser consideradas las principales variables para el monitoreo de la potencia de los miembros inferiores en estudiantes universitarios, ya que estas métricas están fuertemente asociadas con un mejor rendimiento en la prueba de 30 metros.
Palabras clave
: Ciclo de estiramiento-acortamiento. Salto con contramovimiento. Salto en sentadilla. Sprint.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 322, Mar. (2025)
Introdução
A potência dos membros inferiores é um fator determinante para o desempenho em sprints. Para avaliá-la, três variantes de saltos verticais são amplamente utilizadas na literatura científica: (a) Counter Movement Jump (CMJ), (b) Squat Jump (SJ) e (c) Drop Jump, ou salto vertical após uma queda. (Santos et al., 2023)
O Counter Movement Jump (CMJ) é utilizado para avaliar a força explosivo-elástica, a capacidade de recrutamento neuromuscular e a eficiência na utilização da energia elástica. Esse tipo de salto emprega o ciclo de alongamento-encurtamento (CAE), também conhecido como ação reversível dos músculos ou trabalho pliométrico. (Zatsiorski, 1999)
Por outro lado, o SJ é utilizado para avaliar a tensão muscular explosiva em um único ciclo e a expressão de porcentagem de fibras musculares rápidas. Isso ocorre porque ele é executado a partir de uma posição agachada, com as pernas flexionadas no joelho a um ângulo de 90º. Desse modo, os músculos realizam apenas um trabalho positivo ou concêntrico. (Bosco, 1994)
Um estudo com mulheres corredoras de curtas distâncias e corridas com barreiras, classificadas em nível nacional, revelou diferentes correlações entre testes de saltos de curta duração (CAE curtos) e saltos de maior duração (CAE longos) e a capacidade de sprint em diferentes distâncias (Hennessy, e Kilty, 2001). As correlações entre a capacidade de corrida de 30 metros (r = -0,70) e 100 metros (r = -0,75) indicam uma forte associação entre esses testes de saltos e o desempenho em sprints mais curtos.
Em outra perspectiva, um estudo adicional demonstrou que o desempenho no salto vertical apresentou maiores correlações com sprints realizados em distâncias mais longas, alcançando a velocidade máxima. (Gantois et al., 2018)
Um estudo com 15 adolescentes velocistas do sexo masculino analisou a relação entre o salto vertical, a força específica no momento do evento e o desempenho no sprint, concluindo que saltos que compartilham características específicas de saída de força temporal podem ser mais precisos na previsão do desempenho dos adolescentes velocistas no sprint. (Liang et al., 2023)
Além disso, um estudo sobre a importância da profundidade do contramovimento e sua influência nas variáveis relacionadas à aplicação de força e ao deslocamento do centro de massa, comparando os saltos SJ e CMJ, concluiu que o rendimento na altura do salto foi 15% superior no CMJ, com um tamanho de efeito moderado. No entanto, não foram encontradas diferenças significativas na altura de impulsão entre os dois tipos de saltos, mas houve diferenças estatisticamente significativas no tempo de voo, sendo este maior no CMJ (Sánchez-Sixto et al., 2019). Nesse contexto, a relação entre as habilidades competitivas e os saltos em atletas universitários de atletismo demonstrou que o CMJ é um indicador eficaz, com alta correlação com a capacidade competitiva desses atletas em eventos como corridas de curta e média distância, barreiras, saltos e arremessos. (Aoki, 2020)
Na literatura científica, há poucas pesquisas que exploram a relação entre as métricas dos saltos verticais SJ e CMJ e o desempenho no teste de 30 metros lançados entre estudantes universitários. Além disso, poucos estudos investigaram as relações entre a potência relativa nos saltos SJ e CMJ. Ademais, embora o foco principal nas universidades brasileiras seja o desenvolvimento pedagógico das provas de corrida, saltos e arremessos por meio de exercícios educativos e técnicas específicas, muitos estudantes participam de projetos de treinamento em atletismo, onde o desempenho é frequentemente avaliado sistematicamente ao final de cada mesociclo de preparação. Nesse contexto, o processo de seleção desses estudantes para as equipes universitárias de atletismo assume uma importância significativa.
Por outro lado, a força muscular, especialmente a força explosiva, desempenha um papel crucial no processo de ensino-aprendizagem das provas de velocidade, saltos e lançamentos. Esses argumentos destacam a importância de aprofundar os estudos sobre o tema. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre o salto vertical e o teste de 30 metros lançados em estudantes universitários. A hipótese levantada foi de que existe uma correlação negativa e significativa entre os resultados das métricas dos saltos Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados.
Método
Delineamento da pesquisa
Trata-se de um estudo observacional analítico e transversal.
Critérios éticos
O estudo foi conduzido em conformidade com a versão mais recente da Declaração de Helsinque (Associação Médica Mundial, 2013) para pesquisas envolvendo seres humanos, assegurando o consentimento livre e esclarecido dos participantes. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná (CEP/SD), conforme as Resoluções CNS 466, de 12 de dezembro de 2012, e 510, de 7 de abril de 2016, sob o parecer nº 6.741.691 (CAAE: 77418324.7.0000.0102). Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Amostra e locais para a coleta de dados
A pesquisa foi realizada no Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Paraná. Participaram do estudo 31 estudantes do sexo masculino, regularmente matriculados na disciplina de atletismo e com prática regular de atividades físicas (idade média de 19,7 ± 1,51 anos), estatura de 177 ± 5,97 cm e massa corporal de 74,3 ± 13,5 kg, todos do curso de Educação Física da Universidade Federal do Paraná. A amostragem utilizada foi não probabilística, por conveniência.
Instrumentos e procedimentos
Todas as avaliações foram realizadas no período da manhã. As medições de massa corporal foram obtidas por meio de uma balança digital Omron® HBF-514C. As medidas de estatura foram realizadas com um estadiômetro portátil da marca Avaliação Física Nutricionista Persona®, com precisão de aproximadamente ±0,1 cm, ambas no laboratório de fisiologia. Em seguida, os estudantes realizaram um aquecimento de 10 minutos na pista de atletismo, que incluiu corrida leve, alongamento dinâmico e exercícios educativos de corrida (2 repetições de cada exercício por 20 metros: skipping, corrida com calcanhares elevados e passos saltados). O aquecimento foi finalizado com a simulação de vários saltos de Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ), seguidos por uma corrida curta de sprint.
Para a realização dos saltos, foi utilizado o protocolo de Bosco et al. (1983). Os estudantes passaram por uma fase de treinamento das técnicas durante dois meses antes de realizarem os testes.
Na técnica do SJ, os avaliados flexionaram os joelhos aproximadamente a 90º. O ângulo de flexão foi ajustado utilizando um goniômetro profissional extensível Gonnext®. Em seguida, os avaliadores fizeram uma contagem audível de 3 segundos, após os quais os avaliados realizaram o salto vertical apenas na fase concêntrica, com as mãos apoiadas na cintura.
No CMJ, os avaliados partiram da posição ortostática, realizaram um agachamento e, em seguida, um salto com extensão das pernas. Foram permitidas três tentativas de salto vertical (SJ e CMJ) em um tapete de contato Jump System CEFISE® LTDA ME, com precisão de ±1 cm a ±2 cm em relação à altura de salto, com um intervalo de descanso de 60 segundos entre cada tentativa, sendo considerado apenas o salto de melhor desempenho. Os resultados foram obtidos por meio de um software (Cefise®, Brasil).
Os saltos foram invalidados nas seguintes situações: a) Houve flexão do joelho na fase de voo; b) O contato na aterrissagem foi feito com médio ou retropé; c) Utilização dos membros superiores; d) No SJ, a elevação do calcanhar na posição estática agachada e a realização do contramovimento anularam a tentativa; e) Salto não finalizado com o retorno de ambos os pés no interior do tapete, inclusive pisando em uma ou ambas as bordas.
No teste de sprint de 30 metros lançados, cada avaliado realizou três tentativas com um intervalo de descanso de 90 segundos entre cada tentativa, sendo escolhida a melhor delas para a análise. Para realizar o teste, os avaliados largaram da marca de 40 metros, ou seja, 10 metros antes do início da marca dos 30 metros. A primeira fotocélula foi posicionada no início da marca dos 30 metros e a segunda, no final da marca dos 30 metros, na raia número oito da pista de atletismo. Um sistema de fotocélula sobressalente Speed Test Fit, da marca CEFISE®, registrou o tempo nesta distância com uma precisão de até 0,01 segundos.
Análise estatística dos dados
As análises estatísticas foram realizadas por meio do software Jamovi, versão 2.3.38 solid. Para verificar a pressuposição de normalidade das métricas dos testes, foi realizado o teste de Shapiro-Wilk. Posteriormente, a análise estatística consistiu na exploração descritiva das métricas estudadas (média e desvio padrão).
A correlação não paramétrica de Spearman foi utilizada para conhecer a relação entre duas métricas que ao menos uma delas não apresentou distribuição normal dos dados. A classificação foi a seguinte: 0,00 a 0,19 = muito fraca; 0,20 a 0,39 = fraca; 0,40 a 0,59 = moderada; 0,60 a 0,79 = forte; 0,80 a 1,00 = muito forte (Dancey, e Reidy, 2006). Para todos os tratamentos, adotou-se um nível de significância de 0,05.
Resultados
As características descritivas da amostra estão apresentadas na Tabela 1. O teste de normalidade de Shapiro-Wilk, aplicado às características morfológicas dos participantes (massa corporal e altura), revelou que apenas a altura dos estudantes apresentou uma distribuição normal dos dados (p > 0,05).
Tabela 1. Estatística descritiva da amostra
|
Idade |
Estatura (cm) |
Massa corporal (kg) |
N |
31 |
31 |
31 |
Média |
19,7 |
177 |
74,3 |
Desvio-padrão |
1,51 |
5,97 |
13,5 |
W de Shapiro-Wilk |
0,897 |
0,974 |
0,867 |
p Shapiro-Wilk |
0,006 |
0,631 |
0,001 |
Fonte: Dados de pesquisa
A Tabela 2 apresenta a estatística descritiva das métricas avaliadas no salto vertical e no teste de 30 metros lançados. Observa-se que a potência relativa (W/kg) foi maior no Counter Movement Jump (CMJ) em comparação ao Squat Jump (SJ). Da mesma forma, a altura alcançada foi superior no CMJ, com uma média de 41 cm. De acordo com o teste de normalidade, todas as métricas do salto vertical apresentaram distribuição normal (p > 0,05). Entretanto, o tempo no teste de 30 metros lançados não apresentou distribuição normal (p < 0,05).
Tabela 2. Estatística descritiva das métricas do salto vertical e dos 30 metros lançados
|
Tempo 30 m(s) |
W/kg (SJ) |
W/kg (CMJ) |
A (SJ) |
A (CMJ) |
N |
31 |
31 |
31 |
31 |
31 |
Média |
3,7 |
48,3 |
51,6 |
37,4 |
41 |
Desvio-padrão |
0,199 |
4,94 |
5,45 |
5,8 |
6,41 |
W de Shapiro-Wilk |
0,913 |
0,969 |
0,976 |
0,957 |
0,974 |
p Shapiro-Wilk |
0,015 |
0,496 |
0,706 |
0,25 |
0,644 |
Legenda: W/kg(SJ) = Potência em quilogramas no Squat Jump; W/kg(CMJ) = Potência em quilogramas no Counter
Movement Jump; A(SJ) = Altura no salto SJ; A(CMJ) = Altura no salto Counter Movement Jump. Fonte: Dados de pesquisa
A matriz de correlação revelou uma forte e significativa correlação negativa -ou seja, inversamente proporcional- entre o desempenho no teste de 30 metros lançados e as métricas investigadas do Squat Jump (SJ). Além disso, foi observada uma correlação moderada e significativa, também negativa, com as métricas investigadas do Counter Movement Jump (CMJ), conforme apresentado na Tabela 3.
Tabela 3. Correlação de Spearman entre o desempenho nos 30 m lançados e as métricas do salto vertical
|
r |
p |
gl |
W/kg (SJ) |
-0,716*** |
<
0,001 |
29 |
W/kg (CMJ) |
-0,621*** |
<
0,001 |
29 |
A(SJ) |
-0,712*** |
<
0,001 |
29 |
A(CMJ) |
-0,570*** |
<
0,001 |
29 |
Nota: * p <0,05, ** p <0,01, *** p <0,001. Legenda: W/kg= Potência por quilograma de massa corporal
no SJ e CMJ; A(SJ)= Alturas dos saltos SJ; A(CMJ)= Alturas dos saltos CMJ. Fonte: Dados de pesquisa
Discussão
O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre o salto vertical e o desempenho no teste de 30 metros lançados em estudantes universitários do curso de Educação Física da Universidade Federal do Paraná, matriculados na disciplina de atletismo. As métricas investigadas nos saltos Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) incluíram: a altura alcançada no Squat Jump A (SJ), a altura alcançada no Counter Movement Jump A (CMJ) e a potência relativa, expressa em Watts por quilograma de massa corporal nos dois tipos de salto (W/kg SJ e W/kg CMJ).
Até onde se sabe, esta pesquisa é uma das primeiras a analisar, em estudantes universitários, a relação entre a potência relativa (W/kg), a altura dos saltos verticais SJ e CMJ, e um teste raramente utilizado por especialistas para medir aceleração: o teste de 30 metros lançados.
Os principais achados do estudo foram:
Foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa, negativa e forte entre o desempenho no teste de 30 metros lançados e as métricas avaliadas do salto Squat Jump (SJ).
Foram observadas correlações estatisticamente significativas, de magnitude forte e moderada, entre as métricas avaliadas do salto Counter Movement Jump (CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados.
O principal achado do estudo foi a observação de uma correlação estatisticamente significativa, negativa e forte entre o desempenho no teste de 30 metros lançados e as métricas avaliadas do salto Squat Jump (SJ): potência relativa (W/kg) (r = -0,71, p < 0,001) e altura do salto (A) (r = -0,71, p < 0,001). Isso indica que melhorias na potência relativa e na altura do salto SJ estão associadas a tempos reduzidos no teste de 30 metros lançados. Nosso achado não foi confirmado por um estudo com 137 atletas universitários do sexo masculino, especializados em atletismo, que analisou a relação entre habilidades competitivas e saltos. Embora o estudo não tenha analisado a métrica de potência relativa (W/kg), e sim a altura do salto, não encontrou correlação entre a capacidade competitiva em distâncias curtas e o Squat Jump (SJ). (Aoki, 2020)
Em contraste, uma pesquisa sobre habilidades de salto horizontal e vertical e o desempenho inicial de pontapé em nadadores competitivos encontrou uma correlação linear forte e significativa (r = -0,64; p < 0,05) entre o teste SJ e o tempo para percorrer 5 metros (Matúš et al., 2022). Esses resultados relacionados ao SJ são consistentes com os achados do presente estudo.
No entanto, mais pesquisas são necessárias para avaliar a influência do SJ no desempenho em sprints curtos, especialmente para elucidar o papel da potência relativa no desempenho de sprints. Isso se torna relevante, dado que a maioria dos estudos na literatura científica tem focado no Counter Movement Jump (CMJ) e na contribuição do ciclo alongamento-encurtamento (CAE), geralmente avaliado por meio do índice elástico.
Uma possível justificativa bioquímica para esse achado é que tanto o salto vertical Squat Jump (SJ) quanto o teste de 30 metros lançados são atividades de curta duração e alta intensidade, sendo, portanto, predominantemente condicionadas pelo suprimento de energia anaeróbica, com destaque para a participação do sistema alático (ATP e fosfato de creatina). Ademais, do ponto de vista fisiológico, essa relação pode ser explicada pelo fato de ambas as atividades dependerem do recrutamento de fibras musculares rápidas do tipo IIb (fast-twitch), essenciais para a execução de movimentos balísticos e explosivos de curta duração.
Além disso, foi observada uma correlação forte, significativa e negativa entre o desempenho no teste de 30 metros lançados e a potência relativa (W/kg) no Squat Jump (SJ) (r = -0,71, p < 0,001). Nesse contexto, como a força relativa é um componente da potência relativa, indivíduos com maior força relativa tendem a apresentar um maior potencial para gerar potência relativa, o que é crucial para reduzir o tempo no teste de 30 metros lançados. Isso ocorre porque um atleta com maior potência relativa geralmente consegue saltar mais alto ou correr mais rápido em relação ao peso corporal.
Talvez esse achado possa ser explicado pelo fato de os estudantes apresentarem valores significativos de força relativa. De acordo com os resultados de nosso laboratório, os velocistas com maior força relativa são aqueles que apresentam maiores potências por quilograma de massa corporal, maior altura no Squat Jump e Counter Movement Jump e, consequentemente, melhor desempenho no teste de 30 metros. No entanto, investigar a relação entre a força relativa e o desempenho nos testes de saltos verticais em estudantes universitários continua sendo uma área que requer um estudo mais aprofundado e está além do escopo deste trabalho.
Outro achado foi a observação de correlações estatisticamente significativas, negativas forte e moderada entre as métricas avaliadas do Counter Movement Jump (CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados. Os coeficientes de correlação foram r = -0,62 (p < 0,001) para a potência relativa (W/kg) e r = -0,57 (p < 0,001) para a altura do salto A (CMJ). Esses resultados indicam que a redução do tempo nos 30 metros lançados está condicionada a uma maior potência relativa e altura do salto no CMJ.
Os achados de Brasil, e Franken (2023) em seu estudo com escolares estão em linha com os resultados de nossa pesquisa, pois encontraram correlações significativas entre a altura do salto vertical e o desempenho em corridas de velocidade, sugerindo que esses parâmetros de avaliação possam ser utilizados por professores de Educação Física em suas práticas de aula e treinamento. Isso visa à melhoria do desempenho físico na modalidade de atletismo no contexto da Educação Física escolar, permitindo que o professor mensure a força dos membros inferiores e, ao mesmo tempo, utilize esses parâmetros como indicadores da potência anaeróbia no desempenho dessa modalidade.
Nessa mesma perspectiva, o resultado de nossa pesquisa é consistente com os achados de um estudo realizado com 12 nadadores brasileiros, com idades entre 12 e 16 anos, que mostrou uma correlação negativa forte entre o tempo de sprint de 15 metros durante um início simulado de crawl e o desempenho no A (CMJ) (r = -0,81; p = 0,001). Além disso, a análise de regressão linear desse estudo indicou que o CMJ contribuiu com 66% (F(1,10) = 19,92; p = 0,001) para o desempenho nos 15 metros durante a simulação de crawl. (Oliveira et al., 2023)
Gomes et al. (2024) investigaram a relação entre potência de membros inferiores e velocidade em atletas profissionais de futebol que disputam a Série C do Campeonato Brasileiro e encontraram uma forte correlação (r = 0,71, p = 0,001), corroborando os achados descritos na literatura em relação às variáveis estudadas. Entretanto, cabe ressaltar que, apesar de haver uma correlação entre as duas variáveis, este valor não deve ser positivo, pois todos os estudos na literatura apresentam resultados negativos para o coeficiente de correlação entre potência e desempenho em sprint. Ou seja, o aumento da potência ou da altura do salto resulta em uma diminuição no tempo de execução da distância, como foi corroborado em nosso estudo.
Paradoxalmente, um estudo que investigou o fenômeno do déficit bilateral com 18 estudantes universitários do sexo masculino, fisicamente ativos e saudáveis, com idade média de 25,5 ± 3,8 anos, não identificou correlações significativas entre a velocidade (10 e 30 metros) e a altura do CMJ, mostrando que não há associação significativa entre essa métrica e o desempenho no sprint. (Bishop et al., 2021)
Uma explicação plausível para a forte correlação entre o desempenho no teste de 30 metros e a altura do CMJ em nosso estudo pode estar na relação entre velocidade e potência. A potência é determinada pela força máxima concêntrica e pela velocidade, conforme a fórmula P=F×V. Portanto, é importante destacar que a velocidade possui uma relação inversamente proporcional ao tempo, ou seja, uma diminuição no tempo resulta em um aumento na velocidade. Assim, aumentar a força máxima dos membros inferiores por meio de exercícios como agachamentos unipodais e bipodais é o primeiro passo no desenvolvimento da velocidade e na melhoria da altura do salto vertical.
No entanto, após o desenvolvimento da força máxima, é consensual na literatura que o trabalho direcionado para melhorar a taxa de produção de força e a reatividade muscular é fundamental, utilizando exercícios balísticos ou pliométricos como arranco, arremesso olímpico e saltos em profundidade com uma ou duas pernas (Bompa, 2004). Neste contexto, uma área futura de investigação poderia explorar a relação entre a força máxima dos membros inferiores, a potência e a altura do salto CMJ. Os resultados deste estudo sugerem que o monitoramento do desempenho da altura no salto vertical CMJ pode ser útil para diagnosticar o desempenho no teste de 30 metros lançados.
Outra possível justificativa pode ser também encontrada na especificidade das influências do treinamento, considerando dois critérios principais. Primeiro, o tipo de fibra muscular rápida, especificamente as do tipo 2b, altamente capacitadas para gerar forças rapidamente, essenciais para atividades explosivas como saltos verticais e sprints de curta distância. Treinos focados em desenvolver e aperfeiçoar essas fibras, como os de potência, podem diretamente melhorar o desempenho nessas atividades. Segundo, o sistema energético predominante dos fosfagênios, que fornece energia imediata para atividades explosivas de curta duração. O treinamento específico para melhorar a capacidade de regeneração desses substratos energéticos pode aumentar sua disponibilidade durante essas atividades, potencializando assim o desempenho atlético.
Um achado importante do presente estudo é a observação de uma correlação forte, estatisticamente significativa e negativa entre o desempenho no teste de 30 metros lançados e a potência relativa (W/kg) no CMJ, com r = -0,62 (p < 0,001).
O estudo de Dietze-Hermosa et al. (2020), que investigou a associação entre potência muscular e agilidade unilateral em indivíduos recreacionalmente treinados, revelou que a potência pico alcançada durante o CMJ bilateral e unilateral apresentou uma relação ainda mais forte com a agilidade unilateral (r = -0,40 a -0,75). Uma maior capacidade de potência muscular pode contribuir para níveis mais elevados de aceleração, permitindo que os participantes executem manobras de agilidade com maior rapidez. Esses resultados podem ser atribuídos à relação direta entre potência e frequência do passo, um dos componentes essenciais que influenciam a aceleração durante o sprint. Assim, investigações adicionais são recomendadas para explorar de forma mais aprofundada a conexão entre a potência relativa (W/kg) e a frequência do passo no teste de 30 metros lançados.
Este artigo permitiu alcançar alguns insights sobre a relação entre o salto vertical e o desempenho nos 30 metros. No entanto, vale destacar algumas limitações. Em primeiro lugar, a amostra foi bastante pequena devido ao uso de amostragem por conveniência, o que limitou a avaliação de um número maior de estudantes. Ademais, é improvável que esses resultados reflitam as populações de atletas de elite. Outra limitação diz respeito ao desenho transversal do estudo, que impediu o acompanhamento dos participantes para analisar a evolução das métricas do salto vertical ao longo do tempo em que os estudantes cursavam a disciplina de atletismo. Em terceiro lugar, não foi verificado se os estudantes estavam praticando esportes ou treinando regularmente, o que poderia influenciar o desempenho nos testes avaliados.
Além disso, a pesquisa foi realizada com estudantes do curso de Educação Física, que podem apresentar dificuldades no domínio das técnicas de execução dos saltos SJ e CMJ. O período de aprendizagem dessas técnicas foi limitado devido à baixa frequência das aulas práticas durante a semana. Por último, não foi possível controlar o ângulo de flexão dos joelhos durante a execução do CMJ, sendo ideal uma amplitude próxima de 80º a 90º na fase excêntrica do movimento (Barbosa, 2020), o que poderia otimizar a formação de pontes cruzadas entre as proteínas actina e miosina.
Apesar dessas limitações, é importante destacar que este estudo foi pioneiro para essa população específica e servirá como referência para pesquisas futuras com estudantes universitários. Além disso, este é o primeiro estudo a relacionar as métricas dos saltos SJ e CMJ com o desempenho no teste de 30 metros lançados, o que contribui significativamente para o entendimento da relação entre essas métricas neuromusculares e o desempenho atlético.
Conclusão
Neste estudo, foi identificada uma forte correlação entre as métricas dos saltos SJ e CMJ com o desempenho no teste de 30 metros lançados, destacando a importância de melhorar a força dos membros inferiores e, consequentemente, a potência muscular para aprimorar o desempenho na fase de aceleração. Além disso, a potência por quilograma de massa corporal deve ser considerada uma variável fundamental no controle dos testes de salto vertical, pois reflete a quantidade de trabalho realizado em relação à massa corporal do atleta, representando uma medida de potência relativa. Embora a maioria das pesquisas esteja focada na altura do salto vertical, recomenda-se que futuras investigações explorem outras métricas do salto vertical, utilizando estudos longitudinais de coorte prospectiva. Sugere-se também que pesquisas futuras analisem o efeito de intervenções voltadas para a melhoria das técnicas de SJ e CMJ durante as aulas práticas de atletismo com estudantes universitários. Por fim, futuros estudos podem examinar a relação entre o desempenho neuromuscular e o domínio de habilidades práticas por parte de estudantes universitários de Educação Física.
Este estudo forneceu informações relevantes sobre o comportamento neuromuscular e o desempenho na fase de aceleração em estudantes universitários. O domínio das habilidades motoras depende do desenvolvimento das capacidades de força, especialmente da potência muscular. Portanto, uma abordagem que inclua o desenvolvimento dessas capacidades físicas nas aulas de atletismo universitário, com foco também nos aspectos biológicos, é essencial e deve ser uma prioridade para os professores que ministram essa disciplina nas universidades.
Os resultados obtidos fornecerão informações relevantes para profissionais que utilizam testes de saltos verticais na avaliação da potência dos membros inferiores em estudantes universitários e atletas de outras modalidades esportivas. Além disso, esses achados poderão orientar os estudantes em treinamentos específicos para provas que exigem potência dos membros inferiores, como as relacionadas a saltos e velocidade.
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