ISSN 1514-3465
Relação entre o salto vertical e o teste de 30 metros lançados em velocistas
Relationship between Vertical Jump and the 30-Meter Sprint Test in Sprinters
Relación entre el salto vertical y la prueba de 30 metros lanzados en velocistas
Vidal Palacios Calderón
*palacios@ufpr.br
Edson Antônio Tanhoffer
**edsonanta@ufpr.br
Claudia Maria Sallai Tanhoffer
***sallaicm@ufpr.br
Matheus Souza dos Santos
+matthewsdsantos@gmail.com
Ana Carolina Vieira Delfino
++acvd661@gmail.com
Maicon Ambr
ósio de Souza++maiconambrosio12@gmail.com
Christian de Santana Leite
++christiansantana0107@gmail.com
*Graduado em Educação Física
pelo Instituto Central de Cultura Física (Moscou)
Doutor em Ciências da Cultura Física
pelo Instituto Superior de Cultura Física Manuel Fajardo (Havana)
Técnico Nível I da World Athletics
**Biólogo e médico. Doutorado em Fisiologia pela USP
Professor Adjunto 4 do departamento da Anatomia
da Universidade Federal de Paraná (UFPR)
***Doutora em Fisiologia Geral pelo Instituto de Biociências da USP
Professora Titular do Departamento de Fisiologia da UFPR
+Graduado em Educação Física pela UFPR
Mestrado em Biociências e saúde
pela Universidade Oeste de Santa Catarina (UNOESC)
++Graduado em Educação Física pela UFPR
(Brasil)
Recepción: 24/08/2024 - Aceptación: 20/03/2025
1ª Revisión: 29/01/2025 - 2ª Revisión: 17/03/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Calderón, VP, Tanhoffer, EA, Tanhoffer, CMS, Santos, MS, Delfino, ACV, Souza, MA, e Leite, CS (2025). Relação entre o salto vertical e o teste de 30 metros lançados em velocistas. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(323), 90-104. https://doi.org/10.46642/efd.v30i323.7852
Resumo
O desempenho em saltos verticais, como o Squat Jump (SJ) e o Counter Movement Jump (CMJ), demonstra uma forte correlação com testes de sprint. No entanto, há uma escassez de pesquisas focadas em velocistas de nível médio em Curitiba, explorando a relação entre as métricas dos saltos verticais e o desempenho nos 30 metros lançados. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre as métricas dos saltos verticais (SJ e CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados em velocistas. Estudo observacional de natureza analítica e transversal. Dezesseis velocistas da cidade de Curitiba, com idade média de 22,8 (±1,77) anos e um tempo médio de 3,27 segundos (±0,12 segundos) nos 30 metros, realizaram testes de SJ e CMJ utilizando um Tapete de Contato Jump System CEFISE. Um Sistema de Fotocélula aferiu o tempo dos 30 metros de sprint. A concordância e a fidedignidade das tentativas de salto e sprint foram calculadas com o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). O software Jamovi versão 2.3.38 foi utilizado para a análise dos dados, com um nível de significância de 5%. Foram encontradas correlações estatisticamente significativas e fortes entre as alturas dos saltos SJ e CMJ, bem como entre as potências por quilograma de massa corporal. Conclui-se que as métricas dos saltos SJ e CMJ não apresentam relação com o desempenho no teste de 30 metros lançados, e que a força relativa, assim como a potência, deve ser considerada pelos treinadores no planejamento do treino.
Unitermos
: Counter movement jump. Squat jump. Potência. Velocidade.
Abstract
Performance in vertical jumps, such as the Squat Jump (SJ) and Counter Movement Jump (CMJ), shows a strong correlation with sprint tests. However, there is a scarcity of research focusing on medium-level sprinters in Curitiba that explores the relationship between vertical jump metrics and performance in the 30-meter sprint. This study aimed to analyze the relationship between vertical jump metrics (SJ and CMJ) and performance in the 30-meter sprint test among sprinters. This was an observational, analytical, and cross-sectional study. Sixteen sprinters from Curitiba, with a mean age of 22.8 (±1.77) years and an average time of 3.27 seconds (±0.12 seconds) in the 30-meter sprint, performed SJ and CMJ tests using a CEFISE Jump System Contact Mat. A Photocell System measured the 30-meter sprint times. The agreement and reliability of the jump and sprint attempts were calculated using the Intraclass Correlation Coefficient (ICC). Data analysis was conducted using Jamovi software version 2.3.38, with a significance level of 5%. Statistically significant and strong correlations were found between the jump heights in SJ and CMJ, as well as between power per kilogram of body mass. It was concluded that the metrics from the SJ and CMJ jumps are not related to performance in the 30-meter sprint test and that relative strength, along with power, should be considered by coaches in training planning.
Keywords:
Counter movement jump. Squat jump. Power. Speed.
Resumen
El desempeño en saltos verticales, como el Squat Jump (SJ) y el Counter Movement Jump (CMJ), demuestra una fuerte correlación con pruebas de sprint. Sin embargo, hay una escasez de investigaciones centradas en velocistas de nivel medio en Curitiba, que exploren la relación entre métricas de saltos verticales y desempeño en los 30 metros lanzados. El objetivo de este estudio fue analizar la relación entre las métricas de los saltos verticales (SJ y CMJ) y el desempeño en la prueba de 30 metros lanzados en velocistas. Estudio observacional de carácter analítico y transversal. Dieciséis velocistas, con una edad promedio de 22,8 (±1,77) años y un tiempo promedio de 3,27 segundos (±0,12 segundos) en los 30 metros, realizaron pruebas de SJ y CMJ utilizando una Alfombra de Contacto Jump System CEFISE. Un sistema de fotocélulas midió el tiempo de los 30 metros de sprint. La concordancia y fiabilidad de intentos de salto y sprint se calcularon mediante el Coeficiente de Correlación Intraclase. El análisis de datos se realizó con el software Jamovi versión 2.3.38, con un nivel de significancia del 5%. Se encontraron correlaciones estadísticamente significativas y fuertes entre alturas de saltos SJ y CMJ, así como entre la potencia por kilogramo de masa corporal. Se concluye que las métricas de saltos SJ y CMJ no están relacionadas con el desempeño en la prueba de 30 metros lanzados, y que la fuerza relativa, junto con la potencia, debe ser considerada por los entrenadores en la planificación del entrenamiento.
Palabras clave:
Counter movement jump. Squat jump. Potencia. Velocidad.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 323, Abr. (2025)
Introdução
A corrida de velocidade, por ser uma atividade balística, envolve movimentos rápidos e precisos, nos quais a eficiência e a eficácia das passadas são cruciais para o desempenho. A velocidade é influenciada pela frequência e pelo comprimento das passadas, estando diretamente relacionada à taxa de desenvolvimento de força (TDF) ou potência. (Bompa, 2012)
A potência mecânica é um fator importante no desempenho esportivo, mas sua medição exige equipamentos caros e sofisticados, como plataformas de força ou sistemas de captura de movimento (Aragón-Vargas, e González-Lutz, 2023). A potência é o produto da força e da velocidade (P = F x V), e um corredor eficiente precisa não apenas de força, mas também da capacidade de aplicá-la rapidamente na direção horizontal. Portanto, treinamentos que visam melhorar a potência e a TDF são cruciais para corredores que desejam melhorar seu desempenho.
Para avaliar a potência dos membros inferiores, as variantes de saltos verticais amplamente utilizadas na literatura científica incluem: Counter Movement Jump (CMJ), Squat Jump (SJ) e, além disso, o salto com queda, também conhecido como Drop Jump (DJ). (Santos et al., 2023)
O Squat Jump (SJ) é realizado a partir de uma posição estática de agachamento, sem a fase prévia de contração excêntrica. Esse teste é utilizado para avaliar a força explosiva e serve como ferramenta para analisar a expressão percentual de fibras musculares rápidas. (Bosco, 1994)
No Counter Movement Jump (CMJ), o atleta inicia em posição ereta, realiza um movimento rápido de descida (contra movimento) e, em seguida, executa um salto vertical. Esse teste é utilizado para medir a capacidade de aproveitar a energia elástica armazenada durante a fase excêntrica do movimento muscular, contribuindo para uma maior produção de força e potência. (Zatsiorski, 1999)
Por sua vez, o Drop Jump (DJ) consiste em realizar um salto imediatamente após a aterrissagem de uma queda controlada de uma altura predeterminada. Esse teste é amplamente utilizado para avaliar a capacidade de reutilização da energia elástica e a reatividade dos músculos dos membros inferiores.
Um estudo com mulheres corredoras de curtas distâncias e corridas com barreiras, classificadas em nível nacional, revelou diferentes correlações entre testes de saltos de curta duração (CAE curtos) e saltos de maior duração (CAE longos) e a capacidade de sprint em diferentes distâncias (Hennessy, e Kilty, 2001). As correlações entre a capacidade de corrida de 30 metros (r = -0,70) e 100 metros (r = -0,75) indicam uma forte associação entre esses testes de saltos e o desempenho em sprints mais curtos.
Por outro lado, um estudo realizado com 15 adolescentes velocistas do sexo masculino analisou a relação entre o salto vertical, a força específica durante o evento e o desempenho no sprint. O estudo concluiu que saltos que compartilham características específicas de geração de força temporal podem ser mais precisos para prever o desempenho dos adolescentes velocistas no Sprint. (Liang et al., 2023)
Além disso, outra pesquisa investigou a relação entre as habilidades competitivas e os saltos em atletas universitários de atletismo, demonstrando que o CMJ é um indicador eficaz com alta correlação com a capacidade competitiva desses atletas em eventos como curta distância, média distância, barreiras, saltos e arremessos. (Aoki et al., 2020)
Na literatura científica, há uma escassez de pesquisas que exploram as métricas dos saltos SJ e CMJ em relação ao desempenho no teste de 30 metros lançados. Esse fato pode ser atribuído à baixa adoção desse teste pelos treinadores para avaliar a aceleração dos velocistas, em grande parte devido à indisponibilidade de equipamentos adequados. Além disso, poucas investigações realizadas com velocistas da cidade de Curitiba examinaram como a altura dos saltos SJ e CMJ se relaciona com a potência dos membros inferiores e o desempenho no sprint. Diante disso, o objetivo deste estudo foi analisar a relação entre as métricas dos saltos verticais (SJ e CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados em velocistas. A hipótese levantada foi a de que existe uma relação positiva entre o salto vertical e o desempenho no teste de 30 metros lançados em velocistas.
Os resultados obtidos nesta pesquisa têm implicações potenciais para a monitorização da potência dos membros inferiores por meio dos testes de saltos verticais em velocistas, além de contribuírem para a programação do treinamento de força e potência.
Método
Delineamento da pesquisa
O estudo apresenta um desenho do tipo observacional analítico transversal. A coleta de dados dos testes de Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) foi realizada no Laboratório de Fisiologia do Centro de Educação Física da Universidade Federal do Paraná. Já o teste de 30 metros lançados foi conduzido na pista de atletismo.
Critérios éticos
O estudo foi conduzido em conformidade com a versão mais recente da Declaração de Helsinque (Associação Médica Mundial, 2013) para pesquisas envolvendo seres humanos. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná (CEP/SD), em conformidade com as Resoluções CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012, e nº 510, de 7 de abril de 2016, sob o parecer nº 6.741.691 (CAAE: 77418324.7.0000.0102). Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Amostra e critérios de elegibilidade
Participaram do estudo 16 velocistas que competem em nível estadual, especialistas nas provas de 100 metros e 200 metros, do sexo masculino, da cidade de Curitiba, com idade média de 22,8 (±1,77) anos e um tempo médio nos 30 metros lançados de 3,27 segundos (±0,12 segundos). Foram incluídos atletas velocistas com idade entre 18 e 30 anos, moradores da cidade de Curitiba e região metropolitana, com experiência na prática das corridas de velocidade por, pelo menos, 3 a 5 anos.
Instrumentos e procedimentos
As medidas de massa corporal foram obtidas utilizando uma balança digital Omron HBF-514C. Para a aferição da altura, foi utilizado um estadiômetro portátil Avaliação Física Nutricionista Persona. O protocolo de aquecimento, com duração de 15 minutos, incluiu: trote leve (400 metros), alongamento dinâmico, educativos de corrida (2 repetições de cada educativo em 20 metros), múltiplas tentativas de Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) e três sprints de 25 metros. A sequência de realização dos testes foi a seguinte: inicialmente, os saltos SJ e CMJ foram realizados; em seguida, aplicou-se o teste de 30 metros, com intervalo de 150 segundos entre as tentativas.
Na técnica do SJ, os avaliados flexionaram os joelhos aproximadamente a 90º. O ângulo de flexão foi ajustado utilizando um goniômetro profissional extensível Gonnext. Em seguida, os avaliadores realizaram uma contagem audível de 3 segundos, após a qual os avaliados realizaram o salto vertical apenas na fase concêntrica, com as mãos apoiadas na cintura. No CMJ, os avaliados partiram da posição ortostática, realizaram um agachamento e, em seguida, saltaram com a extensão das pernas. Foram permitidas três tentativas de saltos verticais (SJ e CMJ) em um tapete de contato, com um intervalo de descanso de 60 segundos entre cada tentativa, sendo considerado apenas o salto de melhor desempenho.
Os saltos foram considerados inválidos nas seguintes situações: a) flexão do joelho durante a fase de voo; b) contato na aterrissagem realizado com o médio ou o retro pé; c) uso dos membros superiores; d) salto não finalizado com o retorno de ambos os pés dentro do tapete, incluindo pisar em uma ou ambas as bordas. Adicionalmente, no salto SJ, não foi permitida: a) elevação do calcanhar na posição estática de agachamento; b) flexão adicional dos joelhos ou do tronco além de 90 graus.
No teste de sprint de 30 metros lançados, cada avaliado realizou três tentativas, sendo escolhida a melhor delas. Para realizar o teste, os avaliados largaram 10 metros antes da primeira fotocélula, que estava posicionada no início dos 30 metros. A segunda fotocélula foi posicionada no final da marca dos 30 metros. Um sistema de fotocélula sobressalente, Speed Test Fit da marca CEFISE, registrou o tempo gasto nessa distância.
Análise estatística dos dados
Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Jamovi, versão 2.3.38. Para verificar a normalidade dos dados, foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk. A análise estatística incluiu a exploração descritiva (média e desvio padrão). Para investigar as relações entre as métricas do salto vertical e o desempenho no teste de 30 metros, foram utilizados os coeficientes de correlação de Pearson e Spearman, com a seguinte classificação: 0,00 a 0,19 = muito fraca; 0,20 a 0,39 = fraca; 0,40 a 0,59 = moderada; 0,60 a 0,79 = forte; 0,80 a 1,00 = muito forte (Dancey, e Reidy, 2006). O Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) (tipo de concordância absoluta; modelo de efeitos aleatórios de duas vias, conforme Koo, e Li, 2016) foi utilizado para avaliar a consistência entre as três tentativas de execução dos saltos CMJ e SJ, bem como do teste de 30 metros. A classificação do CCI foi definida como: < 0,5 = confiabilidade pobre; 0,5 a 0,75 = confiabilidade moderada; 0,75 a 0,9 = confiabilidade boa; > 0,9 = confiabilidade excelente.
Resultados
De acordo com o teste de normalidade de Shapiro-Wilk aplicado a todas as características morfológicas da amostra (idade, altura e massa corporal), apenas a massa corporal apresentou distribuição normal (p>0,05). Por outro lado, conforme descrito na Tabela 1, o teste de Shapiro-Wilk revelou que os dados de altura do Counter Movement Jump (A_CMJ) foram os únicos que não atenderam ao pressuposto de normalidade (p<0,05).
Tabela 1. Teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade das métricas
|
A(SJ) |
A(CMJ) |
W/Kg(SJ) |
W/Kg(CMJ) |
Tempo_30m |
N |
16 |
16 |
16 |
16 |
16 |
Média |
54,0 |
55,9 |
61,5 |
63,2 |
3,27 |
Desvio-padrão |
4,57 |
5,55 |
5,43 |
6,71 |
0,120 |
W de Shapiro-Wilk |
0,944 |
0,873 |
0,960 |
0,944 |
0,948 |
p
Shapiro-Wilk |
0,402 |
0,030 |
0,658 |
0,398 |
0,455 |
Legenda: A (SJ)= Altura no salto Squat Jump; A(CMJ)= Altura no salto Counter Movement Jump; W/Kg(SJ)= Potência em quilogramas do Squat Jump; W/Kg(CMJ) = Potência em quilogramas do Counter Movement Jump; Tempo_30m= Tempo nos 30 metros lançados. Fonte: Dados de pesquisa
Foi realizada uma análise de fidedignidade por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) (tipo: concordância absoluta; modelo de efeitos aleatórios de duas vias; Koo, e Li, 2016), com o objetivo de avaliar a concordância das três tentativas de execução dos saltos CMJ, SJ e do tempo nos 30 metros lançados. Os resultados mostraram uma alta concordância entre as tentativas do CMJ (ICC = 0,98; IC 95% = 0,92-0,99; F(16,32) = 123,781; p<0,001), do SJ (ICC = 0,97; IC 95% = 0,78-0,99; F(16,32) = 161,459; p<0,001) e do tempo nos 30 metros lançados (ICC = 0,98; IC 95% = 0,95-0,99; F(15,30) = 69,398; p<0,001).
A correlação de Spearman indicou uma correlação estatisticamente significativa, muito fraca e negativa (inversamente proporcional) entre o desempenho nos 30 metros lançados e A (CMJ), com r=−0,004, p<0,05 (Tabela 2). Além disso, o desempenho no teste de 30 metros lançados não apresentou correlação estatisticamente significativa com as demais métricas analisadas (p>0,05).
Tabela 2. Correlação de Spearman entre o desempenho nos 30 metros lançados e as métricas investigadas
Métricas |
r |
p |
gl |
A
(CMJ) |
-0,004 |
<0,05 |
14 |
A
(SJ) |
-0,158 |
>0,05 |
14 |
W/Kg
(SJ) |
-0,216 |
>0,05 |
14 |
W/Kg
(CMJ) |
-0,197 |
>0,05 |
14 |
Legenda: A (CMJ)= Altura no salto Counter Movement Jump; A (SJ)= Altura no salto Squat Jump; W/Kg(SJ) = Potência em quilogramas no Squat Jump; W/Kg(CMJ)= Potência em quilogramas no Counter Movement Jump. Fonte: Dados de pesquisa
Na Tabela 3, são apresentados os resultados da matriz de correlação entre as potências por quilograma de massa corporal e as alturas nos saltos SJ e CMJ. Observaram-se correlações estatisticamente moderadas e fortes entre essas duas métricas (p<0,05). Além disso, as W/Kg no SJ e CMJ apresentaram correlações muito fortes (r=0,973, p<0,05), assim como as correlações entre as alturas dos dois saltos (r=0,887, p<0,05).
Tabela 3. Matriz de correlação entre as W/Kg (CMJ e SJ) e as A (CMJ e SJ)
|
|
A(CMJ) |
W/Kg(SJ) |
W/Kg(CMJ) |
A(SJ) |
A(CMJ) |
R
de Pearson |
— |
|
|
|
gl |
— |
|
|
|
|
p-value |
— |
|
|
|
|
P/Kg(SJ) |
R
de Pearson |
0,659** |
— |
|
|
gl |
14 |
— |
|
|
|
p-value |
0,005 |
— |
|
|
|
P/Kg(CMJ) |
R
de Pearson |
0,729** |
0,973*** |
— |
|
gl |
14 |
14 |
— |
|
|
p-value |
0,001 |
<,001 |
— |
|
|
A(SJ) |
R
de Pearson |
0,887*** |
0,531* |
0,515* |
— |
gl |
14 |
14 |
14 |
— |
|
p-value |
<,001 |
0,034 |
0,041 |
— |
Nota: *p<,05, **p<.01, ***p<,001. Legenda: W/Kg(SJ)= Potência em quilogramas no Squat Jump; W/Kg(CMJ)= Potência em quilogramas no Counter Movement Jump; A(SJ)= Altura no salto SJ; A(CMJ)= Altura no salto Counter Movement Jump. Fonte: Dados de pesquisa
Discussão
O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre as métricas dos saltos verticais (SJ e CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados em velocistas. Até onde se sabe, esta é a primeira pesquisa a investigar a relação entre as métricas dos saltos verticais Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) e o desempenho no teste de 30 metros lançados em velocistas da cidade de Curitiba.
Os principais achados do estudo foram:
Houve uma correlação estatisticamente significativa, muito fraca e negativa entre o desempenho no teste de 30 metros lançados e A (CMJ), com r = -0,004 e p<0,05.
O desempenho no teste de 30 metros lançados não apresentou correlação estatisticamente significativa com as demais métricas analisadas (p > 0,05).
Os resultados indicaram correlações fortes e estatisticamente significativas entre W/Kg (CMJ) e W/Kg (SJ) (r = 0,97, p<0,05), assim como entre A (SJ) e A (CMJ) (r = 0,88, p<0,05).
O principal achado de nosso estudo foi a identificação de uma correlação estatisticamente significativa, porém muito fraca e negativa, entre o desempenho no sprint de 30 metros e a altura do salto no CMJ (A_CMJ), com r = -0,004 e p<0,05. Esse resultado sugere que a altura do salto no CMJ tem pouco ou nenhum impacto direto na fase de aceleração dos participantes da pesquisa. Apesar de haver evidências de uma associação, sua relevância prática pode ser limitada neste contexto. Entretanto, esse achado contrasta com os resultados de um estudo realizado com jogadoras chilenas de futebol (Muñoz et al., 2021), que encontrou correlações fortes entre A (CMJ) e o desempenho no sprint em distâncias de 10 metros e 30 metros, e com o estudo de Brasil, e Franken (2023), que encontrou correlações entre a altura do salto vertical e o desempenho em corrida de velocidade em 24 estudantes, dos sexos masculino e feminino, com idade média de 16,45 ± 1,16 anos (r = -0,721 e p=0,000). Além disso, os resultados de nosso estudo divergem dos encontrados por Nascimento e Rocha (2020), que, em atletas de futsal, demonstraram que o salto vertical pode ser uma alternativa valiosa para prever o desempenho em velocidade e agilidade. Também diferem do estudo de Köklü et al. (2015), que descreveu relações moderadas a altas entre o CMJ e corridas de 30 metros, bem como entre corridas de 10 metros e 30 metros, em jovens jogadores de futebol.
Além disso, o estudo de Oliveira et al. (2023), realizado com 12 nadadores brasileiros do sexo masculino, com idades entre 12 e 16 anos, concluiu que o CMJ está associado à variação do tempo de sprint durante o início simulado de um teste de nado crawl. Nesse estudo, a variância no salto vertical com contra movimento explicou aproximadamente 66% do desempenho no sprint de 15 metros durante o início simulado de uma competição. Outros dois estudos, conduzidos por Liang et al. (2023) e Silva, e Santos (2021), também apresentaram resultados discrepantes em relação aos nossos achados, sugerindo uma forte relação entre habilidades de corrida e salto. Nesse contexto, a avaliação e o monitoramento da altura do salto vertical ou horizontal são fundamentais para o desempenho esportivo, sendo os saltos baseados no perfil horizontal possivelmente mais eficaz nas provas de desempenho de Sprint. (Fernández-Galván et al., 2024)
Uma possível explicação para os resultados do nosso estudo pode ser o tipo de população avaliada, considerando que muitos estudos anteriores foram conduzidos com jogadores de futebol ou nadadores, cujas demandas biomecânicas diferem significativamente das de velocistas. Além disso, as diferenças observadas podem refletir variações nas características das populações estudadas, nos protocolos de avaliação utilizados ou nas demandas específicas de cada modalidade esportiva. Por fim, é possível que outros fatores estejam influenciando as duas variáveis, mascarando ou enfraquecendo a relação direta entre elas.
Por outro lado, saltos unipodais com deslocamento horizontal, como o triplo salto, triplo hop, penta salto e deca salto, podem influenciar mais significativamente o desempenho na fase de aceleração. Esses tipos de saltos possuem maior especificidade em relação ao padrão de contração muscular (excêntrica e concêntrica) e à reatividade muscular. Além disso, envolvem sequências de movimentos do tipo bound (saltos alternados de uma perna para outra), que são estruturalmente distintos das impulsões bilaterais realizadas no CMJ.
Este achado é interessante, pois sugere que, embora a altura do salto no CMJ possa indicar a potência explosiva das pernas, ela não se traduz diretamente em uma melhoria no desempenho de sprints curtos. Isso pode ser atribuído à natureza multifacetada do desempenho em sprints, que depende não apenas da potência muscular, mas também de fatores como técnica de corrida, aceleração inicial e capacidade de manter altas velocidades. Além disso, nesse contexto, a altura do salto vertical não deve ser utilizada para predizer a potência das pernas, já que os modelos de regressão que empregam valores padronizados de altura do salto e potência mecânica para dados grupais não atendem ao critério de que a inclinação seja igual a 1, apesar de apresentarem altos coeficientes de determinação. (Aragón-Vargas, e González-Lutz, 2023)
Futuras pesquisas devem investigar a influência combinada de saltos verticais (como o CMJ) e saltos horizontais unipodais no desempenho no teste de 30 metros lançados, utilizando abordagens mais integradas para capturar a complexidade dos sprints de alta intensidade. Além disso, é importante analisar as respostas individuais na execução de saltos verticais, pois estas podem não ser evidentes quando as análises de regressão são realizadas com base em dados que utilizam a média do grupo.
Por outro lado, nossos achados sobre a relação entre a altura alcançada no SJ e o desempenho no teste de 30 metros lançados são consistentes com o estudo de Aoki (2020), que investigou 137 atletas universitários do sexo masculino especializados em atletismo e não encontrou correlação significativa com a capacidade competitiva em distâncias curtas. Em contraste, o estudo de Matúš (2022), realizado com nadadores competitivos, encontrou uma correlação linear moderada e negativa (r = -0,64; p<0,05) entre a altura do SJ e o tempo para percorrer 5 metros. A ausência de correlação em nosso estudo pode ser explicada pelas diferenças nos regimes de contração muscular entre as duas habilidades analisadas. No SJ, o movimento é predominantemente caracterizado pelo trabalho concêntrico dos músculos, enquanto a corrida de velocidade envolve uma interação complexa de contrações excêntricas e concêntricas. Durante a corrida, o armazenamento e a liberação de energia elástica nas fases de alongamento e encurtamento muscular desempenham um papel crucial, especialmente na transição entre as fases excêntrica e concêntrica, o que contribui significativamente para o desempenho. Em contrapartida, no SJ, a ausência de um ciclo de alongamento-encurtamento limita a utilização desse mecanismo elástico, tornando o movimento menos específico para replicar as demandas biomecânicas de um sprint. Portanto, essas diferenças biomecânicas destacam que, embora o SJ seja amplamente utilizado como uma medida de potência explosiva, sua relevância direta para o desempenho em sprints curtos pode ser limitada devido à natureza distinta dos padrões de movimento e das exigências físicas envolvidas.
Outro achado de nosso estudo foi que o desempenho no teste de 30 metros não apresentou correlação estatisticamente significativa com as demais métricas (p>0,05). A ausência de correlação significativa reforça a complexidade da performance no sprint de 30 metros lançados, que pode depender de uma combinação de fatores não capturados apenas pelos saltos verticais (SJ e CMJ), como técnica de corrida, força máxima, resistência anaeróbica e outros. Essas inconsistências ressaltam a necessidade de pesquisas adicionais para avaliar o papel da força máxima e relativa no desempenho no teste de 30 metros.
É importante frisar que o desempenho dos participantes no teste de sprint de 30 metros não apresentou correlação estatisticamente significativa com a potência relativa (potência por quilograma de massa corporal), tanto no salto com contra movimento (CMJ) quanto no salto de agachamento (SJ). Os valores de correlação foram r = -0,197 para W/Kg (CMJ) e r = -0,216 para W/Kg (SJ), ambos com p>0,05. Isso indica que, de acordo com os dados obtidos, não há uma relação forte o suficiente entre a potência relativa nos saltos verticais e o desempenho no sprint de 30 metros. Uma justificativa plausível poderia ser a fraca correlação observada entre a altura do salto e o desempenho no teste de 30 metros lançados, o que sugere a necessidade de considerar outros estudos que explorem essa relação com a potência por quilograma nos saltos verticais unipodais. Além disso, pesquisas futuras devem investigar a influência das métricas dos saltos verticais no desempenho no sprint de 30 metros lançados, utilizando uma análise de regressão linear múltipla para identificar possíveis associações mais complexas.
Os resultados mostraram correlações fortes e estatisticamente significativas entre W/Kg (CMJ) e W/Kg (SJ) (r = 0,97, p<0,05). A correlação muito forte e positiva entre as duas potências por quilograma de massa corporal indica que a potência relativa medida nos saltos CMJ e SJ tende a variar de maneira semelhante entre os indivíduos do estudo. Em linha com nossos resultados, Wandrychowska, e Koźlenia (2023) comentam que tanto a força absoluta quanto a força relativa estão associadas às variáveis de potência e podem ser usadas para prever sua produção. Entretanto, a força relativa parece ser mais valiosa devido às suas associações mais amplas. Uma das explicações plausíveis para este achado pode estar na especificidade da contração muscular, com a participação das fibras rápidas do tipo 2b durante a execução dos dois tipos de salto, mesmo com o elemento elástico presente no salto CMJ.
Além disso, os resultados demonstraram correlações muito fortes e estatisticamente significativas entre as alturas dos saltos A (SJ) e A (CMJ) (r = 0,88, p<0,05), confirmando a existência de uma relação direta e consistente entre a capacidade de gerar potência relativa e a altura alcançada nos saltos verticais, evidenciando a interdependência dessas métricas. Esse achado pode ser explicado por fatores fisiológicos, como a força explosiva dos músculos das pernas, que influencia tanto a potência quanto a altura do salto. Isso sugere que a capacidade de gerar força rapidamente em relação à massa corporal é um determinante chave da altura dos saltos, indicando que treinar para aumentar a potência relativa pode resultar em melhorias nesse parâmetro. Dessa forma, uma área futura de investigação poderia explorar, com um maior número de participantes, se velocistas que apresentam melhores resultados no SJ também obtêm desempenhos similares no CMJ e se as alturas dos saltos influenciam diretamente o desempenho no teste de 30 metros.
Algumas limitações deste estudo devem ser reconhecidas. Em primeiro lugar, o desenho do estudo limitou o acompanhamento dos participantes, ou seja, não foi possível controlar as características neuromusculares dos velocistas durante as diferentes etapas do ciclo anual de preparação. Além disso, a amostra de 16 velocistas não foi treinada pelo mesmo técnico, o que pode ter influenciado os resultados dos testes de salto devido à falta de controle da fase de polimento para todos os atletas no momento da realização dos testes.
Contudo, essas limitações tiveram pouca influência nos resultados da pesquisa, e servirão como referência por ser o primeiro estudo realizado com uma amostra de velocistas da cidade de Curitiba.
Conclusão
Na pesquisa, nenhuma das métricas investigadas apresentou correlações estatisticamente significativas com o desempenho no teste de 30 metros. Entretanto, foram encontradas correlações fortes e estatisticamente significativas entre as alturas dos saltos SJ e CMJ, bem como entre as potências relativas (potência por quilograma de massa corporal) nesses dois testes. Além disso, a força relativa deve ser considerada uma variável relevante para o desempenho no teste de 30 metros, podendo modular a relação entre W/Kg (CMJ) e o desempenho nesse teste.
A hipótese de que existe uma relação positiva entre o salto vertical e o desempenho no teste de 30 metros lançados em velocistas não foi confirmada.
Recomenda-se que futuras pesquisas abordem este tema com o acompanhamento das características neuromusculares por meio de um desenho longitudinal de coorte prospectiva, aplicando testes em cada fase da preparação, com fases adequadas de polimento para todos os participantes. Ademais, sugere-se investigar a relação entre as habilidades de salto que avaliam a potência unipodal, como o triplo hop, salto triplo parado, penta salto e até o deca salto, e o desempenho no teste de 30 metros lançados.
As descobertas da pesquisa podem ser úteis para treinadores e atletas ao planejar programas de treinamento, indicando a importância de incluir uma variedade de exercícios e técnicas que não se concentrem exclusivamente na altura do salto, mas que abordem de maneira holística todos os aspectos que contribuem para a performance em sprints curtos.
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