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ISSN 1514-3465

 

A Tecnologia e a Educação Física: um alerta para as relações humanas

Technology and Physical Education: A Warning for Human Relationships

Tecnología y Educación Física: una advertencia para las relaciones humanas

 

Alan Rodrigo Antunes

alan.antunes@ifsp.edu.br

 

Cursou Licenciatura em Educação Física

Doutorado em Educação e Pós-doutorado

pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Presidente Prudente

Tem experiência como professor da Rede Estadual

de Educação Básica de São Paulo

Atua como professor efetivo

do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFSM)

e está em acordo de cooperação técnica com o IFSP

(Brasil)

 

Recepción: 17/06/2024 - Aceptación: 10/02/2025

1ª Revisión: 26/12/2024 - 2ª Revisión: 02/02/2025

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Antunes, A.R. (2025). A Tecnologia e a Educação Física: um alerta para as relações humanas. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(322), 2-18. https://doi.org/10.46642/efd.v29i322.7727

 

Resumo

    O presente artigo busca discutir sobre a presença da tecnologia na área da Educação Física. A pesquisa, de cunho bibliográfico e exploratório, baseou-se na questão problema de como se dá a interlocução da Educação Física com a tecnologia. Sendo assim, faz-se necessário verificar as possibilidades de vivências que envolvam a Educação Física e a tecnologia, contudo, faz-se um apelo à atenção para o despertar dos jovens para a prática das diversas manifestações da cultura corporal de movimento. Dessa forma, a relação está de tal forma que a Educação Física possa ser um momento de exercício das relações humanas, ou seja, é momento para resgatarmos algo que parece estar cada vez mais distante de nós, que é a nossa humanidade.

    Unitermos: Tecnologia. Educação Física. Escola. Relações humanas.

 

Abstract

    This article seeks to discuss the presence of technology in the area of Physical Education. The research, of a bibliographic and exploratory nature, was based on the problem of how Physical Education interacts with technology. Therefore, it is necessary to verify the possibilities of experiences involving Physical Education and technology, however, a call of attention is drawn to the awakening of young people to the practice of the various manifestations of body culture of movement. In this way, the relationship context that Physical Education can be a moment to exercise human relationships, that is, it is a moment to rescue something that seems to be increasingly distant from us, which is our humanity.

    Keywords: Technology. Physical Education. School. Human relations.

 

Resumen

    Este artículo busca discutir la presencia de la tecnología en el área de la Educación Física. La investigación, de carácter bibliográfico y exploratorio, se basó en la problemática de cómo interactúa la Educación Física con la tecnología. Por lo tanto, es necesario verificar las posibilidades de experiencias que involucran la Educación Física y la tecnología; sin embargo, se hace un llamado a despertar a los jóvenes a la práctica de las diversas manifestaciones de la cultura corporal del movimiento. De esta manera, la relación es tal que la Educación Física puede ser un momento para ejercitar las relaciones humanas, es decir, es un momento para rescatar algo que parece cada vez más lejano de nosotros, que es nuestra humanidad.

    Palabras clave: Tecnología. Educación Física. Escuela. Relaciones humanas.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 322, Mar. (2025)


 

Introdução 

 

    A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na prática esportiva. Ela oferece uma variedade de ferramentas, por exemplo, aplicativos fitness que podem ajudar os alunos a acompanhar seu progresso e a estabelecer metas pessoais. Os videogames interativos, como os que usam tecnologia de captura de movimento, podem tornar o exercício mais divertido e envolvente. Além disso, plataformas online podem facilitar a comunicação e a colaboração entre alunos e professores. (García-Pinilla et al., 2023)

 

    Para tanto, a pesquisa faz uma reflexão sobre a interação entre tecnologia e ensino na Educação Física, assim como a interatividade no ambiente escolar representada pelos exergames. Contudo, se faz necessário refletirmos sobre a Educação Física escolar ao longo da história.

 

    A Educação Física escolar apresenta uma trajetória histórica desde a influência militar até os movimentos renovadores do final da década de 70. Nesse sentido, “a constituição da educação física [...] escolar emergente dos séculos XVIII e XIX, foi fortemente influenciada pela instituição militar e pela medicina” (Bracht, 1999, p. 74). A supremacia dessas tendências influencia sobremaneira o esporte no âmbito escolar, tornando a Educação Física subordinada aos códigos da instituição esportiva, prevalecendo a competição, o rendimento, a racionalização de meios e as técnicas, fazendo com que novas relações sejam estabelecidas. Por essa razão, o professor instrutor e o aluno recruta - quando influenciados pela instituição militar - passam para professor, treinador e aluno atleta. (Soares et al., 2014)

 

    Nesse sentido, sobre os métodos de educação utilizados no período militar, segundo os quais as crianças são “confinadas” e a falta de movimento parece ser necessária para a aprendizagem, relata que “nenhuma Educação Física foi tão eficiente como aquela praticada pelos nazistas durante a ascensão de Hitler, nem tão bem-recebida pelos ‘pensadores’ brasileiros da Educação Física da época como ela o foi”, período em que ela foi usada como dominação, na qual o corpo acaba sendo como o meio de dominação (imóvel, rígido, conservador) (Freire, 2007, 115). À vista disso, somente com a influência dos educadores da Escola Nova, estimulados por Dewey, a Educação Física insere nas suas propostas o respeito à personalidade da criança. Porém, esse movimento perde força com a instauração do governo militar, em 1964, quando essa disciplina tornou-se sinônimo de esporte, e a frase mais conhecida naquela época era “Esporte é saúde”. (Darido, 2003)

 

    Para tanto, em relação à metodologia, além dos procedimentos diretivos, as tarefas eram apresentadas de forma acabada e os alunos deveriam executá-las ao mesmo tempo, ao mesmo ritmo, desprezando os conhecimentos que a criança já construiu, impondo-lhes valores sociais e culturais distantes da sua realidade.

 

    Nessa mesma linha de análise, o binômio mais utilizado na Educação Física escolar, a partir da década de 50, é Educação Física/esportes, crescendo tanto que, em 1969, ele entra na planificação estratégica dos governos ditatoriais, provocando inclusive a subordinação da Educação Física escolar ao esporte. (Moreira, 1992, p. 203)

 

    Essa situação só vai se alterar nos anos 80, quando adentramos a fase caracterizada por questionamentos dos períodos anteriores, perda das certezas até então estabelecidas, revelando uma verdadeira crise de identidade. No fim da década de 70, a Educação Física conta com novos movimentos, cada qual com sua especificidade; porém, todos tendo em comum a tentativa de romper com os modelos anteriores que privilegiavam a reprodução da técnica esportiva, isto é, modelos considerados mecanicistas, por estimularem a prática mecânica - sem conscientização das finalidades advindas da prática corporal, mas visando unicamente à competição, à vitória -, e tecnicistas, por racionalizar os meios e as técnicas - em busca da vitória, a repetição e o aperfeiçoamento técnico eram exacerbados.

 

    Não obstante a isso, a tecnologia portátil altera como o estudante estabelece relações com o jogo, o esporte, a dança, a luta, a ginástica, ou seja, a Educação Física escolar. Por conseguinte, a tecnologia proporciona modificações na forma como os alunos aprendem e desenvolvem habilidades, ou seja, os dispositivos tecnológicos proporcionam experiências imersivas e interativas, impulsionando a criatividade e criando um ambiente educacional dinâmico. Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa está em discutir a presença da tecnologia na área da Educação Física. Por conseguinte, qual a relação entre tecnologia e Educação Física?

 

Fundamentação teórica 

 

    O trabalho apresentado compreende a realização de uma pesquisa para avaliar a relação entre a Tecnologia e a Educação Física escolar. Sendo assim, discutir-se-á a tecnologia da informação e comunicação, a tecnologia na Educação Física e os Exergames; para depois realizarmos uma análise da Educação Física com a Saúde, Interação Social e Ensino.

 

Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) 

 

    Na década de 1970, as instalações de computadores e periféricos, como impressoras, câmeras fotográficas digitais e entre outros, chegaram às escolas de vários países, este conjunto de tecnologia ficou conhecido como Tecnologias da Informação (TI). Com a chegada dos computadores em rede, e-mail e outros meios de comunicação, a TI passou a ser conhecida como Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) (Leite, e Ribeiro, 2012). Para tanto, tem-se a definição de TICs como “[...] um conjunto de recursos tecnológicos que, representados principalmente por computador, celular, televisão, e-mails, tablet, YouTube, Internet, wifi, sites, etc.” (Freitas, e Braga, 2021, p. 3). Quando incorporados, proporcionam comunicação em presentes processos, como no ensino, pesquisas, entre outros. Essas tecnologias são usadas para compartilhar e unir informações. (Lobo, e Maia, 2015)

 

    Por conseguinte, os usos das TICs em contextos educativos apresentam as seguintes características:

    [...] abarcam um vasto conjunto de áreas, desde o simples uso do computador [...] até ao uso de tecnologias colaborativas para aumentar os índices de colaboração e participação de estudantes, temporal ou espacialmente separados. (Gonçalves, 2012, p. 12)

    Contudo, as TICs na educação ainda necessitam de uma análise mais profunda em relação aos seus impactos, quer seja no processo de ensino e aprendizagem, quer seja em questões de convívio ou relacionamento interpessoal. Dessa maneira:

    As TICs propõem toda uma transformação da concepção ensino-aprendizagem, tornando-se o aluno pensador, ativo e crítico. Transforma-se em uma “ferramenta" que possibilita, ao aluno, entrar em contato com as ciências em geral, criando seus próprios modelos. (Sena, 2011, p. 5)

    Contudo, o termo ganhou um outro significado, Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), que além das características e constituintes apresentados, faz referência a um conjunto de tecnologias digitais que permitem unir diversos ambientes e pessoas por meio de mídias, programas, equipamentos, celulares e outros dispositivos, com o intuito de facilitar a comunicação entre as pessoas. Nesse sentido, as TDICs estão presentes na vida dos jovens de forma intensa, quer seja em casa, junto aos amigos ou na escola. Portanto, faz-se necessário discutirmos sobre a tecnologia e a Educação Física, no sentido de apresentar a última como um instrumento valioso para chamar atenção daquilo que é essencial para os jovens estudantes, ou seja, as relações humanas.

 

Tecnologia na Educação Física 

 

    As novas tecnologias têm nos ajudado cada vez mais nas últimas décadas, proporcionando novas práticas sociais em diversas áreas. Um exemplo disso são os jogos digitais (JDs), que podem ser usados como ferramentas educativas, lúdicas e terapêuticas. Outro exemplo são as lousas interativas, que permitem uma maior interação entre professores e alunos, facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, as plataformas de ensino a distância (EaD) oferecem maior flexibilidade, acessibilidade e autonomia para os estudantes, ampliando as possibilidades de formação profissional e pessoal; e foram uma ferramenta imprescindível durante a pandemia, como demonstram em diversos. (Alfonzo, Henríquez, e Alcívar, 2020; Moreno, 2022; Quintana, 2021; Rodas, e Machado, 2021)

 

    Dessa maneira, por mais que a presença das tecnologias da informação e comunicação (TICs) podem trazer novos possibilidades no ensino-aprendizagem, como, por exemplo, raciocínio lógico ao longo do tempo, melhora na coordenação motora, a utilização de bibliotecas digitais, YouTube, jogos ou simuladores virtuais; os docentes necessitam de uma formação continuada e atualizada para melhor compreender e utilizar as TICs. (Araújo, Batista, e Moura, 2017)

 

    No entanto, há necessidade de uma reflexão em relação à permanência de jovens e crianças de forma exagerada em telas, já que a prática excessiva de JDs podem provocar a obesidade, problemas de sono, sedentarismo, problemas sociais, problemas de postura e entre outros. Diante disso, em 1998 foi lançado o Dance Dance Revolution (DDR) (figura 1), em uma tentativa de auxiliar as pessoas em relação à obesidade e sedentarismo, na época e com o sucesso, houve várias versões do mesmo. Com a evolução dos jogos e das máquinas, em 2006 foi lançado o console Nintendo Wii. Os jogos exigiam que o jogador se movimentasse para poder jogar, como, por exemplo, o jogo de tênis que captava o jogador enquanto segurava o controle como se fosse uma raquete. Por conta desses jogos, surgiu o termo exergames.

 

Figura 1. Dance Revolution

Figura 1. Dance Revolution

Fonte: Polygon (2023)

 

Exergames 

 

    Os exergames são uma junção de atividades físicas com a tecnologia, podendo se interagir através de jogos digitais (JDs) que possuem console ou sensores de movimentos. Foi criado durante a década de 80, mas só ganharam repercussão no ano 2006 por meio do Dance Revolution (DDR) ou pode ser chamado também como "tapete de dança”. Nesse sentido, para alguns autores (Araújo, Batista e Moura, 2017; Perez, Neiva e Monteiro, 2014) os JDs podem desenvolver vários fatores para o nosso ensino-aprendizado, sendo elas a memória, desafios, exploração, atenção visual e entre outros. Os exergames além de ter as ferramentas citadas acima, contribuem para a interação entre os envolvidos.

 

    Estabelecendo um contraponto, alguns pesquisadores têm críticas aos JDs (Cruz Junior, 2014), ou seja, os jogos online estariam substituindo os jogos tradicionais, como, por exemplo, a amarelinha, pular corda e entre outros. Trazendo assim, a exclusão dos movimentos corporais presentes nos jogos que envolvem os movimentos corporais e com eles a transmissão da cultura corporal de movimento. Porém, como já citado, a tecnologia evolui e os jovens se apropriam das mesmas, e esse fato não pode ser negado nem pela educação, muito menos pela Educação Física. Assim, cabe uma reflexão sobre a forma do uso dessas tecnologias e não simplesmente a sua negação.

 

    Consoante ao exposto, um estudo em aproximadamente 20 escolas nos Estados Unidos, Virgínia Ocidental. Usaram o exergames com o jogo Dance Revolution (DDR) na matéria de Educação Física. Como resultado os pesquisadores apontaram a contribuição para o combate a obesidade infantil (os estudantes perderam peso corporal, aproximadamente 4 quilos em média), melhora nas capacidades motoras e mentais, potencialidade do jogo em trabalhar o espírito esportivo, a cooperação e a criatividade dos alunos. (Vaghetti et al., 2013)

 

    Por tanto, os exergames podem incentivar os estudantes a praticar cada vez mais exercícios físicos utilizando a tecnologia e apresentar resultados para a saúde, o aprendizado e as relações interpessoais. Contudo, cabe aos professores e pais ficarem atentos ao tempo de permanência dos jovens junto aos aparatos eletrônicos, bem como ter em mente que os exergames constituem-se como uma opção a mais para os jovens e não uma ferramenta que rivaliza ou excluí a cultura corporal de movimento.

 

Métodos 

 

    Realizou-se uma revisão bibliográfica percorrendo as seguintes fases distintas: compor o tema; redigir o plano de trabalho; levantamento bibliográfico (identificação, localização, compilação, fichamento, análise e interpretação); e por fim, a redação. (Marconi, e Lakatos, 2003)

 

    Para o levantamento bibliográfico, usou-se os descritores educação, educação física escolar, tecnologia e relações humanas para a busca. As bases de dados utilizadas foram a Scielo, Google Acadêmico e Acervos da Unesp, USP e Unicamp.

 

    Contudo, discutir tecnologia implica em compreender a técnica por trás de um determinado produto ou artefato tecnológico”. Sendo assim, fez-se necessário avançarmos além do conceito popularmente conhecido sobre tecnologia e considerarmos que a tecnologia abarca diferentes “esferas do saber e encontra-se indissociavelmente entrelaçadas com a sociedade”. (Martins et al., 2023, p. 565)

 

Resultados 

 

    Quando falamos de tecnologia, sempre pensamos ou imaginamos na nossa era digital, com computadores, robôs, celulares ou até mesmo as programações. Porém, o conceito da palavra tecnologia é muito mais, além disso, ele é muito mais antigo do que possamos imaginar. (Oliveira et al., 2023)

 

    No que diz respeito à Educação Física, há artigos que mostram haver trabalhos científicos que exploram a utilização de diferentes TIC (tecnologias da informação e comunicação) no ambiente escolar que conseguiram proporcionar aos seus alunos uma metodologia inovadora que despertou interesse nas aulas de Educação Física, apesar dos entraves pela falta de recursos e capacitação de professores (Pinheiro, Souza, e Andrade, 2023). Destarte, os dados encontrados mostram que os alunos atuaram com seus aparelhos celulares na gravação de vídeos temáticos, aplicando o conteúdo programático de Educação Física; e uma proposta utilizando o exergames que combina o ambiente visual com outras habilidades sensoriais e motoras, que permite unir a realidade virtual e mecanismos de rastreio e atuação, sendo o movimento humano a peça essencial. (Pinheiro, Souza, e Andrade, 2023)

 

    Por conseguinte, há possibilidades de vivências que envolvam a Educação Física e a tecnologia, contudo chama-se atenção para o despertar dos jovens para a prática de esportes, de jogos, de lutas, de danças, dentre outros. Nesse sentido, há publicações sobre a Educação Física em tempos digitais (como no período de pandemia) que oferecem uma reflexão sobre os desafios e oportunidades, bem como sugestões para o processo de ensino-aprendizagem (Silva, e Oliveira, 2024; Neuenfeldt, 2024). Dessa forma, a relação está de tal forma que a Educação Física possa ser um momento das relações humanas sem a tecnologia ou que essa possa auxiliar a vivência da cultura corporal, ou seja, é uma ferramenta que chama atenção para a necessidade de resgatarmos algo que parece estar cada vez mais distantes de nós, a nossa humanidade.

 

    Além do que foi apresentado anteriormente, há 28 artigos científicos que tratam da Educação Física e a tecnologia. Dentre os artigos encontrados, os mais relevantes para o presente problema de pesquisa (Araújo, Batista, e Moura, 2017; Miquelin et al., 2015; Pinheiro, Souza, e Andrade, 2023; Ribeiro, e Triani, 2016; Rocha, Winterstein, e Amaral, 2009; Sena, 2011; Steinhilber, 2013; Vaghetti, 2013a; Vaghetti et al., 2013b) foram analisados e a partir dos mesmos estabeleceu-se três categorias com o objetivo de chamar atenção para as relações humanas, ou seja, exaltar a Educação Física escolar como uma unidade curricular que valoriza a essência do estudante. São elas: educação física e saúde; educação física e interação social; e educação física e ensino-aprendizagem.

 

Discussão 

 

    Na categoria Educação Física e saúde destacamos a necessidade da presença do outro (companheiro de time, adversário, torcida, árbitro, professor, etc.) na contramão do que é comumente destacado, ou seja, a relevância dos hábitos de vida na prevenção de doenças crônico-degenerativas. Sem dúvidas a Educação Física poderia desempenhar um papel crucial, promovendo desde cedo hábitos saudáveis entre os jovens, onde se defende a abordagem da educação para a saúde integradamente, considerando as interações entre o homem e o ambiente, incluindo hábitos alimentares, estresse, lazer, atividade física, entre outros (Guedes, 1999). Contudo, salienta-se a necessidade de uma visão educacional para a saúde indo além de referências biológicas e higienistas, mas a importância do contexto didático-pedagógico. Também ressalta-se a necessidade de estratégias de ensino que abordem não apenas o aspecto prático, mas também provedor de conceitos e princípios teóricos para incentivar hábitos saudáveis ao longo da vida.

 

    Sendo assim, a Educação Física, principalmente a escolar, tem um papel fundamental de relacionar a cultura corporal de movimento com o que chama atenção dos estudantes (por exemplo, aparatos tecnológicos como já relatado anteriormente em Pinheiro, Souza e De Andrade), mas trazendo como foco o movimentar humano ou o se-movimentar (Kunz, 2000) como algo próprio do sujeito que vai além da complexidade biopsíquica e técnica dos movimentos esportivos.

 

    Sendo assim, o movimentar humano e seus aspectos pessoais, interpessoais, sociais e afetivos só acontecem por meio das relações humanas. Nesse sentido, cabe à Educação Física trazer para a discussão a relação entre Educação Física, Saúde e Tecnologia, já que isso é crucial para o desenvolvimento integral dos indivíduos ao longo de suas vidas. Pois, no contexto educacional o ensino deve ir além do ensino de habilidades esportivas e jogos, porém vale frisar que são de fundamental importância para a Educação Física escolar.

 

    Para tanto, não poder-se-ia ignorar a dimensão da saúde na Educação Física escolar, já que “a atividade física regular se torna indispensável para combater problemas decorrentes da obesidade”, o que chama a atenção da disciplina para um trabalho crítico e formador para questões que envolvam a saúde (Pinheiro, Souza, e Andrade, 2023). Nesse sentido, temos:

    [...] se o objetivo é conscientizar os educandos de que níveis adequados de aptidão física relacionada à saúde deve ser algo a ser cultivado na infância e na adolescência, e perseguido por toda a vida, é imprescindível que as crianças e os jovens tenham acesso a informações que lhes permitam estruturar conceitos mais claros quanto ao porquê e como praticar atividade física, e não praticar atividade física pelo simples fato de praticar. (Guedes, 1999, p. 13-14)

    Na mesma linha de reflexão, é possível encontrar defesas a Educação Física para a saúde (Miquelin et al., 2015, p. 6), que considera a atividade física essencial para a manutenção e melhoria da saúde e na prevenção de enfermidades, para todas as pessoas em qualquer idade. Sendo assim, é unânime que a atividade física contribui para a longevidade e melhora sua qualidade de vida, através dos benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais.

 

    Portanto, é imperativo que os programas de Educação Física nas escolas incorporem uma abordagem abrangente, indo além do enfoque puramente esportivo e biológico. Devem contemplar atividades que promovam não apenas a competição, mas também o conhecimento sobre a cooperação, a expressão corporal, a consciência postural e a compreensão dos benefícios de um estilo de vida ativo; e claro também os aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais, raciais, sexuais, dentre outros.

 

Educação Física e interação social 

 

    Nota-se que o ambiente escolar proporciona uma das primeiras atividades físicas planejadas para as crianças por meio da Educação Física, contribuindo para o desenvolvimento motor, cognitivo, psicossocial e emocional da criança. Todos esses possíveis benefícios serão possíveis caso haja um trabalho pedagógico no qual seja enfatizado as relações pessoais e interpessoais.

 

    Nesse sentido, várias abordagens da Educação Física, consideradas críticas, enfatizam o estudante e suas relações. Nesse sentido, destacamos uma abordagem Semiótica e Auto-organizada da Educação Física escolar (Antunes, 2016; 2024). Na referida abordagem, os resultados de um processo de ensino e aprendizagem são analisados a partir de pressupostos da perspectiva semiótica apoiada nas ideias de Charles Sanders Peirce, associada a uma visão auto-organizada da teoria de Michel Debrun. Parte-se da premissa de que as perspectivas e anseios dos estudantes influenciam a mobilização, e nesse sentido, para que haja uma aprendizagem criativa, os estudantes precisam mobilizar-se, pois não havendo mobilização não há ingresso na significação.

 

    A abordagem Semiótica e Auto-organizada caracteriza-se, dentre outras questões fulcrais, pela seguinte questão: Por que razão e para qual fim o estudante mobiliza-se nas aulas de Educação Física? Nessa proposta de trabalho pedagógico, os conteúdos trabalhados vão além dos esportes tradicionais, ou seja, propõem conteúdos como o Jiu-Jítsu, o Beisebol e o Rugby. Por conseguinte, a mobilização dos estudantes pode acontecer por meio dos seguintes elementos: processo iniciado por problemas oriundos do próprio contexto escolar; ampliações dos conteúdos como necessidades apontadas pelos estudantes; o professor como primus inter pares nos acordos democráticos; e identificação de atratores. Sendo assim, considera-se que a mobilização ocorre na medida em que há engajamento dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem.

 

    Por meio das atividades esportivas, as pessoas aprendem a se comunicar, cooperar e respeitar umas às outras. Além de poder colaborar para melhorar a qualidade de vida das pessoas e favorecer a saúde e o bem-estar.

 

    A ênfase nas relações humanas e nos anseios dos estudantes podem ser alcançadas em um ambiente no qual haja um espaço permanente para a resolução de conflitos e problemas. O que pode contribuir para as relações sociais, por meio da busca de valores positivos, ou seja, valores realistas, socialmente construtivos e palpáveis e controláveis. Por exemplo, nos esportes competitivos a honestidade é um bom valor porque está sob nosso total controle, é baseada na realidade e beneficia outras pessoas (mesmo que seja desagradável se auto culpar por uma falta ou por colocar a mão em uma bola no jogo de futsal). Já a popularidade é um valor ruim, porque muitas coisas que acontecem em nossas vidas estão fora do controle e se o parâmetro de sucesso for ser o(a) jovem mais popular do time, as chances de não alcançar a popularidade são grandes, sem contar que esse valor não beneficia outras pessoas. Como a popularidade, a superstição, aqueles socialmente nocivos e não controláveis (estética, rendimento, vitória, perfeição, etc.)1 são valores ruins e devem ser objeto de discussão e análise nas aulas de Educação Física.

 

    Sendo assim, a interação social durante a atividade física (Figura 2) pode aumentar o sentimento de pertencimento e aumentar a autoestima. (Souza, Rodrigues, e Veronezi, 2015)

 

Figura 2. Educação Física e o Social

Figura 2. Educação Física e o Social

Fonte: Vivescer (2014)

 

    A tecnologia pode influenciar a interação social, como por exemplo o próprio exergames no qual citamos nas páginas anteriores e os próprios aplicativos de fitness e dispositivos vestíveis, já que permitem aos usuários acompanharem seus progressos nas atividades físicas, estabelecendo metas e até mesmo compartilhando suas próprias conquistas com outras pessoas por meio das plataformas digitais. Podendo proporcionar algumas interações e poder incentivar a participarem das atividades físicas. Contudo, por mais que a tecnologia possa facilitar a interação social, ela não substitui a mesma, já que a cultura corporal é uma atividade ligada à interação social e que requer cooperação direta.

 

    Por tanto, a Educação Física desempenha um papel que merece destaque na promoção da interação social. Além de desenvolver importantes habilidades sociais, também poderá promover o bem-estar, a saúde mental e a busca pelo conhecimento. Sendo assim, acredita-se no potencial transformador e integrador da Educação Física no currículo escolar.

 

Educação Física e ensino 

 

    Como já relatado, a cultura corporal pode ser fundamentalmente explorada no ambiente escolar, pois a escola é o meio educativo mais eficaz e eficiente para a implementação desta prática.

 

    É importante destacar que a escola é o local onde muitos jovens e crianças têm sua primeira experiência com atividades físicas estruturadas, ressaltando sua importância como promotora de desenvolvimento e aprimoramento das esferas cognitivas, motoras e auditivas. Este contato estruturado permite que os estudantes envolvidos possam entender e/ou adaptar suas habilidades, não apenas no ambiente escolar, mas também em todos os outros ambientes aos quais tenham acesso. (Miquelin et al., 2015)

 

    Para tanto, a Educação Física escolar vem discutindo temas que extrapolam a simples prática de exercícios e/ou jogos, ou seja, busca levar os estudantes a refletirem sobre a cultura corporal de movimento. Esta faz referência ao jogo, esporte, luta, dança, ginástica, práticas corporais diversificadas de forma crítica e construtiva; e tais manifestações podem ser chamadas de cultura corporal ou cultura corporal de movimento.

 

    A partir da década de 80, muitos estudos têm discutido sobre a participação do jovem nas aulas de Educação Física. Vários autores (Betti, 1992; Marco, 1995; Freire, 2006; Galhardo, 1995; Kunz, 1999; Sérgio, 1995; Tani et al., 2008; Ferreira, e Bracht, 2007) apresentaram concepções sobre a Educação Física, que tomam corpo no fim da década de 1970. Tais movimentos combatem as práticas que enfatizam a instrução (prevalência do militarismo), a competição extrema, a vitória e o rendimento característico do esporte de alto rendimento na Educação Física escolar.

 

    Nesse sentido, as principais abordagens são: Abordagem Psicomotora; Abordagem Interacionista-Construtivista, Abordagem Desenvolvimentista; Abordagem Crítico-Superadora; abordagem Crítico-Emancipatória; Abordagem Educação Física Plural e Abordagem Educação Física para Promoção da Saúde.

 

    No entanto, é possível tratar a Educação Física em termos de perspectivas científicas e por abordagens, sendo assim, numa visão sociológica, entende-se que a Educação deve atender aos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora (Antunes, e Gebran, 2010). Os imediatos “correspondem à sua necessidade de sobrevivência, à luta no cotidiano pelo direito ao emprego, ao salário, à alimentação, ao transporte, à habitação, à saúde, à educação, enfim, às condições dignas de existência”. (Soares et al., 2014, p. 24)

 

    Por conseguinte, os interesses históricos da classe trabalhadora expressam-se no sentido de transformar a sociedade em que os trabalhadores possam usufruir do resultado de seu trabalho. (Antunes, e Gebran, 2010)

 

    Dessa forma, a Educação Física escolar, numa reflexão pedagógica que considera as relações sociais e a defesa de um projeto político pedagógico, apresenta uma tríplice dimensão:

    [...] é diagnóstica, quer dizer, voltada para a constatação e a interpretação da realidade; é judicativa porque julga a partir de uma ética que representa os interesses de determinadas classes sociais; é teleológica porque determina alvos onde quer chegar, indicando necessariamente a direção da manutenção ou construção de uma hegemonia de classe. (Soares, Taffarel, e Escobar, 2007, p. 212)

    Em relação ao o saber específico da Educação Física tem-se a cultura corporal de movimento, e esse objeto de estudo está relacionado com o papel social a ela atribuído (Bracht, 1996). Assim, a prática pedagógica deve considerar:

    [...] trabalhar na EF com o movimentar-se na perspectiva da cultura (cultura corporal de movimento), não basta colocá-la no âmbito de uma concepção progressista de educação, mesmo porque, o conceito de cultura pode ser definido em termos social e politicamente conservadores. É preciso, portanto, articular um conceito de cultura que se coaduna com os pressupostos sócio filosóficos da educação crítica. (Bracht, 1996, p. 24)

    Sendo assim, é possível que os jovens estudantes vivenciem uma Educação Física que possa levá-los a refletir sobre vários temas (mídia, saúde, recursos ergogênicos, preconceito, tecnologia e outros) e com isso contribuir para uma formação integral.

 

Conclusões 

 

    Por conseguinte, é necessário discutir a tecnologia na área da Educação Física e os esforços no sentido de implantá-las na prática pedagógica dos professores, sem deixar de lado a pesquisa sobre as práticas corporais. Para tanto, faz-se necessário oferecer uma visão realista dos problemas que atingem a escola diariamente, já que não é mais suficiente apenas dominar os saberes para transmiti-los, mas considerar o sujeito, ou seja, o jovem estudante.

 

    Diante do exposto, o percurso da Educação Física desde a influência militar e higienista até as novas propostas, surgidas a partir da década de 1980, nos mostra um rico arcabouço e um importante papel da disciplina no contexto escolar e na atual sociedade. Papel este que considera o homem como ser social, que influencia e é influenciado pela cultura, que tem no movimento humano seu principal foco de estudo. Para tanto, a Educação Física alerta-nos de que o movimento humano só é possível por meio das relações humanas, e estas são a essência do ser humano, ou seja, não é possível termos um Educação Física sem a cultura e, da mesma forma, não é possível a cultura sem as relações humanas.

 

    Por tanto, é necessário que a Educação Física trabalhe contra uma aprendizagem mecânica e sem reflexão, que discuta as normas e os valores impostos pela sociedade, que traga a tecnologia como aliada da cultura corporal de movimento e não como uma inimiga ou adversária em uma disputa insana que não haveria ganhadores, mas somente perdedores.

 

Nota 

  1. Tais valores fazem parte da nossa vida, mas também são péssimos valores nos quais basear uma vida, principalmente quando são puramente superficiais e baseados no consumo e exagero.

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