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ISSN 1514-3465

 

A produção do conhecimento na Educação Física 

sobre identidade docente. Uma revisão integrativa

The Production of Knowledge in Physical Education on Teacher Identity. An Integrative Review

La producción de conocimiento en la Educación Física sobre la identidad docente. Una revisión integrativa

 

Sérgio de Oliveira Junior*

sergiojrmano@gmail.com

Victor Julierme Santos da Conceição**

victorjulierme@gmail.com

 

*Professor da Rede Pública Estadual de Santa Catarina (SED/SC)

Mestre em Educação e Doutorando em Educação

pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

**Doutor em Ciências do Movimento Humano

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professor do Colégio de Aplicação e do Programa

de Pós-graduação em Educação

do Centro de Educação da UFSC

(Brasil)

 

Recepción: 14/06/2024 - Aceptación: 20/09/2024

1ª Revisión: 18/08/2024 - 2ª Revisión: 08/09/2024

 

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Cita sugerida: Oliveira Júnior, S. de, e Conceição, V.J.S. da (2024). A produção do conhecimento na Educação Física sobre identidade docente. Uma revisão integrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(317), 178-193. https://doi.org/10.46642/efd.v29i317.7722

 

Resumo

    O artigo visa descrever e compreender a produção de conhecimento sobre a identidade docente em periódicos, dissertações e teses no campo da Educação Física, utilizando o método de revisão integrativa. Este método acompanhou o desenvolvimento científico sobre o tema, identificando lacunas e direções futuras para a pesquisa da identidade docente. A busca inicial no banco de teses e dissertações da CAPES resultou em 524 trabalhos, que foram refinados de acordo com critérios de exclusão, resultando em dezoito (18) teses e dissertações. A seleção de artigos ocorreu nas revistas Movimento, Motrivivência, Revista de Educação Física da UEM, Revista Brasileira de Ciências do Esporte e Pensar a Prática, resultando em nove (09) artigos, todos indexados no Qualis da CAPES (A1; A2; B1 e B2), no ano de 2018. Os métodos de pesquisa mais utilizados foram a pesquisa etnográfica e a narrativa, com participantes que incluíam estudantes de graduação, professores da educação básica e universitários. Os campos de pesquisa mais explorados foram as redes municipais e federais de ensino, sendo que não houve estudos sobre docentes da rede estadual, abrindo espaço para futuras investigações. O referencial teórico das pesquisas é variado, destacando-se autores como Claude Dubar, António Nóvoa, Stuart Hall, Marie-Christine Josso, Selma Garrido Pimenta e Zygmunt Bauman. A pesquisa revela que a construção da identidade docente é um processo contínuo, guiado pela socialização, iniciando sua construção na infância e vai se (re)construindo durante a carreira docente, se reconhecendo nos outros e compreendendo que sem os outros não existe identidade.

    Unitermos: Identidade docente. Educação Física. Produção do conhecimento.

 

Abstract

    The article aims to describe and understand the production of knowledge on teacher identity in journals, dissertations, and theses in the field of Physical Education, using the integrative review method. This method traced the scientific development on the topic, identifying gaps and future directions for research on teacher identity. The initial search in the CAPES database of theses and dissertations resulted in 524 works, which were refined according to exclusion criteria, leaving eighteen (18) theses and dissertations. The selection of articles was made from the following journals: Movimento, Motrivivência, Revista de Educação Física da UEM, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, and Pensar a Prática, resulting in nine (09) articles, all indexed in the CAPES Qualis (A1; A2; B1; and B2) in 2018.The most commonly used research methods were ethnographic and narrative studies, with participants including undergraduate students, basic education teachers, and university professors. The most explored research fields were municipal and federal education networks, with no studies found on state network teachers, leaving room for future investigations. The theoretical framework of the research is diverse, highlighting authors such as Claude Dubar, António Nóvoa, Stuart Hall, Marie-Christine Josso, Selma Garrido Pimenta, and Zygmunt Bauman. The research reveals that the construction of teacher identity is a continuous process, guided by socialization, beginning in childhood and (re)constructed throughout the teaching career. It involves recognizing oneself in others and understanding that, without others, there is no identity.

    Keywords: Teacher identity. Physical Education. Knowledge production.

 

Resumen

    El artículo tiene como objetivo describir y comprender la producción de conocimiento sobre la identidad docente en revistas, disertaciones y tesis en Educación Física, utilizando el método de revisión integradora. Este método siguió el desarrollo científico sobre el tema, identificando lagunas y direcciones futuras para la investigación sobre la identidad docente. La búsqueda inicial en la base de datos de tesis y disertaciones de la CAPES resultó en 524 trabajos, que fueron depurados según criterios de exclusión, resultando en dieciocho (18) tesis y disertaciones. La selección de artículos se realizó en las revistas Movimento, Motrivivência, Revista de Educação Física da UEM, Revista Brasileira de Ciências do Esporte y Pensar a Práctica, resultando nueve (09) artículos, todos indexados en CAPES Qualis (A1; A2; B1 y B2), en 2018. Los métodos de investigación más utilizados fueron la investigación etnográfica y narrativa, con participantes que incluyeron estudiantes de pregrado, docentes de educación básica y estudiantes universitarios. Los campos de investigación más explorados fueron las redes educativas municipales y federales, y no hubo estudios sobre docentes en la red estatal, abriendo espacio para futuras investigaciones. El marco teórico de la investigación es variado, destacando autores como Claude Dubar, António Nóvoa, Stuart Hall, Marie-Christine Josso, Selma Garrido Pimenta y Zygmunt Bauman. La investigación revela que la construcción de la identidad docente es un proceso continuo, guiado por la socialización, iniciando su construcción en la infancia y siendo (re)construida durante la carrera docente, reconociéndose en los demás y entendiendo que sin los otros no hay identidad.

    Palabras clave: Identidad docente. Educación Física. Producción de conocimiento.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 317, Oct. (2024)


 

Introdução 

 

    Claude Dubar (2005, p. 17) destaca “a identidade humana não é dada, no acto do nascimento. Constrói-se na infância e deve reconstruir-se sempre ao longo da vida”. Significa dizer que a identidade docente não pode ser compreendida apenas como um único processo vivido pelos indivíduos. Dessa forma, a sua complexidade surge de seu caráter inacabado, compreendendo a natureza do tornar-se docente como um processo contínuo, fruto das relações e interações com o meio social, através dos ciclos de trajetória de vida e profissional que formam suas singularidades e pluralidades (Júnior, 2019). As transformações, as ressignificações, mostram seu caráter cíclico, contextual e processual, pois se trata de acordo com Lima et al. (2020) de um processo situado nas frequentes mudanças que ocorrem na sociedade, nas condições de trabalho e nas trocas com os indivíduos nos contextos culturais com os quais o sujeito interage.

 

    A identidade é complexa por natureza, compreendê-la significa situá-la em sua multidimensionalidade, buscando entender o que esse objeto de estudo representa para os pesquisadores do campo da Educação Física. Nesse sentido, esta pesquisa traz como objetivo: descrever e compreender a produção de conhecimento sobre a identidade docente em periódicos, dissertações e teses no campo da Educação Física.

 

    Para realizar a pesquisa, foi organizada uma revisão integrativa. Snyder (2019) caracteriza a revisão integrativa como uma metodologia que combina e sintetiza evidências de diferentes estudos, proporcionando uma compreensão mais abrangente de um tema específico. Gomes, e Caminha (2014) destacam que observar e analisar todo caminho percorrido pela ciência em determinada categoria é fundamental para o avanço nas pesquisas científicas. A revisão busca não apenas coligar informações, mas sim acompanhar o curso científico de um período ou época, finalizando com a descoberta de novas lacunas e direcionamentos transitáveis para o esclarecimento de assuntos pertinentes. A revisão é uma maneira de indagar, discutir e compreender de forma ampla as pesquisas de certos campos da ciência, questionando as investigações científicas.

 

    O processo de produção do conhecimento requer um caminhar contínuo que considere o reconhecimento e análise sobre o conhecimento acumulado de determinado objeto de estudo, compreendendo a multidimensionalidade das produções existentes em sua complexidade. Nesse sentido, a opção por uma revisão integrativa surge como uma metodologia capaz de colaborar neste processo, pois consideramos importante o aprofundamento e imersão nas produções para ampliarmos as leituras existentes sobre a identidade docente, compreendendo os fenômenos determinantes desse tema, tão caro ao processo de tornar-se docente na sociedade.

 

Metodologia 

 

    No trabalho, utilizou-se como fonte norteadora a revisão integrativa. O processo metodológico para a construção desta pesquisa constou de três momentos: primeiramente, a evidência das pesquisas se inicia com a definição dos termos ou palavras-chave, seguidos pelas estratégias de busca, base de dados e outras fontes de informação a serem pesquisados. Para iniciar a busca nas teses/dissertações e nos periódicos nacionais do campo de conhecimento Educação Física e Ciências do Esporte, utilizaram-se três descritores para a busca: Identidade, identidade docente e identização são temas centrais na discussão sobre a educação contemporânea. Para esta análise, estabelecemos como ponto de corte os últimos dez anos nas teses e dissertações (2009 a 2018) e os últimos cinco anos nos periódicos (2014 a 2018), período em que se concentra a produção mais atual sobre a temática abordada.

 

    Em periódicos indexados no Qualis da CAPES (A1, A2, B1 e B2), a busca aconteceu nas revistas acessíveis e em plataformas via web do campo da Educação Física, que tradicionalmente tem em seu escopo importantes referências para a produção de conhecimento também na área pedagógica. Feito isso, selecionamos os seguintes periódicos: Movimento1; Motrivivência2; Revista de Educação Física da UEM3; Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE)4 e Pensar a Prática5. Foi visitado o site de cada uma dessas revistas e pesquisados os respectivos descritores. A revista Movimento destacou-se com cinco publicações no período. Em seguida, a Revista de Educação Física e a Pensar a Prática apresentaram duas publicações cada. As revistas Motrivivência e Revista Brasileira de Ciências do Esporte tiveram uma publicação cada. Apenas na Revista de Educação Física da UEM não foram encontradas publicações referentes ao tema.

 

    A busca pelas teses e dissertações se deu pelo catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)6. Ao iniciar a busca pelos periódicos, dissertações e teses com os termos, os dados foram filtrados da seguinte forma: No item pós-graduação no Catálogo da CAPES utilizou-se Doutorado e Mestrado e as seguintes grandes áreas do conhecimento, Ciências da Saúde, Ciências Humanas e Multidisciplinar. No segundo momento da pesquisa, os resumos das dissertações e teses foram lidos e analisados quanto a pertinência, e aproximação com a temática central deste estudo, os seguintes critérios de exclusão foram adotados: a) dissertações e teses duplicados; b) pesquisas de estado da arte e revisões sistemáticas; e) pesquisas em que o idioma não seja a língua portuguesa. A fim de facilitar a avaliação e a análise dos dados, utilizou-se do fluxograma PRISMA, para fornecer as informações detalhadas da busca.

 

Figura 1. Fluxograma Prisma - Busca de 2009 a 2018

Figura 1. Fluxograma Prisma - Busca de 2009 a 2018

Fonte: Elaboração própria

 

    Diante dos critérios, foram selecionadas 18 teses e dissertações e 09 artigos de periódicos. Gomes, e Caminha (2014) complementam que apenas os estudos confiáveis devem permanecer como parte da pesquisa, se tornando um movimento organizacional, onde todas as variáveis e informações contidas nos textos devem ser levantadas e investigadas com atenção. No terceiro momento, foi realizado o fichamento, análise do marco teórico e discussão das informações nas teses/dissertações e periódicos que foram selecionados, resultando em duas categorias.

 

Conhecendo os procedimentos e percursos metodológicos das pesquisas encontradas 

 

    A partir da leitura das teses, dissertações e artigos, realizou-se um movimento relacionado à necessidade de compreender as tendências investigativas que se comprometem em construir conhecimento sobre a identidade docente na Educação Física. Os estudos estão apresentados por aproximações metodológicas e teóricas, apontando os elementos singulares e comuns, analisando os instrumentos e sujeitos que fizeram parte da investigação.

 

    Os estudos de Faria (2012), Conceição (2014), Conceição, e Molina Neto (2017) e Silva (2007) têm como ponto comum a etnografia7. Conceição (2014), Conceição, e Molina Neto (2017) utilizaram a metodologia etnográfica educativa e crítica8. O estudo de Silva (2007) traz como particularidade a ênfase na história de vida9 do sujeito. Todos os estudos foram desenvolvidos em Redes Municipais de Ensino de suas regiões e contaram com a participação de professores de Educação Física. Os instrumentos utilizados na pesquisa etnográfica foram a análise documental, observação participante, entrevista semiestruturada, diário de campo e narrativa escrita.

 

    Já Rodrigues (2010) e Rodrigues (2012) optaram pela etnometodologia10. Rodrigues (2010), além da etnometodologia, trouxe como recurso metodológico a história de vida. Essa pesquisa utiliza como instrumentos a observação, entrevista, análise de documentos e história de vida. Além disso, as investigações aconteceram nas Redes Municipais de Ensino e tiveram como foco central professoras de Educação Física.

 

    A pesquisa de Vieira, e Neira (2016) traz como metodologia a história oral11. Participaram do estudo um professor(a) de cada uma das cinco Instituições de Ensino Superior privadas que oferecem o curso de Educação Física na cidade de Sorocaba, em São Paulo.

Moletta (2013) utilizou a pesquisa descritiva12 com 21 professores de Educação Física vinculados a duas Universidades do Estado de Santa Catarina, sendo 11 de Instituição Pública e 10 de Instituição Comunitária.

 

    Benites (2007), Canciglieri (2016), Flores (2013), Kaefer (2014) e Mesquita Junior, e Thiesen (2016), usaram em suas pesquisas a metodologia de estudo de caso13. No estudo de Canciglieri (2016) participaram cinco professores de Educação Física egressos do curso de licenciatura nos anos 2012 e 2014 na Rede Municipal de Ensino de Rio Claro-SP. Benites (2007) pesquisa sete professores universitários que se encontram na fase de serenidade e estabilização, ou seja, com uma experiência de atuação na área de 20 a 35 anos de experiência docente, sendo que a pesquisa aconteceu na Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro. Flores (2013) pesquisou seis professores e seis acadêmicos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria. Mesquita Junior e Thiesen (2016) tiveram como objeto de estudo nove professores, sendo quatro docentes da Educação Física e cinco das demais áreas no Instituto Federal Catarinense de Sombrio-SC. A pesquisa de Kaefer (2014) trouxe como objeto de pesquisa quatro professores iniciantes da Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo.

 

    As pesquisas de Machado (2012) e Machado, e Bracht (2016) tiveram como referência o trabalho empírico14, a partir de entrevistas semiestruturadas com professores de Educação Física (EF) residentes em diferentes Estados e Regiões brasileiras. A pesquisa foi realizada com 13 docentes de nove distintos Estados do País: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Pará, Paraná, Santa Catarina e Goiás. Já Oliveira (2010) desenvolveu o estudo com uma professora da Rede Municipal de Ensino de Vitória-ES, utilizando a pesquisa de campo como metodologia.

 

    A pesquisa de Bezerra (2012) utiliza a perspectiva colaborativa15. O autor investigou oito Professores Iniciantes (PFIs) que se dividiram em dois grupos de quatro pessoas em duas escolas da Rede Municipal de João Pessoa/Paraíba. Pires (2016) estruturou sua pesquisa com a metodologia de estudo descritiva exploratória. Os participantes foram cinquenta e nove estudantes matriculados nas disciplinas de estágio curricular supervisionado do curso de formação de professores em Educação Física de duas instituições de ensino superior pública do município de Florianópolis-SC.

 

    Os estudos de Fraga (2008), Fraga, e Figueiredo (2015), Miranda (2012), Luiz (2014), Figueiredo, e Morais (2013), Gonçalves, Richter, e Bassani (2017), Cardoso, Batista, e Graça (2016) e Sancho-Gil, e Correa-Gorospe (2016), trazem em comum a pesquisa de metodologia narrativa16. Luiz (2014) destaca que os sujeitos foram oito professoras e seis professores de Educação Física de três redes municipais de ensino da Grande Vitória-ES. O estudo de Miranda (2012) trabalhou com 20 narrativas de estudantes do terceiro, sexto e oitavo período do curso de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo. Figueiredo, e Morais (2013) destacam que sua pesquisa foi constituída por oito professores de um curso de Educação Física e as autoras não especificam qual. Fraga (2008) e Fraga, e Figueiredo (2015) buscam compreender a constituição da docência a partir das narrativas de 12 professores/as de Educação Física do Sistema Municipal de Ensino de Vitória-ES. Cardoso, Batista, e Graça (2016) discorrem que participaram seis estagiários dos núcleos de estágio das duas escolas públicas selecionadas no ano letivo 2011/2012. Gonçalves, Richter, e Bassani (2017) abordam em seu trabalho o percurso de duas professoras de Educação Física, que atuam na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (RMEF). Sancho-Gil, e Correa-Gorospe (2016) destacam que ao todo foram feitas micro etnografias com 23 professores, entre quatro e seis meses, por várias entrevistas em profundidade, observações nos seus locais de trabalho, coleta e análise de materiais, objetos (fotos, textos, entre outros) e programas de treinamento inicial.

 

O que dizem os textos sobre a identidade docente 

 

    A revisão das teses/dissertações e artigos apresentou similaridade de pontos convergentes e divergentes sobre a identidade docente. Os textos dão embasamento teórico que permitem ampliar a discussão sobre o termo identidade docente. Apresentamos aqui os diferentes olhares para o fenômeno da socialização profissional, contextos e sujeitos que a influenciam.

 

    Por meio do diálogo entre os autores dos estudos selecionados, a primeira categoria em destaque nas produções foi referente à construção da identidade docente como um processo contínuo. Fraga (2008) compreendeu, a partir de sua pesquisa, que o percurso de vida dos/as professores é um percurso de formação, percebendo seu caráter dinâmico, singular e sempre inacabado. Conceição (2014), concorda que a construção da identidade não aparece em um período específico, mas é apoiada durante toda a vida. Flores (2013) colabora com estas afirmações, compreendendo que este é um processo contínuo que se constrói antes mesmo da graduação, mas que vai ter seu despertar inicial na formação inicial. Bezerra (2012). Complementa que os espaços de formação acontecem antes mesmo da entrada da licenciatura e a trajetória escolar se constitui por um processo de socialização em que os sujeitos se inserem durante vários anos, modelando suas identidades pessoais e oferecendo conhecimentos sobre a docência.

 

    Neste movimento, Oliveira (2010), Benites (2007), Moletta (2013) e Bezerra (2012), entendem que a identidade docente se constrói antes mesmo da entrada no curso de formação inicial. O estudo de Kaefer (2014) indica que a escolha pela profissão é fruto das experiências anteriores, principalmente pelo contato com a Educação Física escolar e a prática de esportes. Conceição (2014) e Conceição, e Molina Neto (2017) destacam que a identidade do sujeito é construída a partir de diferentes aspectos que estão relacionados à experiência de cada indivíduo. Os autores compreendem que a construção da identidade docente acontece a partir de experiências que se moldam nas histórias de vida a partir dos campos familiares e sua trajetória escolar. Souza (2015) concorda com estas ideias e destaca que a docência é uma trajetória de vida, uma carreira que não pode ser aprendida somente por experiência ou formação específica, mas sim um processo de construção baseada nas diversas experiências/vivências e relações sociais ao longo da vida.

 

    Kaefer (2014) destaca que para compreender a construção da identidade profissional dos professores deve-se considerar que o processo de formação não está vinculado apenas aos cursos de formação profissional, pois os docentes já possuem uma formação na condição de estudantes da Educação Básica e transportam para a formação inicial algumas de suas crenças e valores. O processo inacabado da construção da identidade docente se ressignifica no contato com os mais diversos contextos, se tornando um processo inacabado que durará até o fim da carreira docente.

 

    A segunda categoria nesta análise foi a da formação inicial, percursos cruciais para a construção da identidade docente. Para Kaefer (2014) a formação inicial é um momento crucial para entender a construção da identidade profissional dos professores de Educação Física iniciantes, porque considera que o processo de formação não está vinculado apenas aos cursos de formação, pois os discentes já possuem uma formação na condição de estudantes da Educação Básica e transportam essas experiências para a formação inicial. Nos cursos de graduação, os futuros professores se aproximaram do cotidiano escolar nos estágios obrigatórios e não obrigatórios. Bezerra (2012) conceitua o estágio como uma socialização pré-formação profissional que está ligada ao momento e fases do percurso de vida dos indivíduos. A autora é a única dentro das investigações a conceituar o estágio dessa forma e complementa que nesse período de socialização os professores iniciantes ressignificam suas identidades por meio da construção de saberes para o trabalho docente e pela sua forma de agir como professores. A inserção dentro do contexto escolar contribui para a constituição identitária dos sujeitos, visto que as identidades mobilizam a partir das socializações com a escola, alunos, classe, pares, administração, e toda cultura escolar da qual faz parte do cotidiano do professor. Canciglieri (2016) descreve que os futuros professores socializam neste ambiente de formação, produzindo sentido para suas ações, em quatro dimensões: pessoal (produzindo a vida de professor de dentro para fora), profissional (produzindo a profissão docente no coletivo de fora para dentro), organizacional (produzindo a escola, no qual todos são chamados a construí-la) e na dimensão disciplinar (produzindo a Educação Física no âmbito do currículo escolar).

 

    A experiência de estágio, de acordo com Cardoso, Batista, e Graça (2016), desempenha um papel fulcral no processo de socialização profissional dos professores de Educação Física. O sentimento de pertença dos futuros professores de Educação Física com a cultura escolar em que foram inseridos contribui para identificação positiva com a profissão, constituindo assim uma relação de (re)construção da identidade profissional. Mesquita Junior, e Thiesen (2016) em seu estudo afirmam a importância da aproximação dos professores com seu mundo profissional no início, ou antes, mesmo do término da graduação.

 

    Outra categoria que emergiu da análise das produções foi a socialização e socialização profissional o processo de constituição da identidade profissional do professor de Educação Física. Os autores se apropriam dos conceitos de socialização para explicarem o processo de desenvolvimento da identidade. Claude Dubar foi a principal referência nas pesquisas encontradas, mas percebeu-se uma variedade de conceitos de socialização em cada autor. O estudo de Moletta (2013) vincula a socialização à incorporação do Habitus de Bourdieu. Canciglieri (2016), Bezerra (2012) e Benites (2007) articulam sua pesquisa com o conceito de socialização de Berger, e Luckman (1985). Já o estudo de Faria (2012) e Machado (2012) apoia-se no conceito de socialização de Mead. Conceição (2014) aborda o conceito de socialização na antropologia cultural para responder seu objeto de estudo. Entendemos seus diversos conceitos das pesquisas para compreender o percurso das investigações dos professores pesquisados. Alguns autores não deixaram explicito em suas pesquisas qual o tipo de socialização que utilizaram.

 

    Neste parágrafo, abordaremos as múltiplas socializações para compreender sua importância na construção da identidade docente. O estudo de Souza (2015) descreve que Dubar (2005), trata das socializações no plural, uma vez que não existe um único processo de socialização que constitui a vida de um indivíduo. Na mesma perspectiva, Rodrigues (2012) afirma que as identidades não são estanques e imutáveis, mas sim um processo contínuo, influenciado pelas vivências experimentadas de cada um. Para a autora, as identidades envolvem diversas experiências de socialização vivenciadas pelos docentes ao longo de sua trajetória de vida. Dentro dessas experiências, ela destaca as pré-profissionais: família, infância, processos escolares, experiências socio corporais; as de formação profissional: formação inicial e continuada; e as experiências adquiridas a partir do seu exercício profissional.

 

    Para Dubar (2005) a socialização é um processo dinâmico, flexível e contínuo pelo qual o ser humano desenvolve suas formas de se relacionar com o mundo, pessoas e com o contexto em sua volta e são estes que tornam o indivíduo um ser social. Os autores Bezerra (2012), Figueiredo, e Morais (2013), Moletta (2013), Oliveira (2010), Rodrigues (2012) e Rodrigues (2010), compartilham deste pensamento e compreendem que a identidade é construída de maneira contínua no processo de socialização entre duas dimensões: a identidade para si, sendo biográfica e elaborada pela trajetória de vida dos sujeitos e também pelas experiências; a identidade também é atribuída em um espaço social e histórico nas suas relações de trabalho e, através destes conceitos, as dimensões se complementam. Dubar (2005) entende a socialização como um processo de construção, desconstrução e reconstrução de identidade ligado a variadas esferas de atividades que cada um encontra durante a sua trajetória de vida. Compreendemos então a socialização sendo um processo que constitui formas identitárias, pois conhecimentos são interiorizados. Para entender a segunda dimensão “a identidade para o outro”, buscou-se na socialização profissional a compreensão desta categoria, a qual confere uma identidade profissional, aonde a ida de trabalho é feita de relações inseridas nas situações de trabalho marcadas pela divisão do mesmo, dos percursos de vida, marcados pelos imprevistos, rupturas, êxitos, fracassos, sendo a socialização profissional o processo que conecta permanentemente as situações e percursos, tarefas a realizar e perspectivas a seguir. (Dubar, 2012, p. 358)

 

    Pires (2016) cita que o processo de socialização se evidencia a partir das múltiplas pertenças do indivíduo. Neste sentido, as identidades profissionais se definem em espaços e tempos profissionais assumidos pelo contexto do trabalho. Moletta (2013) complementa que a socialização profissional se contextualiza a partir das identidades sociais e das identidades profissionais de um sujeito, entendendo que este processo se inicia em uma cultura referente ao contexto de trabalho, possibilitando a transformação do indivíduo. Miranda (2012) também compreende que a identidade profissional constituída pelo sujeito pode ser considerada uma identidade social do grupo pertencente. Canciglieri (2016) compreende que a socialização profissional dos professores se dá no campo escolar, criando relações com alunos, com o ensino, com os saberes, ou seja, é um conjunto de experiências que permite reconhecer, dentro da profissão, o sentimento de pertença a essa classe social. Oliveira (2010) aponta nessa perspectiva a socialização profissional com foco a partir das realidades do trabalho. Rodrigues (2012) complementa que a construção das identidades profissionais interage à participação do sujeito com suas relações de trabalho que demandam organização, ação coletiva, normas e regras a serem seguidas. Portanto, a necessidade de diálogos e acordos variados que fazem com que essas identidades sejam construídas num contexto social determinado, amplo e complexo. Vieira, e Neira (2016) vão além e percebem que investigar a identidade docente é atentar para o contexto de inserção dos sujeitos, desde aspectos da gestão do Estado até as especificidades do componente curricular, passando pela visão da rede de ensino, cotidiano da escola e interação com os alunos. É analisar os discursos e práticas de significação que classificam estes espaços, posicionam seus sujeitos e compõem a cultura local. O estudo de Fraga, e Figueiredo (2015) descreve que ao se aproximar dos lugares que os professores estão é possível ver as marcas que os constituem para compreender então o processo de construção da docência nos múltiplos espaços sociais e nas constantes relações estabelecidas pelos sujeitos que convivemos.

 

    A partir da análise dos estudos relatados nesta seção, entendemos o processo de construção da identidade docente como produto da socialização que acontece durante os ciclos de trajetória de vida, em um processo contínuo de ressignificação, com sentidos nas mais diversas experiências modificando o ser e a maneira que interage com sua vida e os diversos contextos que se insere. Sendo assim, os professores de Educação Física constroem sua identidade docente levando em consideração o contexto escolar e cultural dos estudantes, suas experiências anteriores, tornando a socialização seu fio condutor. (Conceição, Medeiros, e Rocha, 2023).

 

Considerações transitórias17 

 

    A pesquisa trouxe dados atuais e relevantes produzidos no meio acadêmico sobre identidade, permitindo compreender os métodos de pesquisa mais utilizados nas investigações sobre o objeto de estudo. Os resumos das pesquisas acentuam a dificuldade de encontrar informações, pois não deixam visíveis seus métodos, referências teóricas e suas conclusões com exatidão. Verificou-se uma dificuldade na escrita dos resumos por parte de alguns atores, o que dificulta o acesso às informações. As pesquisas como um todo investigaram somente as redes municipais e federais onde geralmente os pesquisadores ou seus grupos de pesquisa estão inseridos e não houve nenhuma pesquisa que procurasse entender a construção da identidade docente de professores da rede estadual ou privada.

 

    A etnografia e a pesquisa narrativa aparecem como as mais citadas pelos pesquisadores, estas duas pesquisas compõem metodologias que dão conta dos objetos de estudos. Os pesquisadores estão se aproximando do contexto das instituições escolares para entender as significações de cada espaço, conforme a cultura local em que o sujeito está inserido. Nesta revisão, mostrou-se que os participantes dos estudos são estagiários, professores da rede básica de ensino, professores universitários, estudantes de graduação, sendo o foco central das pesquisas aqui evidenciadas nos mais diversos níveis de ensino.

 

    Nos corpos dos textos foram referenciados nos periódicos, dissertações e teses os principais autores das obras sobre a identidade docente. Os pesquisadores se apoiam em vários autores para escrever sobre o tema, recorriam raramente a só um autor, mas sim a vários autores. Nos estudos, alguns autores foram utilizados com mais potência, dentre os quais destacaram-se Claude Dubar, Antonio Nóvoa, Stuart Hall, Marie Christine Josso, Selma Garrido Pimenta e Zygmunt Bauman. Percebe-se o caráter multidimensional da identidade através dos diversos autores utilizados, acendendo a complexidade da temática no âmbito acadêmico.

 

Notas 

  1. http://www.seer.ufrgs.br/Movimento

  2. https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia

  3. http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/index

  4. http://www.rbceonline.org.br

  5. https://www.revistas.ufg.br/fef

  6. http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/

  7. A pesquisa etnográfica é um espaço para compreender culturas e os significados de seus processos sociais, descrevendo de forma detalhada as experiências concretas de vida em um contexto sociocultural.

  8. A metodologia visa desvendar, a partir da dialética, as situações de opressão e injustiças a que estão submetidos os grupos e/ou seus membros.

  9. Tem como objetivo entender a interpretação que a pessoa elabora de sua própria vida.

  10. A metodologia busca compreender o modo em que as pessoas enxergam, explicam e descrevem o mundo em que habitam.

  11. O método de pesquisa história oral é distinto do simples ato de entrevistar para se obter informações objetivas. Um projeto de história oral não omite do leitor o contexto da sua produção, mas promove outros significados para fatos estabelecidos.

  12. A pesquisa descritiva se caracteriza por estudar e descrever as características, as propriedades ou as relações ocorridas em uma comunidade, grupos ou realidade da pesquisa.

  13. Caracteriza-se por ser um tipo de pesquisa que tem como objeto uma unidade analisada profundamente, esse estudo visa proporcionar um olhar detalhado de um ambiente, sujeito ou situação particular.

  14. A pesquisa empírica tem como objetivo principal a busca por dados relevantes, por meio da experiência e vivência do pesquisador, para assim chegar a novos horizontes por meio do mundo dos outros.

  15. Nesta perspectiva os sujeitos colaboram fornecendo dados para a pesquisa e o pesquisador colabora com os professores, ajudando-os a refletir e transformar a prática.

  16. A narrativa conta vivências próprias, interpretando a luz das histórias que os atores narram, se tornando uma proposta peculiar de investigação.

  17. Os pesquisadores entendem a provisoriedade/transitoriedade da produção do conhecimento.

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 317, Oct. (2024)