ISSN 1514-3465
Comportamento hemodinâmico em idosos saudáveis
praticantes de treinamento de força. Revisão integrativa
Hemodynamic Behavior in Healthy Older Adults Engaged
in Resistance Training. An Integrative Review
Comportamiento hemodinámico en personas mayores sanas
que practican entrenamiento de fuerza. Revisión integrativa
Marckson da Silva Paula
*profmarckson@gmail.com
Jani Cleria Pereira Bezerra
**j.cleria@gmail.com
Felipe da Silva Triani
***felipe.triani@gmail.com
Neilson Duarte Gomes
+neilsondg@hotmail.com
Nilber Soares Ramos
++nilber123@yahoo.com.br
Lauro Rodrigues da Silva Neto
+++laurorodrigues933@gmail.com
*Pós-graduado em treinamento desportivo
e fisiologia do exercício - Universidade Castelo Branco (UCB)
Aluno especial do curso de pós-graduação stricto sensu
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
**Doutora em Enfermagem e Biociências (UNIRIO)
***Doutor em Ciências do exercício e do esporte
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
+Pós-graduando em treinamento desportivo
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ)
++Pós-graduado em treinamento desportivo e fisiologia do exercício (UCB)
+++Pós-graduado em treinamento resistido e personal trainer
Universidade Pitágoras (UNOPAR) Anhanguera
(Brasil)
Recepción: 07/06/2024 - Aceptación: 09/12/2024
1ª Revisión: 26/08/2024 - 2ª Revisión: 05/12/2024
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
Este trabalho está sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt |
Cita sugerida
: Paula, M. da S., Bezerra, J.C.P., Triani, F. da S., Gomes, N.D., Ramos, N.S., y Neto, L.R. da S. (2025). Comportamento hemodinâmico em idosos saudáveis praticantes de treinamento de força. Revisão integrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(320), 193-210. https://doi.org/10.46642/efd.v29i320.7711
Resumo
O controle da intensidade no treinamento de força (TF) é essencial para uma prescrição segura e eficaz de exercícios físicos. Por isso, faz-se necessário mais estudos com avaliações das respostas hemodinâmicas após sessões de TF. Objetivo: investigar sobre o comportamento hemodinâmico em idosos saudáveis que praticam TF. Metodologia: Para alcançar esse objetivo, foi conduzida uma revisão integrativa, utilizando os recursos do Google Acadêmico, SciELO Brasil, Lilacs e CAPES Livre. Foram encontrados 947 resultados, destes, 10 estudos foram selecionados. 221 idosos com idades entre 60 e 84 anos participaram das intervenções de TF. Em 80% dos estudos houve alterações significativas promovidas pelo TF em idosos. Conclui-se que, o TF foi responsável por promover alterações significativas sobre as respostas hemodinâmicas em indivíduos idosos praticantes desse método de treinamento.
Unitermos:
Idoso. Treinamento resistido. Frequência cardíaca. Pressão arterial.
Abstract
The control of intensity in strength training (ST) is essential for a safe and effective prescription of physical exercises. Therefore, more studies are needed to evaluate hemodynamic responses after ST sessions. Objective: To investigate the hemodynamic behavior in healthy elderly individuals who practice ST. Methodology: To achieve this objective, an integrative review was conducted using resources from Google Scholar, SciELO Brazil, Lilacs, and CAPES Livre. A total of 947 results were found, of which 10 studies were selected. 221 elderly individuals aged between 60 and 84 years participated in the ST interventions. In 80% of the studies, significant changes were promoted by ST in the elderly. It can be concluded that ST was responsible for promoting significant changes in the hemodynamic responses of elderly individuals practicing this training method.
Keywords:
Elderly. Resistance training. Heart rate. Arterial pressure.
Resumen
Controlar la intensidad en el entrenamiento de fuerza (EF) es fundamental para una prescripción segura y eficaz de los ejercicios físicos. Por tanto, se necesitan más estudios para evaluar las respuestas hemodinámicas después de las sesiones de EF. Objetivo: Investigar el comportamiento hemodinámico en personas mayores sanas que practican EF. Metodología: Para lograr este objetivo, se realizó una revisión integradora, utilizando los recursos de Google Scholar, SciELO Brasil, Lilacs y CAPES Livre. Se encontraron 947 resultados, de los cuales se seleccionaron 10 estudios. Participaron de las intervenciones de 221 personas mayores con edades entre 60 y 84 años. En el 80% de los estudios hubo cambios significativos promovidos por el EF en los personas mayores. Se concluye que el EF fue responsable de promover cambios significativos en las respuestas hemodinámicas en personas mayores que practican este método de entrenamiento.
Palabras clave
: Personas mayores. Entrenamiento resistido. Frecuencia cardíaca. Presión arterial.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 320, Ene. (2025)
Introdução
O envelhecimento acarreta uma série de alterações no ser humano que afetam diretamente o funcionamento do corpo e a qualidade de vida dos idosos. Hoje, a qualidade de vida não é mais apenas a ausência de doenças, mas inclui também a saúde física e psicológica. (Taranto et al., 2022)
A prática de exercícios físicos é amplamente reconhecida como um fator relevante na prevenção de doenças, especialmente quando associada a mudanças no estilo de vida. Ela representa uma alternativa não farmacológica para tratar várias condições de saúde, incluindo a hipertensão arterial sistêmica (Maia et al., 2021; Sousa et al., 2023; Seguro et al., 2021). Leonel et al. (2022) reforçam que o treinamento de força (TF) é eficaz no combate a doenças cardiovasculares, promovendo efeitos benéficos sobre as respostas hemodinâmicas.
O TF tem sido recomendado como uma excelente abordagem para reduzir os efeitos negativos de doenças crônico-degenerativas, como a hipertensão arterial (Cardozo, Cardozo, e Destro, 2013; Carvalho et al., 2021). Ciolac, e Guimarães (2004) destacam que o TF deve ser praticado por indivíduos hipertensos, pois, não existem estudos que documentem efeitos adversos associados a essa modalidade.
Além da pressão arterial, outras variáveis hemodinâmicas são igualmente importantes. Observa-se que, em alguns casos, o TF pode levar a reduções na frequência cardíaca (FC) de repouso. Essa diminuição na FC, combinada com a redução da pressão arterial sistólica (PAS), contribui para a diminuição de outro relevante índice de esforço cardíaco, o duplo produto. (Pereira et al., 2020; Ferreira et al., 2017)
Diante dessas informações e considerando a importância dos fatores hemodinâmicos, especialmente em idosos que praticam TF, é fundamental realizar investigações adicionais sobre o tema. O objetivo deste estudo é investigar sobre o comportamento hemodinâmico em idosos saudáveis que praticam TF.
Métodos
O estudo em questão consiste em uma revisão integrativa conduzida nas bases de dados do Google Acadêmico, CAPES Livre, SciELO e Lilacs, abrangendo o período de 2004 a 2023 e sem restrição de idioma. A pergunta de pesquisa foi a seguinte: “Como tem se comportado os fatores hemodinâmicos em idosos saudáveis durante o treinamento de força?
As palavras-chave foram consultadas no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e Mesh (Medical Subject Headings), sendo elas: “idosos”, “treinamento resistido”, “frequência cardíaca” e “pressão arterial”, bem como, seus correspondentes em inglês: “aged”, “resistance training”, ‘heart hate” e “arterial pressure”. Para conectar as palavras-chave, utilizou-se os operados booleanos AND e OR.
O acrônimo PICO foi utilizado na realização da estratégia de busca, sendo P (População: idosos saudáveis), I (Intervenção: treinamento de força), C (Comparador: grupo controle ou outras intervenções) e O (Outcomes ou desfecho: frequência cardíaca e pressão arterial).
Os critérios de inclusão adotados foram: acesso livre dos artigos, presença das palavras-chave, intervenções com idosos saudáveis e que pratiquem treinamento de força.
Por outro lado, os critérios de exclusão foram: artigos não relacionados às palavras-chave, pré-prints, duplicados, incompletos, de acesso restrito, com intervenções combinadas (TF e outro método) e revisões bibliográficas.
A seleção dos estudos foi realizada por meio da plataforma Rayyan-Intelligent Systematic Review (Ouzzani et al., 2016), com a colaboração de dois revisores independentes que triaram os artigos com base em títulos e resumos. Qualquer divergência foi resolvida por consenso ou, quando necessário, com a intervenção de um terceiro revisor.
A última etapa consistiu na extração e síntese dos dados, realizada com o auxílio do software Microsoft Excel®. As informações extraídas incluíram referências bibliográficas, características da amostra, tipo de estudo, objetivos e resultados. Este estudo seguiu as diretrizes PRISMA - Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. (Page et al., 2021)
Resultados
No total, foram selecionados 10 artigos de um conjunto inicial de 947 disponíveis para análise (conforme Figura 1). Esses estudos estão expostos na Tabela 1.
Os estudos analisados foram do tipo: ensaio clínico randomizado controlado (n=3), estudo longitudinal (n=1), ensaio clínico (n=1), experimental com design cruzado “cross-over” (n=1), estudo de campo, prospectivo e quantitativo (n=1), estudo normativo “survey” (n=1), estudo de intervenção cruzada randomizado (n=1) e experimental, randomizado controlado e cruzado “cross-over” (n=1).
A Tabela 1 apresenta as características gerais da amostra. Participaram das intervenções de todos os estudos um total de 221 idosos, com idades entre 60 e 84 anos. Não foi possível determinar a distribuição por gênero, uma vez que em um estudo não foi especificada a distribuição por gênero dos sujeitos da pesquisa. (Alcântara et al., 2019)
Tabela 1. Características das amostras
Autor/Ano |
Amostra |
Grupos |
Objetivos |
Tipo
de estudo |
Alcântara et al. (2019) |
N=20 (AS; idades entre 60 e 70 anos) |
GC, GE (40%1RM), GE 2 (60%1RM). Foram os mesmos sujeitos da pesquisa, em momentos distintos. |
Comparar as respostas glicêmicas e RH de IA durante e após TF |
Experimental “cross-over” |
Paz et al. (2020) |
N=10F (Med: 64 anos; idades entre 60 e 75 anos; FC Rep: Med -
77 BPM) |
GE (N=10) |
Verificar a influência do TF nos critérios diagnósticos da Síndrome
Metabólica e na capacidade funcional de idosas |
Estudo de campo (prospectivo e quantitativo) |
Castro et al. (2019) |
N=30 (5M e 25F; idades entre 60 e 84 anos) |
GE (N=30) |
Avaliar a melhoria da PA de IN submetidos ao TF durante 12 SEM |
Ensaio clínico |
Reis Filho et al. (2011) |
N=10F |
G3x/SEM (N=5; X̄: 64 ± 4 anos) e G1x/SEM (N=5; X̄:
64,8 ± 2 anos) |
Analisar a FC de TF de 3x vs. 1x/SEM sobre a força,
composição corporal e RH |
Ensaio clínico randomizado controlado |
Gurjão et al. (2013) |
N=17F (X̄: 66,0 ± 5,8 anos) |
GE (N=10; X̄: 61,7 ± 4,8 anos) e GC (N=7; X̄: 65,0
± 5,1 anos) |
Analisar o efeito de 8 SEM de TF na PAS, PAD, PAM e FC Rep em
IN. |
Ensaio clínico randomizado controlado |
Lucas, e Farinatti (2007) |
N=7F (X̄: 74 ± 6 anos; idades entre 67 e 80 anos) |
GE (N=7; FC Rep: 78 ± 8 BPM; PAS Rep:
138 ± 11 mmHg) |
Comparar a FC, PAS e DP medidos ao final de 6 e 12RM do exercício
leg press horizontal, analisando-se simultaneamente a influência
do tempo total de execução em cada situação. |
Longitudinal |
Queiroz et al. (2012) |
N=16 (5M e 11F; X̄: 63,3 ± 1,0 anos; idades entre 60 e 74
anos) |
GE e GC, ambos os grupos tiveram os mesmos indivíduos, em
momentos distintos |
Verificar as RH após sessão de TF em IN |
Ensaio clínico randomizado controlado |
Reis et al. (2018) |
N=22F (X̄: 63 ± 2 anos; idades > 60 anos) |
GPL (N=12; X̄: 64,67
± 2,61 anos) e GPO (N=12; X̄: 63,00
± 3,16 anos) |
Avaliar a RH em idosas submetidas ao TF |
Experimental, randomizado controlado e cruzado “cross-over” |
Sant'ana et al. (2021) |
N=40 (20M e 20F; X̄: 68,8 ± 7,0 anos |
GE (caminhada; N=10; 5M e 5F), GE 2 (hidroginástica; N=10; 5M
e 5F), GE 3 (TF; N=10; 5M e 5F) e GC (N=10; 5M e 5F) |
Verificar as RH de IN em diferentes modalidades físicas. |
Estudo normativo “survey” |
Williams et al. (2013) |
N=49 (23M e 26F; X̄: 66,7 ± 4,3 anos) |
GE (TF; N=25; X̄: 66,9 ± 4,3 anos) e GE 2 (TFlex; N=24;
X̄: 66,4 ± 4,3 anos) |
Determinar o efeito do TF versus TFlex nos indicadores de
rigidez arterial e PA em IN |
Estudo de intervenção cruzada randomizado |
Legenda: X̄: média; Med: mediana; M: sexo masculino; F: sexo feminino; GC: grupo controle; GE: grupo experimental; GPL: grupo periodização linear; GPO: grupo periodização ondulatória; G3x/SEM: grupo que realizou a intervenção 3 vezes por semana; G1x/SEM: grupo que realizou a intervenção 1 vez por semana; RM: repetição máxima; TF: treinamento de força; TFlex: treinamento de flexibilidade; BPM: batimento por minuto; FC: frequência cardíaca; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PAM: pressão arterial média; DP: duplo produto; Rep: repouso; SEM: semana (s); AS: ambos os sexos; IA: idosos ativos; RH: respostas hemodinâmicas; IN: idosos normotensos. Fonte: Elaboração própria
O Quadro 1 representa os protocolos de treinamento realizados nos estudos analisados nessa revisão. Em 50% dos estudos houve a intervenção com TF por 3 vezes semanais. (Alcântara et al., 2019; Castro et al., 2019; Reis Filho et al., 2011; Reis et al., 2018; Williams et al., 2013)
A determinação da intensidade de treinamento foi utilizada por testes de repetição máxima em 40% dos estudos, tendo sido o teste de 1RM o mais utilizado (Alcântara et al., 2019; Paz et al., 2020; Gurjão et al., 2013; Lucas, e Farinatti, 2007). A intensidade de treinamento foi relatada em alguns estudos e variou de 40 a 70% 1RM.
O número de séries variou entre 1 e 3, tendo 5 a 12 repetições e intervalos de descanso entre séries de 30 a 120 segundos.
A cadência variou entre 3 e 10 segundos em ambas as fases do movimento (concêntrica e excêntrica), tendo sido adotada a cadência de 4 segundos (ambas as fases) em dois estudos. (Paz et al., 2020; Reis et al., 2018)
Quadro 1. Protocolos de treinamento
Autor/Ano |
Protocolos
de treinamento |
Alcântara et al. (2019) |
3 sessões; NE: 6; 20 repetições - 40-60%1RM (tipo circuito);
IRES: 30” e 2’ entre passagens; DS:
30’; CAD: 3” (Conc. e Exc.); DC: teste
1RM; IES: 72h. |
Paz et al. (2020) |
2x/SEM (dias alternados); 5’ aquecimento MMSS e MMII +
2x8-12; IRES: 1-2’; CAD: 4” (2” Conc. e 2” Exc.); DC: teste
8-12RM. |
Castro et al. (2019) |
PI:
12 SEM; 3x/SEM (dias alternados); IRES: 60-90”; CAD: 10” (4”
Conc. e 6” Exc.); DC: teste 1RM 0-4
SEM: 50%1RM; 5-8 SEM: 60%1RM; 9-12: 70%1RM. |
Reis Filho et al. (2011) |
G3x/SEM: 3x/SEM
(dias alternados); DS: 60’; IRES: 60” (10’ aquecimento + 35’
parte principal + 15’ alongamento); SEM 1: 2x12; SEM 2-4: 3x12; SEM
5-8: 3x10 e 9-12: 3x12; G1x/SEM: somente às quintas, com a mesma configuração
anterior. |
Gurjão et al. (2013) |
NE: 7; 3x10-12 + Abdominais: 2x15; IRES: 90”; CAD: 5” (2”
Conc. e 3” Exc.); DC: teste 1RM; IES: 48h |
Lucas, e Farinatti (2007) |
DC: teste 12RM. Protocolo de treinamento não informado. |
Queiroz et al. (2012) |
DS: 90’; NE: 9; 3x8; IRES:
120-180”; IES: 48h. |
Reis et al. (2018) |
PI: 10 SEM; 3x/SEM
(dias alternados); 1x15 - aquecimento (50%1RM). GPL: 1-4 SEM: 3x10-12;
IRES: 60”; 5-8 SEM: 3x8-6; IRES: 90” e 9-10 SEM: 3x5; IRES: 120” e
GPO: segundas: 3x10-12; IRES: 60”; quartas: 3x8-6; IRES: 90” e
sextas: 3x5; IRES: 120”. CAD 2” em cada fase do movimento (ambos
grupos). |
Sant'ana et al. (2021) |
Protocolo de treinamento não informado. |
Williams et al. (2013) |
PI: 16 SEM; 3x/SEM (sendo 2x com supervisão e 1x domiciliar);
NE: 4; 2-3x8-12 (sessão supervisionada); 3x5 (sessão domiciliar). |
Legenda: G3x/SEM: grupo que realizou a intervenção 3 vezes por semana; G1x/SEM: grupo que realizou a intervenção 1 vez por semana; GPL: grupo periodização linear; GPO: grupo periodização ondulatória; RM: repetição máxima; PI: período de intervenção; SEM: semana (s); NE: número de exercícios; DC: determinação da carga; DS: duração da sessão; IES: intervalo entre sessões; IRES: intervalo de recuperação entre séries; CAD: cadência; Conc: fase concêntrica; Exc: fase excêntrica; MMSS: membros superiores; MMII: membros inferiores. Fonte: Elaboração própria
O Quadro 2 apresenta os resultados dos estudos analisados. O TF promoveu alterações significativas em 80% dos estudos, seja na FC, PA ou DP. (Alcântara et al., 2019; Paz et al., 2020; Castro et al., 2019; Gurjão et al., 2013; Lucas e Farinatti, 2007; Queiroz et al., 2012; Reis et al., 2018; Williams et al., 2013)
O método de periodização linear foi superior ao método de periodização ondulatório em promover reduções na PAD inicial quando comparada aos valores de PAD durante 10 semanas de intervenção. (Reis et al., 2018)
O TF obteve melhores resultados quando foi comparado ao treinamento de flexibilidade, obtendo diminuições significativas em FC e PAD. (Williams et al., 2013)
Quadro 2. Resultados dos estudos
Autor/Ano |
Resultados |
Alcântara et al. (2019) |
Houve DS em FC entre GC e GE (40%1RM) e GE 2 (60%1RM) ao final
do treinamento. Sem DS na FC entre repouso, 15min, após TEC e 30 min após
o TEC. Sem DS em PAD e PAS em todos os momentos. |
Paz et al. (2020) |
Houve DS em PAS inicial (Med: 135mmHg) e final (Med: 120mmHg)
(p<0,034). Sem DS para PAD inicial (Med: 80mmHg) e final (75mmHg)
(p=0,085). |
Castro et al. (2019) |
Houve DS para aumento, PAS inicial (126,4
± 3,01mmHg) e final (130,1 ± 3,4mmHg) (p<0,001) e para PAD inicial
(77,6 ± 1,0 mmHg) e final (78,7 ± 1,1 mmHg) (p<0,001). Houve DS no
aumento da PAS inicial durante 3 meses (1º: 129,7 ± 2,2; 2º: 125,4 ±
1,5 e 3º: 123,9 ± 1,5mmHg; p<0,001) e final (1º: 133,7 ± 1,9; 2º:
129,3 ± 2,1 e 3º: 127,1 ± 2,1mmHg; p<0,001). Sem DS para PAD
inicial durante os 3 meses (p=0,809) e com DS em PAD final (p=0,010). |
Reis Filho et al. (2011) |
Houve tendência à redução de PAS, PAD e PAM nos grupos
G3x/SEM e G1x/SEM (p=0,06). Houve tendência à significância do DP
apenas em G3x/SEM (p=0,06). Não houve DS para FC em ambos os grupos
(G1x/SEM: p=0,43 e G3x/SEM: p=0,12) e para DP (G1x/SEM: p=0,12). |
Gurjão et al. (2013) |
Houve DS na redução da PAS (-13,4 mmHg; p < 0,01). Embora
tenha havido reduções significativas em PAD e PAM, a ANOVA não
mostrou interação grupo x momento significativa. |
Lucas, e Farinatti (2007) |
Houve DS entre a FC, PAS e DP ao realizar 6RM e 12RM quando
comparados aos valores de repouso (p<0,05). Não houve DS quando se
comparou as RH entre 6RM e 12RM (p>0,05). |
Queiroz et al. (2012) |
Houve DS para aumento da PAS no GC (+8,1 ± 1,6 mm Hg, p≤
0,05), sem DS para GE (p>0,05). A PAD aumentou em ambas as sessões
(GE e GC). Houve DS para FC no GE (+3,8 ± 1,6 bpm; p<0,05),
permanecendo elevada após 4,5h do exercício. |
Reis et al. (2018) |
GE (PL): Houve DS de redução na PAD inicial comparada (1ªSEM:
p=0,0210; 2ªSEM: p=0,0008; 3ªSEM: p=0,0072; 4ªSEM: p=0,0384; 5ªSEM:
p=0,0057; 6ªSEM: p=0,0007; 7ªSEM: p<0,0001; 8ªSEM: p=0,0008; 10ªSEM:
p=0,0003) e sem DS (9ªSEM: p=0,0745). Sem DS em PAS, PAM, FC e DP
(p>0,05). GE (PO): Sem DS em todas as variáveis (p>0,05). |
Sant'ana et al. (2021) |
Não houve DS na PAS (p = 0,072), PAD (p = 0,634) e FC (p =
0,685) nos grupos GE (caminhada), GE2 (hidroginástica), GE3 (TF) e GC. |
Williams et al. (2013) |
Houve diminuição da rigidez arterial não significativa
(−2,03%; IC 95%: −5,61 a 1,56; p = 0,27), DS na diminuição
da FC Rep (−4,25 bpm, IC 95%: −6,44 a −2,06, p <
0,001), DS na diminuição da PAD (−3,4 mmHg, IC 95%: −5,61
a −1,20; p = 0,002) após o TF, quando comparado ao TFlex. |
Legenda: Med: mediana; DS: diferença significativa; GE: grupo experimental; GC: grupo controle; G3x/SEM: grupo que realizou a intervenção 3 vezes por semana; G1x/SEM: grupo que realizou a intervenção 1 vez por semana; TF: treinamento de força; TFlex: treinamento de flexibilidade; TEC: treinamento em circuito; RM: repetição máxima; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PAM: pressão arterial média; FC: frequência cardíaca; DP: duplo produto; Rep: repouso; PL: periodização linear; PO: periodização ondulatória. Fonte: Elaboração própria
Discussão
Esse estudo teve como objetivo investigar sobre o comportamento hemodinâmico em idosos saudáveis praticantes de TF. De fato, houve alterações significativas em diversos estudos, nos quais, pelo menos um dos fatores hemodinâmicos (pressão arterial sistólica, diastólica, frequência cardíaca, duplo produto) sofreu modificação quando comparado aos níveis em repouso. (Alcântara et al., 2019; Paz et al., 2020; Castro et al., 2019; Gurjão et al., 2013; Lucas, e Farinatti, 2007; Queiroz et al., 2012; Reis et al., 2018; Williams et al., 2013)
No estudo de Alcântara et al. (2019), a FC sofreu alteração significativa ao final dos treinamentos com intensidades entre 40 e 60%1RM e a PAS e PAD se mantiveram sem alterações em todos os momentos. Segundo os autores, a elevação da FC se dá pelo fato de terem optado por uma metodologia do tipo circuito, o que faz com que os estímulos sejam contínuos e as alterações cardiovasculares sejam estimuladas pelas atividades do sistema nervoso simpático e parassimpático, além de haver maior esforço cardíaco e frequência respiratória a fim de bombear o sangue e realizar a oxigenação, podendo elevar a FC a valores acima de 170 batimentos por minuto.
Isidoro et al. (2022) divergiram desses resultados e não observaram alterações significativas em seu estudo ao adotarem intensidade de 40%1RM no TF com mulheres idosas de idade superior a 60 anos, o que pode ser um bom indicativo de intensidade segura para esse público. Por outro lado, Coelho-Junior et al. (2017) encontraram diminuição da FC pós-sessão de TF em mulheres idosas e indicam que há uma modulação autonômica do coração após a sessão de TF, o que contribui para a diminuição da FC.
Lucas, e Farinatti (2007) também obtiveram diferenças significativas na FC após a intervenção com o TF em indivíduos idosos. O treinamento realizado com cargas de 6RM e 12RM não apresentou diferenças significativas das respostas cardiovasculares, entretanto, quando foi realizado com intensidade de 12RM apresentou tempo de tensão 86% e carga 22% maiores, quando comparados ao treinamento com 6RM. Os autores confirmam o fato de que as cargas mais altas e com menor número de repetições parecem promover menor esforço cardíaco do que realizar cargas menores e com maior número de repetições em idosos. Vale et al. (2018) também corroboram esses argumentos após verificarem em seu estudo um maior estresse cardíaco em indivíduos que realizaram o TF com maior número de repetições e cargas mais baixas quando comparados a indivíduos que realizaram TF com cargas mais elevadas e menor número de repetições.
Quando se trata da variável PA, diversos estudos obtiveram diferenças significativas pós-exercício, bem como, o efeito hipotensivo pós-exercício em alguns deles. (Paz et al., 2020; Castro et al., 2019; Castro et al., 2019; Reis Filho et al., 2011; Gurjão et al., 2013; Lucas, e Farinatti, 2007; Queiroz et al., 2012; Reis et al., 2018)
Em alguns estudos houve o efeito hipotensivo pós-exercício. Gurjão et al. (2013) observaram em seu estudo um efeito hipotensivo significativo, no qual os praticantes de TF tiveram redução de 13,2 mmHg nos valores de PAS. Os autores destacam seus resultados afirmando que o TF pode ser uma boa estratégia para controlar a PAS em idosos e, com isso, reduzir os fatores de risco de propensão a doenças cardiovasculares.
O TF quando realizado de forma isométrica também pode ser realizado como mais uma estratégia na redução da PA. Araujo et al. (2018) obtiveram resultados similares de diminuição da PAD quando comparado ao método de TF realizado de forma dinâmica. Farah et al. (2018) também observaram reduções na PA após aplicação do TF isométrico. Os autores realizaram um treinamento isométrico supervisionado de preensão manual por meio de dinamômetro de preensão manual, realizado com idosos hipertensos durante 12 semanas e verificaram reduções na PAS e PAD. Esses resultados se assemelham ao que foi encontrado por Rodrigues et al. (2020), que também obtiveram reduções na PA após realizar intervenção de TF com finalidade de aumentar a força de preensão manual em idosos hipertensos.
No estudo de Queiroz et al. (2012) a PA teve aumento após esforço. Os autores afirmam que o fato de a PA elevar após exercício se deu devido ao estresse da posição sentada, pois, os autores atribuíram essa elevação à dificuldade do retorno venoso ocasionada por manutenção nessa posição e, consequentemente, ao aumento da atividade simpática e da PAD. Logo, o aumento da PAD pode promover aumento em PAS e, somando-se a esses fatores, a condição arterial endurecida (rigidez arterial) que tinham os sujeitos da pesquisa.
A rigidez arterial foi outro assunto abordado nos estudos revisados e tem relevância no que diz respeito à saúde pública, uma vez que está associada à probabilidade de acontecimento de um evento cardiovascular. Essa rigidez depende de componentes funcionais e estruturais e, quando ocorrem mudanças estruturais e funcionais nas paredes das artérias, isso faz com que haja um aumento na velocidade de onda de pulso. Um aumento de 1 m/s na velocidade de onda de pulso braquial-tornozelo está relacionado a um risco de 0,9% de ter um acidente vascular cerebral e 2,2% à morte. (Manojlović et al., 2021)
Williams et al. (2013) verificaram a redução da rigidez arterial não significativa nos idosos participantes de seu estudo que realizaram TF e foram comparados a outro grupo que realizou o treinamento de flexibilidade. Embora seus resultados não tenham sido significativos, os autores confirmam que a rigidez arterial pode ser reduzida com intensidades mais baixas ou moderadas, algo que foi realizado em seu estudo. Também cabe salientar que as mulheres apresentaram uma redução no índice de aumento e uma elevação no tempo de reflexão, o que os autores atribuem como um possível efeito da diminuição da rigidez arterial.
Zuo et al. (2022) não observaram diferenças significativas na diminuição da rigidez arterial após comparar os métodos de TF e treinamento funcional. Os autores afirmam que ambos os métodos fizeram diminuir a rigidez arterial dos idosos em seu estudo, o que demonstra a similaridade de efeitos entre os métodos.
Alguns autores recomendam o treinamento aeróbico como uma abordagem eficaz para melhorar a rigidez arterial, destacando sua capacidade de reduzir a FC, a PA e aumentar a distensibilidade arterial. Apesar disso, eles não descartam o TF, sugerindo que ele pode ser benéfico quando combinado ao treinamento aeróbico (Saladini et al., 2023). Por outro lado, outros autores argumentam que o treinamento aeróbio é mais adequado para reduzir a rigidez arterial, enquanto o TF pode, na verdade, aumentá-la. (Santos et al., 2022; Kato et al., 2020)
Essa revisão apresenta limitações. A amostra do estudo foi pequena, o que pode diminuir a possibilidade de generalização dos resultados aqui apresentados para a população de modo geral. Os estudos analisados não são tão recentes e isso pode comprometer a análise, pois, informações mais atuais sobre o tema são essenciais na abordagem e discussão do assunto.
Contudo, o estudo também apresenta aspectos positivos a serem destacados. Os estudos analisados em sua maioria foram ensaios clínicos e ensaios clínicos randomizados e controlados, o que proporciona maior consistência a essa revisão. Além disso, foram expostos diversos argumentos de comparação e contraste entre os fatores hemodinâmicos.
Conclusão
Em conclusão, este estudo revelou que o TF pode provocar alterações significativas nos parâmetros hemodinâmicos de idosos, com efeitos variando conforme a intensidade e o método de execução. A revisão dos estudos mostrou que, enquanto alguns demonstraram benefícios do TF em reduzir a FC e a PAS, outros observaram aumentos temporários na PA e efeitos variados na rigidez arterial. A análise revelou que intensidades e métodos específicos de TF, como a carga e o número de repetições, influenciam os resultados hemodinâmicos e podem, de fato, promover benefícios ou riscos dependendo da abordagem adotada. Além disso, a combinação do TF com treinamento aeróbico pode oferecer vantagens adicionais, especialmente no controle da rigidez arterial. A literatura sugere que tanto o treinamento aeróbico quanto o TF possuem papéis importantes na gestão da saúde cardiovascular em idosos, e a escolha do método deve considerar as características individuais e os objetivos de saúde. Assim, futuras pesquisas devem continuar a explorar esses efeitos para otimizar as recomendações de treinamento à população idosa.
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