ISSN 1514-3465
Efeito agudo da restrição de fluxo sanguíneo e
german volume training na hemodinâmica e hipertrofia
Acute Effect of Blood Flow Restriction and German
Volume Training on Hemodynamics and Hypertrophy
Efecto agudo de la restricción del flujo sanguíneo y entrenamiento
de volumen alemán en la hemodinamia y la hipertrofia
Ykalo Iago Aciole de Oliveira*
ykaloiago516@gmail.com
Diego Almeida de Oliveira*
diegoalmeidadeoliveira@hotmail.com
Ana Beatriz Fernandes Dias de Carvalho*
anacarvalho.edfisica@gmail.com
Edson Pedro Fidelis do Nascimento*
edsonpedro2179@gmail.com
Erick Lourran Rodrigues de Oliveira**
eri.lourran95@gmail.com
Sabrina Cartaxo Lacerda Mendes da Silva***
sabrinacartaxom@gmail.com
Elyakym Alvarenga Terto Vieira Ramalho****
elyakym@gmail.com
Theodan Stephenson Cardoso Leite
+theodanstephenson1@hotmail.com
Jean Paulo Guedes Dantas
++jean.dantas@facene.com.br
Gabriel Rodrigues Neto
+++gabrielrodrigues_1988@hotmail.com
*Graduação
em andamento em Educação Física
Faculdades Nova Esperança (FACENE)
**Graduação
em andamento em Odontologia
Faculdades de Enfermagem Nova Esperança (FACENE)
Bolsista do Programa Universidade Para Todos, PROUNI
***Graduação
em andamento em Educação Física.
Faculdades de Enfermagem Nova Esperança (FACENE)
****Graduado em Medicina pela Faculdade
de Medicina Nova Esperança (FAMENE)
Concluiu a residência em Medicina de Família
e Comunidade pela mesma instituição
+Pós Doutorado em Direito pela Universidade
del Museo Social Argentino (UMSA)
Doutorado em Biotecnologia e Inovação
em Saúde pela Universidade Anhanguera
Doutorado em Ciências da Educação
pela Universidade Politécnica e Artística do Paraguai (UPAP)
Mestrado em Ciências da Educação
pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia (ULHT)
Especialização em Avaliação e Prescrição do Treinamento Desportivo
pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Especialista em Psicopedagogia (FIP). Especialista em Educação (Cintep)
Licenciatura Plena em Educação Física pela UFPB
Bacharel em Ciências Jurídicas Direito pela FESP
Professor Substituto da UFPB
Professor do Unipê, da FACENE, da UNIFACISA
Professor do IESP. Prof. FPB Professor
da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Professor da FESP (Disciplinas Direito Desportivo
e Sociologia e Psicologia Jurídica)
Professor Efetivo da Secretaria Estadual de Educação do Estado da Paraíba
Professor Efetivo da Secretaria Municipal de Educação de João Pessoa
++Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário de João Pessoa (Unipê)
Doutorando em Educação (Unades). Mestrado em Educação (Unisc)
Especialista em fisiologia do exercício (Fip)
e psicologia e saúde mental (FAMEESP)
Atualmente coordenador do curso de Educação Física e docente
dos cursos de Educação Física e Medicina da Facene/Famene
+++Doutor em Educação Física pelo Programa Associado
de Pós-Graduação em Educação Física UPE/UFPB
Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação
em Biodinâmica do Movimento Humano
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Especialista em Fisiologia do Exercício
pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP)
Graduado em Educação Física pela UFPB
Diretor Geral da Faculdade Socorro Soares (FASS)
Atualmente é professor das Faculdades de Enfermagem
e Medicina Nova Esperança (FACENE / FAMENE)
no qual faz parte do Programa de Pós-Graduação
a nível Mestrado Profissional em Saúde da Família
(Brasil)
Recepción: 22/05/2024 - Aceptación: 24/01/2025
1ª Revisión: 20/09/2024 - 2ª Revisión: 21/01/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Oliveira, YIA, Oliveira, DA, Carvalho, ABFD, Nascimento, EPF, Oliveira, ERL, Silva, SCLM, Leite, TSC, Dantas, JPG, e Neto, GR (2025). Efeito agudo da restrição de fluxo sanguíneo e german volume training na hemodinâmica e hipertrofia. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(322), 130-147. https://doi.org/10.46642/efd.v29i322.7680
Resumo
A técnica da restrição de fluxo sanguíneo (RFS) tem sido utilizada para melhoria da hemodinâmica e da hipertrofia muscular, mas a combinação da RFS com outros métodos de treinamento é uma lacuna do conhecimento. Portanto, o objetivo do estudo é analisar o efeito agudo da combinação da RFS e german volume training (GVT) nas medidas hemodinâmicas e hipertróficas (pump muscular) em homens recreacionalmente treinados. Participaram do estudo 10 homens (25,5±6,1 anos; 81,5±7,3 kg; 1,73±0,06 m; 27,2±2,4 kg*m²), que foram submetidos de forma randomizada com intervalo entre as sessões de 5-7 dias. Desta maneira, foram realizados três protocolos: GVT mais RFS a quarenta por cento de 1RM=GVT+RFS 40%; GVT a quarenta por cento de 1RM=GVT 40%; GVT a oitenta por cento de 1RM=GVT 80%, sendo que cada protocolo foi conduzido com os exercícios rosca bíceps direta. Foram analisadas as medidas hemodinâmicas [(pressão arterial sistólica e diastólica (PAD)], e a frequência cardíaca nos momentos pré-teste, imediatamente após, 15 e 30 minutos após. A hipertrofia sarcoplasmática (pump muscular) foi avaliada por meio da perimetria nos momentos pré e pós intervenção. Todos os protocolos aumentaram de forma significativa as medidas hemodinâmicas (p<0,05) e todos os protocolos geraram um efeito hipotensivo na pressão arterial diastólica (p<0,05). Todos os protocolos aumentaram a hipertrofia sarcoplasmática (p<0,05). Conclui-se que os protocolos promoveram efeito hipotensivo na PAD e elevaram dentro dos padrões de segurança as medidas hemodinâmicas, gerando também um pump muscular.
Unitermos:
Terapia de restrição de fluxo sanguíneo. Pressão arterial. Hipotensão.
Abstract
The blood flow restriction (BFR) technique has been used to improve hemodynamics and muscle hypertrophy, but the combination of BFR with other training methods is a knowledge gap. Therefore, the aim of the study is to analyze the acute effect of the combination of BFR and German volume training (GVT) on hemodynamic and hypertrophic measurements (muscle pump) in recreationally trained men. Ten men participated in the study (25.5±6.1 years; 81.5±7.3 kg; 1.73±0.06 m; 27.2±2.4 kg*m²), who were subjected to randomized with an interval between sessions of 5-7 days. In this way, three protocols were performed: GVT plus BFR at forty percent of 1RM=GVT+BFR 40%; GVT at forty percent of 1RM=GVT 40%; GVT at eighty percent of 1RM=GVT 80%, with each protocol being conducted with biceps curl exercises. Hemodynamic measurements were analyzed [(systolic and diastolic blood pressure (DBP)], heart rate in the pre-test moments, immediately after, 15 and 30 minutes later. Sarcoplasmic hypertrophy (muscle pump) was evaluated through perimetry in the pre- and post-intervention moments. All protocols significantly increased hemodynamic measurements (p<0.05) and all protocols generated a hypotensive effect on diastolic blood pressure (p<0.05). All protocols increased sarcoplasmic hypertrophy (p<0.05). It is concluded that the protocols promoted a hypotensive effect on DBP and increased hemodynamic measures within safety standards, also generating a muscle pump.
Keywords
: Blood flow restriction therapy. Blood pressure. Hypotension.
Resumen
La técnica de restricción del flujo sanguíneo (RFS) se ha utilizado para mejorar la hemodinámica y la hipertrofia muscular, pero la combinación de RFS con otros métodos de entrenamiento es un vacío de conocimiento. Por tanto, el objetivo del estudio es analizar el efecto agudo de la combinación de RFS y entrenamiento de volumen alemán (GVT) sobre las mediciones hemodinámicas e hipertróficas (pump muscular) en hombres entrenados recreativamente. Participaron en el estudio 10 hombres (25,5±6,1 años; 81,5±7,3 kg; 1,73±0,06 m; 27,2±2,4 kg*m²), quienes fueron sometidos a un procedimiento aleatorizado con un intervalo entre sesiones de 5-7 días. De esta forma, se realizaron tres protocolos: GVT más RFS al cuarenta por ciento de 1RM=GVT+RFS 40%; GVT al cuarenta por ciento de 1RM=GVT 40%; GVT al ochenta por ciento de 1RM = GVT al 80%, y cada protocolo se realizó con ejercicios de curl de bíceps. Las mediciones hemodinámicas [(presión arterial sistólica y diastólica (PAD)], y la frecuencia cardíaca se analizaron en los momentos pre-test, inmediatamente después, 15 y 30 minutos después. La hipertrofia sarcoplásmica (pump muscular) se evaluó mediante perimetría en los momentos pre y post-intervención. Todos los protocolos aumentaron significativamente las mediciones hemodinámicas (p<0,05) y todos los protocolos generaron un efecto hipotensor sobre la presión arterial diastólica (p<0,05). 05). Se concluye que los protocolos promovieron un efecto hipotensor sobre la EAP y aumentaron las mediciones hemodinámicas dentro de los estándares de seguridad, generando también un pump muscular.
Palabras clave
: Terapia de restricción del flujo sanguíneo. Presión arterial. Hipotensión.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 322, Mar. (2025)
Introdução
O exercício de força (EF) tem sido uma importante ferramenta na prevenção e no controle da Pressão Arterial (PA) (Pescatello et al., 2004), além de contribuir também com a hipertrofia (ACSM, 2009). Sabe-se que existem vários métodos que podem ajudar nas variáveis hemodinâmicas e hipertróficas (ACSM, 2009), no cenário atual, o método german volume training (GVT) vem sendo utilizado de forma isolada com objetivo de promover hipertrofia muscular (Hackett et al., 2018) e o método e restrição de fluxo sanguíneo (RFS) que vem sendo utilizado de forma isolada com objetivo de promover hipertrofia e redução da PA. (Almanza et al., 2022; Arenas-Sánchez et al., 2023; Mampel et al., 2023; Neves, e Rodrigues Neto, 2022; Patterson et al., 2019; Pérez et al., 2020; Reina-Ramos, e Domínguez, 2014; Reyes-Reyes, 2023; Silva et al., 2024)
O método GVT consiste em executar 10 séries de 10 repetições com o objetivo de aumentar o estresse metabólico que é um fator importante para a hipertrofia. Além de oferecer uma série de benefícios significativos para aqueles que buscam um ganho de massa muscular e força, esse método de treinamento é especialmente eficaz devido à sua abordagem intensiva e sistemática (Hackett et al., 2018). Já o método de RFS envolve a realização do EF com baixa carga (20% a 40% de 1RM), utilizando manguitos ou elásticos para restringir parcialmente o fluxo sanguíneo no músculo alvo. Esse método demonstra ser uma estratégia eficaz para estimular o crescimento muscular e o aumento da força, especialmente em indivíduos com limitações de altas cargas, como idosos ou atletas lesionados (Mampel et al., 2023; Patterson et al., 2019) e para reabilitação (Ávila et al., 2024; Bahamondes-Avila et al., 2024; Carvalho Neto et al., 2024; Mampel et al., 2023; Ubieta-García et al., 2023). Sendo assim, os profissionais da ciência do movimento humano têm inserido esses dois métodos de treinamento em seus ambientes de intervenção de forma isolada, porém sem conhecer os efeitos agudos da combinação da RFS e GVT na hemodinâmica e hipertrofia (pump muscular). O que parece ser uma estratégia interessante utilizar essas variáveis para testar a segurança da combinação dos dois métodos de treinamento em indivíduos com experiência em treinamento de força, para posteriormente testar em outras populações.
Diante do exposto, ao revisar a literatura pertinente, observou-se que existem estudos que avaliaram o efeito hipotensivo (Maior et al., 2015; Rodrigues Neto et al., 2015; Rodrigues Neto et al., 2016) e hipertrófico (Laurentino et al., 2012; Mampel et al., 2023; Pérez et al., 2020; Pope et al., 2013; Reina-Ramos, e Domínguez, 2014; Reyes-Reyes, 2023) da RFS isolada, e apenas o efeito crônico da hipertrofia por meio do GVT isolado (Amirthalingam et al., 2017; Hackett et al., 2018), mas nenhum estudo verificou a combinação da RFS e GVT nas medidas hemodinâmicas e pump muscular. Portanto, o objetivo do estudo é analisar o efeito agudo da combinação da RFS e GVT nas medidas hemodinâmicas e pump muscular em homens recreacionalmente treinados.
Métodos
Trata-se de um estudo experimental com delineamento crossover e aleatorizado, na qual todos os sujeitos foram submetidos a três condições experimentais.
Participantes
Participaram do estudo 10 indivíduos (25,5±6,1 anos; 81,5±7,3 kg; 1,73±0,06 m; 27,2±2,4 kg*m2), recreacionalmente treinados do sexo masculino, com seis meses a cinco anos de experiência em treinamento de força.
Foram incluídos no estudo homens: a) com idade entre 18 e 40 anos, b) com no mínimo seis meses de experiência e no máximo cinco anos em treinamento de força, c) apresentar uma frequência de treinamento mínima de 3-5 por semana, e) normotensos, f) não terem sofrido lesões nos membros superiores a menos de um ano e g) que responderem negativamente todas as questões do PAR-Q. (Shephard, 1988)
O presente trabalho atende às normas para a realização de pesquisa em seres humanos (resolução 466/12 do Concelho Nacional de Saúde) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo seres humanos da Faculdade Nova Esperança, com o parecer de nº 5.499.752 e CAEE 60026822.6.0000.5179. Todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Desenho do estudo
Os participantes realizaram quatro visitas, com intervalo de 5 a 7 dias entre cada sessão. Na primeira visita, os voluntários foram submetidos a aplicação do TCLE, anamnese e PARQ, em segunda foi feito a avaliação do ponto de restrição de fluxo sanguíneo e, por fim, o teste de predição de 1RM. Nas outras três visitas, os protocolos foram aplicados de forma randomizada no modelo crossover: GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento de 1RM; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento de 1RM; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento de 1RM.
Procedimentos
Medidas antropométricas
A massa corporal foi avaliada por meio de uma balança digital (Balmak BK - 300Fan), e a estatura foi avaliada por meio de um estadiômetro portátil (Welmy, modelo 110 CH), com precisão de 0,1 cm e extensão máxima de 210 cm. Em ambas as medidas o avaliado ficou descalço, com os pés unidos, em posição ortostática, com a cabeça orientada segundo o plano de Frankfurt. Após a aferição dessas duas medidas, foi calculado o IMC de acordo com o que orienta o ACSM (2010).
Avaliação do ponto de restrição do fluxo sanguíneo
Os participantes permaneceram na posição ereta em pé e um esfigmomanômetro padrão de pressão arterial (Riester - tourniquet neumatico komprimeter to hemostasis in extremities) para o membro superior (largura 100 mm; comprimento 540 mm) foi fixado na região da prega axilar. Em seguida, a restrição parcial do fluxo sanguíneo foi obtida por meio do doppler vascular (DV-2001, MedPeg®, Ribeirão Preto, SP, Brasil), na qual a sonda foi colocada sobre a artéria radial (braço direito) para determinar a pressão arterial (mmHg) de treinamento. O manguito foi inflado até o ponto em que o pulso auscultatório da artéria radial fosse interrompido (Laurentino et al., 2012). A pressão do manguito utilizada durante os exercícios foi determinada a 80% da pressão necessária para a restrição parcial do fluxo de sangue que correspondeu a 110,6±9,25.
Teste de predição de 1RM
O protocolo para determinação do percentual de carga foi realizado com uma sessão, inicialmente, com um leve aquecimento de cinco a dez repetições utilizando 40 a 60% da carga estimada de 1RM no exercício rosca bíceps direta, autorrelatadas pelo sujeito. Após 1 min de recuperação os voluntários executam de três a cinco repetições com 60 a 80% da carga estimada de 1RM. Em sequência, após 1 min foi realizado apenas uma tentativa com objetivo de identificar a predição de 1RM, para isso, a repetição foi realizada com um peso satisfatório e a carga e o número de repetições foram colocados na equação proposta por Brzyck (1993): 1RM = 100 × carga / [102.78 - (2.78 × reps)].
Medidas hemodinâmicas
Foi realizada a aferição da PAS, PAD e FC em repouso por meio do monitor de pressão arterial de braço automático (HEM 7113, Omron Healthcare, Inc., Japão), que possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e selo Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia do Brasil, e todos os procedimentos foram realizados de acordo com as diretrizes da American Heart Association (Pickering et al., 2005). As medidas hemodinâmicas (PAS, PAD e FC) foram avaliadas em repouso (10 min antes), imediatamente após, 15 min após e 30 min após o exercício. O duplo produto (DP) foi obtido por meio da multiplicação da PAS (mm Hg) x FC (bpm) no momento pré e ao final de cada sessão.
Avaliação de perimetria para análise do pump muscular
A perimetria foi medida, por um avaliador experiente, nos momentos repouso e imediatamente após o exercício usando uma fita métrica da marca Wiso flexível com resolução de 1 mm. Essa fita foi utilizada para medir o perímetro do braço relaxado e contraído antes e imediatamente depois de cada protocolo. Para realização da perimetria do braço relaxado, o indivíduo deixava o braço relaxado ao lado do corpo e o perímetro foi medido entre a meia linha do aspecto lateral do processo acromial e o olecrano. Para realização da perimetria do braço contraído, o mesmo estava a 90º em relação ao tronco e ao antebraço, com a fita no ponto de maior perímetro aparente, realizando uma contração isométrica máxima. O braço direito foi padronizado.
Protocolos
Os participantes foram divididos aleatoriamente em três grupos experimentais com diferentes intervenções: a) GVT+RFS 40% de 1RM; b) GVT 40% de 1RM; c) GVT 80% de 1RM. O protocolo GVT+RFS 40% realizou 10 séries de 10 repetições combinado a RFS (controlada a 80% do ponto de RFS) utilizando uma carga a 40% de 1RM. O protocolo GVT 40% realizou 10 séries de 10 repetições utilizando uma carga a 40% de 1RM. O protocolo GVT 80% realizou 10 séries de 10 repetições utilizando uma carga a 80% de 1RM. Para os protocolos de baixa carga o intervalo entre as séries foi de 30 segundos e o intervalo do protocolo alta carga foi de 90 segundos. Foi utilizado o exercício, bíceps rosca direta (barra e anilhas) onde o exercício foi realizado na posição ereta em pé, com os pés ligeiramente afastados dos ombros e joelhos pouco flexionados, os indivíduos seguraram a barra com os cotovelos esticados, contraindo o bíceps com o final do movimento e o cotovelo todo flexionado. A velocidade de execução para os três protocolos foi estabelecida em 3,0 segundos por meio de um metrônomo (1,5 fase concêntrica e 1,5 para fazer excêntrica). Para o protocolo de GVT+RFS 40% o manguito foi desinflado entre as séries (RFS intermitente).
Análise dos dados
A análise estatística foi realizada inicialmente pelo teste de normalidade Shapiro-Wilk. As variáveis demonstraram distribuição normal (p > 0,05). Anova two way de medidas repetida (protocolos [GVT+RFS 40% vs. GVT 40% vs. GVT 80%] × tempo [repouso vs. imediatamente pós-exercício vs. 15 min vs. 30 min]) seguida pelo teste post hoc de Bonferroni foi utilizada para a análise de possíveis diferenças nas variáveis PAS, PAD e FC. Anova two-way (protocolos [GVT+RFS 40% vs. GVT 40% vs. GVT 80%] × tempo [repouso vs. imediatamente pós-exercício) seguida pelo teste post hoc de Bonferroni foi utilizada para a análise de possíveis diferenças nas variáveis PBR e PBC. O nível de significância foi estabelecido em p ≤ 0,05. Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando o software estatístico SPSS versão 22.0 do pacote (SPSS Inc., Chicago, IL).
Resultados
Na análise comparativa da PAS pela Anova Two Way de medidas repetidas, observou-se que não houve interações significativas entre protocolos x tempo (F = 0,962; p = 0,456) e entre os protocolos (F = 0,228; p = 0,797), no entanto, houve interações significativas no tempo (F = 73,781; p < 0,001). Na condição tempo, observou-se aumento significativo em todos os protocolos (p < 0,001), conforme Tabela 1.
Tabela 1. Análise comparativa na pressão arterial sistólica (PAS) entre os protocolos do estudo
Protocolos |
Pressão
Arterial Sistólica (mm
Hg) |
|||
Repouso |
Imediatamente
depois |
15 min |
30 min |
|
GVT+RFS
40% |
135,3±10,0 |
158,1±14,6* |
132,8±8,5 |
128,9±9,7 |
GVT
40% |
129,5±8,3 |
163,2±16,9* |
131,4±15,2 |
128,7±10,4 |
GVT
80% |
129,9±7,5 |
155,5±9,5* |
129,3±10,9 |
130,6±12,0 |
GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento; *diferença significativa quando comparado ao repouso. Fonte: Dado da pesquisa
Na análise comparativa da PAD pela Anova Two Way de medidas repetidas, observou-se que não houve interações significativas entre protocolos x tempo (F = 0,915; p = 0,465) e entre os protocolos (F = 0,242; p = 0,786), no entanto, houve interações significativas no tempo (F = 9,768; p < 0,001). Na condição tempo, observou-se redução significativa em todos os protocolos quando comparado o repouso e os tempos de 15 e 30 minutos (p < 0,050), porém apenas o protocolo GVT+RFS 40% reduziu de forma significativa quando se comparou o pré vs. imediatamente depois (p = 0,015), conforme Tabela 2.
Tabela 2. Análise comparativa na pressão arterial diastólica (PAD) entre os protocolos do estudo
Protocolos |
Pressão
Arterial Diastólica (mm
Hg) |
|||
Repouso |
Imediatamente
depois |
15 min |
30 min |
|
GVT+RFS
40% |
76,7±11,3 |
66,1±10,2* |
67,3±9,1* |
64,9±11,55* |
GVT
40% |
76,1±9,6 |
73,5±12,1 |
66,4±12,8* |
69,2±11,4* |
GVT
80% |
75,6±9,0 |
72,9±12,5 |
68,3±12,2* |
67,7±9,6* |
GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento; *diferença significativa quando comparado ao repouso. Fonte: Dado da pesquisa
Na análise comparativa da FC pela Anova Two Way de medidas repetidas, observou-se que não houve interações significativas entre protocolos x tempo (F = 0,932; p = 0,440) e entre os protocolos (F = 1,209; p = 0,314), no entanto, houve interações significativas no tempo (F = 21,276; p < 0,001). Na condição tempo, observou-se aumento significativo em todos os protocolos quando comparado o repouso e imediatamente pós (p < 0,05). E, esse aumento continuou nos tempos de 15 e 30 minutos para o protocolo GVT+RFS 40% (p < 0,05) e para o GVT 80% apenas quando comparado o repouso vs. 15 minutos (p = 0,031), conforme Tabela 3.
Tabela 3. Análise comparativa na frequência cardíaca (FC) entre os protocolos do estudo
Protocolos |
Frequência
Cardíaca (bpm) |
|||
Repouso |
Imediatamente
depois |
15 min |
30 min |
|
GVT+RFS
40% |
71,8±14,2 |
86,9±13,9* |
81,1±8,7* |
76,2±8,8* |
GVT
40% |
75,7±12,4 |
90,0±18,9* |
77,7±11,0 |
75,9±10,2 |
GVT
80% |
69,0±10,7 |
78,9±12,7* |
74,2±10,9* |
70,1±9,2 |
GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento; *diferença significativa quando comparado ao repouso. Fonte: Dado da pesquisa
Na análise comparativa da DP pela Anova Two Way de medidas repetidas, observou-se que não houve interações significativas entre protocolos x tempo (F = 1,288; p = 0,290) e entre os protocolos (F = 1,855; p = 0,176), no entanto, houve interações significativas no tempo (F = 57,610; p < 0,001). Na condição tempo, observou-se aumento significativo em todos os protocolos quando comparado o repouso e imediatamente pós (p < 0,05). E, esse aumento continuou no tempo de 15 minutos para o protocolo GVT+RFS 40% (p = 0,016), conforme Tabela 4.
Tabela 4. Análise comparativa no duplo produto (DP) entre os protocolos do estudo
Protocolos |
Duplo Produto (bpm) |
|||
Repouso |
Imediatamente
depois |
15 min |
30 min |
|
GVT+RFS
40% |
9694,5±1984,9 |
13743,2±2488,2* |
10753,8±1191,6* |
9776,5±917,9 |
GVT
40% |
9782,4±1574,7 |
14792,5±3831,6* |
10136,2±1270,8 |
9693,7±834,8 |
GVT
80% |
8966,6±1498,4 |
12256,6±2063,9* |
9590,2±1590,4 |
9126,7±1269,7 |
GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento; *diferença significativa quando comparado ao repouso. Fonte: Dado da pesquisa
Na análise comparativa da PBR pela Anova Two Way, observou-se que não houve interações significativas entre os protocolos (F = 0,362; p = 0,700), no entanto, houve interações significativas no tempo (F = 63,205; p < 0,001). Na condição tempo, observou-se aumento significativo em todos os protocolos quando comparado o repouso e imediatamente pós (p < 0,001), conforme Tabela 5.
Tabela 5. Análise comparativa na perimetria do braço relaxado (PBR) entre os protocolos do estudo
Protocolos |
Perimetria
do Braço
Relaxado (cm) |
|
Repouso |
Imediatamente
depois |
|
GVT+RFS
40% |
35,1±1,8 |
36,0±1,7* |
GVT
40% |
34,8±1,7 |
36,0±1,7* |
GVT
80% |
35,6±1,9 |
36,5±1,7* |
GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento; *diferença significativa quando comparado ao repouso. Fonte: Dado da pesquisa
Na análise comparativa da PBC pela Anova Two Way, observou-se que não houve interações significativas entre os protocolos (F = 0,038; p = 0,963), no entanto, houve interações significativas no tempo (F = 147,999; p < 0,001). Na condição tempo, observou-se aumento significativo em todos os protocolos quando comparado o repouso e imediatamente pós (p < 0,05), conforme Tabela 6.
Tabela 6. Análise comparativa na perimetria do braço contraído (PBC) entre os protocolos do estudo
Protocolos |
Perimetria
do Braço
Contraído (cm) |
|
Repouso |
Imediatamente
depois |
|
GVT+RFS
40% |
37,0±1,7 |
38,0±1,9* |
GVT
40% |
37,3±1,6 |
38,2±1,8* |
GVT
80% |
37,4±1,7 |
37,8±1,6* |
GVT+RFS 40% = German volume training mais restrição de fluxo sanguíneo a quarenta por cento; GVT 40% = German volume training a quarenta por cento; GVT 80% = German volume training a oitenta por cento; *diferença significativa quando comparado ao repouso. Fonte: Dado da pesquisa
Discussão
O presente estudo analisou o efeito agudo da combinação da RFS e GVT nas medidas hemodinâmicas e pump muscular em homens recreacionalmente treinados. Os principais achados foram: a) os três protocolos promoveram efeito hipotensivo na PAD; b) os três protocolos elevaram dentro dos padrões de segurança as medidas hemodinâmicas, c) os três protocolos promoveram pump muscular nos homens recreacionalmente treinados.
Esse foi o primeiro estudo que avaliou o efeito agudo da combinação dos métodos GVT e RFS sobre a hemodinâmica. Porém de forma isolada alguns estudos verificaram o efeito do exercício de força com RFS nas medidas hemodinâmicas, apresentando um efeito hipotensivo após a sua aplicação (Maior et al., 2015; Rodrigues Neto et al., 2015; Rodrigues Neto et al., 2016), mas nenhum verificou o efeito isolado do GVT na hemodinâmica. Assim, ao analisar nossos achados foi observado hipotensão pós exercício (HPE) na PAD em todos os protocolos quando comparado os momentos pré-teste com 15 e 30 minutos, porém, somente o protocolo GVT+RFS 40% apresentou HPE imediatamente depois. Isso pode ter ocorrido devido ao aumento do óxido nítrico sintetase que é uma enzima responsável pela conversão de L-arginina em óxido nítrico, uma molécula pequena e eletricamente neutra capaz de se mover com facilidade por meio de tecidos e promover alterações positivas no endotélio (Anderson, e Wozniak, 2004; Viaro et al., 2000) e com a reperfusão do sangue nas paredes do endotélio essa redução pode ser maximizada e ter ocorrido já imediatamente pós exercício, uma vez que foi utilizado a RFS intermitente, condição essa que pode promover uma maior HPE, fato observado em 4 séries que é o padrão utilizado na literatura (Patterson et al., 2019; Rodrigues Neto et al., 2016), porém o presente estudo realizou 10 séries, o que pode ter promovido uma maior reperfusão devido a liberação do manguito por mais vezes.
Com relação ao aumento das medidas hemodinâmicas, no presente estudo, observou um aumento significativo em todas as medidas avaliadas (PAS, PAD, FC e DP). Esse aumento pode ter ocorrido devido à redução do fluxo sanguíneo e do exercício muscular promover um aumento no reflexo pressor, o que por sua vez contribui para o aumento da resposta cardiovascular autonômica (Spranger et al., 2015), aumentando assim a resposta no sistema vascular. Além disso, houve um maior número de séries (volume) utilizado nos protocolos de baixa carga, uma vez que o padrão utilizado é uma série de 30 repetições seguidos por três séries de 15 repetições, totalizando 75 repetições, já no presente estudo foram realizados 10 séries de 10 repetições, totalizando 100 repetições. Por tanto, esse maior volume pode justificar esse maior aumento nas medidas hemodinâmicas nos protocolos utilizados. Esses aumento já foi evidenciado imediatamente após o exercício em protocolos da RFS intermitente. (Rodrigues Neto et al., 2017)
Embora nenhum estudo tenha analisado os efeitos da combinação dos métodos GVT e RFS sobre pump muscular, observou-se que o estudo realizado por Amirthalingam et al. (2017) avaliou o efeito hipertrófico do GVT isolado. Estes autores concluíram que 10 séries em comparação com cinco séries por exercício resistido durante 12 semanas não são mais eficazes para aumentar a força muscular e a hipertrofia. Embora esse estudo não tenha avaliado a hemodinâmica, verificou-se que houve um aumento de forma crônica na hipertrofia, corroborando com nossos achados que verificou aumento sarcoplasmático agudo. Diante dessa comparação, parece que a aplicação do GVT isolado como combinado com RFS parece gerar alterações em curto e longo prazo (agudo vs. crônico), independente do segmento utilizado (superior vs. inferior), da forma de execução (unilateral vs. bilateral e uni vs. multiarticular) e do volume de treinamento. E nesse contexto, as alterações metabólicas e o recrutamento de unidades motoras são um dos principais fatores para o aumento da hipertrofia muscular (Allauca-Llumiquinga et al., 2024; Pearson, e Hussain, 2015; Pérez et al., 2020; Pope et al., 2013; Reina-Ramos, e Domínguez, 2014; Reyes-Reyes, 2023). E como as adaptações de vários estímulos agudos podem se tornar crônicas, especula-se que a combinação desses dois métodos possa gerar hipertrofia muscular após várias sessões. Sugerindo, que futuras pesquisas sejam conduzidas a fim de elucidar essa lacuna do conhecimento.
Como limitação do estudo, salienta o tamanho da amostra no total de 10 participantes, no entanto, observa-se que neste método de treinamento a utilização de amostras pequenas são comuns na literatura (Goldfarb et al., 2008; Rodrigues Neto et al., 2016; Takarada et al., 2000), o que parece não torna-se uma importante limitação. Outra limitação que destacamos é a medida da frequência cardíaca ter sido realizado por meio do monitor automático HEM 7113, Omron Healthcare, Inc., Japão, algo que já é bem utilizado na literatura.
Conclusão
Os protocolos promoveram efeito hipotensivo na PAD e elevaram dentro dos padrões de segurança as medidas hemodinâmicas (PAS, FC e DP), gerando também um pump muscular no braço relaxado e contraído. Assim, mais pesquisas são necessárias para concretizar os mecanismos fisiológicos, investigar os efeitos a longo prazo e explorar os benefícios clínicos desses métodos em diferentes populações e condições de saúde.
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