Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

A técnica de plastinação para a cultura científica: 

um mapeamento sistemático de literatura

The Plastination Technique for Scientific Culture: A Systematic Literature Mapping

La técnica de plastinación para la cultura científica: un mapeo sistemático de la literatura

 

Robison Pimentel Garcia Júnior*

robisongarcia@yahoo.com.br

Alessandra dos Santos Silva**

alebioosantos@gmail.com

Ayra Goes Lima***

ayralima@gmail.com

Ana Raquel Santos de Medeiros Garcia+

anaraquelmedeiros@yahoo.com.br

Manuella Villar Amado++

manuellaamado@gmail.com

Athelson Stefanon Bittencourt+++

athelson@hotmail.com

 

*Possui graduação em Farmácia-Bioquímica

pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Mestrado em Ciências Fisiológicas pela UFES

Doutorando em Educação em Ciências e Matemática

pelo Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)

Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia do Espírito Santo (IFES)

Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA)

Doutorando no Programa de Pós-graduação

em Educação em Ciências e Matemática (EDUCIMAT/IFES)

do IFES - Campus Vila Velha.

**Possui ensino-medio-segundo-grau

Pela E.E.E.F.M. Senador Dirceu Cardoso

Acadêmica em Bacharelado em Biomedicina

***Graduanda em Biomedicina pelo IFES,

com premiação internacional em terceiro lugar

com o projeto "Knowing Cosmetics" no concurso Poliempreende

realizado pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Portugal (IPCA)

+Docente do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)

Farmacêutica e Bioquímica pela UFES

Mestre (2007) e Doutora (2010) em Ciências Fisiológicas pela UFES

Docente permanente dos Programas de Pós-Graduação

em Educação em Ciências e Matemática (Educimat)

e do Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (ProfQui).

++Professora titular do IFES, Campus Vila Velha

Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pela UFES

Mestre em Ciências Biológicas pela UFES

Doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas

Pós-doutora na área de Divulgação e Ensino das Ciências

pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto- Portugal

Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Alfabetização Científica

e Espaços de Educação Não Formal (GEPAC)

Coordenadora do Programa de Pós-graduação

em Educação em Ciências e Matemática (EDUCIMAT)

Coordenadora Geral do Projeto Rio Doce Escolar

Pesquisadora na área de Ensino de Ciências realizando pesquisas

em Alfabetização Científica e em Espaços de Educação Não Formal

+++Graduado em Ciências Biológicas e Mestre pela UFES

Doutorado (2003) em Ciências Fisiológicas/neurobiologia dos ataques de pânico

Pós-doutorado (2006) na mesma área pela Universidade Federal de São Paulo

Atualmente é professor Titular do Departamento de Morfologia da UFES

Director de Gestão de Extensão da UFES

Membro permanente do Programa de Pós-Graduação

em Bioquímica e Farmacologia da UFES

Colaborador dos Programas de Pós-Graduações em Anatomia

dos Animais Domésticos e Silvestres-USP/SP

e em Ensino de Ciências e Matemática - IFES/Vila Velha/ES

Idealizou e criou em 2008 o Programa de Extensão

Museu de Ciências da Vida - MCV (www.mcv.ufes.br)

Trabalhou como professor visitante na "University of Toledo", Ohio/USA

Criou o Laboratório de Patinação da UFES

(Brasil)

 

Recepción: 26/02/2024 - Aceptación: 04/07/2024

1ª Revisión: 28/05/2024 - 2ª Revisión: 30/06/2024

 

Level A conformance,
            W3C WAI Web Content Accessibility Guidelines 2.0
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0

 

Creative Commons

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Garcia Júnior, R.P., Silva, A. dos S., Lima, A.G., Garcia, A.R.S. de M., Amado, M.V., e Bittencourt, A.S. (2024), 203-229. A técnica de plastinação para a cultura científica: um mapeamento sistemático de literatura. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(316), 203-229. https://doi.org/10.46642/efd.v29i316.7490

 

Resumo

    Este artigo tem como objetivo a realização de um mapeamento sistemático de literatura para investigar no cenário literário e científico as contribuições do uso da técnica de plastinação aplicada como produto educacional e seu resultado para a alfabetização e cultura científica. Nesse sentido, o percurso metodológico adotado foi o mapeamento sistemático de literatura e como resultado foram obtidos 547 trabalhos, dos quais, após a análise e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 46 trabalhos foram considerados com contribuições relevantes. Como resultado, a técnica de plastinação para conservação de tecidos biológicos, se mostrou eficiente dentro da cultura científica, seu uso em pesquisas, exposições e salas de aula colabora para sua caracterização como ferramenta educacional significativa.

    Unitermos: Plastinação. Divulgação científica. Alfabetização científica.

 

Abstract

    This article aims to carry out a systematic literature mapping to investigate in the literary and scientific scenario the contributions of using the plastination technique applied as an educational product and its results for literacy and scientific culture. In this sense, the methodological path adopted was the systematic mapping of literature and as a result 547 works were obtained, of which, after the analysis and application of the inclusion and exclusion criteria, 46 works were considered with relevant contributions. As a result, the technique of Plastination for conservation of biological tissues, proved efficient within the scientific culture, its use in research, exhibitions and classrooms contributes to its characterization as a significant educational tool.

    Keywords: Plastination. Scientific dissemination. Scientific literacy.

 

Resumen

    Este artículo tiene como objetivo realizar un mapeo sistemático de la literatura para investigar en el escenario literario y científico los aportes del uso de la técnica de plastinación aplicada como producto educativo y sus resultados para la alfabetización y la cultura científica. En este sentido, el camino metodológico adoptado fue el mapeo sistemático de la literatura y como resultado se obtuvieron 547 trabajos, de los cuales, luego del análisis y aplicación de los criterios de inclusión y exclusión, se consideraron 46 trabajos con aportes relevantes. Como resultado, la técnica de plastinación para la conservación de tejidos biológicos demostró ser eficiente dentro de la cultura científica, su uso en investigaciones, exposiciones y aulas contribuye a su caracterización como una importante herramienta educativa.

    Palabras clave: Plastinación. Difusión científica. Alfabetización científica.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 316, Sep. (2024)


 

Introdução 

 

    A técnica da plastinação foi desenvolvida na Alemanha, em 1977 pelo Dr. Gunther Von Hagens, da Universidade de Heidelberg, com o propósito de facilitar o ensino de anatomia. (Von Hagens, Tiedemann, e Kriz, 1987)

 

    A plastinação permite que espécimes anatômicos sejam preservados de forma durável e realista, podendo ser manipulados sem os transtornos associados às peças conservadas em formol. Essa técnica tem como principais áreas de aplicação o ensino e a exposição de corpos humanos e de animais, proporcionando uma compreensão detalhada da estrutura interna do organismo e auxiliando no estudo anatômico. A plastinação também tem sido utilizada em pesquisas científicas, na produção de modelos educacionais e na criação de exposições em museus e instituições científicas ao redor do mundo, um dos propósitos é a divulgação científica. (Horst et al., 2019; Monteiro et al., 2022; Monteiro et al., 2023)

 

Figura 1. A plastinação em conjunto com outras técnicas é utilizada

para ensinar anatomia e também para exposição em museu

Figura 1. A plastinação em conjunto com outras técnicas é utilizada para ensinar anatomia e também para exposição em museu

Fonte: Museu de Ciências da Vida. Universidade Federal do Espírito Santo

 

    De acordo com Bueno (1985), a divulgação científica engloba a utilização de recursos, técnicas e processos para disseminar informações científicas e tecnológicas ao público em geral. No Brasil, esse termo é amplamente utilizado para descrever essa prática. A divulgação científica, ou como alguns autores também citam como educação científica ou alfabetização científica, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, promovendo a compreensão e a apreciação da ciência e da tecnologia. Diversos autores têm contribuído para o campo da educação científica, fornecendo percepções valiosas e abordagens inovadoras.

 

    A educação científica é um campo de estudo e prática que busca promover o ensino e a aprendizagem de conceitos científicos, bem como o desenvolvimento de habilidades e atitudes relacionadas à ciência. Ela engloba ações e estratégias educacionais voltadas para a formação de indivíduos cientificamente alfabetizados e capazes de compreender e se engajar com o mundo científico e tecnológico que os cerca. (Catarino, e Reis, 2021)

 

    Dentro do cenário de expansão educacional há uma busca para proporcionar maior aprendizado utilizando-se de ferramentas, estratégias e diferentes métodos de ensino, entre esses está o uso de produtos educacionais. Um produto educacional refere-se a qualquer recurso, material ou atividade desenvolvida com o objetivo de apoiar e facilitar o processo de educação. Esses produtos educacionais podem variar desde livros didáticos, jogos, kits experimentais, softwares educativos, até mesmo atividades práticas e experimentos que poderão desempenhar um papel fundamental na educação científica sendo ferramentas que auxiliam na disseminação do conhecimento científico, na promoção da compreensão dos conceitos e na aplicação prática dos conteúdos estudados. (Masetto, 2006; Rosa, e Locateli, 2018; Rizzatti et al, 2020)

 

    Este artigo tem como objetivo a realização de um mapeamento sistemático de literatura para investigar no cenário literário e científico as contribuições do uso da técnica de plastinação aplicada como produto educacional e seu resultado para a alfabetização e cultura científica.

 

Metodologia 

 

    Para esta pesquisa, optou-se pelo Mapeamento Sistemático de Literatura (MSL), baseado no protocolo proposto por Rocha et al. (2018). O MSL é um método para facilitar a construção de um esquema de classificação e estruturação de um tema de pesquisa, permitindo um meio de identificar, avaliar e interpretar trabalhos disponíveis relevantes para uma questão em estudo. A finalidade que a metodologia de pesquisa possui é categorizar um determinado foco de estudo expondo a quantidade de literatura encontrada, frequência e classificação das áreas, assim, o aproveitamento de um tema específico pode ser medido. Os passos para a realização deste método, estão: escolha do foco de pesquisa; busca de estudos a respeito do tema; avaliação da qualidade de artigos e materiais encontrados, que é a validação das informações observadas; extração de respostas que atendam aos pontos de análise da pesquisa; análise, sintetização e escrita de resumo descritivo, bem como, explicativo dos materiais selecionados. (Dermeval et al., 2020)

 

    Este mapeamento foi composto pelas seguintes etapas: a) definição das questões de pesquisa relacionadas; b) definição dos termos de busca; c) definição das fontes de pesquisa; d) critérios de inclusão e exclusão; e) procedimentos para seleção dos estudos primários e f) extração dos dados.

 

    Diante do exposto, o primeiro passo foi a definição dos questionamentos que nortearam o processo de análise dos resultados do mapeamento sistemático conforme o Quadro 1.

 

Quadro 1. Questões de pesquisa

Pergunta

Descrição da pergunta

P1

Quais as contribuições da técnica de plastinação para a cultura científica ?

P2

De que forma os trabalhos encontrados correspondem a caracterização da técnica de plastinação como ferramenta de ensino?

Fonte: Autores

 

Bases de pesquisa e seleção dos trabalhos 

 

    O modo de pesquisa foi realizado através do uso de uma ferramenta que orientou o processo de análise e levantamento de dados a respeito de um tema. Conforme Mansur, e Altoé (2021), a ferramenta intitulada "BuscAd" foi desenvolvida nos sistemas da Microsoft®, especificamente no programa Excel do Office 365, visando otimizar o processamento de trabalhos acadêmicos como revisões sistemáticas de literatura e mapeamentos sistemáticos, nos quais, a etapa principal foi a avaliação e investigação dos dados obtidos. Dessa forma, foi possível fazer uma análise quantitativa e qualitativa com a ferramenta que acelera o processamento de dados.

 

    Tendo definido as questões de pesquisa foi prontamente estabelecido os termos de busca que nortearam o processo de identificação dos dados a serem usados na pesquisa, estes foram: "Plastination" e "Education". Na sequência deu-se início a definição das bases de pesquisa, essas foram selecionadas de acordo com a disponibilidade dentro da ferramenta para a realização de um MSL.

 

    Após a seriação dos trabalhos, os mesmos foram selecionados seguindo os critérios de inclusão e de exclusão propostos respectivamente no Quadro 2 e no Quadro 3.

 

Quadro 2. Critérios de Inclusão (CI)

Critérios

Descrição dos Critérios

CI1

Artigos disponibilizados na íntegra

CI2

Artigos disponíveis com livre acesso

CI3

 Artigos em Inglês, Espanhol e Português

Fonte: Autores

 

Quadro 3. Critérios de Exclusão (CE)

Critérios

Descrição dos critérios

CE1

Teses, dissertações e monografias

CE2

Publicação anterior a 2012

CE3

Artigos não disponíveis na íntegra

Fonte: Autores

 

    Os Quadros 2 e 3 contém a descrição dos critérios de inclusão e exclusão aplicados durante a seleção dos trabalhos. Logo após a formulação dos critérios prosseguiu-se com a busca e em seguida leitura e avaliação dos trabalhos encontrados que ao todo foram 547 e através dos critérios descritos, foi possível excluir os trabalhos que não atendiam às exigências propostas.

 

Resultados e discussão 

 

Análise dos artigos 

 

    Ao utilizar a ferramenta BuscAd conforme Mansur, e Altoé (2021), os resultados iniciais após a aplicação dos termos foram demonstrados na aba "Resultados", que foram transportados para a aba "Tratamento" e com isso foi possível avaliar de acordo o impacto e outros tipos de filtro seguindo os critérios aplicados.

 

    Em resumo, a ferramenta apresentou qualitativamente o desempenho de cada trabalho ajudando a eliminar ou escolher os que foram propícios para continuar a análise. A busca dentro das bases de dados disponibilizadas foi baseada nas seguintes plataformas: Scielo, Springer, DOAJ, BDTD, ERIC, Periódicos Capes e PubMed. Utilizando os termos "Plastination" e "Education" com o uso da sequência "plastination AND education" foram obtidos 547 trabalhos. Após análise dos trabalhos, foram excluídos 47 trabalhos repetidos, assim, ficaram 500 trabalhos.

 

    Aplicando os critérios de inclusão e exclusão, relacionados ao ano e tipologia, foram descartados 360 trabalhos que não estavam na faixa de ano desejada e que não se encaixavam no formato de artigo, dessa forma, restou 140 artigos. Aplicando o critério 3 de exclusão e os critérios de inclusão 1, 2 e 3, apenas 46 atenderam as exigências propostas e estes divididos em 32 em plataforma nacional e 14 em plataformas internacionais. Seguindo adiante o processo de leitura e análise, para fins de extração de dados, os 46 artigos foram considerados com contribuições mais significativas a fim de responder às questões propostas.

 

    Foi possível verificar os respectivos valores encontrados da busca total nas plataformas, sendo assim, 5 encontrados na Scielo, 9 na Springer e por fim, 32 na plataforma de Periódicos da Capes. A Tabela 1 aponta as plataformas que realmente foram utilizadas como fonte de pesquisa e a quantidade total de artigos em cada uma delas.

 

Tabela 1. Artigos por base de dados

Base de Pesquisa

Total de Artigos

Scielo

5

Springer

9

Periódicos Capes

32

Total

46

Fonte: Autores

 

    Visando uma categorização dos artigos usados, estes foram dispostos em uma listagem conforme pode ser visualizada no Quadro 4.

 

Quadro 4. Lista dos 46 artigos utilizados para o estudo resultado da pesquisa com os critérios de 

inclusão e de exclusão, descrevendo o título do artigo, autores, ano e classificação do tópico abordado

Título do artigo

Autores/Ano

Tópico abordado

1

The Public Display of Plastinates as a Challenge to the Integrity of Anatomy

Jones

2016

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos.

2

Plastination: ethical and medico-legal considerations

Bin et al.

2016

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos.

3

Education or business? - exhibition of human corpses

Wróbel

2017

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos.

4

Using and Respecting Human Body: A Perspective. The Dead Anatomist's

Jones

2014

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos.

5

Human body exhibitions: Public opinion of young individuals and contemporary bioethics

Raikos et al.

2012

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos.

6

Exposição de corpos humanos: o uso de cadáveres como entretenimento e mercadoria

Kim

2012

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos.

7

Effectiveness of Plastinated Anatomical Specimens Depicting Common Sports Injuries to Enhance Musculoskeletal Injury Evaluation

Tamura et al.

2014

Plastinação     como   técnica de ensino e aprendizagem.

8

The Posterior Atlantooccipital Membrane: The Anchor for the Myodural Bridge  and Meningovertebral Structures

Scali et al.

2022

Plastinação     como   técnica de ensino e aprendizagem.

9

Evaluación Comparativa de Estructuras Anatómicas en Regio Manus y 1 en Imágenes de Tomografía Computarizada y Cortes Transversales Plastinados de Caballos

Bakici et al.

2019

Plastinação como técnica de ensino e de aprendizagem/Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos.

10

Evaluation of Yanagihara facial nerve grading system based on a muscle fiber analysis of human facial muscles

Sekikawa et al.

2019

Plastinação     como   técnica de ensino e  de aprendizagem.

11

Perceptions of Students About the Use of Plastination in Anatomy Lessons

Güzel, Baygeldi, e Özkan

2022

Plastinação     como   técnica de ensino e de aprendizagem.

12

Montaje y puesta a punto de un equipo para plastinación de órganos destinado a la enseñanza

Main, Benzi, e Castañeda

2022

Plastinação     como   técnica de ensino e de aprendizagem.

13

An Overview of the Technologies Used for Anatomy Education in Terms of Medical History

Kurt et al.

2013

Plastinação     como   técnica de ensino e de aprendizagem.

14

Plastinated Models as Teaching AIDS in the Education Institutions

Menaka

2016

Plastinação     como   técnica de ensino e de aprendizagem.

15

Plastinates: Possible Tool for Medical Education in the Near Future: Mini Review

Dibal, Garba, e Jacks

2018

Plastinação como técnica de ensino e aprendizagem / Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos / A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

16

Evaluación Seccional de Estructuras Anatómicas de la Cavidad Torácica en Gato (Felis catus) con Imágenes de Tomografía Computada y Métodos de plastinación de Silicona

Akgün et al.

2018

Plastinação     como   técnica de ensino e de aprendizagem.

17

Plastination and its importance in teaching anatomy. Critical points for long-term preservation of human tissue

Riederer

2014

Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos.

18

E12 Sheet Plastination - Techniques and Applications

Ottone et al.

2018

Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos: Plastinação como técnica de ensino e aprendizagem.

19

Técnicas de conservação de peças anatômicas: uma revisão da literatura

Schmitt, e Fiorin

2020

Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos.

20

Applying a Unified Model of Fiber Dissection, Tractography, Microscopic Anatomy and Plastination Techniques for Basic Neuroanatomy Education: Hacettepe University Experience

Ilgaz et al.

2022

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

21

Comics for Lay People Interested in Plastination

Chung et al.

2016

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

22

Anatomy education of medical and dental students during COVID-19 pandemic: a reality check

Singal et al.

2021

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

23

Integrating Specialty-Specific Clinical Anatomy Education into the Post-Clerkship Curriculum

Wong et al.

2020

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

24

Three-dimensional visualisation of authentic cases in anatomy learning - An educational design study

Silén et al.

2022

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

25

Challenges and implementation of the German maternity protection act for female medical students in macroscopic anatomical

Kulisch et al.

2020

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios proporcionam maior aprendizagem.

26

Histological Architectures and Biometric Characteristics of Indigenously Plastinated Organs of Goat

Islam, Ayman, e Sultana

2021

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

27

Técnicas para el Estudio Anatómico del Cerebro: una revisión

Ocampo Navia, e Gomez-Vega

2021

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

28

Conservation of Body Sections and Organs of the Narrow nose Smooth-hound, Mustelus schmitti (Pisces, Chondrichthyes), by Silicone Injection at Room Temperature to be Used in Comparative Anatomy Learning

Popp et al.

2018

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

29

Resin-embedded anatomical cross-sections as a teaching adjunct for medical curricula: is this technique an alternative to potting and plastination?

Chisholm, e Varsou

2018

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

30

Best teaching practices in anatomy education: A critical review

Estai, e Bunt

2016

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

31

The Production of Anatomical Teaching Resources Using Printing Technology

Mcmenamin et al.

2014

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

32

A Minimalistic Technique for Neural Tissue Preservation and Neuroanatomical Education: Quantitative Study of the Elnady Technique on Human Cadaveric Specimens

Reihl et al.

2022

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

33

How human anatomy is being taught in entry-level occupational therapy programs in the United States

Veazey, e Robertson

2022

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

34

Plastinación: un instrumento complementario para el desarrollo del proceso enseñanza-aprendizaje de la anatomía.

Muñetón Gómez, e Ortiz

2012

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

35

Production and use of plastinated anatomical specimens as teaching gross anatomy

Mohamed, e John

2018

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

36

Spatial ability and 3D model colour-coding affect anatomy performance: a cross-sectional and randomized trial

Koh, Tan, e Mogali

2023

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

37

 

 

 

 

A review of anatomy education during and after the COVID-19 pandemic: Revisiting traditional and modern methods to achieve future innovation

 

Iwanaga et al.

2021

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia. A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem.

 

38

 

Visualisation of facet joint recesses of the cadaveric spine: a micro-CT and sheet plastination study

Thorpe Lowis, Xu, e Zhang

2018

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

 

39

Medical Education in India:

Current Scenario of Teaching-Learning

Charmode et al.

2020

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

40

Creation of 21st century anatomy facilities: designing facilities for integrated preclinical education in the Middle East

Lorke et al.

2023

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

41

Students’ learning experiences of three-dimensional printed models and plastinated specimens: a qualitative analysis

Radzi et al.

2022

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

42

Macroscopic brain gray matter staining: historical protocol overview and neuroanatomy learning applications in second-year medical students

Villegas-Gómez

2023

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

43

Formation and Fixation of the Annulus of Zinn and Relation With Extraocular Muscles: A Plastinated Histologic Study and Its Clinical

Ma et al.

2022

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

 

44

A specialized myodural bridge named occipital-dural muscle in the narrow-ridged finless porpoise (Neophocaena asiaeorientalis)

Zhang et al.

2021

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

 

45

Wet Specimens, Plastinated Specimens, or Plastic Models in Learning Anatomy: Perception of Undergraduate Medical Students

Atwa, Dafalla, e Kamal

2021

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

46

Heart Anatomy of Rhincodon typus: Three-Dimensional X-Ray Computed Tomography of Plastinated Specimens

Hirasaki et al.

2018

Plastinação em conjunto com outras técnicas de aprendizagem no ensino de anatomia.

Fonte: Autores

 

    A construção do Quadro 4 possibilitou o agrupamento dos artigos e a categorização dos assuntos abordados, os quais responderam às questões de pesquisa que norteiam este artigo.

 

    É possível observar o cenário científico de pesquisas realizadas na área de plastinação com o crescente interesse na realização de pesquisas sobre este tema, isto é demonstrado através da distribuição dos artigos por ano de publicação, evidenciando um aumento a partir de 2014 como apresentado na Figura 2.

 

Figura 2. Quantidade de artigos por ano

Figura 1. Quantidade de artigos por ano

Fonte: Autores

 

    O panorama da quantidade de artigos e autores mais citados entre os trabalhos analisados pode ser verificado na Figura 3. Na Figura 4 demonstra a quantidade de artigos por periódicos mais citados.

 

Figura 3. Gráfico com as quantidades de artigos e os autores mais citados

Figura 2. Gráfico com as quantidades de artigos e os autores mais citados

Fonte: Autores

 

Figura 4. Gráfico com as quantidades de artigos e os periódicos mais citados

Figura 3. Gráfico com as quantidades de artigos e os periódicos mais citados

Fonte: Autores

 

    Na tentativa de responder às questões da pesquisa, foi construída uma nuvem de palavras para representar a frequência do uso de cada um dos termos que constavam nos resumos dos trabalhos selecionados após os critérios de inclusão e de exclusão. Esta nuvem é visualizada na Figura 5.

 

Figura 5. Nuvem de palavras

Figura 4. Nuvem de palavras

Fonte: Autores

 

    Com o resultado obtido pela formação da nuvem de palavras, observou-se que os termos que mais apareceram foram: Plastination, Anatomy, Use, Teach, Student, Course, Specimen, Educ, Body, Dissected e Anatomic. Estes termos se destacam em maior tamanho, sendo proporcional a quantidade de vezes que aparecem nos resumos e são citados nos artigos usados neste trabalho.

 

Resposta às questões de pesquisa 

 

    Levando em consideração os temas encontrados nos artigos selecionados, foi possível verificar as diversas formas que apresentam e caracterizam a técnica de plastinação como ferramenta de ensino, bem como, suas contribuições para a cultura científica. Os artigos foram categorizados levando em consideração o tema abordado a respeito do uso da técnica de plastinação e dispostos no Quadro 4 que se encontra neste tópico, os temas identificados foram: O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos; Plastinação como técnica de ensino e aprendizagem; Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos; A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem e; A plastinação em conjunto com outras técnicas no ensino de anatomia, dessa forma, os artigos foram agrupados e categorizados.

 

O limite da ética no uso da plastinação para fins educacionais e expositivos 

 

    Conforme o Quadro 4, o qual permite a visualização deste mapeamento, os artigos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, tratam a respeito da ética no uso da plastinação como método educativo em salas de aula e exposições, esse fator passeia no percurso da ética, ciência e entre o limite da exposição da vida humana, onde, protocolos devem ser seguidos e respeitados para a promoção da plastinação na cultura científica. (Bin et al., 2016)

 

    A plastinação permite que corpos humanos ou de animais sejam preservados e esculpidos, sendo apresentados da mesma forma como nos grandes tratados deensino de anatomia. O anonimato é destacado como algo positivo por não revelar o nome ou a condição de morte, mas também pode ser considerado como algo negativo, visto que pode encobrir a existência social do cadáver. (Kim, 2012)

 

    Para além da sala de aula, a plastinação teve grande impacto por meio de exibições educativas públicas, para o acontecimento das mesmas, é necessário o consentimento ter sido informado anteriormente, bem como, se mostra necessário avaliação de fatores positivos e negativos da interpretação e percepção das pessoas, culturas e religiões dentro do âmbito social. (Jones, 2014; Wróbel, 2017)

 

Plastinação como técnica de ensino e aprendizagem 

 

    Os artigos de 7 a 16 e 18, trazem a metodologia de aplicação da técnica seguindo um protocolo geral de plastinação, a depender do tipo de análise pode haver uma diferença na escolha do tipo de polímero, dessa forma, diversas práticas são feitas com o interesse de mostrar e avaliar os benefícios proporcionados em plastinados obtidos através dessa técnica. (Ottone et al., 2018)

 

    É possível observar atentamente a técnica e suas especificações nas práticas para a obtenção de plastinados, os procedimentos da técnica de plastinação envolve algumas etapas gerais que são seguidas uniformemente para obtenção do resultado desejado e são elas a fixação, desidratação, impregnação forçada e endurecimento ou cura. O processo de fixação ocorre logo após o descongelamento do espécime ou tecido e é fundamental para estabilização celular e prevenir autólise (Schmitt, e Fiorin, 2020). Nesta etapa de fixação química, o espécime é embebido em uma solução de formaldeído de 5 a 10%, por no mínimo dois meses, dependendo da peça, tamanho e volume pode durar semanas ou meses, também é importante controlar a concentração, tempo e temperatura para evitar o escurecimento das amostras e após a fixação ser banhados em água corrente (Dibal, Garba, e Jacks, 2018). A etapa de desidratação consiste na substituição de água tecidual por acetona, que atuará como solvente intermediário para a próxima impregnação. Nesta etapa, são feitos alguns banhos com concentrações crescentes de acetona, adepender do tamanho da amostra, até chegar a 100%, durante algumas semanas. (Main, Benzi, e Castañeda, 2022; Monteiro et al., 2022)

 

    Após a desidratação, segue a etapa de impregnação forçada, cujo passo é crucial no processo de substituição da acetona por um polímero. O processo é impulsionado aplicando vácuo para extrair o solvente da amostra, saindo por evaporação com liberação de bolhas que devem ser controladas para evitar o encolhimento da amostra. Este processo reduz a retração do tecido, permitindo que o polímero entre melhor se infiltrando no espaço livre à medida que o solvente desloca e a amostra então submersa na resina fica em uma grade de aço inoxidável para evitar flutuação total. Algumas especificidades podem ser necessárias para alguns órgãos, diferentes técnicas de impregnação forçada são aplicadas com variações de temperatura e períodos de vácuo. É importante preservar a luz no processo, pois atua como catalisador. (Ottone et al., 2018; Monteiro et al., 2022)

 

    O processo de endurecimento ou cura promove a polimerização completa em temperatura ambiente (Monteiro et al., 2022). A amostra impregnada também pode ser exposta à pulverização gasosa em uma câmara fechada hermeticamente que acelera esse processo, com ou sem exposição à luz UV (Main, Benzi, e Castañeda, 2022). Ao final do processo, o espécime ou peça fica seco ao toque em alguns dias, porém a cura completa pode levar vários meses. (Monteiro et al., 2022)

 

    Tais procedimentos e condições descritos interferem diretamente na qualidade do material plastinado, é ressaltado que há melhoria na visualização de estruturas pois os detalhes anatômicos são preservados (Main, Benzi, e Castañeda, 2022). Efeitos relacionados à aplicação das técnicas enaltecem a maior visibilidade de órgãos, tecidos, músculos, nervos e demais estruturas, pois, proporcionam a experiência de ver características anatômicas de órgãos danificados, lesões musculares esportivas, colaborando assim para a aprendizagem. (Tamura et al., 2014)

 

    As estruturas anatômicas da cavidade torácica em plastinados permanecem idênticas às imagens de tomografia quando analisadas, estruturas ósseas, esôfago, traquéia, coração, pulmão, músculos. (Akgün et al., 2018)

 

    O uso da técnica de plastinação contribui na melhoria do aspecto do material biológico, um dos fatores é que este método de preservação permite a identificaçãode estruturas fasciais in situ, pois as estruturas dos tecidos moles encolhem, levando a visualização dos planos fasciais que podem ser ausentes em dissecções padrão, assim, a plastinação fornece informações que especificam o arranjo in situ e a ligação com os tecidos moles, dessa forma, leva ao crescimento do aprendizado por permitir uma melhor visualização de estruturas, maior durabilidade, possibilidade de tocar e observar detalhadamente, observar de forma lúdica e diferentes estruturas e planos que a dissecção comum pode não possibilitar. (Scali et al., 2022)

 

Aplicação da técnica de plastinação e o uso de diferentes métodos para resultados específicos 

 

    Na plastinação há diferentes aplicações técnicas quanto ao uso de polímeros e métodos e estes são aplicados conforme os resultados desejados. Os artigos 9, 15, 17, 18 e 19, ressaltam algumas classes principais de polímeros usados para o método: silicone, poliéster e epóxi. Epóxi e poliéster são mais usuais para cortes finos, aplicados em estudos de cortes histológicos e na área da imagiologia. Já o silicone, é ideal para preservar órgãos, cortes maiores e partes inteiras, sendo o método que mais se destaca (Dibal, Garba, e Jacks, 2018; Ottone et al., 2018). O silicone é considerado padrão ouro na plastinação (Riederer, 2014). O uso do silicone proporciona uma cor mais próxima do natural em comparação com outros polímeros, facilitando a visualização anatômica, visto que a integridade é mantida. (Bakici et al., 2019)

 

A plastinação aplicada como produto educacional e seus benefícios que proporcionam maior aprendizagem 

 

    A técnica de plastinação oferece diversas contribuições significativas para a cultura científica, principalmente no campo da anatomia e da educação científica. Os artigos de 20 a 35, 15 e 37 evidenciam algumas das principais contribuições descritas nos trabalhos analisados que apontam para um resultado comum, a preservação de estruturas anatômicas por meio da obtenção de tecidos biológicos de alta qualidade, os quais possibilitam o estudo de estruturas anatômicas em detalhes. A plastinação permite que as estruturas anatômicas sejam preservadas por um período muito longo, mantendo sua integridade anatômica e morfológica, permitindo o estudo de espécimes plastinados ao longo do tempo, sem deterioração, sendo fundamental para avançar no conhecimento sobre a anatomia humana e animal. (Monteiro et al., 2022)

 

    A plastinação é utilizada em pesquisas científicas para estudar a anatomia e a patologia de órgãos e tecidos, auxiliando na compreensão de condições médicas e no desenvolvimento de tratamentos como um método avançado de preservação de espécimes humanos e animais, especialmente para fins de educação médica. Devido às suas vantagens em relação às amostras preservadas em formal e criopreservadas, a plastinação emerge como uma alternativa viável para a preservação de espécimes. (Dibal, Garba, e Jacks, 2018)

 

    Existem esclarecimentos sobre a aprendizagem destacando os benefícios do uso da técnica para os estudantes, como exemplo, o conforto proporcionado por não provocar irritação como em outros métodos e assim se destaca o exposto por Kulisch et al. (2020) em relação às mulheres grávidas e lactantes estudantes de anatomia, que pelo uso do conservante comum usado nas práticas ser danoso à saúde, tais, são impossibilitadas de participar, porém, a plastinação é revelada como método eficiente de ensino e aprendizagem nas mais diversas situações.

 

    Alguns possíveis pontos negativos podem existir, como a necessidade de um laboratório específico para executar a plastinação e a dependência de doação de corpos, órgãos humanos ou de animais. É possível constatar algumas problemáticas a respeito do tema, pois o fato de alguns polímeros serem patenteados poderia dificultar a execução e aumentar o custo da produção, também pode demorar meses ou anos para se obter um plastinado. Mesmo com esses fatores, a maioria dos laboratórios e escolas médicas acabam por preferir investir, visto que a longo prazo é econômico e a plastinação vem sendo considerada como um mecanismo apropriado no preparo de amostras para serem usadas como ferramentas de ensino para educação médica. (Mcmenamin et al., 2014)

 

    A plastinação mostrou-se muito adequada em várias possibilidades e cenários de aprendizagem. A recente pandemia de COVID-19 elevou o reconhecimento do uso de corpos plastinados para o ensino em instituições acadêmicas, visto que houve um baixo índice de corpos disponíveis, pois, instituições médicas suspenderam programas de doação pelo risco de exposição ao COVID-19. O uso da técnica entra nesse cenário contornando essa baixa de amostras cadavéricas, dado que, tal técnica de conservação dispensa constantes doações por permitir um longo prazo de durabilidade. (Iwanaga et al., 2021; Singal et al., 2021)

 

    Para fins educacionais, a plastinação pode ser aplicada como produto educacional não somente em salas de aula, mas contribui também para a divulgação científica tornando a ciência mais acessível ao público, sendo aplicada em museus de ciência e exposições educacionais de maneira interativa e envolvente levando a criar conexões com o tema. A aprendizagem é consolidada de maneira multiforme, incluindo o uso de ferramentas como histórias em quadrinhos para educar o público sobre a plastinação, facilitando a abordagem de temas apresentando a técnica e seus conceitos, de modo a incentivar o reconhecimento da plastinação. (Chung et al., 2016)

 

A plastinação em conjunto com outras técnicas no ensino de anatomia 

 

    Os artigos de 36 a 46, revelam que a plastinação pode ser aplicada em conjunto com outras técnicas de ensino de anatomia e retratam que no passado, a dissecação de cadáveres humanos era a abordagem padrão para ensino e aprendizagem de anatomia, mas nos tempos mais recentes, tal método está em declínio devido a restrições de acesso, altos custos de manutenção, diminuição das horas de contato, desconfortos causados e avanços tecnológicos. Como alternativa, novas ferramentas de ensino, como espécimes humanos plastinados e modelos impressos em imagem tridimensional (3D) e bidimensional (2D) têm ganhado destaque e são usadas juntamente com outras ferramentas, isto é ideal para envolver estudantes e profissionais da saúde na aprendizagem e ensino da anatomia justamente pelo fato que estes modelos impressos em 3D oferecem texturas e cores personalizáveis e podem ser atribuídos a partes específicas, tornando a identificação e diferenciação de estruturas mais fáceis para os alunos. A relação dos plastinados e o 3D se dá na avaliação do mesmo e na reprodução de forma fidedigna de um novo órgão para estudo em formato 3D idêntico ao órgão humano. (Charmode et al., 2020; Koh, Tan, e Mogali, 2023; Radzi et al., 2022)

 

    A plastinação é vista de maneira integrada a um novo modelo educacional que atua em conjunto e garante seu lugar como ferramenta de ensino, visto que a plastinação proporciona maior retenção de conhecimentos anatômicos e estes são colocados em prática por meio da dissecção (Charmode et al., 2020; Lorke et al., 2023). Tal integração com outras técnicas de ensino em abordagem multidisciplinar produz bons frutos de aprendizado, pois a observação de causas patológicas é essencial para entender doenças e através disso, pode-se abordar desde mecanismos macroscópicos, microscópicos até tecnologias como o uso de imagens radiográficas a fim de conhecer a causa e efeito das doenças. (Atwa, Dafalla, e Kamal, 2021)

 

Conclusão 

 

    Apresentando uma ampla gama de referências e estudos abordando a plastinação na alfabetização científica, os trabalhos utilizados para análise apontam que a plastinação apresenta importantes aplicações. No âmbito científico, acadêmico e até mesmo de forma cultural popular, é exibido suas diversas formas de contribuição para a cultura e alfabetização científica, tanto em salas de aulas, pesquisas científicas e exposição artística.

 

    A alfabetização científica tem ajudado a moldar práticas pedagógicas mais eficazes, capacitando os estudantes a se tornarem cidadãos cientificamente alfabetizados e engajados. Através da promoção de uma educação científica contextualizada, investigativa e prática, é possível formar uma sociedade, principalmente no Brasil, mais informada, crítica e participativa, capaz de enfrentar os desafios científicos e tecnológicos do século XXI.

 

    Ao desenvolver produtos educacionais, é essencial considerar os objetivos educacionais, as características do público-alvo e os princípios pedagógicos. Os produtos devem ser projetados para estimular a curiosidade, a investigação e o pensamento crítico dos estudantes, promovendo a interação ativa e a construção de conhecimento. É importante ressaltar que os produtos educacionais não devem ser vistos como substitutos do papel do professor ou do ambiente de sala de aula. Eles são recursos complementares que podem enriquecer as experiências de aprendizagem, estimular o interesse pela ciência e oferecer oportunidades para a exploração e a experimentação.

 

    A relação entre educação científica e produtos educacionais é estreita e interdependente. Os produtos educacionais são desenvolvidos e utilizados como ferramentas para apoiar a educação científica, proporcionando recursos e atividades que enriquecem o processo de ensino e aprendizagem, promovendo o engajamento e a compreensão dos estudantes em relação aos conceitos científicos. Ao mesmo tempo, a educação científica orienta e fundamenta o desenvolvimento desses produtos, garantindo que sejam alinhados com os objetivos educacionais e as necessidades dos alunos.

 

    Pode-se concluir então que a plastinação atende as exigências que um produto educacional possui. Os plastinados podem fornecer informações, exemplos, exercícios, simulações, experiências visíveis e sensoriais que enriquecem o processo de aprendizagem, mostrando que a educação através do uso de plastinados é uma ferramenta excelente, complementar, eficiente e adequada por poder ser exercida dentro de salas de aula, dentro de museus com peças reais e em grau elevado de conservação. Gradualmente o uso da técnica de plastinação e plastinados para ensino vem crescendo dentro da cultura científica, sendo assim reconhecida como ferramenta de ensino pela qualidade superior que a técnica de conservação promove em tecidos e estruturas, mas também, como a contemplação da vida, ciência e arte.

 

Referências 

 

Akgün, R.O., Bakici, C., Ekim, O., Bumin, A., e Orhan, I.O. (2018). Sectional Evaluation of Anatomic Structures in cat (Felis catus) Thoracic Cavity by Computed Tomography Imaging and Silicone Plastination Methods. International Journal of Morphology, Temuco, 36(4), 1246-1251. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022018000401246

 

Atwa, H., Dafalla, S., e Kamal, D. (2021). Wet specimens, Plastinated Specimens, or Plastic Models in Learning Anatomy: perception of undergraduate medical students. Medical Science Educator, New York, 31(4), 1479-1486. https://doi.org/10.1007/s40670-021-01343-6

 

Bakici, C., Akgün, R.O., Ekim, O., Oran, I., e Bumin, A. (2019). Evaluación Comparativa de Estructuras Anatómicas en Regio Manus y 1 en Imágenes de Tomografía Computarizada y Cortes Transversales Plastinados de Caballos. International Journal of Morphology, Temuco, 37(1), 118-122. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022019000100118

 

Bin, P., Buccelli, C., Addeo, G., Capasso, E., e Piras, M. (2016). Plastination: ethical and medico-legal considerations. Open Medicine (Wars), Warsaw, 11(1), 584-586. https://doi.org/10.1515/med-2016-0095

 

Bueno, W. da C. (1985). Jornalismo Científico: conceitos e funções. Ciência e Cultura, São Paulo, 9(37), 1420-1427. https://biopibid.paginas.ufsc.br/files/2013/12/Jornalismo-cient%C3%ADfico-conceito-e-fun%C3%A7%C3%A3o.pdf

 

Catarino, G.F. de C., e Reis, J.C. de O. (2021). A Pesquisa em Ensino de Ciências e a Educação Científica em Tempos de Pandemia: reflexões sobre natureza da ciência e interdisciplinaridade. Ciência & Educação (Bauru), São Paulo, 27, e21033. https://doi.org/10.1590/1516-731320210033

 

Charmode, S.H., Sharma, S., Seth, S., Kumar, S., e Mishra, V. (2020). Medical Education in India: Current Scenario of Teaching-Learning Methods. Journal of Clinical and Diagnostic Research, Uttar Pradesh, 14(10), 7-11. http://dx.doi.org/10.7860/JCDR/2020/46389.14172

 

Chisholm, F., e Varsou, O. (2018). Resin‐embedded Anatomical Cross‐sections as a Teaching Adjunct for Medical Curricula: is this technique an alternative to potting and plastination? Journal of anatomy. England, 233(1), 98-105. https://doi.org/10.1111/joa.12816

 

Chung, B.S., Sui, H-J., e Chung, M.S. (2016). Comics for Lay People Interested in Plastination. International Journal of Morphology, Temuco, 34(3), 1105-1108. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022016000300047

 

Dermeval, D., Coelho, J.A.P. de M., e Bittencourt, I.I. (2020). Mapeamento Sistemático e Revisão Sistemática da Literatura em Informática na Educação. In: P.A. Jaques, M. Pimentel, e I. Bitencourt (org.). Metodologia de Pesquisa Científica em Informática na Educação: Abordagem Quantitativa. Editora SBC, 3, 1-26. https://metodologia.ceie-br.org/livro-2

 

Dibal, N.I., Garba, S.H., e Jacks, T.W. (2018). Plastinates: Possible tool for medical education in the near future: Mini review. Research and Development in Medical Education, Tabriz, 7(1), 3-7. http://dx.doi.org/10.15171/rdme.2018.002

 

Estai, M., e Bunt, S. (2016). Best Teaching Practices in Anatomy Education: A Critical Review. Anatomischer Anzeiger [Annals of anatomy], Germany, 208(2016), 151-157. http://dx.doi.org/10.1016/j.aanat.2016.02.010

 

Güzel, B.C., Baygeldi, S.B., e Özkan, E. (2022). Perceptions of Students About the use of Plastination in Anatomy Lessons. Turkish Journal of Veterinary Research, Turkey, 6(2), 67-71. http://dx.doi.org/10.47748/tjvr.1117331

 

Hirasaki, Y., Tomita, T., Yanagisawa, M., Ueda, K., Sato, K., e Okabe, M. (2018). Heart Anatomy of Rhincodon typus: Three‐dimensional X‐ray Computed Tomography of Plastinated Specimens. Anatomical Record (Hoboken, N.J.: 2007), United States, 301(11), 1801-1808. http://dx.doi.org/10.1002/ar.23902

 

Horst, V.C., von Hagens, R., Sora, C-M., e Henry, R.W. (2019). History and Development of Plastination Techniques. Anat Histol Embryol, Berlin, 48(6), 512-517. https://doi.org/10.1111/ahe.12497

 

Ilgaz, H.B., Tatar, I., Erçakmak Güneş, B., e Göçmen R. (2022). Applying a unified model of fiber dissection, tractography, microscopic anatomy and plastination techniques for basic neuroanatomy education: Hacettepe university experience. International Journal of Morphology, Quarterly, 39(6), 1594-1601. http://doi.org/10.4067/s0717-95022022000601594

 

Islam, R., Ayman, U., e Sultana, N. (2021). Histological Architectures and Biometric Characteristics of Indigenously Plastinated Organs of Goat. International Journal of Morphology, Quarterly, 39(3), 759-765. https://www.researchgate.net/publication/352372691

 

Iwanaga, J., Loukas, M., Dumont, A.S., e Tubbs, R.S. (2021). A review of Anatomy Education During and After the COVID-19 Pandemic: revisiting traditional and modern methods to achieve future innovation. Clinical Anatomy, New York, 34(1), 108-114. https://doi.org/10.1002/ca.23655

 

Jones, D.G. (2014). Using and Respecting the Dead Human Body: An Anatomist’s Perspective. Clinical anatomy, New York, 27(6), 839-843. http://dx.doi.org/10.1002/ca.22405

 

Jones, D.G. (2016). The Public Display of Plastinates as a Challenge to the Integrity of Anatomy. Clinical anatomy, New York, 29(1), 46-54. http://dx.doi.org/10.1002/ca.22647

 

Kim, J.H. (2012). Exposição de Corpos Humanos: o uso de cadáveres como entretenimento e mercadoria. Mana, Brasil, 18(2), 309-348. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93132012000200004

 

Koh, M.Y., Tan, G.J.S., e Mogali, S.R. (2023). Spatial Ability and 3D Model Colour-coding Affect Anatomy Performance: a cross-sectional and randomized trial. Scientific reports. England, 13(1), 1-10. https://doi.org/10.1038/s41598-023-35046-2

 

Kulisch, C., Langheinrich, J., Heuckendorf, E., Vida, I., e Brunk, I. (2020). Challenges and Implementation of the German Maternity Protection act for Female Medical Students in Macroscopic Anatomical Education. GMS Journal for Medical Education, Erlangen, 37(2), 1-25. https://doi.org/10.3205/zma001310

 

Kurt, E., Yurdakul, S.E., e Ataç, A. (2013). An overview of the technologies used for anatomy education in terms of medical history. Procedia, Social and Behavioral Sciences, United States, 103, 109-115. http://dx.doi.org/10.1016/j.sbspro.2013.10.314

 

Lorke, D.E., Rock, J.A., Hernandez Jr., R., Graham, D., Keough, N., e van Tonder, D.J. (2023). Creation of 21st Century Anatomy Facilities: designing facilities for integrated preclinical education in the Middle East. BMC Medical Education, London, 23(1), 388. https://doi.org/10.1186/s12909-023-04361-7

 

Ma, C., Zhu, X., Chu, X., Xu, L., Zhang, W., Xu, S., e Liang, L. (2022). Formation and Fixation of the Annulus of Zinn and Relation with Extraocular Muscles: A Plastinated Histologic Study and Its Clinical Significance. Investigative Ophthalmology & Visual Science, United States, 63(12), 1-30. https://doi.org/10.1167/iovs.63.12.16

 

Main, G., Benzi, P., e Castañeda, L. (2022). Montaje y puesta a punto de un equipo para plastinación de órganos destinados a la enseñanza. Ciencia, Docencia y Tecnología, Entre Ríos, 33(66), 01-13. https://doi.org/10.33255/3366/1179

 

Mansur, R.D., e Altoé, O.R. (2021). Ferramenta Tecnológica para Realização de Revisão de Literatura em Pesquisas Científicas: importação e tratamento de dados. Revista Eletrônica Sala de Aula em Foco, Espírito Santo, 10, (1), 8-28. https://doi.org/10.36524/saladeaula.v10i1.1206

 

Masetto, M.T. (2006). Mediação Pedagógica e o Uso da Tecnologia. In: J.M. Moran, M.T. Masetto, e M.A. Behrens (orgs.), Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica (10ª ed., pp. 133-172). Editora Papirus.

 

McMenamin, P.G., Quayle, M.R., McHenry, C.R., e Adams, J.W. (2014). The Production of Anatomical Teaching Resources Using Three-dimensional (3D) Printing Technology. Anatomical Sciences Education, Hoboken, v. 7(6), 479-486. https://doi.org/10.1002/ase.1475

 

Menaka, R. (2016). Plastinated Models as Teaching Aids in the Educational Institutions. The Indian Journal of Veterinary Sciences and Biotechnology, India, 11(3), 32-33. https://acspublisher.com/journals/index.php/ijvsbt/article/view/2870

 

Mohamed, R., e John, R. (2018). Production and Use of Plastinated Anatomical Specimens as Teaching and Learning Tools in Veterinary Gross Anatomy in the Caribbean. Journal of Advanced Veterinary and Animal Research, Bangladesh, 5(1), 44-52. http://dx.doi.org/10.5455/javar.2018.e245

 

Monteiro, Y.F., Silva, M.V.F., Bittencourt, A.P.S.V, e Bittencourt, A.S. (2022). Plastination With Low Viscosity Silicone: strategy for less tissue shrinkage. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 55, e11962. http://dx.doi.org/10.1590/1414-431x2022e11962

 

Monteiro, Y.F., Silva, M.V.F., Bittencourt, A.P.S.V, e Bittencourt, A.S. (2023). First Sectioned and Plastinated Human Body in Latin America and its Applications: a Pioneering Effort of the Life Sciences Museum. Journal of Morphological Sciences, São Paulo, 40, 2-7. https://doi.org/10.51929/jms.40.2.2023

 

Muñetón Gómez, C.A., e Ortiz, J.A. (2012). Plastinación: un instrumento complementario para el desarrollo del proceso enseñanza-aprendizaje de la anatomía. Revista de Medicina Veterinaria, (Bogotá), 10(23), 111-117. http://dx.doi.org/10.19052/mv.79

 

Ocampo Navia, M.I., e Gómez-Vega, J.C. (2021). Técnicas para el Estudio Anatómico del Cerebro: una revisión. Universitas Medica, 62(1), 1-11. https://doi.org/10.11144/Javeriana.umed62-1.teac

 

Ottone, N.E., Baptista, C.A.C., Latorre, R., Bianchi, H.F., Del Sol, M., e Fuentes, R. (2018). E12 sheet plastination: Techniques and applications. Clinical Anatomy, New York, 31(5), 742-756. https://doi.org/10.1002/ca.23008

 

Popp, A.I., Basso, A.P., Lodovichi, M.V., e Sidorkewicj, N. (2018). Conservation of Body Sections and Organs of the Narrownose Smooth-hound, Mustelus schmitti (Pisces, Chondrichthyes), by Silicone Injection at Room Temperature to be Used in Comparative Anatomy learning. International Journal of Morphology, Temuco, 36(2), 413-418. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95022018000200413

 

Radzi, S., Chandrasekaran, R., Peh, Z.K., Rajalingam, P., Yeong, W.Y., e Mogali, S.R. (2022). Students Learning Experiences of Three-dimensional Printed Models and Plastinated Specimens: a qualitative analysis. BMC Medical Education, London, 22(1), 695. https://doi.org/10.1186/s12909-022-03756-2

 

Raikos, A., Paraskevas, G.K., Tzika, M., Kordali, P., Tsafka-Tsotskou, F., e Natsis, K. (2012). Human body exhibitions: public opinion of young individuals and contemporary bioethics. Surgical and radiologic anatomy: SRA, Germany, 34(5), 433-440. http://dx.doi.org/10.1007/s00276-011-0925-4

 

Reihl, S., Kim, Y., Harmon, D., El-Sayed, I.H., Abla, A., e Rodríguez Rubio, R. (2022). A Minimalistic Technique for Neural Tissue Preservation and Neuroanatomical Education: Quantitative Study of the Elnady Technique on Human Cadaveric Specimens. Cureus, United States, 14(11), e31588. https:/doi.org/10.7759/cureus.31588

 

Riederer, B.M. (2014). Plastination and its importance in teaching anatomy. Critical points for long-term preservation of human tissue. Journal of Anatomy, England, 224(3), 309-315. https://doi.org/10.1111/joa.12056

 

Rizzatti, I.M., Mendonça, A.P., Mattos, F., Rôças, G., Silva, M.A..B.V. da, Cavalcanti, R.J. de S., e Oliveira, R.R. de (2020). Os produtos e processos educacionais dos programas de pós-graduação profissionais: proposições de um grupo de colaboradores. ACTIO: Docência em Ciências, Curitiba, 5(2),1-17. http://dx.doi.org/10.3895/actio.v5n2.12657

 

Rocha, F.G., Nascimento, B.A.R., e Nascimento, E.F.V.B.C. do (2018). Um Modelo de Mapeamento Sistemático para a Educação. Cadernos da FUCAMP, Monte Carmelo, 17(29), 1-6. https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/cadernos/article/view/1180

 

Rosa, C.T.W. da, e Locateli, A. (2018). Produtos Educacionais: Diálogo entre Universidade e Escola. Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista, Rio Grande do Sul, 8(2), 26-39. http://dx.doi.org/10.31512/encitec.v8i2.2716

 

Scali, F., Ohno, A., Enix, D., e Hassan, S. (2022). The Posterior Atlantooccipital Membrane: The anchor for the Myodural Bridge and Meningovertebral Structures. Cureus, Palo Alto, 14(5), 1-8. https://doi.org/10.7759/cureus.25484

 

Schmitt, M.T., e Fiorin, P.B.G. (2020). Técnicas de conservação de peças anatômicas: uma revisão da literatura. In: XXVIII Seminário de Iniciação Científica, 6(6), 1-4. https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/17732

 

Sekikawa, K., Moriyama, H., Miyaso, H., Osada, T., Ueno, R., Otsuka, N., e Itoh1, M. (2019). Evaluation of Yanagihara facial nerve grading system based on a muscle fiber analysis of human facial muscles. European Archives of Oto-rhino-laryngology, Germany, 276(7), 2055-2060. https://doi.org/10.1007/s00405-019-05462-0

 

Silén, C., Karlgren, K., Hjelmqvist, H., Meister, B., Zeberg, H., e Pettersson, A. (2022). Three-dimensional visualisation of authentic cases in anatomy learning- An educational design study. BMC Medical Education, England, 22(477), 1-14. https://doi.org/10.1186/s12909-022-03539-9

 

Singal, A., Bansal, A., Chaudhary, P., Singh, H., e Patra, A. (2021). Anatomy Education of Medical and Dental Students During COVID-19 Pandemic: a reality check. Surgical and Radiologic Anatomy, New York, 43(4), 515-521. https://doi.org/10.1007/s00276-020-02615-3

 

Tamura, K., Stickley, C.D., Labrash, S.J., e Lozanoff, S. (2014). Effectiveness of Plastinated Anatomical Specimens Depicting Common Sports Injuries to Enhance Musculoskeletal Injury Evaluation Education. Athletic Training Education Journal, Texas, 9(4), 174-181. https://doi.org/10.4085/0904174

 

Thorpe Lowis, C.G., Xu, Z., e Zhang, M. (2018). Visualisation of facet joint recesses of the cadaveric spine: a micro-CT and sheet plastination study. BMJ Open Sport & Exercise Medicine, England, 4(1), e000338. https://doi.org/10.1136/bmjsem-2017-000338

 

Veazey, K., e Robertson, E.M. (2022). How human anatomy is being taught in entry‐level occupational therapy programs in the United States. Anatomical Sciences Education. United States, 16(2), 305-322. https://doi.org/10.1002/ase.2226

 

Villegas-Gómez, G.A., Figueredo, L.F., Ramirez, A.D., Quiroga-Padilla, P.J., e Rueda-Esteban, R. (2023). Macroscopic Brain Gray Matter Staining: historical protocol overview and neuroanatomy learning applications in second-year medical students. Frontiers in Neuroanatomy, Lausanne, 17, 01-14. https://doi.org/10.3389/fnana.2023.1227933

 

Von Hagens, G., Tiedemann, K., e Kriz, W. (1987). The Current Potential of Plastination. Anat and Embryol, Berlin, 175(4), 411-421. https://doi.org/10.1007/BF00309677

 

Wong, RE, Quach, HT, Wong, JS, Laxton, WH, Nanney, LB, Motuzas, CL, e Pearson, S. (2020). Integrating specialty-specific clinical anatomy education into the post-clerkship curriculum. Medical Science Educator, United States, 30(1), 487-497. https://doi.org/10.1007/s40670-019-00833-y

 

Wróbel, G. (2017). Education or business? - exhibition of human corpses. Journal of Education, Health and Sport, Poland, 7(9), 510-516. https://apcz.umk.pl/JEHS/article/view/4842

 

Zhang, ZX, Gong, J., Yu, SB, Li, C., Sun, JX, Ding, SW., Ma, GJ, Sun, SZ, Zhou, L., Hack, GD, Zheng, N., e Sui, HJ (2021). A Specialized Myodural Bridge Named Occipital-dural Muscle in the Narrow-ridged Finless Porpoise (Neophocaena asiaeorientalis). Scientific Reports, England, 11(1), 1-10. https://doi.org/10.1038/s41598-021-95070-y


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 316, Sep. (2024)