A subserviência do corpo ao capitalismo: a qualidade de vida mediante os interesses de classe

The subservience of the body to capitalism: quality of life through class interests

La subordinación del cuerpo al capitalismo: la calidad de vida mediada por los intereses de clase

 

Wagner Ivan Fonsêca de Oliveira

wagner.fonseca@ifrn.edu.br

 

Licenciado e Bacharel em Educação Física

pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Potiguar (UnP). Mestre em Saúde Coletiva

pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Professor e pesquisador de Educação Física e Saúde Coletiva

do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)

(Brasil)

 

Recepção: 03/08/2018 - Aceitação: 06/11/2018

1ª Revisão: 29/10/2018 - 2ª Revisão: 03/11/2018

 

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Resumo

    A proposta deste estudo é de relacionar o corpo às representações de poder entre as diferentes classes sociais no sistema capitalista, utilizando o interacionismo simbólico como instrumento para permitir uma reflexão mais ampla das variáveis em estudo. É percebido a necessidade de fortalecer o corpo para torná-lo útil às necessidades e interesses inerentes da classe dominante,analogamente a uma máquina, em busca de servir ao capital e à pátria. Problematizou-se a hegemonia da corrente filosófica positivista como produtora de verdade e paradigmas sociais que visam atenuar possíveis lutas de classe e favorecer o estabelecimento de uma nova ordem social após a revolução industrial, com o surgimento do capitalismo. Diante da percepção do corpo como instrumento para produção de lucro, o Estado aspira meios de instituir à população a responsabilidade de se adequar aos estereótipos corporais não apenas de caráter estético, promovendo o consumismo, mas associados à aptidão física para o trabalho e aumento da produtividade, adaptando-se à ideologia capitalista.

    Unitermos: Corpo humano. Capitalismo. Qualidade de vida. Promoção da saúde.

 

Abstract

    The purpose of this study is to relate the body to the representations of power between different social classes in the capitalist system, using symbolic interactionism as a tool to allow a broader reflection of the variables under study. The need is perceived to strengthen the body to make it useful to the inherent needs and interests of the ruling class, like a machine, to serve capital and the motherland. The hegemony of the positivist philosophical current has been problematized as a producer of truth and social paradigms that seek to mitigate possible class struggles and favor the establishment of a new social order after the industrial revolution with the emergence of capitalism. Faced with the perception of the body as a tool for making profit, the State desires means to instill in the population the responsibility to conform to the corporal stereotypes not only of aesthetic character, promoting consumerism, but associated with the physical aptitude for work and increase in productivity, adapting itself to the capitalist ideology.

    Keywords: Human body. Capitalism. Quality of life. Health promotion. 

 

Resumen

    La propuesta de este estudio es de relacionar el cuerpo a las representaciones de poder entre las diferentes clases sociales en el sistema capitalista, utilizando el interaccionismo simbólico como instrumento para permitir una reflexión más amplia de las variables en estudio. Se percibe la necesidad de fortalecer el cuerpo para hacerlo útil a las necesidades e intereses inherentes de la clase dominante, análogamente a una máquina, en busca de servir al capital y a la patria. Se ha probado la hegemonía de la corriente filosófica positivista como productora de verdad y paradigmas sociales que pretenden atenuar posibles luchas de clase y favorecer el establecimiento de un nuevo orden social tras la revolución industrial con el surgimiento del capitalismo. Ante la percepción del cuerpo como instrumento para la producción del lucro, el Estado se sirve de medios para instituir a la población la responsabilidad de adecuarse a los estereotipos corporales no sólo de carácter estético, promoviendo el consumismo, sino asociados a la aptitud física para el trabajo y aumento de la productividad, adaptándose a la ideología capitalista.

    Palabras clave: Cuerpo humano. Capitalismo. Calidad de vida. Promoción de la salud.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 246, Nov. (2018)


 

Introdução

 

    É preciso buscarmos compreender as relações de capital, mercado e consumo para além do plano material e o corpo como uma representação de poder entre os grupos sociais. Para tanto, é necessário ampliarmos nossas perspectivas mediante o contexto histórico e simbólico de dominação do corpo a partir de interesses evidenciados por uma luta de classes no sistema capitalista.

 

    Não podemos aceitar as desigualdades sociais a partir de justificativas simplistas que buscam evidenciar fatores naturais e até religiosos como fundamentação. É preciso entendermos a complexidade de fatores que estão associadas ao controle social e aos desejos de reafirmar o positivismo como uma corrente filosófica absolutamente verdadeira.

 

    Para melhor elucidar o leitor, desenvolvi o estudo a partir de 3 momentos: (1) contextualizei as possibilidades de instituir um controle social a partir do corpo, considerando a mudança de ordem social com o surgimento do capitalismo; (2) Fomentei uma reflexão sobre as possibilidades de utilizar o corpo como um instrumento subserviente aos interesses da classe dominante e,por fim, (3) busquei problematizar as condições de saúde e qualidade de vida mediante aos interesses de uma organização social capitalista.

 

    Diante do exposto, a proposta deste estudo é de relacionar o corpo às representações de poder entre as diferentes classes sociais no sistema capitalista, utilizando o interacionismo simbólico como instrumento para permitir uma reflexão mais ampla das variáveis em estudo.

 

Controle social a partir do corpo

 

    O entendimento do corpo trabalhado neste estudo, não é aquele estritamente anatômico ou fisiológico, até mesmo porque esse já é bastante utilizado socialmente. A compreensão que trabalhamos é um corpo integral, em que seus valores são construídos e instituídos pela mídia, pela educação formal, igreja, enfim...pelas relações sociais.

 

    Porém, esta concepção mais ampliada é contra hegemônica e oposta aos interesses da classe dominante.Desde o século XIX, sobretudo na Europa após a revolução industrial, houve de forma crescente uma preocupação em moralizar os indivíduos e a sociedade, intervindo radicalmente nos modos de ser e de viver. Buscavam-se aumentar a força produtiva a partir da promoção à saúde mediante uma sociedade marcada pelo alto índice de mortalidade e de doenças, sem, contudo, alterar as condições de vida e de trabalho (Soares, 1994).

“[...] o controle da sociedade sobre os indivíduos não se opera simplesmente pela consciência ou pela ideologia, mas começa no corpo. Foi no biológico, no somático, no corporal que antes de tudo investiu a sociedade capitalista. O corpo é uma realidade biopolítica”. (Foucault, 1986, p.80).

    A Europa, no século XIX, passa a ser um local da formação de uma nova sociedade regida pelo espírito capitalista (Hobsbawm, 1982). Esta nova concepção é ancorada nas conquistas da ciência, estabelece práticas sociais a partir, exclusivamente, de parâmetros científicos ditados pelo positivismo (Bernal, 1975; Comte, 1983; Luz, 1982). Uma ideologia onde tudo deve ser medido, classificado, comparado, definido, generalizado e partir das descobertas amparadas por um rigor científico, pelo princípio da reprodutibilidade e imparcialidade.

 

    Embora, ainda hegemônica, o positivismo se limita por não possibilitar apreender o social apenas por princípios objetivos, uma vez que a intersubjetividade dos atores determina as ações sociais. Desconsiderar esses aspectos é estabelecer um mundo virtual que não corresponde com o mundo real. Faz sentido pensar em algum processo biológico que seja independente do contexto social?

 

    No modelo hegemônico positivista no século XIX, desde o menor gesto do trabalhador em atividade produtiva na indústria e na fábrica até o mais ousado movimento corporal, seria a ciência a prescrever, indicar e ditar o modo de realizar a tarefa, bem como a forma de viver. Assim, todos os movimentos corporais que não se mostrassem úteis ao trabalho e realizado com menor eficiência, como os movimentos acrobáticos circenses, mesmo provenientes de funâmbulos e acrobatas comuns nas ruas, praças e dias festivos como forma de entretenimento popular- especialmente na primeira metade do século XIX, eram mal vistos pela classe dominante por provocar riso, temor, incerteza, e, sobretudo a liberdade. Instaurava-se também, um desejo de controlar o divertimento do povo, o tempo fora do trabalho e fortalecer a ordem social. (Hobsbawm, 1982)

 

    Na segunda metade do século XIX, o corpo fora visto como uma “máquina consciente” e regido pelo modelo energético proposto pela lei da termodinâmica (Philippe, 1930). O que se destaca é a preocupação em “adestrar” o corpo para otimizar a produção e fortalecer a saúde dos trabalhadores. Vivia-se um momento no qual era exaltado um corpo civilizado, que não existisse excessos mediante gestos comedidos e, sobretudo, econômicos e úteis a finalidades precisas.

 

    Para o ideário burguês tudo teria utilidade, nada podia ser desinteressado e a finalidade a ser alcançada se concentrava no lucro. Até nas exercitações físicas descobriu-se um valor que se relacionava com a produção, quer na indústria, quer na quantidade de filhos para servir ao capital e à pátria (Bakhtin & Vieira, 1987). Os úteis eram aqueles cujas vidas não se articulava em função do ócio e do entretenimento, mas que cumpriam ramos econômicos rotineiros,os quais produziam bens e serviços comerciais. (Gouldner, 1979)

 

    Estabeleceu-se neste contexto, o Movimento Ginástico Europeu que objetivava romper seus vínculos com práticas populares, além de disciplinar a população moralmente e fisicamente. Saltos, corridas e marchas eram poderosos instrumentos na educação física e moral (Soares, 2002). A ginástica tornava-se representante oficial da sociedade burguesa: produtiva, metrificada, segura, precisa, útil, prudente e o lugar do mau emprego das forças eram os circos, funâmbulos e acrobatas que produziam o movimento corporal sem nenhuma utilidade além do entretenimento (Andrieu, 1988). Diferente dos movimentos ginásticos que eram explicados à luz do positivismo e objetivavam desenvolver qualidade físicas com aplicação adequada de força e com fins úteis: salvamentos, combates e disposição para o trabalho. (Gouldner, 1979)

 

    Embora as evidências mediante o positivismo fossem incontestáveis e considerada uma nova religião, para afirmação do capitalismo era instituído uma ideologia de que a ordem social fora criada por Deus, sendo o destino dos homens já traçados. Aceitar essa condição de nascimento sem revolta e desempenhar sua função social “herdada” significava respeito ao Criador e possibilidade de ser virtuoso. Assim o filho de pobre seria pobre, do rico seria rico... e a vida se manteria num “corpo social” cujo cérebro era o mercado e cuja alma era o lucro.

 

O adestramento do corpo

 

    Na segunda metade do século XIX a ciência enaltece as explicações a partir das leis biológicas e são abandonados os discursos e as práticas da medicina social que busca explicar a origem e as causas das doenças a partir de uma organização social forjada pelo capitalismo (Rosen, 1979). As doenças, poderiam ser explicadas por seus aspectos bacteriológicos apenas, não sendo relevante as considerações sociais. (Donangelo & Pereira, 1979)

 

    Com a substituição da mão de obra braçal pelas máquinas, houve um interesse maior pela classe dominante em garantir uma resistência física aos trabalhadores, em detrimento da força. Surge então uma nova ciência, a ergonomia, que visa promover uma melhor adaptação do homem ao meio, aumentando assim sua produtividade (Pinheirk & França, 2006). Era buscado mediante a educação do corpo meios destinados a ensinar o homem a executar todos os tipos de trabalho mecânico, com a máxima economia possível no gasto de força muscular. (Demeny, 1931)

 

    Buscava-se pela educação do corpo equacionar parte significativa dos problemas sociais. Era objetivo da educação física preparar os trabalhadores para o esforço, pensando, inclusive, em fazer como decorrência de uma melhor adaptação ao trabalho. Desse modo, ampliava-se as qualidades físicas indispensáveis a uma vida saudável e, ao mesmo tempo, a um aumento da produtividade. (Goellner, 1992)

 

    O corpo adestrava-se no próprio trabalho para suportar o trabalho. Era uma necessidade do trabalhador buscar se adaptar a um ambiente hostil para aumentar a expectativa de vida, mas não somente dele, os burgueses preocupavam-se com essa adaptação, pois o trabalhador é essencial para favorecer o lucro.

 

    Neste contexto, o trabalhador fora pensando como um “capital de energia” e que caberia a educação física contribuir na formação deste capital. Educar o corpo mostra-se como essencial para ensinar a destreza geral que favoreça não só o manejo de instrumentos no mundo do trabalho, mas também a melhoria na utilização das forças físicas e morais. A energia “moeda do universo” não podia ser desperdiçada.

 

Corpo, qualidade de vida e os interesses de classe

 

    O Estado tenta institucionalizar comportamentos que favoreçam a qualidade de vida dos trabalhadores desde a primeira metade do século XIX. Os modelos eugênico, higienista e biologicista de encarar a saúde são baseados na apologia ao estilo de vida ativo adquirido pela exercitação mecânica, cujos fundamentos, até hoje produzem sentimento de culpa naqueles que não cumprem os direcionamentos impostos por esta tendência da disciplina no que diz respeito à aparência física. (Soares, 1994)

 

    É importante entendermos que as sutis diferenças entre saúde e qualidade de vida. A saúde não é apenas uma condição ou não de doença. É entendida como condicionantes de vida, ou seja, para se ter uma boa saúde é necessário haver uma boa moradia, bons relacionamentos interpessoais, boa educação, saneamento básico, bom emprego, transporte adequado, acesso às unidades de saúde, entre outros fatores que interferem nas necessidades básicas dos sujeitos. Enquanto qualidade de vida é definida como a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (WHOQOL Group, 1995), ou seja, há uma evidente subjetividade.

 

    Porém, as definições instituídas pela classe dominante estão pouco relacionadas à organização social, pois se as tivessem facilitaria a tomada de consciência de uma classe explorada e um fortalecimento das lutas de ideias e reivindicações por direitos, inclusive de saúde numa visão integral e transformadora. Para Donangelo e Pereira (1979), a organização social é “patológica”, no sentido de que o processo saúde/doença, derivam diretamente da forma de organização social, pois a doença é determinada socialmente, com isso ela remete primeiramente a investigação para o social e uma subordinação do natural ao social, mas não o contrário, em que se busca explicar as desigualdades como um processo natural sem possibilidades de intervenção do homem. Essa percepção naturalista e superficial tenta atenuar a luta de classes e as revoltas delas advindas provenientes do desenvolvimento do capitalismo.

 

    Desde a produção do sistema capitalista, a partir do século XVII, o corpo passou a ser objeto de exploração associado ao paradigma produtivista. Na revolução industrial a preocupação com o corpo tornava-se cada vez mais evidente, pois era necessário que o trabalhador pudesse suportar a fadiga provocada pelo excesso de horas trabalhadas e pelas condições precárias das instalações industriais. O objetivo era acentuar a eficiência dos gestos executados, sem, contudo, alterar as condições de vida e de trabalho. (Gonçalves, 1994)

Nesse modelo de sociedade capitalista o homem e sua força de trabalho são vistos como uma ferramenta essencial para a produção. Assim, as pessoas com estilo de vida saudável (ativo) aumentam a eficiência e produtividade, reduzem os absentismos, auxilia as empresas a diminuírem os gastos e aumentam os lucros (Quint & Matiello Júnior, 1999). Ser saudável é uma exigência do sistema econômico em que estamos inseridos, porém esta responsabilidade é atribuída quase que exclusivamente à população, relegando os investimentos do Estado em equipamentos sociais que pudessem favorecer uma melhoria na qualidade de vida e promoção da saúde da população.

 

    A promoção da saúde reforça o conceito de determinação social da saúde, com objetivo de impactar favoravelmente a qualidade de vida. Ações intersetoriais e intrassetoriais são imprescindíveis para ampliação da consciência sanitária, com direitos e deveres da cidadania, educação em saúde para mudança das condições de vida da população. Porém, no Brasil, mesmo que haja políticas e leis que garantam a promoção da saúde- Constituição 1988 em seu artigo 196 (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) e Política Nacional de Atenção Básica (Ministério da Saúde, 2012), estas são poucos efetivas (Carneiro et al., 2012).

 

    Assim, o Estado busca legitimar a responsabilização individual quanto à melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde,pois é fundamental a manutenção de um estilo de vida saudável, principalmente junto ao contingente populacional produtivo, por enxergar a força de trabalho como propulsora da economia. Ademais, há uma diminuição dos custos do Estado devido a baixa necessidade de investimentos em espaços públicos e profissionais que favoreçam à prática de atividades a fim de promover uma melhoria na qualidade de vida e saúde física e mental da população.

 

    O estímulo ao comportamento ativo se faz, por vezes, mediante a fortes paradigmas de culpa que assombra a sociedade atual. Como, por exemplo, às representações à cerca de determinadas doenças e sobre a exacerbação do medo de contraí-las, que muito se deve ao funcionamento da mídia, ou do Estado, ao “cumprir o seu papel”, alertando a população por meio de anúncios. Cabe assim à população a responsabilidade de promover o autocuidado. (Veiga-Neto, 2000)

 

Conclusão

 

    O artigo enfatiza a necessidade de analisarmos o corpo, não apenas no âmbito individual, mas inserido numa organização social. É problematizado o entendimento do corpo como uma máquina de produção de capital. Para justificar as diferentes condições entre as classes é buscado teorias religiosas e positivistas, pois acreditam ou mesmo buscam institucionalizar a percepção do positivismo como uma corrente filosófica que goza de superioridade em relação às demais e que os processos naturais estão acima do social.

 

    É desconsiderado a complexidade e os valores apreendidos historicamente para inferir relações causais como sinônimos de verdade. Porém, conforme Coulon (1995) é impossível apreender o social apenas por princípios objetivos, uma vez que a subjetividade ou a intersubjetividade dos atores, é fundamental e determina as ações sociais. Desconsiderar esses aspectos é estabelecer um mundo virtual que não corresponde com o mundo real.

 

    Assim, o texto provoca uma reflexão quanto a necessidade de entendermos as relações de poder que instituí a subserviência do corpo ao sistema capitalista. A relação de mercado opera de forma massiva e, não deixa forjar a possibilidade de estabelecer novos paradigmas, a não ser os corpos estereotipados e evidenciados por uma classe dominante que há claros interesses produtivistas. Isso é notório mesmo na promoção da saúde e qualidade de vida para com os trabalhares, pois, os interesses estão associados nas relações de produção e consumo e, não no ser humano e suas relações sociais.

 

Referências

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 246, Nov. (2018)