Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Efeitos de um protocolo de exercícios do método 

Pilates em trabalhadores com dor lombar inespecífica

Effects of a Pilates Method Exercise Protocol on Workers with Nonspecific Low Back Pain

Efectos de un protocolo de ejercicios del método Pilates en trabajadores con lumbalgia inespecífica

 

Gabriela Sâmara Coelho de Souza*

gabrielasamara06@gmail.com

Silas Nery de Oliveira**

nerysilas@gmail.com

Kaellen Almeida Scantbelruy***

kaellen.scantbelruy@gmail.com

Rodrigo Ghedini Gheller+

rodrigo.gheller@gmail.com

Jansen Atier Estrázulas++

jestrazulas@uea.edu.br

 

*Graduada em Licenciatura em Dança

pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Membro do Laboratório de Biomecânica e Ergonomia da UEA

**Graduado em Licenciatura em Ciências Naturais

e Bacharelado em Educação Física -Treinamento Esportivo

na Universidade Federal do Amazonas

Mestre em Educação Física

pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Atuou na Atenção básica por meio do Programa

de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UFSC

Doutor em Educação Física pela UFSC

Atualmente, faz estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação

em Saúde Pública na Amazônia

***Mestranda do programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

pela Universidade do Estado do Amazonas (PPGSC/UEA),

especialização em andamento em Osteopatia

pela Escola Brasileira de Osteopatia e Terapia Manual (EBOM)

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Membro do Laboratório de Ergonomia e Biomecânica

da Universidade do Estado do Amazonas (UEA/ESAT)

+Graduado em Educação Física e especialização

em Atividade Física Desempenho Motor e Saúde

pela Universidade Federal de Santa Maria

Mestrado e Doutorado em Educação Física

na área de Biodinâmica do Movimento Humano

pela Universidade Federal de Santa Catarina

Atualmente é professor Adjunto na UUFA

++Pós Doutor em Physical Therapy

pela Florida International University-FIU, USA

Doutor em Engenharia de Produção/Ergonomia (UFSC)

Mestre em Ciências do Movimento Humano/Biomecânica (UDESC)

Especialista em Ciências do Movimento humano/Biomecânica (UFSM)

Graduado em Educação Física

pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Professor Adjunto da UEA

Coordenador da Pós-graduação em Biomecânica da UEA

Visiting Professor in FIU, Miami, USA (2018/2019)

Coordenador do Biomech Lab

Coordenador de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento

e Inovação Tecnológica - PDI pela UEA

(Brasil)

 

Recepción: 04/02/2024 - Aceptación: 07/06/2024

1ª Revisión: 28/05/2024 - 2ª Revisión: 04/06/2024

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Souza, G.S.C. de, Oliveira, S.N. de, Scantbelruy, K.A., Gheller, R.G., e Estrázulas, J.A. (2024). Efeitos de um protocolo de exercícios do método Pilates em trabalhadores com dor lombar inespecífica. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(317), 103-119. https://doi.org/10.46642/efd.v29i317.7448

 

Resumo

    Introdução: A dor lombar inespecífica é um problema de saúde pública mundial, e o método Pilates possibilita ganhos neuromusculares e mioarticulares que podem auxiliar no manejo desta condição. Objetivo: Avaliar os efeitos de um protocolo de exercícios de Pilates na dor lombar inespecífica, flexibilidade e qualidade de vida de funcionários de uma universidade. Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinal, de braço único, realizado no Laboratório de Biomecânica e Ergonomia, da Universidade do Estado do Amazonas. A intervenção teve 12 sessões durante 4 semanas com duração de 40 minutos por aula. Foram aplicados antes e após a intervenção os questionários SF-36 e Roland Morris para avaliar qualidade de vida e dor lombar, respectivamente. Para avaliar os ângulos articulares, foi utilizado a goniometria manual. Para avaliação da flexibilidade foi realizado o teste 3° dedo ao solo (T3D), a flexão combinada de rotação e o teste de sentar e alcançar (Wells). Para comparação pré e pós-intervenção foi utilizado o teste t de Student e Wilcoxon, adotando o nível de significância de 5%, sendo todas as análises realizadas no Software SPSS versão 21. Resultados: Após a intervenção, foi observada redução da dor lombar (35%, p=0,007), melhora na qualidade de vida nos aspectos físicos (25,9%, p=0,01), dor e estado geral da saúde (20,3%. p=0,04), aumento da amplitude de movimento de flexão da coluna (12,6%, p=0,001) e quadril (5,2%, p=0,03), e ganho de flexibilidade (T3D: 39,4%, p=0,005; Wells: 16,4%; p=0,003). Conclusão: O protocolo proposto no presente proporcionou melhoras neuromusculares e mioarticulares de funcionários de uma universidade.

    Unitermos: Treinamento. Atividade física. Trabalhador. Desempenho. Aptidão física. Mobilidade.

 

Abstract

    Introduction: Non-specific low back pain is a global public health problem. From this perspective, the Pilates method allows neuromuscular and myoarticular gains that can help in the management of this condition. Aim: To evaluate the effects of a Pilates exercise protocol on non-specific low back pain, flexibility, and quality of life in university employees. Methodology: This is a longitudinal, single-arm study, carried out at the Biomechanics and Ergonomics Laboratory, at the Universidade do Estado do Amazonas. The intervention had 12 sessions over 4 weeks lasting 40 minutes per class. The SF-36 and Roland Morris questionnaires were applied before and after the intervention to assess quality of life and low back pain, respectively. Manual goniometry was used to evaluate joint angles. To assess flexibility, the 3rd finger to the ground test (T3D), the combined rotation flexion, and the sit and reach test (Wells) were performed. For pre- and post-intervention comparisons, Student's t and Wilcoxon tests were used, adopting a significance level of 5%, with all analyses carried out using SPSS Software version 21. Results: After the intervention, a reduction in low back pain was observed (35%, p=0.007), improvement in quality of life in physical aspects (25.9%, p=0.01), pain and general health status (20.3%. p=0.04), increased range of motion of spinal flexion (12.6%, p=0.001) and hip (5.2%, p=0.03), and gain in flexibility (T3D: 39.4%, p=0.005; Wells: 16.4%; p=0.003). Conclusion: The protocol proposed here provided neuromuscular and myoarticular improvements in university employees.

    Keywords: Training. Physical activity. Worker. Performance. Physical fitness. Mobility.

 

Resumen

    Introducción: La lumbalgia inespecífica es un problema de salud pública mundial, y el método Pilates permite ganancias neuromusculares y mioarticulares que pueden mejorar esta condición. Objetivo: Evaluar los efectos de un protocolo de ejercicios de Pilates sobre la lumbalgia inespecífica, la flexibilidad y la calidad de vida en empleados universitarios. Metodología: Se trata de un estudio longitudinal, realizado en el Laboratorio de Biomecánica y Ergonomía de la Universidad Estadual de Amazonas. La intervención contó con 12 sesiones durante 4 semanas con una duración de 40 minutos por clase. Se aplicaron los cuestionarios SF-36 y Roland Morris antes y después de la intervención para evaluar la calidad de vida y el dolor lumbar, respectivamente. Los ángulos articulares se evaluaron con goniometría manual. Para la flexibilidad se realizó la prueba del tercer dedo al suelo (T3D), la flexión de rotación combinada y la prueba de sentarse y alcanzar (Wells). Para las comparaciones pre y postintervención se utilizaron las pruebas t de Student y Wilcoxon, adoptando un nivel de significancia del 5%, realizándose todos los análisis con el software SPSS versión 21. Resultados: Después de la intervención se observó una reducción del dolor lumbar (35%, p=0,007), mejoría en la calidad de vida en aspectos físicos (25,9%, p=0,01), dolor y estado de salud general (20,3%. p=0,04), aumento del rango de movimiento de flexión de columna (12,6%, p=0,001) y cadera (5,2%, p=0,03), y ganancia de flexibilidad (T3D: 39,4%, p=0,005; Wells: 16,4%; p=0,003). Conclusión: El protocolo aquí propuesto proporcionó mejoras neuromusculares y mioarticulares en empleados universitarios.

    Palabras clave: Entrenamiento. Actividad física. Trabajador. Rendimiento. Aptitud física. Movilidad.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 317, Oct. (2024)


 

Introdução 

 

    A dor lombar vem sendo considerada um grave problema de saúde pública. Em 2020, a dor lombar afetou 619 milhões de pessoas no mundo todo, com uma projeção de aumento para 843 milhões de casos até 2050 (GBD 2021 Low Back Pain Collaborators, 2023). A manifestação da dor ocorre durante a execução de exercícios pesados que exigem esforço físico ou nas atividades do cotidiano, e sua localização exata não é facilmente identificada. (Nascimento et al., 2015)

 

    A literatura indica que 80% da população mundial vivenciará pelo menos um episódio de dor lombar ao longo da vida, e 40% desses casos podem evoluir para dor crônica (Antonelli et al., 2021; Kuriki et al., 2017). No Brasil, cerca de 20 mil pessoas apresentam dor crônica recorrente ou de longa duração, sendo a dor lombar presente em 59,85% dos casos (Carvalho et al., 2018). A dor lombar crônica favorece o comprometimento da função física e isso tem um grande impacto na população economicamente ativa.

 

    Dados da população brasileira mostram que, entre 2012 e 2016, a dor lombar foi a causa de 88 a 100 dias de afastamento no trabalho por pessoa (Carregaro et al., 2020). O comportamento em atividades laborais que envolvem longos períodos na posição sentada é considerado como um dos principais fatores para o surgimento do desconforto na região lombar. (Lopes et al., 2014)

 

    A ausência de exercício físico pode favorecer o surgimento dessa dor e isso contribui tanto no comprometimento de aspectos físicos, como psicológicos e sociais (Rocha et al., 2021). Nesse sentido, recomenda-se a prática do exercício físico como tratamento eficiente para redução da dor lombar. Dentre as diferentes possibilidades, o método Pilates tem se destacado por melhorar a amplitude de movimento, flexibilidade, força muscular, coordenação, equilíbrio, capacidade funcional e qualidade de vida. (Machado et al., 2021)

 

    O Pilates é um método que foi desenvolvido por Joseph Pilates que somou seus conhecimentos em atividade física (ginástica e dança) e esportiva (artes marciais) para reabilitar pessoas que se feriram durante a guerra (Faria, e Faria, 2013). Esse método favorece o trabalho da musculatura lombopélvica que reduz a dor lombar e melhora o desempenho funcional, adicionalmente, por enfatizar técnicas de controle neuromuscular e buscar a melhoria das relações musculares agonistas e antagonistas, pode-se alcançar com este método a estabilização da região lombopélvica prevenindo e tratando a dor lombar. (Pereira et al., 2014)

 

    Nesse cenário, a literatura apresenta que o Pilates é uma atividade que pode melhorar o condicionamento muscular e a estabilidade lombopélvica, que podem ser indicadas para o tratamento e prevenção da dor lombar inespecífica (Carvalho et al., 2020). Compreendendo que o ambiente laboral de trabalhadores administrativos favorece longos períodos na posição sentada ou favorece a adoção de padrões comportamentais que proporcionam o aparecimento da dor lombar, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de um protocolo de exercícios do método Pilates na dor lombar inespecífica, flexibilidade e qualidade de vida de funcionários de uma universidade. Nossa hipótese foi que a prática do Pilates reduz a dor lombar, além de melhorar a flexibilidade e a qualidade de vida.

 

Métodos 

 

Desenho do estudo 

 

    Trata-se de um estudo longitudinal, de braço único, realizado no Laboratório de Biomecânica e Ergonomia - BiomechLab, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Nesse estudo foi realizada uma intervenção de 12 semanas com um protocolo de exercícios da modalidade Pilates, e os participantes foram avaliados antes e após a intervenção quanto a qualidade de vida, sintomas de dor lombar e testes físicos de flexibilidade.

 

    Todos os procedimentos estavam de acordo com a Declaração de Helsinki, os participantes receberam todas as informações sobre o estudo, assim como os possíveis riscos e benefícios, e todos consentiram em participar da pesquisa. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 89494518.4.0000.5016.

 

Participantes 

 

    Foram selecionamos 23 participantes para o estudo, dos quais 10 concluíram todas as etapas da pesquisa, nove desistiram ao longo da intervenção e quatro foram excluídos por não responderam todas as perguntas presentes nos questionários aplicados. Portanto, a amostra foi composta por 10 indivíduos (6 mulheres e 4 homens; 32,5 ± 6,29 anos; 1,65 ± 0,07 metros; 73,4 ± 12,06 kg), recrutados a partir da divulgação da pesquisa entre funcionários da Escola Superior de Artes e Turismo da UEA.

 

    Foram utilizados como critérios de inclusão: adulto (≥ 18 anos), de ambos os sexos, não praticante de exercício físico há 6 meses, apresentar queixa de dor lombar inespecífica e ter disponibilidade de tempo para realizar o treinamento. Como critérios de exclusão, foram adotados: apresentar algum comprometimento cognitivo, musculoesquelético, neurológico ou neurodegenerativo.

 

Instrumentos de medida 

 

    Para a caracterização dos participantes, foi aplicada uma anamnese com informações gerais sobre o sexo, a idade, a massa corporal, a estatura, o nível de escolaridade, a ocupação, o setor e horas de trabalho, além de questões referentes ao desconforto na região lombar.

 

    A qualidade de vida dos participantes foi avaliada através do questionário Medical Outcomes Study 36-Short Form (SF-36). Trata-se de um questionário multidimensional que possui 36 itens, divididos em 8 escalas ou componentes: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. O questionário apresenta uma pontuação geral de 0 a 100, que correspondem ao pior e melhor estado geral de saúde, respectivamente. (Ciconelli, 1997; Duarte et al., 2020)

 

    Quanto à avaliação da dor lombar, foi aplicado o Questionário de Incapacidade de Rolland-Morris, que é composto de 24 afirmativas sobre atividades do cotidiano que podem ser prejudicadas pelo desconforto na região lombar, a sua pontuação geral é definida pela soma de afirmativas marcadas pelo paciente, portanto, quanto mais próximo à pontuação 24, maior a incapacidade do participante com dor lombar.

 

    Em relação aos testes físicos e de flexibilidade, foram utilizados um goniômetro, que auxiliou na flexibilidade e mobilidade das articulações; uma fita métrica flexível, utilizada para realização do teste do 3° dedo ao solo e flexão de tronco combinada de rotação; além do Banco de Wells, um instrumento em formato de caixa, com anteparo de madeira e uma régua fixada sobre ele, que permitiu avaliar o nível de flexibilidade dos músculos isquiotibiais e da região lombar por meio do teste de sentar e alcançar.

 

Procedimentos 

 

    Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os participantes responderam ao questionário de qualidade de vida SF-36 e o questionário de Rolland-Morris. Em seguia, foi solicitado que os participantes ficassem em pé para a avaliação física dos ângulos articulares, realizada por uma Fisioterapeuta experiente com a mensuração dos testes propostos (Marques, 2003). Foram realizados os seguintes testes:

  • Flexão da coluna lombar: Em posição ortostática, foi solicitado que o participante mantivesse os pés unidos e alinhados, evitando flexionar os joelhos durante a execução do movimento. A medida foi realizada com o eixo do goniômetro na espinha ilíaca ântero-superior no plano sagital.

  • Extensão da coluna lombar: Em posição ortostática, com os pés unidos um ao lado do outro, o participante realizou o movimento de extensão, devendo evitar a hiperextensão dos joelhos. A mensuração foi feita no plano sagital, com o eixo do goniômetro na espinha ilíaca ântero-superior.

  • Flexão lateral da coluna lombar: Foi executada em posição ortostática, mantendo os pés unidos um ao lado do outro, devendo o participante não movimentar o tronco para frente ou para trás, e fazer somente a flexão lateral, que foi coletada no plano frontal com o eixo do goniômetro sobre a crista sacral mediana.

  • Flexão do quadril: O participante realizou o movimento deitado em decúbito dorsal, realizando a flexão do quadril com o joelho fletido evitando movimentar a região lombossacra. O eixo do goniômetro foi posicionado no trocânter maior do fêmur no plano sagital.

  • Extensão do quadril: Em decúbito ventral, o participante executou a extensão sem elevar o quadril. O eixo do goniômetro foi posicionado no trocânter maior do fêmur no plano sagital.

    Após a realização dos ângulos articulares, foram realizados os seguintes testes de flexibilidade:

  • Flexão de tronco combinada de rotação: Foi solicitado que o participante sentasse no chão com as pernas estendidas na sua frente, formando um "V" amplo em 60°, mantendo a coluna ereta e os braços estendidos lateralmente, com as palmas das mãos viradas para baixo. Ao comando do avaliador, o participante girou o tronco para a direita, inclinando-se ligeiramente para a frente enquanto manteve os quadris no lugar. Seu braço direito se estendeu em direção ao pé esquerdo, deslizando a mão esquerda em direção ao pé direito enquanto alongava a coluna, ao se manter nessa posição, o avaliador realizou a mensuração entre a distância dos dedos e o que faltava para alcançar o pé.

  • Teste do 3° dedo ao solo: o participante ficou posição ortostática e foi instruído a flexionar o tronco para a frente, tentando alcançar o chão com as pontas dos dedos das mãos. Enquanto o participante se manteve flexionado para a frente, foi feita a mensuração da distância entre a ponta dos dedos e o solo. Foram realizadas três tentativas, sendo considerada para análise a medida de menor valor.

  • Teste de sentar e alcançar: foi solicitado que o participante sentasse de frente para a caixa com as pernas estendidas, apoiando completamente os pés na base de madeira. Em seguida, o participante flexionou o tronco com joelhos estendidos, e as mãos sobrepostas apoiadas sobre a régua fixada na parte superior do Banco de Wells. A leitura da flexibilidade foi feita pelo avaliador, quando a participante atingiu o ponto máximo de flexão do tronco. Foram realizadas três tentativas considerando a de maior valor para a análise.

Protocolo de exercício 

 

    A intervenção teve duração de 12 semanas, com 3 sessões semanais e duração de 40 minutos em cada sessão. Dado o quantitativo inicial de participantes, foram formadas quatro turmas com 4, 6, 8 e 7 alunos.

 

    Na primeira semana, os participantes foram orientados sobre a dinâmica necessária para a eficácia do método, pois, é importante a concentração na qualidade do movimento para aquisição de consciência corporal. Os participantes receberam instrução para controlar os movimentos, manter a fluidez em sincronia com a respiração, a qual é importante para oxigenar os músculos durante a contração e relaxamento. O controle da respiração se deu por intermédio da inspiração durante a preparação do movimento e a expiração para a execução do movimento.

 

    Cada sessão foi constituída de aquecimento do corpo no sentido céfalo-caudal com os participantes em pé, em seguida foi realizada a parte principal da sessão com aplicação de 16 exercícios: a) spine stretch; b) mermaid; c) flexão frontal; d) criss-cross; e) flexão lateral; f) the saw; g) spinal bridge; h) cat; i) swan com apoio de braços; j) swan sem apoio de braço; l) double leg kicks; m) hiperextensão com rotação; n) rolling back; o) prancha frontal; p) alongamento de glúteo; q) alongamento de piriforme. Os exercícios foram realizados apenas uma única vez com 10 repetições cada, exceto os alongamentos e exercício prancha frontal, que foi executado com 10 segundos de sustentação. A Figura 1 apresenta a sequência de exercícios realizada em cada sessão.

 

Figura 1. Protocolo de exercício do método Pilates aplicado para redução de dor lombar inespecífica

Figura 1. Protocolo de exercício do método Pilates aplicado para redução de dor lombar inespecífica

Fonte: Autoria

 

Análise dos dados 

 

    A descrição dos dados é apresentada em média e desvio padrão. A normalidade dos dados foi avaliada por meio do teste de Shapiro-Wilk e foi aplicado o teste t de Student para os resultados dos testes que apresentaram distribuição normal. Apenas os resultados do teste de flexão de tronco com rotação para o lado direito e esquerdo não apresentaram distribuição normal, assim, foram analisados pelo teste não paramétrico equivalente, o teste de Wilcoxon. O tamanho de efeito foi calculado através do teste d de Cohen (Cohen, 1988) e classificado como: 0,20 > d < 0,50 – pequeno; 0,50 > d <0,80, médio e; d ≥ 0,80 – grande. O nível de significância adotado foi de 5% e todos os dados foram analisados com auxílio do software Statistical Package for Social Science 21 for Windows (Ciências Sociais, IBM, Chicago, Illinois, EUA).

 

Resultados 

 

    Na Tabela 1 são apresentados os resultados da avaliação do nível de dor lombar e aspectos da qualidade de vida antes e após a intervenção. Foi observada redução significativa da dor lombar e melhora na qualidade de vida nos aspectos físicos, dor e estado geral da saúde.

 

Tabela 1. Pontuação dos questionários Rolland-Morris e SF-36 

para avaliação de dor lombar e qualidade de vida, respectivamente

Variáveis

Pré

Pós

p valor

∆%

TE

Dor lombar

4 ± 2,16

2,6 ± 2,63

0,007*

35

0,57

Capacidade funcional

73,5 ± 11,56

81,50 ± 10,29

0,08

10,8

0,72

Limitação por aspectos físicos

67,5 ± 33,44

85 ± 24,15

0,01*

25,9

0,58

Dor

49,1 ± 10,79

61,30 ± 12,6

0,02*

24,8

1,03

Estado geral de saúde

41,8 ± 10,82

50,30 ± 17,35

0,04*

20,3

0,56

Vitalidade

50,5 ± 13,83

56 ± 13,50

0,28

10,8

0,4

Aspectos sociais

61,2 ± 19,12

77,50 ± 19,44

0,1

26,6

0,84

Limitação aspectos emocionais

56,56 ± 35,42

76,70 ± 41,71

0,21

35,6

0,51

Saúde mental

66,4 ± 9,08

70,80 ± 12,66

0,17

6,6

0,38

Dados apresentados em média ± desvio padrão; *p < 0,05; TE – tamanho de efeito. Fonte: Elaboração própria

 

    Na Tabela 2 temos os valores referentes a amplitude de movimento da coluna vertebral e quadril pré e pós-intervenção. Houve melhora significativa na flexão da coluna com aumento de 11° de amplitude de movimento, na flexão lateral direita foi observada melhora de 3° de amplitude, e na flexão lateral esquerda houve aumento de 5° de amplitude do movimento. Quanto a extensão, não foi observado aumento significativo para a extensibilidade da coluna vertebral. Para o quadril, foi observada melhora no ângulo articular apenas para a flexão com joelho fletido do lado direito, com ganhos de 5° na amplitude do movimento.

 

Tabela 2. Ângulos articulares mensurados com goniômetro

Variáveis

Pré

Pós

p valor

∆%

TE

Coluna vertebral

Flexão (°)

87 ± 12,8

98 ± 12,85

0,001*

12,6

0,85

Extensão (°)

19 ± 2,58

21 ± 4,08

0,16

10,5

0,55

Flexão Lateral D (°)

24 ± 5,1

27 ± 4,97

0,01*

12,5

0,59

Flexão Lateral E (°)

23 ± 5,5

28 ± 3,98

0,008*

21,7

1,01

Quadril

Flexão com joelho fletido D (°)

101,30 ± 8,07

106,60 ± 6,70

0,03*

5,2

0,7

Flexão com joelho fletido E (°)

104,80 ± 8,16

110,10 ± 7,56

0,07

5

0,67

Extensão D (°)

15,90 ± 4,41

18,30 ± 2,87

0,15

15

0,61

Extensão E (°)

15,40 ± 4,17

17,50 ± 3,66

0,17

13,6

0,53

Dados apresentados em média ± desvio padrão; *p < 0,05; D – direita; E – esquerda; TE – tamanho de efeito. 

Fonte: Elaboração própria

 

    Na Tabela 3 são apresentados os resultados da avaliação da flexibilidade. Houve aumento da flexibilidade para flexão de tronco combinada de rotação em ambos os lados, direito e esquerdo. No teste do 3° dedo ao solo houve redução dos valores de 3,4 cm, enquanto no teste com o Banco de Wells, foi observado aumento da flexibilidade de 4 cm.

 

Tabela 3. Avaliação da flexibilidade em três testes diferentes

Variáveis

Pré

Pós

p valor

∆%

TE

Flexão de tronco com rotação D (cm)

8,30 ± 9,92

16,33 ± 1,53

0,005*

96,7

0,86

Flexão de tronco com rotação E (cm)

8,50 ± 10,50

13,50 ± 9,04

0,007*

58,8

0,5

Teste 3° dedo (cm)

8,60 ± 8,25

5,21 ± 7,38

0,005*

39,5

0,43

Banco de Wells (cm)

24,65 ± 8,77

28,70 ± 8,54

0,003*

16,4

0,46

Dados apresentados em média ± desvio padrão; *p < 0,05; D – direita; E – esquerda; TE – tamanho de efeito.

Fonte: Elaboração própria

 

Discussão 

 

    O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de um protocolo de exercícios do método Pilates na dor lombar inespecífica, flexibilidade e qualidade de vida de funcionários de uma universidade. Os principais achados do nosso estudo foram que o método aplicado reduziu a dor lombar, melhorou a qualidade de vida nos aspectos físicos, dor e estado geral da saúde, proporcionou maiores ganhos de amplitude de movimento da coluna vertebral e da flexão do quadril, assim como, ganhos de flexibilidade no tronco e nos membros inferiores.

 

    Através desses resultados, pode-se observar a eficiência da aplicação da técnica do método Pilates no tratamento da dor lombar inespecífica. De acordo com Cordeiro et al. (2022) o método Pilates, que é reconhecido como uma abordagem de exercícios de estabilização para tratar essa condição, enfatiza o fortalecimento da musculatura da região lombopélvica proporcionando alívio da dor e restaurando a funcionalidade.

 

    O desequilíbrio entre a função muscular dos extensores e flexores do tronco pode contribuir para o desenvolvimento de distúrbios na estabilidade da coluna lombar (Machado et al., 2017). No caso de indivíduos que dispendem muitas horas do seu dia sentados em decorrência da atividade laboral, esse desequilíbrio pode fortemente contribuir para o aparecimento de dores na região lombar. Romão et al. (2022) observaram que a fadiga muscular favorece sobrecargas excessivas aos elementos passivos da coluna lombar promovendo deformação plástica nessas estruturas sensíveis à distensão e contribuindo para o aparecimento da dor lombar.

 

    Neste contexto, Miranda et al. (2017) apontam que a eficácia do método Pilates está ligada à sua habilidade de regular a ativação e desativação dos músculos que cercam a região da coluna lombar, um elemento essencial para a estabilidade dessa região. Hornsby et al. (2020) apresentam que devido à priorização da integração mente-corpo e à meticulosidade dos movimentos no Pilates, a capacidade cognitiva requerida para executar essas ações, referida como “contrologia”, permite direcionar o foco para as áreas afetadas pela dor lombar.

 

    Em nosso estudo, observamos melhora no desempenho físico dos participantes por intermédio do aumento da flexão da coluna lombar e, embora não tenha sido observada diferença significativa, também foi observado ganho de 10% (TE: médio) para extensão da coluna vertebral. No quadril, observamos aumento significativo somente para a flexão com joelho fletido do lado direito, resultado esse que pode estar relacionado com o protocolo utilizado no nosso estudo, que envolveu exercícios específicos para a mobilidade da coluna.

 

    Alves et al. (2020) destacam que o Pilates contribui para a otimização da ativação dos extensores da coluna lombar, resultando em uma melhora do controle motor, dessa forma um conjunto de exercícios desse método revela sua eficácia tanto no tratamento da lombalgia não específica quanto na prevenção em indivíduos sem sintomas óbvios. Assim como para a mobilidade, o método Pilates promove ganhos de flexibilidade. Em nosso estudo, observamos isso através de ganhos dessa capacidade física avaliada por meio do desempenho em diferentes testes, como o teste de flexão combinada de rotação, utilizado em nosso estudo pelo devido fato do ao programa de exercícios contar com a combinação de movimentos, assim como o teste do 3° dedo ao solo e teste de sentar e alcançar, nos quais foi possível verificar o nível de flexibilidade dos músculos isquiotibiais e da região lombar.

 

    O método Pilates por intermédio de uma ampla gama de movimentos, tem demonstrado eficácia nos ganhos de flexibilidade dos músculos isquiotibiais (Gonzáles et al., 2019). No estudo de Valenza et al. (2017), por exemplo, foi observado que um programa de exercícios de Pilates com 8 semanas de duração proporcionou melhorias na flexibilidade e no equilíbrio dos participantes. Similarmente, no estudo de Gonzáles et al. (2020), um programa de exercício de Pilates por 12 semanas proporcionou melhorias significativas na resistência da musculatura do tronco e na flexibilidade dos isquiotibiais dos participantes. Essas evidências sugerem que o Pilates pode ser benéfico e sua prática regular pode ser recomendada como um meio eficiente no fortalecimento muscular e aumento da flexibilidade para a promoção da saúde da coluna.

 

    Com relação a qualidade de vida, em nosso estudo obtivemos melhora significativa na limitação por aspectos físicos, dor e estado geral da saúde, além de ganho de 10,8% (TE: médio) na capacidade funcional, 26,6% (TE: grande) em aspectos sociais e 35,6% (TE: médio) na limitação por aspectos emocionais. Lopes et al. (2014) apontam que pessoas com dor lombar tendem a ter déficits na capacidade funcional, o que interfere nas atividades cotidianas e consequentemente repercute nos aspectos emocional e social, impactando negativamente na qualidade de vida.

 

    Nesse cenário, o Pilates parece minimizar os impactos negativos na qualidade de vida de seus praticantes (Campos et al., 2016; Liposcki et al., 2019). Machado et al. (2021), por exemplo, observaram que um grupo de praticantes de Pilates não somente apresentou melhoras na intensidade da dor lombar, capacidade funcional e flexibilidade (teste 3° dedo ao solo), como também obteve melhoras nos aspectos físicos, dor e estado geral da saúde avaliados pelo questionário SF-36. As informações sobre qualidade de vida desse estudo reforçam os achados obtidos após nossa intervenção. No estudo de Bianchi et al. (2016) foi observado que 10 sessões de Pilates solo promoveu ganhos de funcionalidade, dor e saúde mental de mulheres com dor lombar. Albino et al. (2011) observaram melhora na capacidade funcional, dor, saúde geral e vitalidade após a aplicação do método Pilates em adultos com lombalgia.

 

    Em resumo, como observado na revisão de Marinho et al. (2016), a dor lombar é uma disfunção musculoesquelética que pode causar incapacidade funcional, impactando a qualidade de vida. Todavia, o método Pilates se destaca no tratamento e prevenção, contribuindo para a redução da dor, e pode ser utilizado como uma estratégia eficaz para aliviar a dor crônica na região lombar, resultando em melhorias significativas na qualidade de vida dos praticantes. (Campos et al., 2016; Liposcki et al., 2019)

 

    Apesar das informações relevantes apresentadas nesse estudo, há uma limitação que precisa ser relatada. Foi observado que muitas pessoas elegíveis para o estudo realizavam outros tipos de atividades físicas, o que limitou nossa amostra a um número reduzido de pessoas e impossibilitou a criação de um grupo controle. Essa limitação impacta na extrapolação dos nossos achados para a população, porém, preserva a integridade de uma intervenção sem a influência de atividades externas que enviesassem os resultados encontrados.

 

Conclusão 

 

    O protocolo de exercícios do Método Pilates utilizado favoreceu o aumento da amplitude de movimento da lombar, ganho de flexibilidade, redução da dor lombar e a melhora da qualidade de vida.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 317, Oct. (2024)