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ISSN 1514-3465

 

Percepção de satisfação conjugal em casais que 

praticam atividade física juntos. Um estudo exploratório

Perception of Marital Satisfaction in Couples who Practice Physical Activity Together. An Exploratory Study

Percepción de satisfacción conyugal en parejas que practican actividad física juntas. Un estudio exploratorio

 

Maria Eduarda Fiorelli*

mariaeduarda.fiorelli@gmail.com

Adriano Schlosser**

adriano.psicologia@yahoo.com.br

 

*Graduada em Psicologia

pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

**Pós Doutor em Psicologia do Esporte (UDESC)

Doutor em Psicologia (UFSC)

Diretor de Ensino e coordenador do curso de Psicologia

da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus Videira

(Brasil)

 

Recepción: 17/11/2023 - Aceptación: 17/02/2024

1ª Revisión: 25/01/2024 - 2ª Revisión: 13/02/2024

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Fiorelli, M.E., e Schlösser, A. (2024). Percepção de satisfação conjugal em casais que praticam atividade física juntos. Um estudo exploratório. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(311), 43-57. https://doi.org/10.46642/efd.v29i311.7340

 

Resumo

    O processo de relacionar-se é essencial à condição humana, sendo através das relações interpessoais que a constituição identitária é construída. Dentre os tipos de relacionamentos interpessoais, as relações amorosas despontam como um dos tipos de maior impacto sobre a percepção de bem-estar individual. O objetivo da pesquisa foi identificar a percepção da satisfação conjugal de casais praticantes de atividade física em conjunto. Metodologicamente, a pesquisa, de abordagem qualitativa, realizou entrevistas semiestruturadas individuais com 6 casais heterossexuais, e posteriormente analisadas a partir da análise temático categorial. Foram construídas 3 categorias, a saber: a percepção de satisfação conjugal, intimidade e companheirismo. Os resultados indicaram percepção positiva dos casais frente à prática de atividade física associadas à satisfação conjugal, indicando aumento na intimidade e companheirismo.

    Unitermos: Atração interpessoal. Atividade física. Relacionamento conjugal.

 

Abstract

    El proceso de relación es esencial a la condición humana, y es a través de las relaciones interpersonales que se construye la constitución de la identidad. Entre los tipos de relaciones interpersonales, las relaciones románticas emergen como uno de los tipos con mayor impacto en la percepción de bienestar individual. El objetivo de la investigación fue identificar la percepción de satisfacción conyugal de las parejas que practican actividad física juntas. Metodológicamente, la investigación, con enfoque cualitativo, realizó entrevistas individuales semiestructuradas a 6 parejas heterosexuales, para posteriormente analizarlas mediante análisis temático categórico. Se construyeron tres categorías, a saber: percepción de satisfacción conyugal, intimidad y compañerismo. Los resultados indicaron una percepción positiva de las parejas sobre la práctica de actividad física asociada a la satisfacción conyugal, indicando un aumento de la intimidad y el compañerismo.

    Keywords: Interpersonal attraction. Physical activity. Marital relationship.

 

Resumen

    El proceso de relación es esencial a la condición humana, y es a través de las relaciones interpersonales que se construye la constitución de la identidad. Entre los tipos de relaciones interpersonales, las relaciones románticas emergen como uno de los tipos con mayor impacto en la percepción del bienestar individual. El objetivo de la investigación fue identificar la percepción de satisfacción conyugal de las parejas que practican actividad física juntas. Metodológicamente, la investigación, con enfoque cualitativo, realizó entrevistas individuales semiestructuradas a 6 parejas heterosexuales, para posteriormente analizarlas mediante análisis temático categórico. Se construyeron tres categorías, a saber: percepción de satisfacción conyugal, intimidad y compañerismo. Los resultados indicaron una percepción positiva de las parejas sobre la práctica de actividad física asociada a la satisfacción conyugal, indicando un aumento de la intimidad y el compañerismo.

    Palabras clave: Atracción interpersonal. Actividad física. Relación matrimonial.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 311, Abr. (2024)


 

Introdução 

 

    Relacionar-se é um processo natural da condição humana. A partir do nascimento, os indivíduos passam a integrar um grupo familiar, sendo este contexto primário o ambiente em que se desenvolve características de personalidade e comportamentos sociais específicos, a partir de valores, normas e práticas sociais (Formiga, 2004). Dentre os tipos de relacionamentos interpessoais, as relações amorosas despontam como um dos tipos de maior impacto sobre a percepção de bem-estar individual.

 

    O desenvolvimento de relações amorosas é um cenário comum, podendo ou não culminar para o casamento. Nesta perspectiva, o vínculo conjugal constitui-se enquanto um objeto de estudo multifacetado, que tem instigado à imprescindibilidade de se aprofundar em suas propriedades e processos envolvidos, no que concerne à qualidade e constância (Rizzon, Mosmann, e Wagner, 2014). De acordo com Dela Coleta (1991, apud Gomes, e De Sá, 2021) para a continuidade de um relacionamento romântico satisfatório, elementos como companheirismo/amizade, diálogo/comunicação, fidelidade/lealdade, sinceridade/honestidade, sexo, confiança, amor, compreensão, respeito, renúncia/perdão se mostram necessários.

 

Figura 1. Dentre as atividades que um casal pode realizar de forma coletiva, está a atividade física

Figura 1. Dentre as atividades que um casal pode realizar de forma coletiva, está a atividade física

Fonte: Copilot Designer

 

    Neste sentido, a satisfação conjugal está ligada com a avaliação que cada cônjuge faz do todo da relação e também com as expectativas envolvidas (Sbicigo, e Lisbôa, 2010), essencialmente ligada na percepção da qualidade conjugal enquanto a percepção subjetiva dos aspectos avaliados como importantes em um relacionamento (Delatorre, e Wagner, 2022). Desta forma, os relacionamentos afetivos têm uma ligação direta com o bem-estar, sendo um dos aspectos essenciais para a percepção de felicidade (Schlosser, e Camargo, 2019). A conexão de bem-estar e satisfação em relação ao relacionamento é uma das bases para a estabilidade dos casais, o que propicia a manutenção para ambos permanecerem na díade. (Silva, Scorsolini-Comin, e Santos, 2017)

 

    Dentre os componentes avaliados como de importância central na vida amorosa, a intimidade desponta como crucial para o relacionamento amoroso, pois favorece a conexão dos envolvidos, fortalecendo a relação. Pode-se aludir também como um tipo de “pacto” entre a díade, um acordo que firma a vontade de estar junto com e pelo o outro (Oltramari, 2009). Pergher (2010) em estudo sobre as variáveis consideradas na avaliação da qualidade do relacionamento conjugal, descreve-a presente quando o casal é capaz de dividir elementos mais intrínsecos das vivências e experiências diárias.

 

    Nesse sentido, um relacionamento íntimo é constituído das subjetividades que agregam na vida individual, assim como outros tipos de relações. Assim, a seleção de um parceiro está vinculada com o amor que sente, bem como com a amizade que constrói, o companheirismo e também o desejo de ter alguém com similaridades, que complemente o que já exista em suas individualidades, podendo, através da intimidade e companhia, compartilhar suas vivências com a pessoa amada, agregando novas memórias, emoções, valor sentimental e apreço. (Alves-Silva et al., 2016)

 

    O companheirismo faz parte do núcleo central da representação da união conjugal (Bertoldo, e Barbará, 2006). Ser presente na vida do outro vai além da presença física, mas envolve a disponibilidade afetiva, isto é, estar disponível para o outro, seja para questões de suporte na individualidade ou até mesmo no companheirismo ao partilhar vivências e tarefas. (Feijão, e De Morais, 2018)

 

    Seguindo neste prisma, pode-se compreender o companheirismo de um casal sob duas vertentes, uma que se refere à colaboração em afazeres, comunicação e apoio psicológico, e outra que se refere ao empenho de ambos para realizar ideais em comum (Aboim, 2009). O benefício de ter um relacionamento amoroso é justamente poder contar com a companhia, suporte, amparo e lealdade do parceiro (Duarte, e Rocha-Coutinho, 2011). Ademais, o que mantêm os casais unidos mesmo após a diminuição da vontade sexual, é a fusão da intimidade com o companheirismo. (Mônego, e Teodoro, 2011)

 

    Dentre as atividades que um casal pode realizar de forma coletiva, está a atividade física. Em um estudo sobre a mudança e incidência de comportamentos relacionados à proteção da saúde de adultos acima de 40 anos, identificou-se que as mulheres, em seu primeiro matrimônio, teriam mais probabilidade de serem mais ativas fisicamente e de possuírem hábitos alimentares saudáveis (Evedove et al., 2021). Assim como na relação conjugal, a paixão pode ser indiretamente associada, haja vista que, quando se desenvolvem hábitos benéficos referentes às práticas esportivas, essa proporcionará bem-estar, motivação e uma melhor acepção no dia-a-dia, consequentemente auxiliando no convívio com a pessoa amada. (Peixoto et al., 2019)

 

    Além disso, pode-se notar que há uma propensão de pessoas que praticam exercícios serem mais abertas a experiências sociais e estimar por um bom relacionamento conjugal (Pereira, Oliveira, e Oliveira, 2017). Isto ocorre porque o exercício físico é essencial para a saúde física e mental, proporcionando fatores de relevância para a vida social dos indivíduos. (Lourenço et al., 2017)

 

    Nos relacionamentos amorosos que possuem os traços de amizade, intimidade e companheirismo, pode-se observar a função estimulante desses três fatores que se referem ao engajamento de ambos nas atividades que são confortáveis, prazerosas e que incentivam um ao outro, que além de ser benéfico individualmente, é indispensável no quesito da satisfação conjugal (DeSousa, e Cerqueira-Santos, 2012; Oltramari, 2009). É possível considerar que casais que praticam atividade física conjuntamente estimulam o companheirismo no relacionamento, o que pode contribuir para a relação no todo além de despertar hábitos saudáveis no parceiro. Com base no exposto, levando em consideração a relevância social e científica do tema, a presente pesquisa buscou identificar a percepção da satisfação conjugal de casais que praticam atividade física em conjunto.

 

Método 

 

Delineamento 

 

    Qualificou-se esta pesquisa como tendo abordagem qualitativa, de natureza exploratória, descritiva e com corte transversal. A proposta deste delineamento sucedeu-se por meio da análise da subjetividade humana, que se efetuou a partir da compreensão individual que as pessoas dispõem sobre a realidade, respaldadas em suas experiências de vida. (Fantin, e Schlösser, 2022; Ribeiro et al., 2022)

 

Participantes 

 

    Participaram deste estudo 6 casais heterossexuais, totalizando doze participantes, sendo seis mulheres entre 22 a 54 anos (DP 38,33), e seis homens, de 27 a 55 anos (DP 41,33), com tempo de relacionamento conjugal estabelecido de 1 ano e 5 meses a 34 anos, de acordo com as informações obtidas. Estabeleceu-se, para definir o número de participantes, o critério de saturação dos dados, que se refere a aplicação de entrevistas semiabertas sequenciais, com respostas abertas, na qual o pesquisador analisa as respostas e detecta repetições, o ponto de saturação é quando nenhuma nova informação é identificada (Nascimento et al., 2018). O acesso aos participantes efetuou-se por meio da técnica bola de neve (snowball), que recorre às redes de indicações de cada participante (Bockorni, e Gomes, 2021) e como estratégia secundária a divulgação em redes sociais para o aumento de participantes.

 

    Os critérios de inclusão estabelecidos para a participação na pesquisa: idade mínima de 18 anos; estar em um relacionamento amoroso; ser praticante de atividade física em conjunto. Quanto aos critérios de exclusão, não participaram da pesquisa indivíduos que não corresponderam aos critérios de inclusão.

 

Procedimento de coleta de dados 

 

    A coleta de dados aconteceu por meio de entrevista individual semi-aberta, em local e horário pré-agendado, tendo em vista que esta modalidade de entrevista possibilita coletar dados básicos e também como um espaço para o entrevistador sistematizar um modelo de interação com o informante, coletando informações distintas (Manzini, 2004). Foram realizadas três entrevistas piloto e então analisadas as intervenções dos pesquisadores, para aprimorar o domínio das técnicas para entrevista. O contato com os participantes ocorreu via redes sociais (Instagram e WhatsApp), de maneira formal, bem como contato presencial. Posteriormente, foram agendadas as entrevistas em local pertinente ao participante e atendendo o critério de sigilo das informações. Os participantes responderam verbalmente, no início da entrevista, questões de caracterização da amostra (idade, tempo de relacionamento e esporte que pratica). As questões pertinentes ao tema envolveram as seguintes temáticas: percepções frente a satisfação conjugal, prática de atividades físicas e associação da prática com a satisfação conjugal. Finalizando a entrevista, o pesquisador proporcionou uma dessensibilização do participante, por meio de questionamentos sobre a sua satisfação com os conteúdos abordados e sobre alguma opinião ou informação não colocada anteriormente por ele.

 

Análise de dados 

 

    As entrevistas foram transcritas e posteriormente transcorreu-se com a análise da frequência das unidades de apontamentos com intermédio da elaboração de classes temáticas, onde busca-se verificar a presença ou ausência de características de uma temática específica, por meio da técnica de análise de conteúdo (Mendes, e Miskulin, 2017). A análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977), estabelece observar e analisar os conteúdos relatados em uma pesquisa, configurando e evidenciando as perspectivas em relação ao objeto de estudo. (Sousa, e Santos, 2020)

 

Considerações éticas 

 

    Conforme resolução n. 210/2016 do Conselho Nacional de Saúde, a pesquisa em questão foi submetida à análise do Comitê de Ética da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sendo aprovada sob parecer número 70380123.1.0000.5367.No início de cada entrevista, foi apresentado o TCLE, e a partir do aceite foi dado sequência na entrevista.

 

Resultados 

 

    Partindo da perspectiva dos elementos que compõem a satisfação conjugal, verificou-se a percepção da satisfação conjugal, do companheirismo e intimidade dos casais que praticam atividade física em conjunto. Dos 12 participantes da pesquisa, todos qualificaram o seu relacionamento conjugal como satisfatório. As atividades físicas que os participantes praticavam juntos eram: caminhadas, treino funcional, musculação, vôlei e tiro esportivo.

 

    A análise temático-categorial identificou três campos temáticos do conteúdo das entrevistas: percepção de satisfação conjugal, companheirismo e intimidade. Tais campos referem-se aos conceitos dos participantes frente ao relacionamento amoroso. Além disso, foi possível analisar se os casais que praticam atividade física em conjunto apresentam maior satisfação com o relacionamento amoroso e a comparação da percepção de companheirismo e intimidade dos grupos 1 e 2. A Tabela 1 apresenta a frequência de citações nos grupos, colaborando assim para a construção do processo de análise temático-categorial.

 

Tabela 1. Análise temático-categorial das entrevistas, para ambos os casais

Categoria

Unidades de registro

Grupo 1

Feminino

Grupo 2

Masculino

Geral

Satisfação conjugal

Diálogo

Compromisso

Compreensão

Amor

Total

05

04

02

01

12

06

04

04

03

17

11

08

06

04

29

Companheirismo

Estar juntos nas horas boas e ruins

Motivar

Empatia

Total

08

 

03

00

11

04

 

01

01

06

12

 

04

01

17

Intimidade

Respeito

Sexo

Segredos

Individualidade

Total

03

02

01

01

07

06

02

02

02

12

09

04

03

03

19

Fonte: Dados de pesquisa

 

Campo temático 1: Satisfação conjugal 

 

    A Categoria 1 apresenta o conceito de percepção de satisfação conjugal dos participantes, elencando quais os elementos são considerados fundamentais para ter um relacionamento amoroso saudável. A partir das experiências dos casais e convivência no cotidiano, o diálogo foi relacionado como a base da satisfação conjugal. Por tratar-se de um conceito que promove a resolução de conflitos, é por meio da conversa que os limites de uma relação são estabelecidos: “[...] Tipo, ah, você está errado, mas a gente vai conversar e está tudo certo” (P2, grupo 1).

 

    O compromisso com o parceiro pode ser entendido como a qualidade de ser uma pessoa verdadeira, que honra com os seus compromissos. A crença de saber o que o parceiro está fazendo, acreditar no discurso e sentir-se confortável na distância do parceiro, promove bem-estar para o par e é um elemento essencial para o atributo de satisfação conjugal, como exemplo: “Primeiro de tudo é a confiança, para mim é o primeiro ponto, porque se eu não conseguir confiar no meu próprio companheiro, não tem como [...]” (P3, Grupo 2).

 

    Ao que concerne o componente de satisfação, os participantes relacionaram como um dos principais a compreensão, esta configura-se enquanto um elemento que agrega para o relacionamento conjugal. Ser compreensivo é ser capaz de entender as características do parceiro e aprender lidar com as diferenças que possam surgir. Esse componente perpassa da aceitação do que o outro é para entender os motivos que levam as pessoas a serem como são, suas condições históricas, culturais e sociais. E no relacionamento, a compreensão leva ao entendimento dos comportamentos que o parceiro tem, sendo integrante da satisfação conjugal, conforme exemplo: “[...] Você deve ser compreensível, maleável e além de tudo um tem que sempre ceder o outro e entender também a pessoa” (P1, Grupo 1).

 

    A expressão dos sentimentos também é um dos elementos que suscitam a satisfação conjugal. O amor que é o sentimento de gostar revela-se no sentido de validar com gestos de carinho que os companheiros demonstram quando estão juntos e é essencial para que o relacionamento seja satisfatório, conforme exemplo: “[...] O amor que é o mais importante” (P11, Grupo 1).

 

Campo temático 2: Percepção de companheirismo 

 

    Esta categoria temática apresenta a percepção do conceito de companheirismo dos participantes. O companheirismo foi abordado como importante para a união afetiva. Comportamentalmente, manifesta-se em ações envolvendo: estar junto na atividade física, nos afazeres de casa, nos eventos sociais e nos momentos de dificuldades da vida, por exemplo: “Acho que companheirismo é muito importante, estar juntos, dividir as tarefas da casa, dividir tudo, tudo tem que ser dividido [...]” (P7, Grupo 1).

 

    “[...] Nos momentos difíceis você tem que saber colaborar com o parceiro, porque a vida não é só de momentos bons, você tem altos e baixos em vários aspectos do relacionamento” (P6, Grupo 2).

 

    Além de passar o tempo juntos nos afazeres cotidianos, como cuidados com a casa, preparar refeições, cuidar dos filhos e animais de estimação, nos momentos de descanso, lazer e na atividade física, o companheirismo trata-se de impulsionar o parceiro, envolver-se nas mesmas atividades, mesmo em dias em que não existe vontade para determinadas tarefas. A motivação também é identificada como uma característica do companheirismo:“[...] Um sempre puxa o outro de alguma forma, vamos lá, vamos fazer tal coisa!” (P3, grupo 2).

 

    Por se tratar de pessoas com características diferentes, os casais devem lidar com as adversidades que podem emergir dessas divergências. A empatia, que é a habilidade de colocar-se no lugar do outro, foi considerada como um dos elementos que engloba o companheirismo: “Você deve se colocar no lugar da outra pessoa, entender ela também [...]” (P5, Grupo 2).

 

Campo temático 3: Percepção de intimidade 

 

    Esta categoria temática apresenta a percepção da conceituação de intimidade que os sujeitos têm acerca da união conjugal. A consideração pelo parceiro, das individualidades e a aceitação do que o outro é, pode ser denominada como respeito, que é um componente essencial. O respeito interliga-se com a ideia de saber os limites da outra pessoa, até onde pode ir com a fala e com os comportamentos, o que envolve os valores individuais dos casais. O respeito aparece no discurso dos participantes como a representação do conceito de intimidade, como exemplo: “Eu acho que é o respeito, é você não falar tudo o que pensa para o outro, você filtrar [...]” (P4, Grupo 1).

 

    O sexo também foi considerado como um dos elementos da intimidade. Na fala dos participantes, percebe-se a sutileza ao trazer no discurso o sexo como elemento que integra a intimidade: “[...] Tem coisas que a gente combina que não precisa todo mundo ficar sabendo né, eu e ela, nossas intimidades amorosas [...]”. (P8, Grupo 2).

 

    Os participantes também elencaram como conceito de intimidade os segredos. Segredos são considerados fatos que são mantidos em sigilo e que não devem ser revelados para outras pessoas. No discurso, os segredos são sinônimos da intimidade do casal: “Intimidade é poder se abrir, conversar sobre tudo, compartilhar segredos um com o outro” (P11, Grupo 1).

 

    Com a convivência no cotidiano, estar juntos na maior parte do tempo, traz à tona o conceito de individualidade. A intimidade tem múltiplas faces, no que diz respeito ao viés da união conjugal, uma das suas faces abordadas é a individualidade. A individualidade é discorrida pelos participantes no sentido de que por mais íntimos que sejam, cada um tem suas características e preferências únicas, que também são importantes para o conceito de intimidade, tal como: “É você não ter vergonha, é você não se sentir mal de falar sobre alguns assuntos com a pessoa, ser você mesmo, não precisar mudar quando tá com o outro” (P9, Grupo 1).

 

Discussão 

 

    Considerando que a satisfação conjugal é fator preditivo na manutenção da díade romântica, os participantes da pesquisa indicaram que o diálogo, o compromisso, a compreensão e o amor são componentes relacionados como a base da satisfação conjugal. De acordo com Scorsolini-Comin, Santos, e Souza (2012), para uma melhor consideração da satisfação no relacionamento diádico os pares necessitam de um bom grau de afetos positivos e de um similar nível de satisfação com a vida individual.

 

    Na Categoria 1, intitulada Satisfação Conjugal, evidenciou-se aos participantes os elementos que integraram sua compreensão frente ao sentimento de satisfação. Dos doze participantes, onze atribuíram o diálogo como um elemento basal para a satisfação conjugal. Neste sentido, em estudo referente às estratégias de resolução de conflitos, os participantes demonstraram que a melhor maneira de lidar com as adversidades é o diálogo pacífico, avaliando a forma como a comunicação é proferida, bem, como suas consequências, principalmente em momentos de raiva (Costa, e Mosmann, 2015), Scorsolini-Comin, e Santos (2009), designam que a satisfação conjugal aumenta quando o casal consegue ser compreensivo e através disso tem um bom diálogo e resolução de conflitos.

 

    Ambos os grupos expressam o compromisso como preditor da satisfação conjugal, enquanto o elemento amor para o grupo masculino se sobressaiu, em comparação com o grupo feminino. Em pesquisa sobre satisfação no ciclo vital familiar, Barros et al. (2019) indicam que mulheres com filhos adolescentes de 12 a 17 anos apresentaram propensão maior de estarem mais satisfeitas com parceiros que demonstram os sentimentos de comprometimento para com a relação. Já em um estudo de Hernandez, e Baylão (2020), o compromisso mostrou maior relevância para o componente de satisfação conjugal.

 

    A Categoria 2, intitulada Companheirismo, traz o comportamento de proximidade associada à prática de esporte como significativo na relação conjugal, elencando a ideia de estar junto com o companheiro no maior número de tarefas possíveis, a motivação e a empatia. Para oito participantes mulheres e quatro homens, o companheirismo envolve estar junto nas horas boas e ruins. Conforme estudo de Pissolato et al. (2016) realizado com mulheres que estavam vivenciando o puerpério, o companheirismo do casal nos afazeres voltados a criança recém-nascida demonstra que o apoio mútuo, estar junto nos afazeres em uma fase de vulnerabilidade da mulher pode auxiliar no tempo de qualidade do casal, dispondo de momentos voltados à união conjugal.

 

    O conceito de empatia surge no discurso de apenas um participante do grupo masculino, e que se associou ao companheirismo. De acordo com Rosa et al. (2021) a empatia perpassa por dois prismas, um referente ao elemento voltado à cognição, e outro ligado ao afeto, onde há a partilha de emoções e sentimentos entre o casal.

 

    A Categoria 3, Intimidade, apresenta a compreensão de intimidade dos participantes, tratando-se de elementos que abrangem aspectos mais reservados à união conjugal e nota-se que a percepção está conectada aos termos de representação relacionados ao respeito, sexo, segredos e individualidade. Consoante Silva, Rocha, Okamoto, e Duarte (2022), referente às variações de intimidade em um relacionamento, estrutura-se com base em conceitos de confiança, partilha, revelação de vulnerabilidades, reciprocidades e sexualidade, além de ser um componente associado como fator de proteção para os cuidados em saúde.

 

    No estudo com os casais que praticam atividade física em conjunto, o respeito demonstra-se em três discursos do grupo feminino e em seis discursos do grupo masculino, o que indica ser um elemento da intimidade do casal. No artigo elaborado por Bohn, e Mosmann (2021) referente o papel das práticas mindfulness na intimidade conjugal, define este vínculo em elementos como a troca de informações e vivências de validação, respeito entre os parceiros e a abertura e compartilhamento de atividades exteriores entre os cônjuges.

    O elemento sexo, na pesquisa vigente, aparece em dois discursos do grupo feminino e em dois discursos do grupo masculino, como compreensão de intimidade na união conjugal. De acordo com uma pesquisa de Hernandez, e Oliveira (2003) realizada com 146 casais heterossexuais, o componente de intimidade comunicativa, que valoriza os aspectos de respeito e comunicação, e consecutivamente a intimidade da excitação física, são elementos que proporcionam maior satisfação entre os casais. Ademais, concordante com Galati et al. (2023) em seu estudo com casais revelou que a disfunção sexual está muito ligada à insatisfação conjugal, o que denota a importância do sexo para a intimidade nas relações amorosas.

 

    Para os casais da presente pesquisa, a individualidade como percepção de intimidade aparece em um discurso do grupo feminino e dois discursos do grupo masculino. Segundo Flach, e Deslandes (2021) os componentes confiança, individualidade e intimidade foram considerados valorosos para um relacionamento íntimo sério. Neste aspecto, a prática conjunta não exclui a necessidade de individualidade do casal, considerando propósitos individuais e a segurança afetiva. (Trombetta, e Hintz, 2020)

 

Conclusões 

 

    De acordo com os resultados obtidos, todos os participantes desta amostra qualificaram o seu relacionamento conjugal como satisfatório, indicando adicionalmente uma percepção positiva frente a prática de atividade física associadas à satisfação conjugal, indicando que, a partir da prática de exercício, observou-se um estreitamento da intimidade e companheirismo, a partir desta experiência conjugal.

 

    Desta forma, os participantes avaliaram que, de forma indireta, a prática de atividades em conjunto permitiram o aumento da conexão do casal, a partir do diálogo, compromisso, compreensão e manifestação afetiva. Dentre os elementos de maior relevância, o companheirismo evidenciou-se como importante preditor, indo ao encontro da literatura referente à importância do companheirismo na conjugalidade. Assim, a atividade física foi descrita como uma coadjuvante da satisfação conjugal e do componente companheirismo e intimidade, por tratar-se de um programa à dois que o casal pode ter na sua rotina diária, considerando que, no cotidiano, poucos momentos à dois são possíveis, a partir das rotinas laborais, colaborando para desfrutarem da companhia um do outro e ao mesmo tempo cuidando da saúde individual.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 311, Abr. (2024)