ISSN 1514-3465
A disciplina lutas nos cursos de graduação em
Educação Física: reflexões para a formação docente
Discipline Martial Arts in Graduate Courses in Physical Education: Reflections for Academic Education
La disciplina luchas en los cursos de graduación en Educación Física: reflexiones para la formación docente
Victor Rapozo do Nascimento
*vrapozo@id.uff.br
Luiz Felipe Machado Pinto
**l.felipemachado@gmail.com
Marcelo Moreira Antunes
***antunesmm@gmail.com
*Licenciatura em Educação Física
Universidade Federal Fluminense (UFF)
**Mestre em Ciências da atividade física (UNIVERSO)
Especialista em Treinamento Desportivo – UFRJ
Membro do grupo de estudos e pesquisas em Lutas, artes marciais
e Esportes de combate -Universidade Federal Fluminense (UFF)
Docente no Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
***Pós-Doutor e Doutor na área de Educação Física
pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Mestre em Educação Física pela Universidade Gama Filho (UGF)
Professor Adjunto no Instituto de Educação Física da UFF
Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação
em Ciência do Exercício e do Esporte da UERJ
Líder do Centro de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais
e Esportes de Combate da UFF (CEPLAMEC-UFF)
(Brasil)
Recepção: 19/10/2023 - Aceitação: 04/01/2024
1ª Revisão: 25/12/2023 - 2ª Revisão: 03/01/2024
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
Este trabalho está sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt |
Citação sugerida
: Nascimento, V.R. do, Pinto, L.F.M., e Antunes, M.M. (2024). A disciplina lutas nos cursos de graduação em Educação Física: reflexões para a formação docente. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(308), 53-67. https://doi.org/10.46642/efd.v28i308.7279
Resumo
Este trabalho objetiva analisar as ementas das disciplinas sobre a temática das Lutas, ministradas nos cursos de graduação em Educação Física das universidades federais brasileiras e sua relação com as proposições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para este conteúdo. Para isso, foi feito um levantamento na plataforma e-MEC, dos dados disponíveis nos sites oficiais das instituições de ensino superior públicas federais, considerando as seguintes informações: Presença de curso de graduação em Educação Física, distinção entre cursos de Licenciatura e Bacharelado, oferta de disciplina obrigatória e optativas sobre lutas, artes marciais e esportes de combate. As informações coletadas foram analisadas a luz da BNCC, no sentido de encontrar aproximações e distanciamentos. Em um total de 68 IES, apenas 37 possuíam a temática oferecida. Nestas, 72 disciplinas referentes a temática lutas foram encontradas. 42 destas destinando-se a modalidades de cunho amplo e 35 de representadas por modalidades específicas. Esse cenário, quando comparado com os pressupostos curriculares da BNCC, pode indicar a necessidade de mais disciplinas que dialoguem com as perspectivas escolares, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio. Por conseguinte, o tratar acrítico da temática lutas em sua perspectiva cultural e multifacetada contribui para o modelo de ensino mecanizado e pouco relevante das mesmas.
Unitermos:
Educação Física. Artes marciais. Esportes de combate. Licenciatura. Ensino Superior.
Abstract
This paper aims to analyze the syllabi of disciplines on the theme of Fights, taught in undergraduate courses in Physical Education at Brazilian federal universities and their relationship with the propositions of the National Common Curricular Base (BNCC) for this content. To this end, a survey was carried out on the e-MEC platform, of the data available on the official websites of federal public higher education institutions, considering the following information: Presence of an undergraduate course in Physical Education, distinction between Bachelor's and Degree's courses, offer of mandatory and optional disciplines on fighting, martial arts and combat sports. The information collected was analyzed using the BNCC, in order to find similarities and differences. In a total of 68 HEIs, only 37 had the theme offered. In these, 72 disciplines relating to the theme of fights were found. 42 of these are intended for broad modalities and 35 are represented by specific modalities. This scenario, when compared with the BNCC's curricular assumptions, may indicate the need for more subjects that dialogue with school perspectives, both in elementary and secondary education. Therefore, the uncritical treatment of the theme of struggles in its cultural and multifaceted perspective contributes to the mechanized and little relevant teaching model.
Keywords:
Physical Education. Martial arts. Combat sports. Graduation. University Education.
Resumen
Este trabajo tiene como objetivo analizar los programas de las disciplinas sobre el tema de las luchas, impartidos en cursos de graduación en Educación Física en las universidades federales brasileñas y su relación con las propuestas de la Base Curricular Común Nacional (BNCC) para ese contenido. Para ello, se realizó un relevamiento en la plataforma e-MEC, de los datos disponibles en los sitios web oficiales de las instituciones de educación superior públicas federales, considerando la siguiente información: Presencia de carrera de pregrado en Educación Física, distinción entre los cursos de Bachillerato y Licenciatura, oferta de disciplinas obligatorias y optativas sobre lucha, artes marciales y deportes de combate. La información recolectada fue analizada mediante el BNCC, con el fin de encontrar similitudes y diferencias. De un total de 68 IES, sólo 37 tenían la temática ofrecida. En estos se encontraron 72 disciplinas relacionadas con la temática de luchas. 42 de ellas están destinadas a modalidades amplias y 35 están representadas por modalidades específicas. Este escenario, comparado con los supuestos curriculares del BNCC, puede indicar la necesidad de más asignaturas que dialoguen con las perspectivas escolares, tanto en la educación básica como en la escuela media. Por tanto, el tratamiento acrítico del tema de las luchas en su perspectiva cultural y multifacética contribuye a un modelo de enseñanza mecanizado y poco relevante.
Palabras clave:
Educación Física. Artes marciales. Deportes de combate. Graduación. Enseñanza superior.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 308, Ene. (2024)
Introdução
A Educação Física escolar, ao longo de sua trajetória na educação brasileira, passou por diversas transformações e abordagens distintas a respeito de seus objetivos e conceitos. Aos poucos, tornou-se cada vez mais abrangente, partindo da calistenia militar para a ginástica europeia, dos esportes e tecnicismo dos anos de ditadura militar, até as teorias críticas da educação, mudando assim seus objetivos, pressupostos pedagógicos e conteúdos. (Brasil, 1997; Gonçalves e Silva, 2013; Terluk, e Rocha, 2021)
O documento normativo que determina, desde 2017, os conteúdos a serem ministrados pela disciplina Educação Física, na educação básica, é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) publicada no ano de 2018 (Brasil, 2018). Baseada na Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional (Lei n° 9.394/1996) e alinhada com o Plano Nacional de Educação (PNE, 2014), este documento se apresenta como
um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento [...]. (Brasil, 2018)
De acordo com a BNCC a Educação Física possui, divididas por grupos de anos de escolaridade, as seguintes unidades temáticas a serem trabalhadas no ensino fundamental: 1) Anos inicias (1° e 2° ano) - Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional; Esportes de marca, esportes de precisão; Ginástica geral; e Danças do contexto comunitário e regional; 2) Anos iniciais (3° ao 5° ano) - Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo; Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana; Esportes de campo e taco; Esportes de rede/parede; Esportes de invasão; Ginástica Geral; Danças do Brasil e do mundo; Danças de matriz indígena e africana; e Lutas do contexto comunitário e regional; Lutas de matriz indígena e africana; 3) Anos Finais (6° e 7° ano) - Jogos eletrônicos; Esportes de marca; Esportes de precisão; Esportes de invasão; Esportes técnico-combinatórios; Ginástica de condicionamento físico; Danças urbanas; Lutas do Brasil; e Práticas corporais de aventura urbanas; 4) Anos Finais (8° e 9° ano): Esportes de rede/parede; Esportes de campo e taco; Esportes de invasão; Esportes de combate; Ginástica de condicionamento físico; Ginástica de conscientização corporal; Danças de salão; Lutas do mundo; e Práticas corporais de aventura na natureza. (Brasil, 2018)
Ao observar a maneira que este documento organiza o conteúdo de lutas e esportes de combate, surgem algumas indagações. Qual seria o nível de conhecimento satisfatório para o ensino da unidade temática Lutas? Seriam as Instituições de Ensino Superior (IES) as responsáveis pelo sucesso, ou fracasso em torno deste conteúdo nas aulas de Educação Física? Quais os caminhos possíveis para o ensino de tão vasto conteúdo?
A partir do alto volume de unidades temáticas apresentado pela BNCC, o processo de formação docente nos cursos superiores em Educação Física pode se apresentar insuficiente. Dentro desta perspectiva, ministrar o conteúdo proposto na unidade temática Lutas, muitas vezes pode se apresentar desafiador para os docentes que atuam na Educação Básica. No que tange aos limites e obstáculos para inclusão das lutas como conteúdo escolar, apontados por docentes e por diferentes pesquisadores, alguns estudos sinalizam fatores como a inadequação da infraestrutura, falta de materiais, ausência de vestimentas adequadas, formação especializada na área, entre outros (Ferreira, 2006; Antunes, 2009; Rufino, e Darido, 2015; Alencar et al., 2015; Rodrigues et al., 2017). Entretanto, destacam-se, como fatores impeditivos a inclusão das lutas na Educação Física escolar: o medo da pretensa violência atribuída por estas práticas, por vezes fomentados pela mídia e sua visão espetacularizada das lutas, artes marciais e esportes de combate (Pinto, 2023) e a falta de experiência do professor nas diferentes modalidades, sua instrução, sua ausência ou qualidade, durante a graduação sobre a temática (Paim et al., 2021; Almeida et al., 2021). Neste último, há dois fatores a serem destacados. O primeiro é que na existência de uma disciplina que aborda as lutas, o professor regente o faz a partir de sua formação em uma modalidade específica, o que não oportuniza uma experiência ampla sobre as possibilidades deste conteúdo na escola (Antunes, 2009). O segundo fator é a inexistência de qualquer disciplina sobre alguma modalidade específica, mesmo com ênfase predominantemente técnica. Assim, pode-se observar uma lacuna na formação do futuro profissional, no que se refere as artes marciais e esportes de combate, representados na Educação Física escolar pela unidade temática lutas. (Del Vecchio, e Franchini, 2006; Ferreira, 2006; Barros, e Gabriel, 2011; Rufino, e Darido, 2015)
Segundo a BNCC, no período do 3° ao 5° ano, devem ser apresentadas as lutas do contexto comunitário e regional, o 6° e 7° ano abordam as lutas de matriz indígena e africana, enquanto no 8° e 9° ano, trabalham-se as lutas do Brasil e do mundo (Brasil, 2018). Há uma grande diversidade de conteúdos a serem contemplados nestas unidades temáticas, o que invoca a pergunta sobre os currículos de formação inicial de professores de Educação Física e as disciplinas de lutas oferecidas pelos cursos de Bacharelado e em especial no presente artigo, de Licenciatura: seriam estas disciplinas capazes de abarcar e instrumentalizar o futuro docente para as demandas do conteúdo lutas nas escolas?
Apresentada a pergunta de partida, o presente estudo tem como objetivo analisar as ementas das disciplinas sobre a temática das Lutas ministradas nos cursos de graduação em Educação Física das universidades federais brasileiras e sua relação com as proposições da BNCC para este conteúdo. Para alcançar este objetivo foram listadas e, consequentemente, analisadas as ementas das diferentes IES públicas federais, as quais possuíam disciplina com a temática lutas, nos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física. Esse estudo se faz relevante dadas as demandas atuais dos conteúdos da Educação Física escolar, dentre elas o debate sobre a presença e o ensino da temática lutas.
Métodos
O presente estudo se caracteriza por uma análise documental, que utilizou as ementas das disciplinas referentes a temática lutas, das universidades federais brasileiras. Este método de pesquisa, também referenciado por alguns autores como pesquisa documental, se caracteriza por utilizar métodos e técnicas para a apreensão, compreensão e análise de documentos dos mais variados tipos (Sá-Silva et al., 2009). Para a investigação realizada neste estudo, as fontes para a aquisição dos documentos utilizados, foram os sites oficiais das instituições, as grades curriculares disponibilizadas nestes, assim como, as ementas das disciplinas encontradas nestas.
Para o desenvolvimento deste estudo, realizou-se uma busca online no Portal e-MEC das universidades federais para a construção de uma listagem preliminar dessas instituições para, posteriormente, identificação das que possuíam cursos de Licenciatura ou Bacharelado em Educação Física. O período de realização da busca foi do mês de abril de 2022 até maio de 2022. A partir dessa identificação procedeu-se a busca daqueles cursos que possuíam disciplinas que tratavam sobre o tema lutas, artes marciais ou esportes de combate, explorando os sites oficiais dessas instituições com objetivo de encontrar suas respectivas ementas. Assim, a pesquisa buscou identificar: Presença de curso de Bacharelado em Educação Física; Presença de curso de Licenciatura em Educação Física; Presença e nome de disciplina(s) obrigatória(s) relacionada ao tema lutas; Presença e nome de disciplina(s) optativa(s) relacionada ao tema lutas; e ementas destas disciplinas disponíveis em formato digital. Após os dados coletados, procedeu-se a análise documental buscando a quantificação das ocorrências das disciplinas identificadas, sua distribuição regional, as relações e pertinências dos conteúdos das disciplinas com as demandas atuais da formação inicial, apontadas pela literatura especializada, para atuação docente em Educação Física escolar com esse conteúdo curricular.
Resultados e discussão
A partir do site do e-MEC, acessado ao longo de abril de 2022, utilizando o recurso de consulta avançada disponível na página inicial, foram selecionados os filtros de busca por Instituição de Ensino Superior, categoria administrativa Pública Federal, organização acadêmica de Universidade. Foram encontradas 68 instituições federais, das quais 3 disponibilizavam somente a formação de Bacharelado em Educação Física, 13 disponibilizavam somente formação em Licenciatura em Educação Física, enquanto 30 ofertavam ambas as formações. Ao selecionar as IES que apresentam curso de Licenciatura em Educação Física, foram obtidos os seguintes dados apresentados no quadro a seguir:
Quadro 1. Instituições de ensino superior federais e a oferta de disciplinas sobre lutas,
artes marciais e esportes de combate nos cursos de licenciatura em educação física
Instituição de Ensino Superior
(IES) |
Disciplina obrigatória |
Disciplina optativa |
Fundação Universidade Federal
da Grande Dourados (UFGD) |
Não há |
Artes marciais |
Fundação Universidade Federal
de Rondônia (UNIR) |
Não há |
Fundamentos das artes marciais, lutas corporais e esportes de combate |
Fundação Universidade Federal
do Pampa (UNIPAMPA) |
Lutas |
Não disponível |
Fundação Universidade Federal
do Tocantins (UFT) |
Lutas na escola |
Não há |
Fundação Universidade Federal
do Vale do São Francisco (UNIVASF) |
Lutas |
Não disponível |
Universidade de Brasília (UnB) |
Metodologia das lutas e artes marciais (licenciatura) |
Metodologia das lutas e artes marciais |
Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) |
Judô |
Capoeira |
Universidade Federal de Catalão
(UFCat) |
Metodologia de ensino e pesquisa em lutas |
Não disponível |
Universidade Federal de Goiás
(UFG) |
Fundamentos socioculturais das lutas em educação física |
Não disponível |
Universidade Federal de Jataí
(UFJ) |
Iniciação a artes marciais e lutas |
Não há |
Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF) |
Lutas |
Não disponível |
Universidade Federal de Lavras
(UFLa) |
Pedagogia das lutas |
Não há |
Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT) |
Teoria e prática das lutas |
Não há |
Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS) |
Metodologia do ensino das lutas |
Aprofundamento em lutas |
Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) |
Lutas |
Não há |
Universidade Federal de Ouro
Preto (UFOP) |
Lutas |
Não há |
Universidade Federal de Pelotas
(UFPel) |
Lutas I |
Capoeira I |
Judô I |
||
Judô II |
||
Universidade Federal de
Pernambuco (UFPe) |
Metodologia do ensino das lutas |
Não há |
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) |
Teoria e metodologia do judô |
Não há |
Teoria e metodologia da capoeira. |
||
Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM) |
Capoeira na escola |
Não há |
Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar) |
Não há |
Fundamentos de capoeira |
Universidade Federal de São João
del Rei (UFSJ) |
Metodologia do ensino dos esportes de lutas |
Não há |
Universidade Federal de Sergipe
(UFS) |
Não há |
Pedagogia das lutas I |
Universidade Federal do Amazonas
(UFAm) |
Metodologia do ensino das artes marciais |
Não há |
Universidade Federal do Ceará
(UFC) |
Artes marciais e capoeira |
Capoeira |
Judô |
||
Karatê |
||
Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES) |
Conhecimento e metodologia do ensino das lutas |
Não há |
Atif experiência da docência em lutas |
||
Universidade Federal do Maranhão
(UFMa) |
Ccbs - fundamentos e metodologia do ensino das lutas |
Capoeira na escola |
Cchnst - metodologia de ensino das lutas |
||
Universidade Federal do Piauí
(UFPi) |
Lutas em educação física |
Não há |
Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia (UFRB) |
Lutas |
Teoria e metodologia do judô |
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) |
Fundamentos da capoeira |
Não há |
Universidade Federal do Rio
Grande (FURG) |
Lutas |
Esgrima |
Capoeira |
||
Judô |
||
Karatê |
||
Taekwondo |
||
Boxe |
||
Jiu-jitsu |
||
EF defesa pessoal |
||
EF taekwondo |
||
EF capoeira |
||
EF karate-do |
||
EF esgrima |
||
EF boxe |
||
Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) |
Metodologia das lutas |
Metodologia do judô |
Capoeira |
||
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) |
Esportes de combate e lutas |
Prática pedagógica de judô |
Esporte judô |
Esporte caratê |
|
Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) |
Artes guerreiras |
Não há |
Universidade Federal Fluminense
(UFF) |
Lutas I |
Lutas II |
Universidade Federal Rural de
Pernambuco (UFRPe) |
Metodologia do ensino das lutas |
Não disponível |
Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro (UFRRJ) |
Judô I |
Capoeira |
Judô II |
Fonte: Dados da pesquisa
O Quadro acima não apresenta disciplinas optativas, visto que as mesmas não estavam disponibilizadas nos sites das respectivas IES, no entanto, demonstra um grande número de instituições de ensino superior federais que ofertam disciplinas com o tema em tela. São 37 IES de um total de 68 universidades federais (dados do Portal e-MEC), que apresentam o curso de Licenciatura em Educação Física e que possuem disciplinas que tratam do conteúdo Lutas, Artes Marciais e/ou Esportes de Combate. Esse cenário expressivo demonstra a importância do fenômeno social contemporâneo que essas práticas representam, reconhecido por essas IES.
Quadro 2. Ocorrência de disciplinas de cunho específico e generalista por região
Região |
Instituições de Ensino |
Disciplinas de cunho específico |
Disciplinas de cunho generalista |
Norte |
3 |
0 |
3 |
Nordeste |
11 |
10 |
9 |
Centro-Oeste |
6 |
0 |
9 |
Sudeste |
11 |
5 |
10 |
Sul |
6 |
22 |
4 |
Fonte: Dados da pesquisa
O quadro acima demonstra a distribuição das IES pelas regiões brasileiras e a ocorrência de disciplinas divididas por suas características generalistas ou especializadas em algumas modalidades nos cursos de Licenciatura em Educação Física. Percebe-se que a região Sul, apesar de um pequeno número de IES quando comparada as regiões Sudeste e Nordeste, apresenta o maior número de disciplinas de cunho específico e menor quantidade de disciplinas de cunho generalista. Esses dados podem demonstrar uma compreensão diversa entre as regiões sobre as características da formação inicial quando se trata do tema Lutas, além de uma percepção diferente das proposições da BNCC.
Nomenclatura das disciplinas identificadas
Partindo da análise das nomenclaturas utilizadas, é possível inferir alguns dados que apontam em determinada direção quando pensadas as disciplinas de lutas em um contexto de formação do professor que atuará na escola. Foram listadas no quadro acima 72 disciplinas, sendo 37 obrigatórias e 35 optativas. Deste total, 35 fazem menção a modalidades específicas dentro do universo temático, tais como: capoeira (12), judô (11), karatê (4), taekwondo (2), boxe (2), esgrima (2), defesa pessoal (1) e jiu-jitsu (1). Das disciplinas identificadas, as nomenclaturas que sinalizam um entendimento mais amplo do conteúdo, foram: lutas (32), artes marciais (7), esportes de combate (2) e artes guerreiras (1). Percebeu-se uma preferência pela utilização de termos mais abrangentes nas nomenclaturas das disciplinas obrigatórias, havendo somente oito delas que mencionam modalidades específicas, divididas igualmente entre judô e capoeira. Em contrapartida, o inverso ocorre nas disciplinas optativas, onde somente 6 apresentam nomenclatura mais abrangente, a seguir: Lutas II, Pedagogia das lutas I, Aprofundamento em lutas, Metodologia das lutas e artes marciais, Fundamentos das artes marciais, lutas corporais e esportes de combate e Artes marciais.
Quadro 3. Ocorrência das diferentes nomenclaturas das disciplinas
|
Nomes das disciplinas (n) |
Obrigatórias |
Optativas |
Nomenclatura específica |
Capoeira (12) |
4 |
8 |
Judô (11) |
4 |
7 |
|
Karatê (4) |
0 |
4 |
|
Taekwondo (2) |
0 |
2 |
|
Boxe (2) |
0 |
2 |
|
Esgrima (2) |
0 |
2 |
|
Jiu-jitsu (1) |
0 |
1 |
|
Defesa pessoal (1) |
0 |
1 |
|
Nomenclatura ampla |
Lutas (32) |
27 |
5 |
Artes marciais (7) |
4 |
3 |
|
Esportes de combate (2) |
1 |
1 |
|
Artes guerreiras (1) |
1 |
0 |
Fonte: Dados da pesquisa
A análise das nomenclaturas utilizadas nas disciplinas, remete à questão da disputa pela terminologia correta para cada prática corporal. Por outro lado, pode apontar que não há consenso sobre a terminologia mais adequada para esse conteúdo curricular, tendo em vista a diversidade de nomes das diferentes disciplinas apresentadas no Quadro 1. Essa multiplicidade de sentidos e de nomenclaturas pode ser verificada nos estudos de Correia, e Franchini (2010), Pérez-Gutiérrez, Gutiérrez-García, e Escobar-Molina (2011), Franchini, e Del Vecchio (2011), e Correia (2016). Na perspectiva da falta de consenso que pode ser considerada a partir da análise dos dados também é apontada por Antunes (2017) como uma questão ainda não explorada amplamente pelos estudiosos. Considera-se que os significados e conceitos usados nos diferentes termos ainda são diversos, e que, ora são utilizados como sinônimo, ora com perspectivas distintas, sinalizando especificidades culturais e técnicas que emergem a partir de diferentes contextos e objetivos. Nesse sentido, Antunes (2017) destaca a necessidade do aprofundamento do debate sobre o aspecto terminológico desse conteúdo da cultura humana que é utilizado em diferentes campos das atividades corporais.
As disciplinas identificadas e sua relação com a BNCC
Frente aos conhecimentos necessários para contemplar os conteúdos propostos pela BNCC para as lutas, as disciplinas obrigatórias dos cursos de graduação que contém em sua nomenclatura o nome de modalidades específicas representam, de certa maneira, um alerta para a pergunta-problema deste estudo, apontando uma possível lacuna na formação docente. Ora, se a única disciplina cursada por determinado aluno de curso de graduação, voltada para a temática das lutas, artes marciais e esportes de combate, focar apenas em uma modalidade, como o Judô, por exemplo, dificilmente este discente possuirá amplo conhecimento pedagógico para ministrar aulas sobre as mais variadas facetas e aspectos do tema, visto sua especialização. Aspectos mais gerais que perpassam os diferentes conteúdos são deixados de lado em detrimento de uma formação parcial em uma ou outra modalidade. Por outro lado, não é possível concluir que as disciplinas que apresentam nomes mais abrangentes sejam mais ou menos completas em suas abordagens dos conteúdos, sendo necessário observar ao menos suas ementas e objetivos.
No intuito de ampliar o olhar sobre os conteúdos foi realizada uma análise das ementas disponibilizadas, o que apresenta a possibilidade de entender melhor a organização destas disciplinas, seus objetivos, sua abrangência teórica e particularidades. De maneira geral, percebeu-se uma inconsistência na formatação destas ementas e suas características. Foi observado que, apesar de todas descreverem de alguma forma a disciplina em questão, não havia uma linha comum entre estes documentos, cada um deles se configurando de forma diversa, quanto aos elementos presentes no documento. Muitas não apresentavam as referências bibliográficas, enquanto algumas apresentavam seus conteúdos de maneira superficial, dificultando o entendimento do que seria de fato trabalhado durante o curso. Dentre as IES analisadas, tomemos como exemplo, a disciplina obrigatória, disposta em uma destas ementas como “Lutas”. A ementa em questão propõe:
Estudo de lutas tradicionalmente conhecidas, suas histórias, regras, fundamentos teóricos e técnicos. Lutas no desenvolvimento físico e emocional do indivíduo. Lutas no 73 contexto da Educação Física em nível educacional e no desempenho. Lutas como prática comunitária. A utilização das lutas como ferramenta para a saúde e o lazer da população.
Ao acessar esta ementa, entende-se que serão selecionadas lutas específicas para trabalhar história, regras, fundamentos teóricos e técnicos, visto a condição do tempo que limita o curso, ficando obscuro ao leitor quais serão as lutas trabalhadas. Além disso, a ausência de referências bibliográficas também contribui para a alienação do leitor em relação ao que será trabalhado ao longo do curso.
Apesar dessa falta de padrão entre as ementas analisadas, verificou-se que há duas abordagens predominantes: uma caracterizada por tratar o conteúdo lutas da mesma maneira que fariam as escolas de ofício, ensinando ao aluno, de forma especializada e prática, técnicas e fundamentos de artes marciais ou esportes de combate específicos, suas regras e características. Entende-se por Escolas de Ofício como é apresentada por Rugiu (1998), Drigo (2009) e Drigo et al. (2011), como uma forma de ensino que se dá de maneira artesanal, onde o mestre é o personagem central, atuando como quem seleciona os conteúdos a serem ensinados e as formas de avaliação. É quem detém o controle de todo o processo de ensino, cabendo ao aluno/aprendiz aceitar suas regras sem contestá-las. O conteúdo é pré-determinado pelo mestre e não há possibilidades de alteração sem que ele o proponha e faça.
A outra abordagem se aproxima de um ensino desapegado de modalidades específicas, trazendo o foco da disciplina para as diversas possibilidades do conteúdo das lutas dentro da Educação Física e a cultura corporal, não necessariamente adotando determinada modalidade, regras esportivas ou fundamentos técnicos particulares.
Um exemplo de ementa que ilustra bem a primeira abordagem mencionada é a disciplina obrigatória Judô I, presente em uma das IES analisadas: “História, classificação geral das técnicas, técnicas de rolamento, técnicas de projeção, técnicas de imobilização, técnicas de chave de braço, técnicas de estrangulamento”. Uma ementa direta, especializada, assim como sugere sua nomenclatura, sem aparentemente se preocupar com as questões pedagógicas, culturais e sociais da temática das lutas na educação básica. Este exemplo é importante para ilustrar a problemática: um graduando que conclua o curso somente com esta disciplina, sem experiência prévia, além de não possuir técnica lapidada o suficiente para de fato ensinar o Judô para alguém, se encontra também sem a formação básica necessária para abordar as lutas na escola com seus alunos. Além disso, ao contar com disciplinas estruturadas nestes moldes, torna-se inviável a formação de um currículo capaz de cobrir todas as modalidades apresentadas pela BNCC para o tema de lutas na Educação Física escolar.
Algumas disciplinas, ao julgar pela ementa, apresentam características de ambas as abordagens, ensinando técnicas e regras específicas de determinadas modalidades sem abrir mão de discussões necessárias para abordar as lutas nas escolas, com a disposta em uma das IES analisadas:
Conhecimento teórico-prático dos fundamentos técnicos e regras básicas das lutas, raízes históricas e suas diferentes manifestações culturais e esportivas, com ênfase às lutas mais expressivas da cultura brasileira, objetivando o reconhecimento de suas características e o processo de ensino-aprendizagem no contexto escolar. Reflexão sobre pesquisas e práticas de ensino das lutas na escola. Estudo sobre o conteúdo de lutas e sua influência no processo de formação pessoal e social dos indivíduos.
Observa-se aspectos tanto da primeira abordagem quanto da segunda, apresentando conceitos chave como “fundamento técnico”, “regras” e “características” em seu bojo, enquanto propõe também o estudo das raízes históricas e manifestações culturais e esportivas, dando ênfase às lutas mais expressivas na cultura brasileira. Este tipo de ementa, apresentando características abrangentes e mais específicas ao mesmo tempo, instiga o questionamento sobre como pode ser feita a divisão destes conteúdos ao longo do semestre, podendo delegar mais atenção para técnicas e regras, para as raízes históricas e suas manifestações culturais e vice-versa.
Por fim, na disciplina Lutas I, em um dos cursos de Licenciatura em Educação Física analisados, observa-se uma ementa mais próxima da segunda abordagem mencionada:
Apresentação e contextualização da Luta como constituinte das práticas corporais. Discussão sobre lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combate como patrimônio cultural da humanidade. A Luta como atividade recreacional e agonística. Movimentos corporais relacionados às lutas, organização interna e progressão no ensino das lutas, as lutas como produto cultural. Ensino das lutas no ensino formal, desde as práticas comunitárias e regionais (capoeira, uka-uka e luta marajoara) até modalidades olímpicas (judô, taekwondo, boxe, esgrima e luta olímpica).
Aqui, é possível observar, a princípio, uma ausência de preocupação com regras e conteúdo técnico. Por outro lado, apresenta a proposta de refletir sobre o tema em esferas diversas, elucidando possíveis dúvidas sobre os objetivos do ensino das lutas nas escolas, o impacto das lutas na cultura, na formação do indivíduo e demais indagações.
Conclusões
Se torna evidente que o ensino das lutas segue sendo um desafio recorrente entre os professores de Educação Física na educação básica. Devido à grande gama de modalidades e possibilidades presentes no principal documento de referência para o currículo escolar, a BNCC, além de disciplinas possivelmente desatualizadas nos cursos de graduação pelo país e um ensino mais tradicional das lutas, fica evidente a dissonância entre as demandas deste documento e a realidade da educação básica no Brasil.
Esta análise documental objetivou analisar as ementas das disciplinas sobre a temática das lutas ministradas nos cursos de graduação em Educação Física das universidades federais brasileiras e sua relação com as proposições da BNCC para este conteúdo, buscando contribuir para o desenvolvimento de um caminho mais adequado quando se trata do ensino das lutas nas escolas junto às propostas dispostas na literatura. De acordo com a análise e seleção das respectivas ementas das IES apresentadas, verificou-se através destas, três maneiras nas quais estas instituições abordam o ensino das lutas, nos cursos de Licenciatura em Educação Física: 1) de forma especializada por modalidade, similar às escolas de ofício; 2) trabalhando os fundamentos e conceitos das lutas de maneira abrangente, evitando o afunilamento em conteúdo específico; 3) com abordagem mista, apresentando características de ambas as anteriores.
De acordo com a literatura utilizada, a Educação Física escolar caminha na direção de abordar as lutas como um conjunto de fundamentos comuns compartilhados por diversas modalidades e culturas, trabalhando conceitos presentes em lutas de agarre, percussão, com implementos e mistas. Neste sentido, a disciplina exerce um papel introdutório das lutas na vida do discente, fornecendo uma boa base em aspectos como mobilidade, coordenação motora, familiarização com os contextos de oposição e a experiência de lidar com o outro dentro de um contexto de embate físico.
A análise aqui apresentada, ao utilizar exclusivamente as ementas das disciplinas para a elaboração de seu estudo, encontrou-se limitada pela disponibilidade das mesmas e as informações que continham. Desta forma, além da ausência das ementas de algumas disciplinas, muitas se mostraram incompletas e carentes de informação, apresentando ausência de bibliografia, objetivos claros, metodologia ou até mesmo dificultando a compreensão de qual seria o conteúdo ministrado de maneira mais específica.
Para dar mais luz ao tema das disciplinas de lutas nas universidades propõe-se uma pesquisa de campo, que envolvesse a observação das aulas das disciplinas em questão, no intuito de verificar como de fato se desenrolam os encontros. A possibilidade de entrevistar os docentes que se encontram na posição de ministrar estas disciplinas também auxiliaria a avançar a discussão trazida neste estudo.
Por fim, um estudo dos projetos político-pedagógicos dos cursos que ministram tais disciplinas daria mais um passo na compreensão do alicerce sobre o qual se estruturam as aulas e seus conteúdos, podendo elucidar mais questões pertinentes ao tema tanto das lutas na Educação Física Escolar como na mesma de maneira integral.
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 308, Ene. (2024)