ISSN 1514-3465
Classificação dos fatores preditores de quedas
em idosos com fraturas de quadril utilizando a CIF
Classification of Predictors of Falls in Elderly People with Hip Fractures Using the ICF
Clasificación de factores predictores de caídas en ancianos con fractura de cadera mediante la ICF
Pedro Henrique Coimbra de Oliveira*
pedrocoimbra@discente.ufg.br
Ana Luísa Ferreira Rodrigues**
ana.ferreira2@discente.ufg.br
Lorenzo Fagotti***
drlorenzo.ortopedia@gmail.com
Raquel Brito Elmescany+
raquelelnescany@discente.ufg.br
Juliana de Faria Fracon e Romão++
julianafracon@unb.br
Silvana Schwerz Funghetto+++
silvanasf@unb.br
Ruth Losada de Menezes++++
ruthlosada@ufg.br
*Estudante do curso de graduação em Fisioterapia
da Universidade Federal de Goiás (UFG)
Bolsista de iniciação à pesquisa científica
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Integrante do grupo de pesquisa GEPESFE - Grupo de Estudo, Pesquisa
e Extensão em Saúde Funcional e Envelhecimento (CNPq)
**Estudante do curso de graduação em Fisioterapia da UFG
Bolsista de iniciação à pesquisa científica do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
***Médico. Discente de Doutorado do Programa de Pós-graduação
em Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB
Integrante do grupo de pesquisa GEPESFE - Grupo de Estudo, Pesquisa
e Extensão em Saúde Funcional e Envelhecimento (CNPq)
+Fisioterapeuta. Discente de Mestrado
do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFG
Bolsista da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior)
Integrante do grupo de pesquisa GEPESFE - Grupo de Estudo, Pesquisa
e Extensão em Saúde Funcional e Envelhecimento (CNPq)
++Fisioterapeuta. Doutora. Professora associada
da Universidade de Brasília / Faculdade de Ceilândia
Coordenadora do curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília
Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento, Saúde
e Funcionalidade da UnB (NEPESF) (CNPq)
+++Enfermeira. Doutora. Professora associada da Universidade de Brasília
Docente Permanente no Programa de Pós-graduação
em Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB.
++++Fisioterapeuta. Doutora. Professora associada da UFG
Docente Permanente no Programa de Pós-graduação
em Ciências da Saúde da UFG
Pesquisadora Colaboradora Sênior no Programa de Pós-Graduação
em Ciências e Tecnologias em Saúde da UnB
Líder do grupo de pesquisa GEPESFE - Grupo de Estudo, Pesquisa
e Extensão em Saúde Funcional e Envelhecimento (CNPq).
(Brasil)
Recepção: 04/09/2023 - Aceitação: 09/12/2023
1ª Revisão: 03/10/2023 - 2ª Revisão: 06/12/2023
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
Este trabalho está sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt |
Citação sugerida
: Oliveira, PHC, Rodrigues, ALF, Fagotti, L., Elmescany, RB, Romão, JFF, Funghetto, SS, e Menezes, RL (2024). Classificação dos fatores preditores de quedas em idosos com fraturas de quadril utilizando a CIF. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(308), 82-101. https://doi.org/10.46642/efd.v28i308.7213
Resumo
Embora os fatores de risco para quedas em idosos sejam conhecidos, pouco se sabe sobre suas relações com fatores demográficos, deficiências corporais, limitações de atividades e restrições de participação e fatores ambientais. Objetivo: Mapear a estrutura da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para classificar os preditores potenciais das quedas relatadas pelos idosos hospitalizados para tratamento cirúrgico da fratura de quadril. Método: Estudo descritivo com 64 idosos operados por fratura do quadril que ocorreu após queda da própria altura. Foram explorados os dados sociodemográficos, além do contexto de ocorrência que levou o idoso à queda. Os dados são apresentados de forma descritiva e relacionados à luz da CIF. Resultados: Deficiências relacionadas às funções corporais estiveram mais relacionadas nos momentos das quedas autorrelatadas, especialmente as funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento; além disso, os fatores ambientais em metade das ocorrências estiveram presentes e consistiram em barreiras/obstáculos para a funcionalidade e estão relacionados aos fatores de risco extrínsecos para quedas. Conclusões: A abordagem biopsicossocial proposta pela CIF proporciona aos profissionais da saúde um panorama multidimensional sobre a saúde da pessoa idosa e propicia o melhor direcionamento das intervenções, a fim de proporcionar funcionalidade e qualidade de vida, e reduzir encargos financeiros atrelados às consequências das quedas, como as intervenções cirúrgicas.
Unitermos:
Acidentes por quedas. Fraturas do quadril. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.
Abstract
Although the risk factors for falls in the elderly are known, little is known about their relationships with demographic factors, body impairments, activity limitations and participation restrictions, and environmental factors. Objective: To map the structure of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) to classify potential predictors of falls reported by elderly people hospitalized for surgical treatment of hip fractures. Method: Descriptive study with 64 elderly people operated on for hip fracture that occurred after a fall from standing height. Sociodemographic data were explored, in addition to the context of occurrence that led the elderly to fall. Data are presented descriptively and related to the ICF light. Results: Disabilities related to bodily functions were more related at the time of self-reported falls, especially neuromusculoskeletal and movement-related functions; in addition, environmental factors were present in half of the occurrences and consisted of barriers/obstacles to functionality and are related to extrinsic risk factors for falls. Conclusions: The biopsychosocial approach proposed by the ICF provides health professionals with a multidimensional overview of the health of the elderly and provides the best targeting of interventions, in order to provide functionality and quality of life, and reduce financial burden linked to the consequences of falls, such as surgical interventions.
Keywords
: Accidental falls. Hip fractures. International Classification of Functioning, Disability and Health.
Resumen
Aunque se conocen los factores de riesgo de caídas en las personas mayores, se sabe poco sobre sus relaciones con factores demográficos, discapacidades corporales, limitaciones de actividad y restricciones de participación, y factores ambientales. Objetivo: Mapear la estructura de la Clasificación Internacional de Funcionalidad, Discapacidad y Salud (CIF) para clasificar posibles predictores de caídas reportadas por personas mayores hospitalizadas para tratamiento quirúrgico de fractura de cadera. Método: Estudio descriptivo con 64 personas mayores que fueron intervenidas quirúrgicamente por una fractura de cadera ocurrida luego de una caída desde su propia altura. Se exploraron datos sociodemográficos, además del contexto de ocurrencia que llevó al anciano a caer. Los datos se presentan de forma descriptiva y relacionados con la CIF. Resultados: Las deficiencias relacionadas con las funciones corporales estuvieron más relacionadas con las caídas autoinformadas, especialmente las funciones neuromusculoesqueléticas y relacionadas con el movimiento; Además, los factores ambientales en la mitad de los incidentes estuvieron presentes y consistieron en barreras/obstáculos para la funcionalidad y están relacionados con factores de riesgo extrínsecos de caídas. Conclusiones: El enfoque biopsicosocial propuesto por la ICF proporciona a los profesionales de la salud una visión multidimensional de la salud de las personas mayores y proporciona una mejor focalización de las intervenciones, con el fin de proporcionar funcionalidad y calidad de vida, y reducir las cargas financieras relacionadas con las consecuencias de las caídas. como intervenciones quirúrgicas.
Palabras clave
: Accidentes por caídas. Fracturas de cadera. Clasificación Internacional del Funcionalidad, Discapacidad y Salud.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 308, Ene. (2024)
Introdução
Queda, segundo o Prevention of Falls Network Europe (Lamb et al., 2005), consiste em um evento inesperado de deslocamento involuntário e incontrolável do corpo que faz com que o indivíduo permaneça em nível inferior, por exemplo, sobre mobiliário ou no chão. Estudos indicam que alterações fisiológicas e condições patológicas podem aumentar o risco para quedas. (Menezes, e Bachion, 2012)
O envelhecimento populacional é um importante fator de risco à incidência de fraturas, pois o avanço da idade é proporcional às alterações fisiológicas que propiciam quedas, como: diminuição da acuidade visual e auditiva, redução da adaptação ao escuro e à distância, distúrbios vestibulares de equilíbrio, aumento do tempo de reação ao perigo e alterações de postura e marcha (Bittar, Francisco, e Hirotani, 2021). Fatores ambientais adversos podem criar dificuldades adicionais para os idosos, contrapondo-se a um dos aspectos primordiais para a conquista do envelhecimento ativo: a adoção de um entorno favorável que estimule a mobilidade espacial. (Menezes, e Bachion, 2012)
A fratura de quadril no idoso ocorre geralmente por mecanismo de baixa energia, característico de uma queda da própria altura, e está associada a uma alta taxa de morbimortalidade (Xing, Luo, e Chen, 2021). No Brasil, de acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, foram registradas 1.746.097Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) por quedas em idosos, no período de 2000 a 2020, o que correspondeu a um custo de R$ 2.315.395.702,75 para o sistema de saúde (Lima et al., 2022). Reconhecendo a importância e o impacto deste evento adverso (quedas) e as complicações (fraturas) e sequelas que comprometem a independência e a autonomia do idoso, torna-se fundamental identificar os fatores de risco para quedas e utilizar instrumentos que avaliem o mecanismo e contexto de ocorrência da queda em seu aspecto multidimensional com vistas à prevenção.
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é uma ferramenta epidemiológica, de uso em pesquisa, na prática clínica e em políticas sociais proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que propõe um modelo para abordagem da funcionalidade humana, a fim de proporcionar uma linguagem unificada e padronizada de terminologias para descrição da saúde e estados relacionados com a saúde. (Organização Mundial da Saúde, 2015)
O sistema de classificação da CIF é hierárquico (Quadro 1), dividido em duas partes: a primeira referente a funções e estruturas do corpo, representados respectivamente pelas letras minúsculas “b” (funções do corpo - body) e “s” (estruturas do corpo - structure), e informações de atividade e participação - domain, representadas pela letra minúscula “d”.
Quadro 1. Conceituações e terminologias dos componentes relatados na CIF
Componente |
Funções do
corpo “b” Estruturas do
corpo “s” |
Atividade “d” |
Participação “d” |
Fatores
Ambientais “e” |
Definição |
Funções
do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas do corpo
(incluindo as funções mentais). Estruturas do corpo são as partes
anatômicas do corpo. |
Atividade
é a execução de tarefas realizadas no dia a dia de um indivíduo. |
Participação
é o envolvimento numa situação da vida social. |
Compreende
os fatores externos do meio ambiente onde a pessoa vive. |
Funcionalidade |
||||
Aspecto
Positivo |
Integridade
Funcional e Estrutural |
Atividade |
Participação |
Facilitadores |
Incapacidade |
||||
Aspecto
Negativo |
Deficiência |
Limitação
da Atividade (incapacidade) |
Restrição
da Participação (incapacidade) |
Barreiras
/ Obstáculos |
Fonte: Adaptado de OMS (2015)
A CIF é baseada em uma abordagem biopsicossocial e incorpora a saúde nos níveis sociais e corporais, oferecendo olhar amplo para a percepção dos fatores de risco relacionados às quedas de idosos. Faz-se necessário estimular sua inserção no processo de formação profissional e seu entendimento e aplicabilidade; contribuindo para a universalização da linguagem profissional. (Andrade et al., 2017)
Escassos são os estudos envolvendo quedas e fraturas e seus aspectos multidimensionais associados avaliados na perspectiva da CIF. Sendo assim, este estudo teve como objetivo mapear a estrutura da CIF para classificar os preditores potenciais das quedas relatadas pelos idosos hospitalizados para tratamento cirúrgico da fratura de quadril.
Métodos
Foi realizado um estudo descritivo com 64 pacientes com 60 anos ou mais de idade operados por fratura do quadril que ocorreu após queda da própria altura. Os participantes fazem parte de uma estudo maior longitudinal, nos quais os idosos realizaram cirurgia com colocação de prótese de quadril ou fixação da fratura do quadril no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), na cidade de Goiânia, no Estado de Goiás. Este estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (CAE 48890021.7.0000.5082).
Os critérios de elegibilidade adotados foram ter deambulação comunitária antes do trauma e sem antecedentes de cirurgia prévia no quadril operado e sem comorbidades do sistema nervoso ou musculoesquelético que comprometessem o equilíbrio e a marcha, com pontuação no miniexame do estado mental maior ou igual a 15.
A avaliação contemplou dados do protocolo previsto no estudo maior realizado pelos mesmos autores, no qual esta pesquisa está inserida, e ocorreu seis meses após a cirurgia de quadril. Foram explorados os dados sociodemográficos, além do contexto de ocorrência que levou o idoso à queda e tratamento cirúrgico em decorrência da fratura de quadril. As avaliações ocorreram Laboratório de Movimento do CRER.
A partir do relato do contexto de ocorrência da queda, as respostas foram analisadas e extraídos os conteúdos significativos, que foram ligados aos domínios e classificação da CIF correspondente. A etapa de ligação foi executada por dois pesquisadores (alunos de iniciação à pesquisa) com conhecimento prévio da CIF e da sua taxonomia, de forma independente, seguindo regras já propostas e publicadas por Cieza et al. (2005). As discordâncias serão resolvidas por consenso entre ambos com a orientadora da pesquisa.
Foi realizada análise descritiva dos dados, sendo utilizadas medidas como números puros, porcentagens e frequências simples; e após elaborados figura e tabela demonstrando os resultados relacionados aos contextos das quedas relatadas à luz da CIF/OMS (Organização Mundial da Saúde, 2015).
Resultados
As características pessoais e sociais que apresentam relação reconhecida pela literatura com as quedas de idosos, estão descritas na tabela 1 abaixo. A média de idade dos participantes foi de 76,9 (± 7,5) anos (idade mínima de 63 e máxima de 95 anos).
Tabela 1. Variáveis contextuais associadas às quedas relatadas pelos idosos investigados
Variável associada à queda |
n |
% |
Sexo |
||
Feminino |
43 |
67 |
Masculino |
21 |
32 |
Faixa etária (anos) |
||
60 e 69 |
08 |
12 |
70 e 79 |
30 |
46 |
Acima de 80 |
26 |
40 |
Estilo de vida Atividade física |
||
Sim |
18 |
28 |
Não |
46 |
71 |
Estado civil |
||
Com companheiro |
20 |
31 |
Sem companheiro |
44 |
68 |
Escolaridade |
||
Fundamental
incompleto |
34 |
53 |
Ensino
médio completo |
0 |
0 |
Não
declarou |
1 |
1 |
Analfabetismo |
||
Sim |
29 |
45 |
Não |
35 |
54 |
Total |
64 |
100 |
Fonte: Elaboração própria
Considerando as respostas dos participantes da pesquisa (n=64), a respeito dos contextos de ocorrência das quedas que desencadearam tratamento cirúrgico da fratura do quadril de idosos, foram identificados 40 conteúdos significativos. Os conteúdos significativos/contextos de ocorrência das quedas e o(s) domínio(s) e classificação da CIF correspondente e fator de risco para queda relacionado estão dispostos na Tabela 1. O número de ocorrências dos capítulos da CIF nos diferentes contextos das quedas relatadas estão descritos na Figura 1.
Os contextos de ocorrência (n=40) das quedas estiveram relacionados principalmente com a função corporal (n=40), seguidos por atividade e participação (n=38) e, por fim, fatores ambientais (n=23). Os fatores pessoais não foram contabilizados porque não são codificados na classificação de funcionalidade e foram descritos na Tabela 1.
Na Tabela 2 estão descritos os contextos de ocorrência das quedas, os domínios e classificação da CIF correspondente e fator de risco para queda relacionado. Nos 40 contextos de ocorrência das quedas estiveram presentes 24 fatores de risco extrínsecos associados aos fatores de risco intrínsecos (presentes em todas os contextos).
Tabela 2. Contexto de ocorrência da queda e o(s) domínio(s) e
classificação da CIF correspondente e fator de risco para queda relacionado
Contexto
de ocorrência queda |
Domínio CIF |
Classificação
de 1° nível/Capítulo CIF |
FRIQ |
FREQ |
||
|
FC |
AP |
FA |
|
|
|
1. Tropeçou no próprio pé |
|
|
|
▪
Funções sensoriais e dor (b2) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) |
X |
|
2. Tropeçou no quebra-mola durante a caminhada |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano
(e2) |
X |
X |
3. Pisou em falso na soleira da porta |
|
|
|
▪
Funções sensoriais e dor (b2) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
4. Tropeçou na mangueira que lavava a calçada |
|
|
|
▪
Funções sensoriais e dor (b2) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
5. Tropeçou
na raiz da árvore |
|
|
|
▪
Funções sensoriais e dor (b2) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
6. Ficou tonta ao chegar perto da pia do banheiro |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Cuidado pessoal (d5) |
X |
|
7. Abaixou para pegar objetos, levantou-se rápido, ficou tonta e caiu |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
8. Ficou tonta ao descer o meio fio e caiu |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
9. Tonteira ao colocar o feijão na geladeira |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Vida doméstica (d6) |
X |
|
10. Tonteira e caiu |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) |
X |
|
11. Tontura após levantar-se rápido da posição deitada no chão |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
12. Tonteira dentro de casa ao carregar o colchão |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Vida doméstica (d6) |
X |
|
13. Tonteira perto de casa, acordou e já estava no hospital |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) |
X |
|
14. Desequilibrou por tonteira ao se levantar da posição sentada |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
15. Tontura ao se levantar a cabeça para pegar coco na árvore |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
16.
Levantou-se rápido e caiu |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
17. Foi ao banheiro e após caiu na cozinha |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
18. Agachou para pegar vasilha no chão e caiu |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
19. Caiu do lado da cama |
|
|
|
▪
Funções dos sistemas cardiovascular, hematológico, imunológico e
respiratório (b4) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
20. Foi sentar-se na pilastra e acabou caindo para trás dela |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
21.
Queda de bicicleta, bateu na banca de roupa |
|
|
|
▪
Funções sensoriais e dor (b2) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
22.
Queda ao subir na bicicleta |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
|
23.
Correu da cachorra e escorregou no tapete |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
24.
Bebeu muito e tropeçou
no chinelo |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
25. Caiu
da escada ao cortar galho da árvore |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Vida doméstica (d6) |
X |
|
26. Escorregou com panela na mão pelo pingo vindo da panela |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Vida doméstica (d6) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
27.
Enroscou na capa do sofá |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Vida doméstica (d6) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
28.
Escorregou no tapete molhado |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
29.
Acidente por tropeço no fogão |
|
|
|
▪
Funções sensoriais e dor (b2) ▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
30. Escorregou por sapato de sola lisa escorregou em piso
empoeirado com chinelo estragado |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
31. Ao
se levantar do sofá a bengala escorregou |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
32.
Desequilibrou ao descer escada sem corrimão |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
33.
Escorregou no piso molhado |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
34. Escorregou após sair do banho descalço e com o pé molhado |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Cuidado pessoal (d5) ▪
Produtos e tecnologia (e1) |
X |
X |
35.Escorregou una grama molhada |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
36. Acidente em terreno irregular, estava regando as plantas |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Vida doméstica (d6) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
37.
Escorregou no lodo fora da casa |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) |
X |
X |
38.
Escorregou ao pisar embaixo do pé de chuchu |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo ser humano (e2) |
X |
X |
39.
Cachorra tracionou a coleira e levou junto |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Apoio e relacionamentos (e3) |
X |
X |
40.
Derrubada por cachorro |
|
|
|
▪
Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento
(b7) ▪
Mobilidade (d4) ▪
Apoio e relacionamentos (e3) |
X |
X |
Total |
40 |
38 |
22 |
|
40 |
24 |
FC: Funções do corpo; AP: Atividades e Participação; FA: Fatores ambientais;
FRIQ: Fator de Risco Intrínseco para Quedas; FREQ: Fator de Risco Extrínseco para Quedas.
Fonte: Elaboração própria
Discussão
Este estudo mapeou a estrutura da CIF para classificar os preditores potenciais das quedas relatadas pelos idosos hospitalizados para tratamento cirúrgico da fratura de quadril. Foi considerada sistematicamente a complexidade das quedas para a população idosa e, por isso, foi adotado uma abordagem biopsicossocial para descrever os contextos de ocorrência das quedas. Os dados do nosso estudo indicam que prováveis deficiências relacionadas às funções corporais, estiveram mais relacionadas nos momentos das quedas autorrelatadas, especialmente as funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento; além disso, os fatores ambientais na metade das ocorrências estiveram presentes e consistiram em barreiras/obstáculos para a funcionalidade e estão relacionados aos fatores de risco extrínsecos para quedas. Isso tem implicações sobre como os idosos, a família e os profissionais de saúde podem estruturar suas ações ao prevenir esse evento adverso.
Dos fatores pessoais que foram observados, o sexo feminino, a idade avançada, a inatividade física, a baixa escolaridade e viver sozinho foram características bem representadas na amostra investigada. É reconhecido que esse achado não é necessariamente novo, uma vez que consiste em perfil estabelecido na literatura para idosos caidores (Fucahori et al., 2014; Soares et al., 2020; Nascimento et al., 2022). Outros fatores pessoais preditores para quedas e fraturas foram verificados em estudo longitudinal realizado com idosos com osteoartrite ou alto risco de desenvolver osteoartrite no joelho ou quadril, utilizando a estrutura da CIF. Esses fatores incluem o autorrelato de quedas anteriores, a presença de comorbidades e o uso de bisfosfonatos (Soh et al., 2020). Esses achados enfatizam a importância de os profissionais de saúde perguntarem sobre o histórico de quedas anteriores, bem como o histórico clínico e o uso de medicamentos relevantes e predisponentes às quedas, a fim de rastrear o risco de novas quedas e fraturas.
Vários dos idosos participantes do nosso estudo relataram a queda em circunstância de deambulação. A folga mínima do pé é considerada um fator crítico de controle da fase de oscilação da marcha e está associado a tropeções e quedas em idosos (Ribeiro et al., 2019). Outras características da marcha no processo de envelhecimento, como passos lentos, curtos e múltiplos com maior tempo em duplo apoio (Caetano et al., 2016) associados aos riscos ambientais colocam os idosos em risco potencial para esses eventos adversos. Perigos inesperados por imperfeições na geografia do espaço urbano, e também, por implicações na falta de acessibilidade nas residências dos idosos podem ter colaborados para os relatos de tropeços na amostra investigada.
Existem fatores de risco intrínsecos e extrínsecos (como os ambientais) que colocam o idosos em risco de queda e suas consequências. Considerando fatores intrínsecos relacionados às funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento, estiveram presentes indícios de deficiências nessas funções, que são passíveis de prevenção, ou seja, são fatores de risco modificáveis para quedas. Ao longo do envelhecimento humano modifica-se a composição corporal e sua fisiologia impactando na vivência do indivíduo e suas idiossincrasias (Medim et al., 2023), dessa forma, a influência da inatividade física (mostrada na Tabela 1) nesse cenário é vista, já que o nível de atividade física baixo ou sua ausência impacta a funcionalidade e mobilidade dos idosos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a ocorrência de novos casos de queda. (Nascimento et al., 2022)
Assim, as deficiências relacionadas às estruturas e funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas ao movimento podem potencialmente ser alvo de uma intervenção multifatorial para manter ou melhorar a participação social e qualidade de vida entre idosos.Juntamente com mudanças comportamentais a respeito da prática da atividade física e interação com o ambiente; evitando, assim, o comprometimento do componente participação, que é considerado o componente mais complexo da CIF, e caracterizado em diferentes instrumentos existentes que avaliam a qualidade de vida relacionada à saúde. (Silva et al., 2013)
Mudanças abruptas de posição corporal geram alterações na pressão sanguínea causando a sensação de tontura, comum em indivíduos de maior faixa etária (Velten et al., 2019). Além disso, a hipotensão ortostática está significativamente associada à ocorrência de quedas em idosos (H), e teve destaque como sintoma presente nos mecanismos de queda relatados, o que indica a importância da avaliação clínica e a necessidade da investigação dessa condição clínica direcionando para o tratamento da hipotensão ortostática para potencialmente reduzir as quedas. (Mol et al., 2019)
Recursos para ajudar na deambulação, como as bengalas, e a presença/interação com animais domésticos estiveram envolvidos nos contextos de quedas relatados e podem ser considerados fatores predisponentes para quedas. Intervenções para diminuir o risco de queda domiciliar são recomendações importantes, incluindo a identificação e remoção dos perigos e a modificação de comportamentos de risco; além do acompanhamento e suporte para adaptações e modificações (Montero-Odasso et al., 2022), incluindo a revisão da indicação, adaptação e treinamento com o uso de dispositivos auxiliares para a marcha.
O presente estudo tem algumas limitações e pontos fortes que devem ser mencionados. Até onde é de nosso conhecimento não há estudos realizados, nacionalmente, na perspectiva de mapear todos os termos relacionados à funcionalidade/incapacidade da CIF nos contextos de ocorrência das quedas em idosos. A pequena amostra limita a generalização de nossos achados. No entanto, percebe-se uma interação dinâmica entre fatores intrínsecos e extrínsecos presentes nos contextos de ocorrência das quedas relatadas, o que nos direciona para abordagens de monitoramento e intervenção multidimensionais relacionadas à prevenção de novas quedas. A CIF e os seu score sets abrangentes podem guiar a avaliação multiprofissional em pacientes com uma determinada condição de saúde (Riberto, 2011), como o de pessoas idosas susceptíveis às quedas.Na área clínica, ela se propõe a ser um modelo norteador para o atendimento multidisciplinar, destinado a servir às diferentes equipes e aos variados recursos disponíveis nos serviços, como fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, assistência social, medicina, educação física, e assim por diante. (Farias, e Buchalla, 2005)
Conclusões
Dessa forma, emerge a significância da abordagem biopsicossocial ao examinar o contexto em que ocorrem episódios de queda em pessoas idosas. Essa perspectiva transcende o olhar da doença e deficiência (corpo), estendendo-se para a esfera contextual, ambiental na qual o indivíduo idoso está inserido, juntamente com as complexidades que a envolvem. Proporcionando aos profissionais da saúde um panorama multidimensional sobre a realidade singular de cada idoso, propiciando a adaptação das intervenções, e promovendo, assim, um refinamento da eficácia do cuidado oferecido para os idosos. Além disso, estratégias preventivas para quedas potencialmente reduziriam os encargos financeiros atrelados às intervenções cirúrgicas e à emergência de cenários clínicos crônicos, culminando, assim, em um avanço no âmbito da saúde pública.
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