ISSN 1514-3465
Carga de treinamento, recuperação, bem-estar e
tolerância ao estresse de atletas de salto em distância
Training Load, Recovery, Well-Being and Stress Tolerance of Long Jump Athletes
Carga de entrenamiento, recuperación, bienestar y tolerancia al estrés de atletas de salto de longitud
Felipe Eduardo de Sousa Sunsin
*felipesunsin@outlook.com
Gabriel Henrique Ornaghi de Araujo
**ornaghi.gabriel7@gmail.com
Fabiana Andrade Machado
+famachado_uem@hotmail.com
Cecília Segabinazi Peserico
++ceciliapeserico@gmail.com
*Graduação em andamento em Abi - Educação Física
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
**Licenciado e Bacharel em Educação Física pela UEM
Atualmente é mestrando em Educação Física na linha de pesquisa
"Ajustes e respostas fisiológicas e metabólicas ao exercício físico"
no programa de pós graduação associado em Educação Física UEM/UEL
Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Fisiologia
do Exercício Aplicada a Humanos (GEFEAH/UEM)
Técnico de Badminton na Associação Maringaense
de Badminton e Parabadminton
+Graduado em Educação Física (Bacharelado)
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Mestrado e Doutorado em Ciências da Motricidade pela UNESP
Pós-doutorado pela Escola de Educação Física e Esportes
da Universidade de São Paulo (USP)
Pós-doutorado pela Fakultät für Sportwissenchaft - Ruhr
Universität Bochum (Alemanha)
Professor Visitante na Università degli Studi di Pavia
Atua no Escritório de Cooperação Internacional da UEM
no Setor de Internacionalização em Casa
Professor Associado nível C do Depto. de Educação Física da UEM
Docente permanente do Programa Associado de Pós-Graduação
em Educação Física UEM/UEL (Mestrado e Doutorado)
e do Programa em Ciências Fisiológicas UEM (Mestrado)
Consultor ad hoc da Fundação Araucária e CAPES
Lidera o Grupo de Estudos e Pesquisa em Fisiologia do Exercício
Aplicada a Humanos - GEFEAH
++Graduada em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física pela UEM
Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado
pelo Programa de Pós-Graduação Associado
em Educação Física - UEM/UEL (CAPES 5)
Atualmente é docente adjunta temporária do Depto. de Educação Física
da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Docente do Grupo de Estudos e Pesquisa
em Fisiologia do Exercício Aplicada a Humanos - GEFEAH
(Brasil)
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
Este trabalho está sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt |
Citação sugerida
: Sunsin, F.E. de S., Araujo, G.H.O. de, Machado, F.A., e Peserico, C.S. (2023). Carga de treinamento, recuperação, bem-estar e tolerância ao estresse de atletas de salto em distância. Revisão integrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(307), 57-69. https://doi.org/10.46642/efd.v28i307.7201
Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar e monitorar as respostas da carga interna de treinamento (CIT), níveis de recuperação, bem-estar e tolerância ao estresse (TE) durante três semanas de treinamento no período competitivo de atletas de salto em distância. Participaram do estudo cinco atletas saltadores do atletismo que durante três semanas tiveram a percepção subjetiva de esforço da sessão (PSEsessão) monitorada após 30 minutos do final de cada sessão de treinamento, a escala de recuperação total quality of recovery (TQR) e o questionário Well-being antes do início de cada sessão de treinamento. Foi aplicado o questionário DALDA ao final de cada semana de treinamento para avaliação da TE. Os resultados demonstraram que não foram encontradas diferenças significantes entre as três semanas de treinamento para todas as variáveis analisadas. Além disso, na semana 1 ocorreu a maior CIT e os atletas apresentaram os piores valores em relação ao bem-estar geral; já a menor CIT foi observada na terceira semana de treinamento, na qual os atletas se encontravam mais recuperados e com o melhor bem-estar geral. Portanto, a CIT, os níveis de recuperação, o bem-estar e a TE não foram diferentes durante as três semanas de treinamento avaliadas no atletismo, indicando pouca variação das cargas de treinamento no período competitivo monitorado.
Unitermos
: Treinamento. Atletismo. Desempenho esportivo.
Abstract
The present study aimed to evaluate and monitor internal training load (ITL) responses, recovery levels, well-being and stress tolerance (ST) during three weeks of training in the competitive period of long jump athletes. Five jumping athletes from athletics participated in the study, who, during three weeks, had their session rating of perceived exertion (RPEsession) monitored after 30 minutes of the end of each training session, the total quality of recovery scale (TQR) and the Well-being questionnaire before the start of each training session. The DALDA questionnaire was applied at the end of each training week to assess ST. The results showed that no significant differences were found between the three training weeks for all variables analyzed. In addition, in week 1 it was verified the highest ITL and also the athletes presented the worst value for overall well-being; the lowest ITL was found in the third training week, in which the athletes were more recovered and with the best overall well-being. Therefore, it is concluded that ITL, recovery, well-being and ST were not different during the three training weeks, indicating little variation in training loads in the monitored competitive period.
Keywords
: Training. Athletics. Sports performance.
Resumen
El presente estudio tuvo como objetivo evaluar y monitorear las respuestas de la carga interna de entrenamiento (CIE), los niveles de recuperación, bienestar y tolerancia al estrés (TE) durante tres semanas de entrenamiento en el período competitivo de atletas de salto de longitud. El estudio incluyó cinco atletas de salto de longitud que durante tres semanas fueron monitoreados en relación a su percepción subjetiva del esfuerzo de la sesión (PSEsessión) 30 minutos después del final de cada sesión de entrenamiento, la calidad total de la escala de recuperación (TQR) y el bienestar antes del inicio de la sesión. Se aplicó el cuestionario DALDA al final de cada semana de entrenamiento para evaluar el TE. Los resultados mostraron que no se encontraron diferencias significativas entre las tres semanas de entrenamiento para todas las variables analizadas. Además, en la semana 1 se verificó el mayor valor de CIE, y los deportistas tuvieron los peores valores en relación al bienestar; la CIE más baja se observó en la tercera semana de entrenamiento, en la que los deportistas se mostraron más recuperados y con mejor bienestar general. Por lo tanto, la CIE, los niveles de recuperación, el bienestar y el TE no fueron diferentes durante las tres semanas de entrenamiento evaluado, lo que indica poca variación en las cargas de entrenamiento en el período competitivo monitoreado.
Palabras clave:
Entrenamiento. Atletismo. Rendimiento deportivo.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 307, Dic. (2023)
Introdução
O atletismo é uma modalidade esportiva caracterizada por uma diversidade de provas de pista e de campo, corridas de rua, marcha atlética e corridas em montanhas e trilhas (World Athletics, 2022). Especificamente, o salto em distância é conhecido como um dos dois saltos horizontais do atletismo, no qual os competidores correm ao longo de uma pista e saltam o mais distante possível em uma caixa de areia a partir de uma tábua de decolagem de madeira (World Athletics, 2022). Contudo, são escassos os estudos que investigaram o treinamento de atletas saltadores.
O objetivo do treinamento esportivo é otimizar o desempenho dos atletas, no qual é necessário compreender as características de cada atividade e as adaptações fisiológicas que ocorrem de acordo com os estímulos de treinamento (Bompa, e Haff, 2012). Para identificar melhoras na performance dos atletas, é importante que seja realizado o monitoramento das sessões de treinamento e do desempenho para que cheguem em suas competições principais no seu melhor rendimento (Bompa, e Haff, 2012; Koseki, e Peserico, 2022). Nesse contexto, vale ressaltar que cada sessão de treinamento tem o potencial de induzir sintomas de fadiga, no qual, normalmente o atleta é capaz de recuperar-se e adaptar-se a uma sessão de treinamento em um período relativamente curto. (Meeunsen et al., 2013)
Sendo assim, se faz necessário monitorar a carga interna de treinamento (CIT) de atletas para acompanhar o processo de adaptação dentro dos diferentes períodos de treinamento, assim como saber o momento certo para aplicar a sobrecarga (Nakamura et al., 2010; Bompa, e Haff, 2012). Uma das formas de monitorar e quantificar a CIT é através do método da percepção subjetiva de esforço da sessão (PSEsessão) que avaliar o esforço do atleta após cada sessão de treinamento utilizando a escala CR-10 de Borg a partir do protocolo proposto por Foster et al. (2001). Além do monitoramento da CIT, questionários como o Daily Analysis of Life Demands in Athletes (DALDA) (Rushall, 1990), também têm sido muito utilizados como alternativa para monitorar a tolerância ao estresse (TE) imposta pelas cargas de treinamento (Moreira et al., 2010). Estudos com diferentes modalidades esportivas já utilizaram a PSEsessão juntamente com o DALDA para monitorar as respostas de atletas durante um período de treinamento. (Koseki, e Peserico, 2022; Antualpa et al., 2015; Mortatti et al., 2014)
Além do uso da PSEsessão e do DALDA, treinadores e atletas também podem usar escalas para avaliar tanto a qualidade total de recuperação a partir da Total Recovery Scale (TQR) (Kenttä, e Hassmén, 1998), como o bem-estar com o questionário Well-being (Hooper, e Mackinnon, 1995), que são ferramentas úteis para monitorar a percepção de fadiga e recuperação do atleta. Especificamente no atletismo, o monitoramento do treinamento a partir dessas escalas e questionários vem sendo pouco investigado (Goes et al., 2023; Matos et al., 2019; Melo et al., 2018). Além disso, vale destacar que estudos com atletas saltadores no atletismo envolvendo o treinamento esportivo são escassos. (Coyne et al., 2021; Franceschi et al., 2021; Moura, 2021)
Coyne et al. (2021) monitoraram a CIT pela PSEsessão e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) de quatro saltadores de elite de salto em distância durante 16 semanas de treinamento e os autores concluíram que o monitoramento da CIT e da VFC são de suma importância para os ajustes das sessões de treinamento de atletas de elite de salto em distância. Já Franceschi et al. (2021) identificaram mudanças na CIT, prontidão neuromuscular e medidas de percepção de fadiga em dois atletas juvenis de salto em distância durante um período de 16 semanas (fases preparatória e competitiva), no qual utilizaram o questionário de bem-estar para a avaliação da percepção de fadiga. Os principais achados do estudo destacaram uma diminuição da CIT e do bem-estar durante a fase competitiva do período de treinamento monitorado.
Apesar da importância do monitoramento da CIT, dos níveis de recuperação, do bem-estar e da TE de atletas com o objetivo de desenvolver uma melhor periodização do treinamento e otimização do desempenho dos atletas, nenhum estudo realizou o monitoramento em conjunto durante um período de treinamento de atletas saltadores. Logo, o objetivo do presente estudo foi avaliar e monitorar as respostas da CIT, níveis de recuperação, bem-estar e TE durante três semanas de treinamento no período competitivo de atletas de salto em distância. A hipótese é que as respostas de CIT e das escalas sejam semelhantes entre as semanas de treinamento monitoradas.
Métodos
Participantes
A amostra foi selecionada por conveniência, no qual participaram do estudo cinco atletas saltadores (três homens e duas mulheres) que competem em nível nacional nas provas de salto em distância e salto triplo, das categorias Sub-20 e adulto, com idade média 21,8 ± 3,5 anos e tempo de experiência de 10,4 ± 4,7 anos. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e responderam a ficha de anamnese. Os critérios de exclusão estabelecidos para o estudo foram: não completar um total de 100% das sessões de treinamento planejadas ou se lesionar durante o período de coleta de dados. O protocolo desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Estadual de Maringá (Nº 4.177.256/2020).
Design experimental
O estudo é quase-experimental e foi realizado em um período de três semanas durante o período competitivo. Durante as três semanas de treinamento foi monitorada a CIT diariamente pelo método da PSEsessão (Borg, 1982) e a TE semanalmente pelo questionário DALDA (Rushall, 1990; Moreira, e Cavazzoni, 2009). O nível de recuperação dos atletas que foi verificado pela escala de Qualidade Total de Recuperação (Total Quality of Recovery - TQR) e o bem-estar pelo questionário de Bem-Estar (Well-Being), os quais foram aplicados antes de cada sessão de treinamento. As sessões de treinamento foram prescritas exclusivamente pelo técnico da equipe, sem que houvesse qualquer interferência dos pesquisadores.
Protocolo de treinamento
As sessões de treinamento foram realizadas em diferentes pisos/locais de acordo com as necessidades da modalidade (pista de atletismo oficial ou grama sintética), onde os atletas já estavam habituados a treinarem. Além disso, o horário das sessões foram entre 14:00 e 16:00 horas, no qual a temperatura variou de 27 a 33°C e os atletas tiveram hidratação livre durante toda a sessão de treinamento. A periodização e a prescrição do volume e das intensidades das sessões de treinamento que foram baseadas na percepção subjetiva de esforço (6 a 20 pontos) foram realizadas pelos treinadores da equipe durante três semanas do período competitivo.
Os atletas realizaram cinco sessões semanais de treino, que tiveram duração de 120 minutos. As sessões foram divididas com ênfase no desenvolvimento da força e potência muscular, com treinos de musculação envolvidos (3 sessões) e treinamento técnico (2 sessões) e foram compostas por aquecimento, parte principal e desaquecimento. O aquecimento das sessões de treinamento realizadas com ênfase no desenvolvimento de força e potência muscular duraram de 15 a 25 minutos, no qual consistia em exercícios de intensidade leve (PSE 10-11) para ativação muscular e exercícios de fortalecimento para abdômen e a região lombar das costas, seguido de uma corrida leve à moderada (11-13), com intensidade auto-selecionada envolvendo exercícios coordenativos. Na parte principal das sessões foram realizados exercícios resistidos, e exercícios de saltos alternados, unilaterais e corridas saltadas.
Já nas sessões com ênfase na técnica de movimento, o aquecimento teve duração de 10 minutos envolvendo exercícios ginásticos para melhorar equilíbrio, coordenação motora, noção espacial e mobilidade. Depois disso era realizado um aquecimento de corrida moderada (PSE 12), com intensidade auto selecionada durante ≈10 minutos. Na parte principal, que teve duração de 80 minutos, os atletas executavam um treino de maior volume, com um número elevado de saltos, corridas alternadas, educativos sobre barreiras e corridas curtas com distâncias que variaram entre 30 e 200 metros com descanso de dois minutos entre as séries. A intensidade na parte principal variou de moderada a vigorosa (PSE 12-16).
Como parte final ou desaquecimento, todas as sessões continham o mesmo formato, no qual os atletas faziam um trote de intensidade leve (PSE 10), em intensidade auto selecionada, durante aproximadamente cinco a oito minutos, finalizando a sessão com alongamentos leves.
Carga interna de treinamento (CIT)
A CIT foi monitorada e quantificada com base no método PSEsessão por meio da escala CR-10 (Foster et al., 2001). Após 30 minutos do término de cada sessão de treinamento o atleta respondeu à seguinte pergunta: “Como foi a sua sessão de treino?”. O produto do escore da PSE (intensidade) pela duração da sessão em minutos (volume) refletia a magnitude da CIT em unidades arbitrárias (UA) (Nakamura, Moreira, e Aoki, 2010). Além disso, também foram calculados a monotonia semanal de treino, por meio da divisão da média da CIT das semanas pelo desvio padrão, e o esforço semanal por meio da multiplicação da soma total das cargas da semana pela monotonia (Foster et al., 2001).
Qualidade Total de Recuperação
A escala Total Quality of Recovery (TQR) de Kenttä, e Hassmén (1998) é uma escala de 6 a 20 pontos, no qual 6 significa em nada recuperado e 20 significa totalmente recuperado. Assim, a escala foi apresentada aos atletas sendo feita a seguinte pergunta: “Como você se sente em relação à sua recuperação?”. A escala TQR foi respondida individualmente imediatamente antes de cada sessão de treinamento. A média dos valores obtidos em cada semana foram utilizados como o escore dos atletas, sendo que valores mais elevados indicaram que os atletas estavam mais recuperados.
Questionário de Bem-Estar
A avaliação do bem-estar foi realizada pelo instrumento Well-Being (Hooper, e Mackinnon, 1995). O instrumento foi aplicado imediatamente antes do início de cada sessão de treinamento com o objetivo de avaliar como o atleta se sentia em relação ao seu bem-estar a partir da avaliação de quatro fatores/domínios: fadiga, qualidade do sono da noite anterior, dor muscular geral e níveis de estresse. Assim, o atleta avaliava em qual nível ele se encontrava respondendo uma escala pontuada de 1 (muito, muito bom) até 7 pontos (muito, muito ruim), no qual o bem-estar geral é então determinado pela soma dos quatro escores sendo chamado de índice de Hooper (Hooper, e Mackinnon, 1995). A média dos valores obtidos em cada semana foram utilizados como o escore dos atletas, sendo que menores valores indicaram melhor bem-estar.
Questionário Daily Analysis of Life Demands in Athletes (DALDA)
Foi aplicado o questionário DALDA (Rushall, 1990; Moreira, e Cavazzoni, 2009) ao final de cada semana de treinamento para o monitoramento da TE. O questionário DALDA é dividido em duas partes (A e B) que representam, respectivamente, os sinais (nove questões) e sintomas de estresse (vinte e cinco questões). Os atletas responderam (ao final de cada semana de treinamento) as questões em função da percepção da severidade dos sintomas, tendo como opções de resposta: “pior do que o normal”, “normal”, ou “melhor do que o normal”.
Análise estatística
Os dados foram analisados utilizando Statistical Package for the Social Sciences 20.0 software (SPSS Inc., USA) e estão apresentados em média ± desvio padrão (DP). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e os dados foram normais. O teste Anova de medidas repetidas, seguida do post hoc de Bonferroni, foi realizado para as comparações múltiplas das variáveis: CIT, monotonia, esforço, qualidade total de recuperação, sono, estresse, fadiga, dor muscular, bem-estar geral e TE. O nível de significância adotado foi de P<0,05.
Resultados
A Tabela 1 apresenta os dados referentes a CIT média semanal, monotonia e esforço semanais. Os maiores valores foram observados na primeira semana de treinamento. Contudo, não houve diferença significante nas comparações múltiplas entre as semanas para todas as variáveis analisadas (P>0,05).
Tabela 1. Média ± DP da CIT, monotonia e esforço semanal
determinados durante o período de treinamento de atletas de salto em distância
|
Semana 1 |
Semana 2 |
Semana 3 |
Anova (F; P; n²) |
CIT (UA) |
430,0±144,9 |
416,0±117,8 |
368,0±43,8 |
0,91; 0,44; 0,19 |
Monotonia (UA) |
4,3±2,7 |
2,3±0,9 |
3,7±1,8 |
1,76; 0,23; 0,31 |
Esforço (UA) |
6294,2±4133,4 |
2983,3±1464,8 |
4270,0±2784,1 |
2,91; 0,11; 0,42 |
Nota: n = 5; CIT = Carga Interna de Treinamento; DP = Desvio Padrão; UA = Unidades Arbitrárias;
F= valor do teste Anova; n², Eta ao quadrado. Fonte: Elaboração própria
Na Tabela 2 estão apresentados os escores semanais para qualidade total de recuperação (TQR), sono, estresse, fadiga, dor muscular e bem-estar geral. Não foram observadas diferenças significantes entre as três semanas para as variáveis avaliadas (P>0,05). Os valores de recuperação demonstraram menor escore na semana 2. Para o bem estar geral, foi observado um score semelhante entre as semanas 1 e 2 e uma diminuição do escore na semana 3.
Tabela 2. Média ± DP semanal da qualidade total de recuperação, sono, estresse,
fadiga, dor muscular e bem-estar geral avaliados durante as três semanas de treinamento
|
Semana 1 |
Semana 2 |
Semana 3 |
Anova (F; P; n²) |
Qualidade total de recuperação |
14,4±1,6 |
12,7±0,9 |
14,7±2,4 |
2,29; 0,16; 0,36 |
Sono |
3,1±0,9 |
2,8±0,7 |
3,0±1,2 |
0,14; 0,87; 0,03 |
Estresse |
3,6±0,9 |
3,8±0,6 |
2,7±0,6 |
10,28; 0,13; 0,72 |
Fadiga |
4,1±1,1 |
3,8±0,5 |
3,2±1,1 |
2,95; 0,11; 0,43 |
Dor Muscular |
4,1±1,3 |
4,3±0,7 |
3,3±1,3 |
1,56; 2,67; 0,28 |
Bem-estar geral |
14,9±0,5 |
14,8±0,6 |
12,2±0,3 |
2,01; 1,94; 0,34 |
Nota: n = 5; DP = Desvio Padrão; F= valor do teste Anova; n², Eta ao quadrado. Fonte: Elaboração própria
Na Tabela 3 estão apresentados os escores semanais “melhor que o normal” e “pior que o normal” obtidos na parte A e B do questionário DALDA, que indicam a TE. Não foram observadas diferenças significantes entre as três semanas da parte A e B do questionário DALDA (P>0,05). Nas semanas 2 e 3 de treinamento foram encontrados os maiores escores para “pior que o normal” da parte A do questionário e o menor escore na semana 1 de treinamento. Na parte B do questionário o maior escore apresentado para “pior que o normal” foi na semana 3 de treinamento e o menor escore na semana 2 de treinamento.
Tabela 3. Média ± DP do escore semanal da tolerância ao estresse de atletas de
salto em distância durante três semanas de treinamento em período competitivo
|
Semana 1 |
Semana 2 |
Semana 3 |
Anova (F; P; n²) |
Parte
A “melhor
que o normal” |
1,0±0,7 |
0,6±0,9 |
1,2±0,4 |
0,74;
0,51; 0,16 |
Parte
A “pior
que o normal |
1,4±0,5 |
2,2±0,8 |
2,2±1,8 |
1,45;
0,29; 0,27 |
Parte
B “melhor
que o normal” |
4,4±3,4 |
2,6±2,3 |
2,0±0,7 |
1,33;
0,32; 0,25 |
Parte
B “pior
que o normal |
6,2±2,6 |
5,2±3,9 |
6,6±2,7 |
0,46;
0,65; 0,10 |
Nota: n = 5; DALDA: Daily Analysis of Life Demands; DP = Desvio Padrão; F= valor do teste Anova; n², Eta ao quadrado. Fonte: Elaboração própria
Discussão
O objetivo do presente estudo foi avaliar e monitorar as respostas da CIT, níveis de recuperação, bem-estar e TE durante três semanas de treinamento no período competitivo de atletas de salto em distância. O principal achado foi que não foram encontradas diferenças significantes para todas as variáveis analisadas monitoradas durante as três semanas de treinamento do período competitivo. Porém, observou-se maiores valores de CIT, monotonia e esforço durante a semana 1 de treinamento, a qual os atletas também se encontravam com o pior bem-estar geral. Ainda, os menores valores de CIT foram observados na terceira semana de treinamento, a qual os atletas se encontravam melhor recuperados e com melhor bem-estar geral.
Mesmo o monitoramento da CIT através da PSEsessão ser bastante estudado nas modalidades esportivas e nos mais diversos delineamentos (Koseki, e Peserico, 2022; Antualpa et al., 2015; Mortatti et al., 2014), esse monitoramento em algumas modalidades do atletismo, como o salto em distância, ainda é pouco estudado (Goes et al., 2023; Melo et al., 2018; Matos et al., 2019), principalmente em conjunto com as repostas dos níveis de recuperação, do bem-estar e da TE. Além disso, vale destacar que estudos com atletas saltadores no atletismo envolvendo o treinamento esportivo são escassos (Coyne et al., 2021; Franceschi et al., 2021; Moura, 2021) e que nenhum estudo anterior utilizou diferentes escalas e questionários de maneira simultânea para o monitoramento de atletas saltadores.
Em relação à CIT, os resultados encontrados no presente estudo evidenciaram valores menores na semana 3 em que os atletas também se encontravam mais recuperados e com o melhor bem-estar geral. Os achados são semelhantes aos encontrados por Franceschi et al. (2021), que verificaram mudanças na CIT avaliada pela PSEsessão, prontidão neuromuscular e medidas de percepção de fadiga em dois atletas juvenis de salto em distância (atleta do sexo feminino com 16,5 anos; atleta do sexo masculino com16,0 anos) que competiam em nível nacional e internacional, durante um período de 16 semanas (fases preparatória e competitiva). Os autores também encontraram uma diminuição da CIT em conjunto com uma diminuição da fadiga perceptiva. Nesse mesmo estudo, Franceschi et al. (2021) também destacaram uma diminuição na CIT durante o período competitivo em relação ao treinamento habitual sem competições.
Coyne et al. (2021) monitoraram quatro atletas de elite de nível internacional (26,4 ± 1,4 anos) por um período de 16 semanas em qualificação e competição nos Jogos Olímpicos de 2016. Os autores quantificaram a CIT pela PSEsessão para relacionar com o desempenho do salto em distância, no qual foi encontrada uma redução da CIT durante a competição em relação a CIT antes da competição (aproximadamente 30%) e constataram correlações entre CIT e desempenho na competição.
Também com saltadores, Moura et al. (2021) reportaram a CIT, a prontidão neuromuscular e percepção de fadiga em um atleta saltador de distância da categoria Sub-18 (16,7 anos) durante 18 semanas em períodos de preparação geral, preparação especial e competitivo, além de verificar associações com o desempenho em competição. Para o monitoramento da CIT foi utilizado o método de PSEsessão e o questionário de bem-estar foi utilizado para verificar a percepção de fadiga, dor muscular tardia, estado geral de saúde, humor, qualidade do sono e duração total do sono. Os autores encontraram uma redução moderada da CIT do período de preparação geral para o de preparação especial, seguido de manutenção da CIT no período competitivo, além de um aumento da percepção de fadiga do período de preparação geral para o de preparação especial, retornando aos valores iniciais no período competitivo. Sendo assim, os resultados encontrados em nosso estudo corroboram achados anteriores em relação as mudanças na CIT estarem relacionadas aos escores de recuperação e bem-estar geral.
Em um estudo com 47 atletas recreativos portugueses de trail running do sexo masculino (34,85 ± 8,88 anos) que competiam em campeonatos nacionais, Matos et al. (2019) analisaram a relação entre as variáveis relacionadas às cargas internas e externas das corridas de treinamento e competição, bem como as percepções de bem-estar ao longo de um mesociclo de quatro semanas. Os autores reportaram que as variáveis de bem-estar e a CIT obtida pela PSEsessão se associaram durante o mesociclo, no qual os escores de bem-estar geral correlacionaram-se significativamente com a CIT, indicando que quanto maior a CIT menor o bem-estar dos atletas. Vale destacar que esses achados de Matos et al. (2019) fortalecem o uso de escalas, como a de bem-estar, para monitorar modificações que acontecem na CIT ao longo da temporada de treinamento.
Outro importante resultado do presente estudo foram as respostas obtidas através da aplicação do questionário DALDA, que vem sendo utilizado em conjunto com a PSEsessão para o monitoramento das respostas ao treinamento em diferentes modalidades (Koseki, e Peserico, 2022; Antualpa et al., 2015; Mortatti et al., 2014). Por exemplo, Antualpa et al. (2015) investigaram a dinâmica da CIT obtida pela PSEsessão e da TE obtida pelo DALDA em 28 jovens ginastas durante 8 semanas de treinamento e encontraram que o aumento da CIT foi acompanhado pela redução da TE no período com competição, sugerindo que maiores CIT com a aproximação das competições comprometeu a TE das atletas. Já Koseki, e Peserico (2022) avaliaram as respostas de 10 atletas de CrossFit® em relação a CIT obtida a partir da PSEsessão e da TE pelo DALDA durante quatro semanas de treinamento e verificaram que a CIT e as respostas do DALDA não foram diferentes nas quatro semanas de treinamento de CrossFit®, indicando uma possível relação entre as variáveis.
Vale ressaltar que nenhum outro estudo analisou as respostas do DALDA em atletas saltadores do atletismo durante um período de treinamento com atletas brasileiros. Vale destacar também que a maioria dos estudos que utilizaram o DALDA analisaram o escore “pior que o normal” tanto da parte A quanto da parte B, no qual valores maiores desses escores indicam estresse mais elevado nos atletas (Moreira et al., 2010; Gomes et al., 2013). No presente estudo, os achados mostraram que não houve diferenças significantes nos escores do DALDA entre as semanas avaliadas assim como para a CIT.
Os resultados são semelhantes aos de Goes et al. (2023) que avaliaram o desempenho físico, a CIT e a TE de seis atletas velocistas do atletismo nas provas de 100 e 400 metros, do sexo masculino e das categorias sub-23 e adultos de nível nacional (21,6 ± 1,9 anos) durante o período preparatório geral de treinamento e também não encontraram diferenças significantes para a TE avaliada pelos escores do DALDA e a CIT durante as quatro semanas. Entretanto, vale ressaltar que Goes et al. (2023) monitoraram a CIT em corredores velocistas durante um período de treinamento preparatório geral, diferentemente do presente trabalho que monitorou atletas saltadores em um período competitivo.
Ademais, vale ressaltar que Foster et al. (2001) afirma que valores de monotonia acima de 2,0 UA indicam baixa variação da CIT, o que contribui para a síndrome de overtraining. Nesse contexto, é válido mencionar que uma menor monotonia indica maior oscilação das cargas de treinamento (Foster et al., 2001; Nakamura et al., 2010). Os achados neste estudo indicaram valores de monotonia maiores que 2,0 UA nas semanas 1, 2 e 3, sendo a semana 2 com maior oscilação de cargas. Dessa maneira Nakamura et al. (2010) aconselham o monitoramento da CIT juntamente com o cálculo da monotonia para evitar respostas adaptativas negativas.
Apesar dos importantes achados, o presente estudo apresenta algumas limitações que podem ter influenciado nos resultados, como por exemplo a quantidade pequena de semanas avaliadas. Em relação ao número de participantes do estudo, apesar de ser de cinco atletas, é importante destacar que existe uma grande especificidade do salto em distância, limitando que se tenha um grande número de atletas nessa modalidade. Assim, sugere-se que futuros estudos com saltadores do atletismo realizem o monitoramento das respostas da CIT, dos níveis de recuperação, do bem-estar e da TE de atletas saltadores do atletismo durante um período de treinamento diferente e/ou mais longo.
Conclusões
A CIT, os níveis de recuperação, o bem-estar e a TE não foram diferentes durante as três semanas de treinamento avaliadas no atletismo, indicando pouca variação das cargas de treinamento no período competitivo monitorado. Além disso, a maior CIT, monotonia e esforço foram encontradas na semana 1 de treinamento, a qual os atletas também se encontravam com o pior bem-estar geral, e ainda, a menor CIT foi encontrada na terceira semana de treinamento, a qual o atletas se encontravam mais recuperados e com o melhor bem-estar geral, o que indica uma possível relação entre as respostas da CIT com as respostas dos níveis de recuperação e do bem-estar. Em relação as implicações práticas, os achados apresentados reforçam a importância do monitoramento do treinamento de atletas de salto em distância a partir do uso de métodos válidos e que auxiliam treinadores e atletas visando uma prescrição adequada das cargas com o intuito de obter respostas adaptativas positivas.
Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer aos participantes do presente estudo.
Referências
Antualpa, K.F., Moraes, H., Schiavon, L.M., de Arruda, A.F., e Moreira, A. (2015). Carga interna de treinamento e respostas comportamentais em jovens ginastas. Journal of Physical Education, 26(4), 583-592. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i4.27179
Bompa, T.O., e Haff, G.G. (2012). Periodização: teoria e metodologia do treinamento. Phorte Editora.
Borg, G.A. (1982). Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine and Science in Sports and Exercise, 14(5), 377-3 81. https://journals.lww.com/acsm-msse/abstract/1982/05000/psychophysical_bases_of_perceived_exertion.12.aspx
Coyne, J., Coutts, A., Newton, R., e Haff, G.G. (2021). Training load, heart rate variability, direct current potential and elite long jump performance prior and during the 2016 Olympic Games. Journal of Sports Science and Medicine, 20(3), 482-491. https://doi.org/10.52082/jssm.2021.482
Foster, C., Florhaug, JA, Franklin, J., Gottschall, L., Hrovatin, LA, Parker, S., Doleshal, P., e Dodge, C. (2001). A new approach to monitoring exercise training. Journal of Strength and Conditioning and Research, 15(1),109-115. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11708692/
Franceschi, A., Conte, D., Airale, M., e Sampaio, J. (2021). Training load, neuromuscular readiness, and perceptual fatigue profile in youth elite long-jump athletes. International Journal of Sports Physiology and Performance, 15(7), 1034-1038. https://doi.org/10.1123/ijspp.2019-0596
Goes, J.C.B., Araujo, G.H.O., e Peserico, C.S. (2023). Avaliação do desempenho físico, monitoramento da carga interna de treinamento e da tolerância ao estresse de corredores velocistas durante o período preparatório geral. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 17(107), 42-54. http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2676
Gomes R.V., Moreira A., Lodo, L., Nosaka, K., Coutts, A.J., e Aoki, M.S. (2013). Monitoring training loads, stress, immune-endocrine responses and performance in tennis players. Biology of Sport, 30(3), 173-180. https://doi.org/10.5604%2F20831862.1059169
Hooper, S.L. e Mackinnon, L.T. (1995). Monitoring overtraining in athletes. Recommendations. Sports Med., 20(5), 321-327. https://doi.org/10.2165/00007256-199520050-00003
Kenttä, G., e Hassmén, P. (1998). Overtraining and recovery. A conceptual model. Sports Medicine, 26(1), 1-16. https://doi.org/10.2165/00007256-199826010-00001
Koseki, J.N., e Peserico, C.S. (2022). Carga interna y fuentes y síntomas de estrés durante el entrenamiento en atletas de CrossFit®: Un estudio piloto. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(286), 21-34. https://doi.org/10.46642/efd.v26i286.3063
Matos, S., Clemente, F.M., Brandão, A., Pereira, J., Rosemann, T. Nikoladis, P.T., e Knechtle, B. (2019). Training load, aerobic capacity and their relationship with wellness status in recreational trail runners. Frontiers in Physiology, 10, 1189. https://doi.org/10.3389/fphys.2019.01189
Melo, B.P., Cruz, R., Manoel, F.A., Oliveira, F.R., e de Moraes, S.M.F. (2018). Relação entre percepção subjetiva do esforço e marcadores salivares em atletas de atletismo. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 32(2), 159-70. https://doi.org/10.11606/1807-5509201800020159
Meeusen, R., Duclos, M., Foster, C., Fry, A., Gleeson, M., Nieman, D., Raglin, J., Rietjens, G., Steinacker, J., e Urhausen, A. (2013). Prevention, diagnosis, and treatment of the overtraining syndrome: joint consensus statement of the European College of Sport Science and the American College of Sports Medicine. Medicine and Science in Sports and Exercise, 45(1), 186–205. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e318279a10a
Moreira, A., e Cavazzoni, P.B. (2009). Monitoring training due Portuguese versions of Wisconsin upper respiratory symptom survey -21 and daily analysis of life demands in athletes. Revista da Educação Física/UEM, 20(1), 109-119. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v20i1.5289
Moreira, A., Freitas, C.G., Nakamura, F.Y., e Aoki, M.S. (2010). Percepção de esforço da sessão e a tolerância ao estresse em jovens atletas de voleibol e basquetebol. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 12(5), 345-351. https://doi.org/10.5007/1980-0037.2010v12n5p345
Mortatti, A.L., Cavalcante Coelho, A.A., e Costa, E.C. (2014). Monitoramento da carga interna de treinamento, tolerância ao estresse e ocorrência de infecções em jovens atletas de futebol. Journal of Physical Education, 25(4), 629-638. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v25i4.22250
Moura, N., Moura, L., Moura, T., e Brandão, M. (2021). Variáveis do treinamento e desempenho em competição de um jovem atleta do salto em distância - um relato de caso. Revista Brasileira de Prescrição de Fisiologia do Exercício, 15(95), 82-95. http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2358
Nakamura, F.Y., Moreira, A., e Aoki, M. (2010). Monitoramento da carga de treinamento: a percepção subjetiva do esforço da sessão é um método confiável? Revista de Educação Física/UEM, 21(1), 1-11. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v21i1.6713
Rushall, B.S. (1990). A tool for measuring stress tolerance in elite athletes. Journal of Appled Sports Psychology, 2(1), 51-66. https://doi.org/10.1080/10413209008406420
World Atlhetics (2022). Competition and technical rules. https://worldathletics.org/about-iaaf/documents/book-of-rules
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 307, Dic. (2023)