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ISSN 1514-3465

 

Mapeamento da produção do conhecimento 

sobre a Ginástica na Educação Física Escolar

Mapping of Knowledge Production about Gymnastics in School Physical Education

Mapeando la producción de conocimiento sobre Gimnasia en la Educación Física Escolar

 

Adriana Sicati de Souza Maciel*

adrianasicati@gmail.com 

Ademir Faria Pires**

afariapires@gmail.com

Juliana Pizani+

jupizani@hotmail.com

Ieda Parra Barbosa Rinaldi++

parrarinaldi@hotmail.com

 

*Mestranda do Programa de Mestrado Profissional em Educação Física

em Rede Nacional (PROEF), pela UNESP de Presidente Prudente/SP

pólo UEM/Maringá/PR

Graduada em Educação Física (Licenciatura)

pela Universidade Estadual de Maringá

Possui especialização em Saúde e Atividade Física pela UNICESUMAR

e em Educação Especial pela Universidade Federal do Ceará

É professora do ensino fundamental I

Secretaria Municipal de Educação de Maringá

Professora da Escola Albert Sabin na modalidade especial

Secretaria de Educação do Paraná

**Mestre na área de Práticas Sociais em Educação Física

pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL

Graduado em Educação Física - Licenciatura pela Universidade Estadual de Maringá

Aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação

Associado em Educação Física UEM/UEL

Membro do Projeto de Ginástica Geral da UEM

e do Grupo de Pesquisa Gímnica: formação, intervenção

e escola DEF/UEM/CNPq

Atualmente atua como docente na área de Ginástica e Dança

na Universidade Paranaense (UNIPAR) - Unidade Cianorte

+Possui graduação em Educação Física

pela Universidade Estadual de Maringá

Mestrado em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação

Associado em Educação Física UEM/UEL

Doutorado em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado

em Educação Física UEM/UEL

Atualmente é professora do Departamento de Educação Física da UFSC

onde exerce a função de Chefe de departamento

Membro do Núcleo Docente Estruturante

dos cursos de Licenciatura e Bacharelado da UFSC

Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Cultura, Corpo e Movimento (Sôma) - UFSC

e do Grupo de Pesquisa Gímnica: formação, intervenção e escola DEF/UEM

++Possui Pós-Doutorado em Educação Física

pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Doutorado em Educação Física

pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Mestrado em Educação Física pela UNICAMP

especialização em Educação Física Infantil pela UEM

Graduação em Educação Física pela UEM

Atualmente é professora Associada-tide C

do Departamento de Educação Física da UEM

Líder do Grupo de Pesquisa Gímnica:

formação, intervenção e escola DEF/UEM/CNPq

Professora permanente do Programa de Pós-Graduação Associado

em Educação Física UEM/UEL e do mestrado profissional

em educação física (PROEF), no pólo da UEM, desde sua implantação

(Brasil)

 

Recepção: 18/08/2023 - Aceitação: 30/10/2023

1ª Revisão: 24/10/2023 - 2ª Revisão: 25/10/2023

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Maciel, S.S. de S., Pires, A.F., Pizani, J., e Barbosa-Rinaldi, I.P. (2024). Mapeamento da produção do conhecimento sobre a Ginástica na Educação Física Escolar. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(308), 167-185. https://doi.org/10.46642/efd.v28i308.7174

 

Resumo

    O estudo teve como objetivo mapear as produções científicas sobre a ginástica na Educação Física Escolar (EFE) com vistas à caracterização da produção do conhecimento em relação aos eixos investigativos e às etapas de ensino da educação básica abordadas nos estudos. A pesquisa incluiu artigos, teses e dissertações, buscados nas bases eletrônicas Lilacs, Scielo, Web of Science e SportDiscus. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 48 estudos foram selecionados. Os resultados evidenciaram que a produção científica sobre a ginástica na EFE foi crescente, embora o número de pesquisas encontradas não tenha sido expressivo tendo em vista o período de abrangência (1980 a 2022). Houve um predomínio das pesquisas voltadas para a ginástica na EFE de forma ampla, sem especificar modalidades ou campos de atuação da ginástica. Dentre as temáticas analisadas, a categoria “Questões didático-pedagógicas” se destacou, abarcando estudos que provocam reflexões acerca do fazer pedagógico. Quanto às etapas da educação básica, o ensino fundamental predominou pelo número de produções, mas com pouca especificidade no que se refere ao trato com o conhecimento nos anos iniciais e finais. Em síntese, foi possível dimensionar a produção de conhecimento relacionada ao ensino da ginástica na EFE, favorecendo a compreensão de aspectos relacionados à temática, encontrando lacunas nas pesquisas mapeadas que podem apontar caminhos para a produção científica, com vistas à constante busca de melhorias na prática pedagógica de professores de Educação Física.

    Unitermos: Ginástica. Educação Física. Escola.

 

Abstract

    The study aimed to map scientific productions on gymnastics in the School Physical Education with a view to characterizing the production of knowledge in relation to the investigative axes and the teaching stages of basic education addressed in the studies. The research included articles, theses, and dissertations searched in electronic databases Lilacs, Scielo, Web of Science, and SportDiscus. After applying inclusion and exclusion criteria, 48 studies were selected. The results revealed that the scientific production on gymnastics in the School Physical Education has been increasing, although the number of found research was not significant considering the scope period (1980 to 2022). There was a predominance of research focused broadly on gymnastics in the scholar physical education, without specifying modalities or fields of gymnastics practice. Among the analyzed themes, the category of "Didactic-Pedagogical Issues" stood out, encompassing studies that provoke reflections on pedagogical practices. Regarding the stages of basic education, elementary education predominated in terms of the number of productions, but with little specificity regarding the treatment of knowledge in the initial and final years. In summary, it was possible to gauge the knowledge production related to gymnastics teaching in the school physical education, favoring the understanding of aspects related to the topic, while identifying gaps in the mapped research that can point the way for scientific production, with a view to the constant search for improvements in the pedagogical practice of Physical Education teachers.

    Keywords: Fitness. Physical Education. School.

 

Resumen

    El estudio tuvo como objetivo mapear las producciones científicas sobre gimnasia en la Educación Física Escolar (EFE) con el objetivo de caracterizar la producción de conocimiento en relación a los ejes investigativos y las etapas de enseñanza de la educación básica abordadas en los estudios. La investigación incluyó artículos, tesis y disertaciones, encontrados en las bases de datos electrónicas Lilacs, Scielo, Web of Science y SportDiscus. Luego de aplicar los criterios de inclusión y exclusión, se seleccionaron 48 estudios. Los resultados mostraron que la producción científica sobre gimnasia en EFE estaban creciendo, aunque el número de investigaciones encontradas no fue significativo considerando el período abarcado (1980 a 2022). Hubo predominio de investigaciones centradas en la gimnasia en EFE en un sentido amplio, sin especificar modalidades ni campos de actividad de la gimnasia. Entre los temas analizados, se destacó la categoría “Cuestiones didáctico-pedagógicas”, que abarca estudios que reflexionan sobre la práctica pedagógica. En cuanto a las etapas de la educación básica, la educación primaria predominó en cuanto al número de producciones, pero con poca especificidad a la hora de abordar los conocimientos de los años inicial y final. En resumen, fue posible medir la producción de conocimiento relacionado con la enseñanza de la gimnasia en EFE, favoreciendo la comprensión de aspectos relacionados con el tema, encontrando vacíos en las investigaciones mapeadas que pueden señalar caminos para la producción científica, con miras a la búsqueda constante de mejoras en la práctica del enfoque pedagógico de los docentes de Educación Física.

    Palabras clave: Gimnasia. Educación Física. Escuela.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 308, Ene. (2024)


 

Introdução 

 

    A produção científica em ginástica tem aumentado consideravelmente, especialmente por influência da criação de Programas de Pós-graduação Educação Física (PPGEF) no Brasil (Lima et al., 2016). Em contrapartida, Moura et al. (2014) pesquisaram artigos publicados em periódicos nacionais entre 2000 e 2010, e verificaram que o tema ginástica, frente à produção da área da Educação Física Escolar (EFE), tem sido pouco contemplado.

 

    Em consonância com esta realidade, o estudo de Wiggers et al. (2015) indica que, apesar do aumento significativo da produção científica na EFE entre os anos de 2006 e 2012 (7,30% para 18,20%), a pesquisa nesta área é uma das partes menos valorizadas no campo científico da Educação Física (EF). Segundo Simões et al. (2016), se a produção em EFE não é ampla, é esperado que as produções sobre ginástica na EFE também não sejam.

 

    Desta forma, pesquisas mais recentes se fazem necessárias no intuito de analisar a produção científica nesta área, desvendando os atuais desafios encontrados e definindo novos caminhos para o avanço científico. Nesta direção, Matos et al. (2013) consideram o levantamento de dados referentes à EFE como essencial para o reconhecimento de status científico da área e para seu fortalecimento na comunidade acadêmica, pois identificam modismos, fragilidades, redundâncias e omissões que, se forem adequadamente consideradas, indicam caminhos para novas investigações. Os autores concluíram a partir de um levantamento das produções acadêmicas na área EFE que o trato pedagógico de certos conteúdos deve ser discutido pela produção científica, especialmente sobre a ginástica, a capoeira e as lutas, por se apresentarem com menor visibilidade no campo acadêmico, carecendo de trabalhos que tratem de suas sistematizações no ensino escolar.

 

    Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi mapear as produções científicas sobre a ginástica na Educação Física Escolar, com vistas à caracterização da produção do conhecimento em relação aos eixos investigativos e às etapas de ensino da educação básica abordadas nos estudos.

 

Metodologia 

 

    Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa que, segundo Souza, Silva, e Carvalho (2010), é um método que sintetiza os estudos disponíveis sobre determinada temática e possibilita que o conhecimento científico, advindo dos resultados de estudos significativos, possa fundamentar e direcionar a prática. Foram utilizadas como fontes bibliográficas as bases de dados eletrônicas Lilacs, Scielo, Web of Science e SportDiscus. Para a busca, foram utilizados os termos “educação física”, “escola” e “ginástica”, em português, e “physical education”, “school” e “gymnastics”, em inglês, combinados com os operadores booleanos “E” e “AND”.

 

    Também foi usado um banco de dados contendo teses e dissertações de PPGEF (Programa de Pós-Graduação em Educação Física) recomendados pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), cuja organização foi feita pelo Grupo de Pesquisa Gímnica: formação, intervenção e escola DEF/UEM/CNPq, contendo 6106 dissertações e 1588 teses1. Para a pesquisa nesta fonte de dados, utilizou-se a ferramenta “localizar” com a palavra “ginástica”, na lista desse banco de dados, organizada com o título da produção, ano, autor e Instituição de Ensino Superior (IES). Além disso, para complementar a amostra, uma busca manual foi realizada em revistas nacionais que publicam artigos da área, a saber: Revista Movimento, Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Journal of Physical Education, Pensar à prática, Motrivivência, Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Revista Motriz.

 

    Os critérios de inclusão levaram em conta teses, dissertações e artigos científicos sobre a temática ginástica na EFE, disponíveis nas bases de dados e revistas selecionadas, bem como estudos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol. O recorte temporal estabelecido foi de 1980 a 2022.

 

    Para a composição da amostra final, foram excluídos os estudos que abordavam a ginástica na escola, mas não no contexto da EFE, assim como os estudos em que a ginástica foi tratada ao lado de outros conteúdos da área, bem como os estudos históricos que a consideravam como sinônimo de EF. Para garantir a qualidade e validade metodológica, os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados rigorosamente, assim como o protocolo de pesquisa foi empregado por dois investigadores.

 

    Na busca realizada nos bancos de dados eletrônicos foram encontrados 163 artigos sobre a ginástica, os quais passaram pela leitura do título, palavras-chave e resumo, sendo excluídos 133 que não atenderam aos critérios de inclusão ou por serem repetidos. Foram selecionados 30 para a leitura na íntegra. Após a apreciação das produções completas e reunião de consenso, ficou definido em 24 o número de artigos para a amostra. Por meio da busca manual, 13 artigos foram incluídos por atenderem aos critérios pré-estabelecidos, os quais não apareceram no levantamento realizado nos bancos de dados eletrônicos. Sendo assim, a amostra totalizou 37 artigos.

 

    No banco de dados de teses e dissertações dos PPGEF, a partir dos termos de busca “Ginástica”, foram encontradas 22 teses e 88 dissertações, sendo excluídas seis teses e oito dissertações após a leitura do título e palavras-chave. Assim, 16 teses e 80 dissertações passaram pela leitura do resumo. Após esse processo, restaram duas teses e nove dissertações que foram destinadas à leitura na íntegra. Em reunião de consenso entre os pesquisadores foi definido que as produções lidas por completo atenderam aos critérios definidos, portanto compuseram a amostra.

 

    Sendo assim, a amostra final totalizou 48 produções científicas que trataram da ginástica na EFE. O passo seguinte foi a organização dos dados em um quadro contendo o ano de publicação, os autores, o título, o objetivo do estudo, a metodologia de pesquisa empregada e os principais resultados. A Figura 1 apresenta as fontes usadas no processo de busca e os procedimentos para seleção amostral.

 

Figura 1. Etapas da coleta de dados

Figura 1. Etapas da coleta de dados

Fonte: Elaborado pelos autores

 

    A apresentação dos dados foi organizada a partir dos seguintes critérios: levantamento do fluxo e volume das produções ao longo dos anos; classificação dos estudos de acordo com os campos de atuação da ginástica propostos por Souza (1997); análise das produções científicas considerando os eixos investigativos apresentados com categorização a posteriori, sendo questões didático-pedagógicas, abordagens metodológicas da EF, barreiras e benefícios, e teorias pedagógicas da educação; classificação das etapas da educação básica estudadas na amostra analisada.

 

Resultados e discussão 

 

    Considerando a amostra final, as 48 publicações que trataram da ginástica na EFE entre os anos de 1980 e 2022, os resultados apontam a tendência de baixa produção acadêmica na área. Essa escassez na produção foi apontada por Simões et al. (2016), ao analisarem a temática ginástica nas publicações de periódicos nacionais na área da EF entre 2000 e junho de 2015, constataram que 5,3% dos estudos abordaram a ginástica na escola.

 

    É importante salientar que resultados como esses acompanham a produção científica na área da EFE, como exemplifica a pesquisa de Betti, Ferraz, e Dantas (2011), em que dos 1.582 artigos publicados nas 11 revistas analisadas, entre os anos de 2004 e 2008, apenas 289 (18%) referiram-se à EFE e que apenas 10 (12,1%) versaram sobre a ginástica. Corroborando esses dados, o estudo de Matos et al. (2013) realizou um levantamento dos artigos na área da EFE no período de 1981 a 2010, encontrando 16 (11%) sobre ginástica. As práticas corporais que prevaleceram nas produções analisadas foram os jogos/brincadeiras/esportes, fato que, segundo Betti, Ferraz, e Dantas (2011), reflete a tradição das práticas pedagógicas da EFE brasileira.

 

    A Figura 2 apresenta o fluxo e volume das produções analisadas, as teses, dissertações e artigos.

 

Figura 2. Fluxo e volume das produções científicas

Figura 2. Fluxo e volume das produções científicas

Fonte: Elaborado pelos autores

 

    Analisando os anos em que foram produzidas as teses, as dissertações e os artigos que compuseram a amostra, constou-se que a primeira pesquisa encontrada sobre a temática da ginástica na EFE é o estudo de doutorado de Ayoub (1998), sendo que somente após dez anos foi produzida outra tese na área. Em relação às dissertações, verifica-se a regularidade das produções entre os anos de 1999 e 2005, e após um período de 12 anos de escassez, observam-se novas produções em 2017 e 2018, evidenciando uma descontinuidade. Já a publicação de artigos se deu a partir do ano 2000, com um pico no ano de 2010 e outro em 2020. Em geral, os dados denotam que o número de produções foi crescente, embora de maneira tímida. Os anos de 2010 e 2020 se destacaram em quantidade de publicações (12,5% cada), sendo cinco artigos e uma dissertação em 2010 e seis artigos em 2020.

 

    O ano de 2010 também foi destaque na investigação de Carbinatto et al. (2016) sobre a produção científica em ginástica, com 45 (13,2%) artigos publicados. Este estudo verificou um aumento contínuo das produções entre os anos de 2000 e 2015, o que, segundo os autores, está atrelada ao crescimento dos Programas de Pós-graduação (PPGs) e grupos de pesquisa vinculados a eles, assim como aos eventos consolidados na área. Dentre esses eventos, destacam-se o Fórum Internacional de Ginástica Para Todos (FIGPT), com a primeira edição em 2001, e o Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC), organizado a partir de 2007, ambos por iniciativa da Faculdade de EF da UNICAMP e da Escola de EF e Esporte da USP, em parceria com outras Universidades do Estado de São Paulo.

 

    Em continuidade, apresenta-se na figura 3 a categorização dos estudos de acordo com os campos de atuação da ginástica (Souza, 1997) abordados nos estudos encontrados.

 

Figura 3. Campos de atuação da ginástica abordados nos estudos mapeados

Figura 3. Campos de atuação da ginástica abordados nos estudos mapeados

Fonte: Elaborado pelos autores

 

    Mediante a amostra selecionada, identifica-se que 21 (43,8%) estudos trataram a ginástica de forma ampla sem especificar modalidades, e 27 (56,2%) contemplaram os “Campos de atuação da ginástica” propostos por Souza (1997). As ginásticas de competição se destacaram, com 11 (22,9%) produções. (Pires, 2002; Schiavon, 2003; Koren, 2004; Bezerra, Ferreira Filho, e Feliciano, 2006; Schiavon, e Nista-Piccolo, 2007; Merida, Nista-Piccolo, e Merida, 2008; Oliveira, e Porpino, 2010; Maldonado, e Bocchini, 2015; Costa et al., 2019; Ávalos, Garde, e Vega, 2020; Petrušič, Bogataj, e Štemberger, 2022)

 

    Já as ginásticas de demonstração foram abordadas em oito (16,6%) produções (Ayoub, 1998; Bertolini, 2005; Seron et al., 2007; Gutierrez, 2008; Ferreira, e Rodrigues, 2014; Maroun, 2015; Viana, 2020; Correa et al., 2021). As ginásticas de condicionamento físico foram observadas em duas (4,2%) produções (Pereira et al., 2010; Menegon et al., 2016), assim como as ginásticas de conscientização corporal (4,2%) (Cunha, e Barros, 2012; Cabral, e Prodócimo, 2021). Quatro produções (8,3%) trataram de dois ou mais campos da ginástica, sendo: de competição, de demonstração e de condicionamento físico (Cesário et al., 2016; Brito, 2018), de competição e de condicionamento físico (Lorenzini, e Taffarel, 2018) e de competição e de demonstração. (Maldonado, Soares, e Schiavon, 2019)

 

    Nas investigações de Carbinatto et al. (2016) e Lima et al. (2016), em que analisaram a pedagogia da ginástica e a ginástica, detectaram um índice maior para as ginásticas competitivas se comparadas a este estudo: 46% e 56%, respectivamente. É importante comentar que, para além do conteúdo em si, a preocupação dos trabalhos mapeados se concentrou em questões pedagógicas, didáticas e metodológicas, com vistas ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem dos elementos gímnicos, o que é justificável, pois são produções voltadas para o campo da EFE.

 

    O fato de as ginásticas competitivas serem privilegiadas em 22,9% das produções denota o reflexo da visão esportivista que sustentou a formação docente e a prática pedagógica até a década de 1980, e que ainda ecoa nos currículos e práticas educacionais. Embora esta visão tenha sido questionada a partir do Movimento Renovador da EF, com a assimilação do discurso das teorias críticas da educação como afirma Machado, e Bracht (2016), é provável que neste processo histórico, a prática pedagógica no cotidiano escolar não esteja acompanhando os avanços obtidos no âmbito teórico.

 

    Há que se destacar que os conteúdos das ginásticas competitivas podem e devem ser abordados nas aulas de EF, tendo em vista que constam na Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2018) como objetos de conhecimento para a Educação Básica, de modo a fornecer diversas possibilidades de exploração de movimentos e de compreensão das características de cada modalidade, dando condições aos estudantes de vislumbrarem o vasto campo de conhecimentos gímnicos.

 

    A seguir, a análise referente aos eixos investigativos relacionados ao ensino da ginástica da EFE será apresentada a partir da Figura 4.

 

Figura 4. Categorização dos estudos por eixos investigativos

Figura 4. Categorização dos estudos por eixos investigativos

Fonte: Elaborado pelos autores

 

    Constatou-se o predomínio do eixo investigativo “Questões didático-pedagógicas”, com 21 estudos (43,7%). São trabalhos que apresentaram reflexões, proposições ou sugestões relacionadas à aplicação da ginástica nas aulas de EF, levantando questões relativas aos conteúdos, estratégias de ensino, avaliação das habilidades e o tipo de formação educacional almejada. Os apontamentos dos autores nesses estudos foram sustentados por projetos, teorias, programas e propostas já consolidadas ou por suas próprias experiências de ensino.

 

    Sobre esse eixo, algumas produções sugeriram para o ensino da ginástica a exploração dos conhecimentos nas três dimensões do conteúdo – procedimental, atitudinal e conceitual (Toledo, 1999; Merida, e Nista-Piccolo; Merida, 2008; Maldonado, e Bocchini, 2015). Tal proposta é uma possibilidade de estudo e experimentação de elementos gímnicos na EFE.

 

    Quanto às estratégias de ensino para a ginástica na EFE, evidenciou-se: a utilização de materiais alternativos (Schiavon, 2003; Koren, 2004; Ferreira, e Rodrigues, 2014; Menegon et al., 2016); a exploração da criatividade e do trabalho coletivo (Marcassa, 2004; Paraiso, 2010; 2011); a utilização de situações-problema que estimulem a resolução corporal (Koren, 2004; Merida, Nista-Piccolo, e Merida, 2008); a valorização das experiências dos estudantes e o acesso ao conhecimento científico (Paraiso, 2010; 2011); a preservação da heterogeneidade da turma para favorecer a inclusão (Schiavon, 2003; Merida, Nista-Piccolo, e Merida, 2008); a utilização da ludicidade como elemento pedagógico (Pizani, e Barbosa-Rinaldi, 2010; Cabral, e Prodócimo, 2021); o uso de feedback da aprendizagem (Pehkonen, 2010; Iwaki et al., 2020); a avaliação das habilidades por meio de testes motores. (Rudd et al., 2017)

 

    Outro apontamento realizado por alguns estudos deste eixo e que é relevante para o trato da ginástica na EFE diz respeito à utilização dos princípios da Ginástica Para Todos (GPT) como abordagem metodológica, pois garante a identidade da ginástica, ao mesmo tempo em que possibilita o diálogo com outras práticas corporais. As composições coreográficas e os festivais são pontos culminantes do processo de ensino (Ayoub, 1998; Marcassa, 2004; Oliveira, e Lourdes, 2014). Nesta direção, Pizani, e Barbosa-Rinaldi (2010) entendem a GPT como o caminho para se recriar a ginástica na escola e superar o ensino tradicional.

 

    O segundo eixo, intitulado “Barreiras e benefícios”, foi composto por 14 estudos (29,1%). Alguns desses estudos, sob a ótica do professor, apontaram barreiras quanto ao ensino da ginástica: falta de conhecimentos e formação inicial insuficiente (Schiavon, e Nista-Piccolo, 2007; Carride et al., 2017; Murbach, 2017; Costa et al. 2019); falta de espaço adequado e materiais (Bezerra, Ferreira Filho, e Feliciano, 2006; Schiavon, e Nista-Piccolo, 2007; Ferreira, e Rodrigues, 2014; Costa et al., 2019; Brito et al., 2021); menor participação dos meninos em relação às meninas (Ferreira, e Rodrigues, 2014), falta de material didático (Brito et al., 2021), precariedade do sistema educacional como um todo. (Murbach, 2017)

 

    Duas pesquisas deste eixo trouxeram a perspectiva dos estudantes, destacando que aprender a ginástica gera prazer e motivação quando ela é ensinada de forma lúdica (Koren, 2004) e que determinados conteúdos ginásticos podem causar desconfortos corporais conforme a didática usada pelo professor, gerando resistência por parte dos discentes (Pereira et al., 2010). A divergência entre essas pesquisas, conforme afirmação de Murbach et al. (2022), indica a necessidade de estudos sobre as experiências com a ginástica a partir da ótica discente.

 

    Ainda nos estudos deste eixo, alguns apontamentos foram feitos no intuito de pensar em soluções possíveis, mediante aos desafios de se ensinar a ginástica na EFE: a adaptação de espaço e materiais (Carride et al., 2017); a formação continuada e suporte didático aos docentes (Schiavon, e Nista-Piccolo, 2007; Carride et al., 2017; Mariano, 2018); a autonomia do professor para planejar suas aulas (Pajek et al., 2010); a sistematização dos conhecimentos nas diversas etapas de ensino. (Kovač, Sember, e Pajek, 2020; Brito et al., 2021)

 

    O terceiro eixo se refere ao ensino da ginástica e as “Abordagens metodológicas da EF”, com nove estudos (18,7%). Sete desses trabalhos se embasaram em uma ou mais abordagens consideradas teorias críticas, dentre elas a crítico-emancipatória, a crítico-superadora e o ensino aberto (Bonetti, 2000), o ensino aberto (Seron et al., 2007), a crítico-emancipatória e a crítico-superadora (Oliveira, e Porpino, 2010), a crítico-superadora (Lorenzini et al., 2015; Brito, 2018; Lorenzini, e Taffarel, 2018; Taffarel, Costa, e Vilas Boas Jr, 2020), e dois se pautaram nas teorias pós-críticas, alicerçados no multiculturalismo. (Gutierrez, 2008; Maroun, 2015)

 

    No quarto eixo, “Teorias pedagógicas da educação”, foram incluídas quatro produções (8,3%) que, ao tratarem da ginástica na EFE, saíram em defesa de teorias educacionais que subsidiam a prática docente: a prática reflexiva (Martineli, 2002), a teoria da aprendizagem social (Williams, e Kentel, 2013), a teoria histórico-cultural (Jeronimo, Frutuoso, e Duek, 2020) e a pedagogia histórico-crítica. (Viana, 2020)

 

    Libâneo (2005, p.10) comenta que pesquisadores e professores “...precisam conhecer as teorias educacionais, as clássicas e as contemporâneas, para poderem se situar teórica e praticamente enquanto sujeitos envolvidos em marcos sociais, culturais, institucionais”. No entanto, uma problemática apontada pelo autor é que algumas teorias não desenvolveram uma base pedagógico-didática sólida capaz de ajudar os professores em suas decisões e ações no cotidiano escolar, dificultando a incorporação dessas teorias na prática docente. Assim, pesquisas podem ser realizadas a partir dessas teorias, a fim de produzir novos conhecimentos que possam melhor fundamentar a atuação docente.

 

    Optou-se também por verificar a relação dos estudos com as etapas da educação básica, em detalhes na Figura 5.

 

Figura 5. Etapas de ensino abordadas nos estudos

Figura 5. Etapas de ensino abordadas nos estudos

Fonte: Elaborado pelos autores

 

    Os resultados demonstram que 36 estudos trataram de uma ou mais etapas de ensino, dos quais 29 incluíram o ensino fundamental, sendo que 10 se referiram a essa etapa como um todo, 10 enfocaram os anos finais e nove, os anos iniciais. O ensino médio foi tratado em 12 estudos e a educação infantil, em três. Em 12 estudos não foi identificada a etapa de ensino.

 

    Esses resultados se aproximam com a investigação de Betti, Ferraz, e Dantas (2011), cuja análise abordou 289 artigos caracterizados como pesquisa em EFE, publicados em 11 revistas brasileiras. Os autores constataram que os estudos estão distribuídos por todos os ciclos de escolarização, mas com maior incidência no ensino fundamental (28,7%). O Ensino Médio foi tratado em 9,9% da amostra e a Educação Infantil, em 9,2%. Ao relacionarem esses dados com as práticas corporais, observaram que “a literatura didático-pedagógica ainda carece de enfoques específicos que orientem com maior qualificação científica o ensino da Luta, da Ginástica e da Dança”. (Betti, Ferraz, e Dantas, 2011, p. 112)

 

    O termo “enfoques específicos” pode significar se atentar às etapas de ensino para se fazer proposições relacionadas aos conteúdos da EFE. O Referencial Curricular do Paraná esclarece que o ensino fundamental se caracteriza como “uma longa etapa intermediária em que se trabalha com um público amplo, trazendo consigo características únicas desses estudantes, as quais perpassam da infância à adolescência nesse período” (Paraná, 2018, p. 219). Sendo assim, a escolarização nessa etapa requer práticas educativas específicas que almejam a aprendizagem e o desenvolvimento dos sujeitos em diferentes faixas etárias e processos de formação. Com a educação infantil e o ensino médio não é diferente.

 

    Por outro lado, vale lembrar que a EFE carece de estudos que proponham a sistematização dos saberes a serem tratados ao longo da Educação Básica, perpassando as especificidades das etapas de ensino e anos escolares, com o intuito de aprofundar e ampliar os conhecimentos dos discentes. Nesse sentido, Barbosa-Rinaldi, e Pizani (2017) objetivaram construir uma possível estruturação dos conhecimentos ginásticos para os currículos da educação básica. Pautados em diferentes campos de atuação da ginástica, elementos constitutivos da ginástica e modalidades gímnicas, os saberes foram organizados de modo a orientar a organização do trabalho com a ginástica no espaço escolar, ampliando o leque de possibilidades de práticas pedagógicas do professor.

 

    Partindo de elaborações como essa, é possível ainda que novos estudos sejam desenvolvidos com o intuito de investigar como essa sistematização pode ser efetivada no cotidiano escolar e quais os impactos do ponto de vista docente e discente. De modo geral, dada a escassez de produções acadêmicas sobre a ginástica na EFE, é urgente o desenvolvimento de novos estudos na temática, de modo a investigar as lacunas apresentadas.

 

Conclusões 

 

    Em linhas gerais, este estudo permitiu dimensionar a produção de conhecimento relacionada ao ensino da ginástica na EFE e favoreceu a compreensão de aspectos relacionados a essa temática, em busca de lacunas nas pesquisas mapeadas, bem como de respostas que possam indicar caminhos para a produção científica em função da prática pedagógica desempenhada na escola por professores de EF.

 

    Os resultados desta pesquisa demonstraram que a maioria dos estudos abordou a ginástica na EFE de uma forma ampla, e que os campos de atuação com maior representatividade na amostra foram as ginásticas competitivas e as demonstrativas. Com base nesses dados, é preciso indicar a ampliação da concepção dos pesquisadores e professores sobre os campos de atuação da ginástica, a fim de que suas possibilidades sejam amplamente exploradas na formação docente e na prática pedagógica com este conteúdo.

 

    Ao se discutir o ensino da ginástica na escola, as questões didático-pedagógicas se sobressaíram, sendo possível conhecer as propostas das produções científicas no que se refere a conteúdos, estratégias de ensino, avaliação das habilidades e formação educacional esperada com o ensino da Ginástica na EFE. Os elementos trazidos à tona devem servir de reflexão àqueles responsáveis por pensar a formação docente, seja inicial ou continuada, aos pesquisadores que produzem os conhecimentos na área da EFE e ao próprio professor que está atuando na escola.

 

    Outra lacuna encontrada foi em relação às etapas de ensino da educação básica apresentadas nos estudos mapeados. O ensino fundamental predominou ao aparecer em mais da metade das pesquisas, mas com pouca especificidade ao ser tratado como um todo ou abordado ao lado de outras etapas de ensino. O ensino médio e a educação infantil foram etapas desfavorecidas, com menor quantidade de estudos versando sobre elas, carecendo de mais produções nessas áreas. Desse modo, faz-se necessária a realização de pesquisas em contextos específicos, para que os conhecimentos produzidos tragam soluções reais e possíveis de serem aplicadas.

 

Nota 

  1. O banco de dados teve sua última atualização em janeiro de 2022, abarcando teses e dissertações disponibilizadas na íntegra até esse momento.

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