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ISSN 1514-3465

 

Bem-estar, ocorrência de lesões e aspectos ambientais entre praticantes de jiu-jitsu

Well-being, Occurrence of Injuries and Environmental Aspects among Jiu-Jitsu Performers

Bienestar, aparición de lesiones y aspectos ambientales en practicantes de jiu-jitsu

 

Gustavo Henrique de Oliveira Arruda*

ghoafisio@gmail.com

Juliano Luiz de Lima**

nat_cunha@uniplaclages.edu.br

Guilherme da Silva Gasparotto+

guilhermegptt@gmail.com

Natalia Veronez da Cunha++
nat_cunha@uniplaclages.edu.br

 

*Mestre em Ambiente e Saúde

pela Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)

Lages, Santa Catarina

**Mestrando em Ambiente e Saúde pela UNIPLAC

+Doutor em Educação Física

Docente do Programa de Pós-graduação em Educação da UFPR - PPGE

e do Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Paraná - IFPR Curitiba

++Doutora em Fisiologia Humana; docente do Programa de Pós-graduação

em Ambiente e Saúde da UNIPLAC

(Brasil)

 

Recepción: 01/08/2023 - Aceptación: 11/04/2024

1ª Revisión: 17/03/2024 - 2ª Revisión: 08/04/2024

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Arruda, G.H. de O., Lima, J.L. de, Gasparotto, G. da S., e Cunha, N.V. da (2024). Bem-estar, ocorrência de lesões e aspectos ambientais entre praticantes de jiu-jitsu. Lecturas: Educación Física y Deportes, 29(313), 111-127. https://doi.org/10.46642/efd.v29i313.7156

 

Resumo

    O presente estudo teve como objetivo avaliar o bem-estar subjetivo de atletas de Jiu-Jitsu, bem como a ocorrência de lesões. Participaram da pesquisa 310 atletas de Jiu-Jitsu de diferentes academias da Serra Catarinense. Foram aplicados dois instrumentos com os participantes: um para conhecimento do perfil sociodemográfico e lesões e a escala e bem-estar subjetivo. Observou-se a ocorrência de lesões em 31,8% dos atletas, sendo as regiões anatômicas mais acometidas o joelho (12,5%), o cotovelo (5,5%) e o ombro (4,5%). 22,6% das lesões ocorreram quando o atleta recebeu um golpe. A maior parte das lesões não levou os atletas ao afastamento da prática da modalidade (18,4%), ocorrendo mais durante o treinamento (32,9%). Os atletas demonstraram uma boa avaliação do bem-estar, com destaque para os afetos positivos (3,67±0,53). Este estudo contribuiu para a caracterização dos atletas e das lesões decorrentes do Jiu-Jitsu e das causas que as determinam, bem como reafirmar a relação da prática esportiva com elevado nível de satisfação com a vida. Conhecer o perfil dos atletas, bem como sua percepção de bem-estar, permite conscientizar lutadores e equipe técnica quanto aos riscos nessa prática, possibilitando, assim, reduzir a ocorrência e severidade das lesões.

    Unitermos: Jiu-Jitsu. Lesões esportivas. Bem-estar subjetivo. Arte marcial.

 

Abstract

    The present study aimed to evaluate the subjective well-being of Jiu-Jitsu athletes, as well as the occurrence of injuries. 310 Jiu-Jitsu athletes from different academies in Serra Catarinense participated in the research. Two instruments were applied to the participants: one to understand the sociodemographic profile and injuries and the scale and subjective well-being. The occurrence of injuries was observed in 31.8% of athletes, with the most affected anatomical regions being the knee (12.5%), the elbow (5.5%) and the shoulder (4.5%). 22.6% of injuries when the athlete received a blow. The majority of injuries did not cause athletes to withdraw from the sport (18.4%), occurring more during training (32.9%). The athletes obtained a good assessment of well-being, with emphasis on positive affects (3.67±0.53). This study contributed to the characterization of athletes and injuries resulting from Jiu-Jitsu and the causes that determine them, as well as reaffirming the relationship between practicing sports and a high level of satisfaction with life. Knowing the profile of athletes, as well as their perception of well-being, makes it possible to make fighters and technical staff aware of the risks in this practice, thus making it possible to reduce the occurrence and severity of injuries.

    Keywords: Jiu-Jitsu. Sports injuries. Subjective well-being. Martial arts.

 

Resumen

    El presente estudio tuvo como objetivo evaluar el bienestar subjetivo de los luchadores de Jiu-Jitsu, así como la aparición de lesiones. De la investigación participaron 310 deportistas de Jiu-Jitsu de diferentes academias de la Sierra Catarinense. A los participantes se les aplicaron dos instrumentos: uno para comprender el perfil sociodemográfico y de lesiones y la escala y bienestar subjetivo. La aparición de lesiones se observó en el 31,8% de los deportistas, siendo las regiones anatómicas más afectadas la rodilla (12,5%), el codo (5,5%) y el hombro (4,5%). El 22,6% de las lesiones se produjeron cuando el deportista recibió un golpe. La mayoría de las lesiones no provocaron el abandono del deporte (18,4%), ocurriendo más durante el entrenamiento (32,9%). Los deportistas demostraron una buena valoración del bienestar, con énfasis en los afectos positivos (3,67±0,53). Este estudio contribuyó a la caracterización de los deportistas y de las lesiones derivadas del Jiu-Jitsu y las causas que las determinan, además de reafirmar la relación entre la práctica deportiva y un alto nivel de satisfacción con la vida. Conocer el perfil de los deportistas, así como su percepción de bienestar, permite concientizar a los luchadores y al personal técnico sobre los riesgos de esta práctica, permitiendo así reducir la ocurrencia y gravedad de las lesiones.

    Palabras clave: Jiu-Jitsu. Lesiones deportivas. Bienestar subjetivo. Arte marcial.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 313, Jun. (2024)


 

Introdução 

 

    O Jiu-Jitsu é uma arte marcial que possui como característica predominante técnicas de solo, onde o praticante projeta o adversário ao chão e exerce sua dominância sobre ele por meio de técnicas de imobilização (Scoggin et al. 2014). Ações motoras como deslocamento, pegadas, projeções, estrangulamentos e chaves articulares são alguns dos fundamentos técnicos desse esporte. Enquanto flexibilidade, força, velocidade, coordenação e equilíbrio são valências físicas a serem desenvolvidas através da prática. (Ferreira, Ferreira, Bezerra, Silva, e Ceriani, 2019)

 

    Esses fundamentos característicos do esporte expõem constantemente os atletas de Jiu-Jitsu a ocorrência de lesões, não somente decorrentes a técnicas, como chaves articulares, quedas e estrangulamentos, mas também aos próprios choques corporais que podem ocorrer acidentalmente contra o adversário durante o deslocamento (Hudson, e Day, 2012; Scoggin et al. 2014). Atividades intensas dessa natureza empreendem um esforço elevado, muitas vezes ultrapassando os limites biológicos individuais, buscando obtenção de bons resultados, predispondo o indivíduo a lesões ortopédicas. (Mónico et al. 2020; Nakamura, Moreira, e Aoki, 2010)

 

    De acordo com Noce et al. (2011), a prática do Jiu-Jitsu pode expor o praticante a uma possibilidade alta de se lesionar, devido a traumas de origem direta ou indireta. Dentre as lesões, destacam-se as contusões, estiramentos, entorses, fraturas e luxações (Lenz, e El Hajjar, 2018) e dentre os fatores agravantes estão a idade, sobrepeso e histórico de lesões pregressas (Santos, Duarte, e Galli, 2001; Tavares et al. 2022). Ainda se tratando de lesões no esporte, avarias musculares são responsáveis por frequentes afastamentos da prática esportiva. (Fernandes, Vasconcelos-Raposo, e Fernandes, 2012; González-Vargas, Cortés-Reyes, e Marino-Isaza, 2017)

 

    Estudos epidemiológicos são necessários para verificar a ocorrência, fatores que propiciam lesões e mecanismos causadores, direcionando a elaboração de protocolos preventivos e intervenções terapêuticas com maior eficácia para seus praticantes. (Strotmeyer, Coben, Fabio, Songer, e Brooks, 2016; Wallace, Slattery, e Coutts, 2009)

 

Figura 1. Atletas de Jiu-Jitsu estão constantemente expostos ao risco de lesões

Figura 1. Atletas de Jiu-Jitsu estão constantemente expostos ao risco de lesões

Fonte: Freepik Pikaso

 

    A prática esportiva pode gerar efeitos benéficos não apenas para o sistema cardiovascular e musculoesquelético, mas também para a melhoria do bem-estar e saúde mental. (Passareli-Carazzoni, e Silva, 2012)

 

    O bem-estar caracteriza-se por uma integração harmoniosa entre os componentes mentais, físicos, espirituais e emocionais (Passareli-Carazzoni, e Silva, 2012), e se constitui em um componente essencial e um meio fundamental na prática esportiva, não somente para melhoria física, mas também para saúde mental dos atletas. Isto atesta a ideia de que a prática de atividade física está ligada a melhora do estado de humor, alegria, divertimento e outras experiências benéficas (Monteiro, Dias, Corte-Real, e Fonseca, 2014). A literatura evidencia que os atletas que apresentaram bem-estar e apoio social no período da reabilitação, retornaram das lesões de forma mais antecipada. (Franchini, Artioli, e Brito, 2013)

 

    Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o bem-estar subjetivo de atletas de Jiu-Jitsu, bem como a ocorrência de lesões.

 

Métodos 

 

    Trata-se de um estudo transversal não probabilístico, de caráter quantitativo, com aplicação de questionários para obtenção de seus resultados. Pesquisa previamente submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade do Planalto Catarinense (número do parecer 2.729.794).

 

Participantes 

 

    Participaram da pesquisa 310atletas de Jiu-Jitsu de diferentes academias da região serrana de Santa Catarina. Os participantes foram escolhidos de forma intencional a partir dos seguintes critérios de inclusão: maiores de idade, de ambos os sexos, que se encontravam graduados nas faixas azul, roxa, marrom e preta (mínimo de um ano de prática, por este motivo, descartado a inclusão de faixas brancas), em todas as categorias de peso e que concordaram em participar do estudo por livre e espontânea vontade, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

 

Procedimento 

 

    A coleta de dados foi realizada durante os meses de outubro de 2018 a fevereiro de 2019, por meio de busca ativa dos participantes em diferentes academias de Jiu-Jitsu localizadas na Serra Catarinense. Foram aplicados dois questionários com os participantes: um para conhecer o perfil e lesões dos atletas e um para avaliar a ocorrência de lesões e a Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES), conforme descrição abaixo. O tempo de aplicação total foi de aproximadamente 40 minutos. As respostas dadas foram de forma anônima, havendo apenas um número de identificação para cada participante.

 

Questionário perfil e lesões 

 

    Adaptado de Machado, Machado e De Marchi (2012), para coleta de informações tais como sexo, idade, escolaridade, estado civil, profissão, tempo de prática de Jiu-Jitsu e de treinamento diário e semanal, se o competidor já sofreu alguma lesão no último ano, o local da lesão, como sofreu a lesão, se a lesão ocorreu em competição ou no treino. Foi considerada lesão todo trauma ocorrido durante treinamento ou competição de Jiu-Jitsu, não sendo consideradas lesões decorrentes de situações como aquecimento ou casos isolados sem a participação de um adversário, sendo essas capazes de alterar o treinamento em frequência, forma ou intensidade.

 

Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES) 

 

    Validada por Albuquerque e Tróccoli (2004), consiste em um instrumento que avalia os três maiores componentes do bem-estar-subjetivo: satisfação com a vida, afeto positivo e afeto negativo.

 

    A EBES é um instrumento composto por duas subescalas tipo Likert, sendo que a primeira trata dos afetos positivos e negativos e a segunda da satisfação com a vida. Na primeira, os itens variam do número 1 ao 47 e descrevem afetos positivos e negativos, na qual a tarefa do sujeito é responder como tem se sentido ultimamente em uma escala na qual 1 significa “nem um pouco” e 5 significa “extremamente”. Na segunda subescala, os itens vão do número 48 ao 62 e descrevem julgamentos relativos à avaliação de satisfação ou insatisfação com a vida numa escala onde 1 significa “discordo completamente” e 5 “concordo completamente”.

 

    O escore dos itens 51, 52, 56, 57, 58, 59 e 60 foram invertidos, uma vez que foram elaborados para medir o nível de insatisfação com a vida e são supostos pertencer ao fator satisfação com a vida.

 

Análise dos dados 

 

    Inicialmente foi realizada uma estatística descritiva, por meio de frequência e valores de média e desvio padrão para caracterização do perfil dos participantes e das lesões e avaliação do bem-estar subjetivo. Na sequência, para estimar correlação entre as variáveis da EBES (aspectos positivos, aspectos negativos e satisfação com a vida) e algumas variáveis independentes relativas ao questionário perfil e lesões (tempo de prática de Jiu-Jitsu e de treinamento diário e semanal, número de lesões e dias de afastamento do treino por decorrente de lesão) foi utilizado Coeficiente de Correlação de Pearson. Tais análises foram feitas com o pacote estatístico Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 20.0, e o nível de significância adotado em todos os procedimentos estatísticos foi de p ≤ 0,05.

 

Resultados e discussão 

 

    Os resultados obtidos pelo questionário de perfil dos participantes permitiram identificar que os atletas de Jiu-Jitsu são na grande maioria homens (90,3%), casados (36,8%) com idade média de 29,75±7,25 anos (mínimo = 18 anos e máximo = 52 anos), que atuam no setor privado (61,9%) e que não concluíram o 3º grau (33,9%). Todas as características do perfil são apresentadas na Tabela 1.

 

Tabela 1. Dados sobre sexo, estado civil, idade e escolaridade (n= 310)

Variável

Descrição

Frequência

Porcentagem

Sexo

Masculino

280

90,3

Feminino

30

9,7

Escolaridade

Ensino fundamental incompleto

02

0,6

Ensino fundamental completo

16

5,1

Ensino médio completo

165

53,3

Ensino superior

102

32,9

Pós-graduado

25

8,1

Estado civil

Casado

114

36,8

Separado

23

7,5

Viúvo

4

1,3

Divorciado

11

3,5

União estável

73

23,5

Solteiro

85

27,4

Profissão

Servidor público

56

18,1

Setor privado

219

70,6

Desempregado

03

1,0

Estudante

30

9,7

Aposentado

02

0,6

Fonte: Autores

 

    A predominância masculina na prática do Jiu-Jitsu pode ser devida a características culturais e de gênero, já evidenciada há muito tempo (Araujo, e Cordeiro, 2021). As características femininas impostas por valores culturais criam o estereotipo e preconceitos como o de que mulheres que praticam esporte passam a ter traços masculinos (Silva, Silva, e Oliveira, 2019). Porém o Jiu-Jitsu está em constante adaptação, e a presença feminina aumenta cada vez mais conforme os anos, motivadas principalmente pela prática como defesa pessoal. (Silva, Santos, Souza, e Triani, 2022)

 

    Quanto as características da prática esportiva, observa-se que a maioria dos atletas praticam o esporte há 5 anos ou mais (41,9%), são da categoria de faixa azul (61,3%), com dominância superior e inferior direita (88,7% e 82,9%, respectivamente) e treinam três vezes na semana (58,7%), por duas horas (75,2%). Todas as características da prática esportiva são apresentadas na Tabela 2.

 

Tabela 2. Características da prática esportiva dos atletas (n= 310)

Variável

Descrição

Frequência

Porcentagem

Tempo prática

2 anos

27

8,7

3 anos

65

21,0

4 anos

88

28,4

5 anos ou mais

130

41,9

Faixa

Azul

190

61,3

Roxa

94

30,3

Marrom

16

5,2

Preta

10

3,2

Dominância superior

Direita

275

88,7

Esquerda

35

11,3

Dominância inferior

Direita

257

82,9

Esquerda

53

17,1

Horas de treino

1 hora

49

15,8

2 horas

233

75,2

3 horas

18

5,9

4 horas

5

1,6

5 horas

1

0,3

6 horas

2

0,6

Acima de 6 horas

2

0,6

Dias de treino

1 dia

5

1,6

2 dias

9

2,9

3 dias

182

58,7

4 dias

28

9,0

5 dias

56

18,1

6 dias

18

5,8

7 dias

12

3,9

Fonte: Autores

 

    A graduação do atleta na faixa azul requer a permanência mínima de 12 (doze) meses na faixa branca (Gonzales, 2015). A Confederação Brasileira sugere dois (02) anos de faixa branca. Porém, um dos critérios para divisão de categorias em competições, é a faixa que o atleta se encontra (Costa et al., 2011), fazendo com que muitos permaneçam por um maior tempo em cada faixa, aproveitando a possibilidade de obtenção de bons resultados nelas, pois em faixas com nível técnico mais alto, a dificuldade de se chegar ao pódio é maior. Além disso, na faixa azul o número de golpes proibidos é maior, como por exemplo a chave de bíceps (técnica de controle que envolve pressionar e estender o braço do oponente, geralmente usando a própria mão ou antebraço), chave de panturrilha (técnica de controle onde o praticante utiliza as pernas para prender a panturrilha do oponente, aplicando pressão para imobilizá-lo ou controlar sua movimentação), chave de joelho reta (técnica de finalização que envolve aplicar pressão sobre o joelho do oponente, geralmente dobrando-o na direção oposta ao seu movimento natural) e mata leão no pé (Calomeni, Oliveira, Neto, e Morales,2014), o que aumenta o risco de sofrer lesões.

 

    Na prática do Jiu-Jitsu, é frequente a presença de lesões, principalmente as que acometem o sistema muscular e esquelético, podendo ser de ordem articular, muscular ou óssea. (Tamborindeguy et al., 2011)

 

    Entre os atletas de Jiu-Jitsu estudados encontrou-se a ocorrência de lesões musculoesqueléticas no último ano de 31,8% (108 atletas), numa média de 1,92±1,37 lesões para cada participante que se machucou durante os treinos e competições. Observou-se que as três principais regiões anatômicas do corpo acometidas por lesões foram, respectivamente, joelho (12,5%), cotovelo (5,5%) e ombro (4,5%), sendo causada por golpe do adversário (22,6%). As demais características das lesões decorrentes da prática de Jiu-Jitsu na Tabela 3.

 

Tabela 3. Características das lesões decorrentes da prática de Jiu-Jitsu (n = 108)

Variável

Descrição

Frequência

Porcentagem

Parte do corpo afetada

Joelho

38

12,2

Punho

08

2,5

Dedos

09

2,9

Pés

05

1,8

Mãos

01

0,3

Tornozelo

07

2,3

Cotovelo

17

5,5

Cabeça

00

00

Quadril

01

0,3

Ombro

14

4,5

Coluna

01

0,3

Outra

06

1,9

Mais de um local

01

0,3

Causa

Golpe do adversário

70

22,6

Próprio golpe

33

10,6

Outros fatores (trabalho, lazer)

5

1,6

Tipo de golpe

Projeções (quedas)

16

5,2

Imobilizações

00

0

Chaves (braço e de joelho)

46

14,8

Torções (Kimura e Americana)

5

1,6

Estrangulamento

5

1,6

Movimentação

36

11,6

Quando ocorreu

Treinamento

102

32,9

Campeonato

6

1,9

Ficou afastado

Sim

51

16,4

Não

57

18,4

Tratamento realizado

Medicamentoso

38

12,3

Fisioterapêutico

15

4,8

Cirúrgico

00

0

Outros

9

2,9

Não realizou tratamento

25

8,1

Medicamentoso/Fisioterapêutico

19

6,1

Fisioterapêutico/outro

1

0,3

Medicamentoso/cirúrgico/outros

1

0,3

Dor devido alguma lesão durante luta

Sim

104

33,5

Não

4

1,3

Compete com lesão

Sim

14

4,5

Não

94

30,3

Fonte: Autores

 

    Devido as inúmeras técnicas de queda no Jiu-Jitsu, as estruturas acometidas são as mais diversas (Silva, e Leal, 2021). As frequentes lesões de membros superiores no Jiu-Jitsu devem-se as características biomecânicas e cinesiológicas envolvidas em sua prática. (Calomeni et al., 2014; Silva, e Leal, 2021)

 

    Corroborando com a presente pesquisa, outros autores encontraram predominância de lesão em joelho e cotovelo (Faria et al., 2022; Eustaquio, Rabelo, Debieux, Kaleka, e Barbosa, 2021). Segundo Santos, Gomes, Nascimento, Silva, Ferreira, e Cacho (2017), essa alta ocorrência é causada pelo uso excessivo do joelho durante as lutas, expondo-o a traumas tanto durante a luta em pé, quanto na luta no solo. A causa mais frequente das lesões de joelho é quando o atleta recebe ou aplica uma queda, seguido de raspagens e por terceiro a chave de joelho (Faria et al., 2022; Machado et al., 2012). O estresse em valgo, acompanhado de rotação interna ou externa da tíbia em relação ao fêmur, tanto com o membro fletido quanto hiperextendido expõe a lesão, tanto o atleta que aplica a queda quanto o que a recebe. (Machado et al., 2012)

 

    Segundo Machado et al. (2012) e Costa et al.(2011) a maior ocorrência de lesões no cotovelo é devida o recebimento de uma chave de braço, golpe que hiperextende a articulação do oponente além da amplitude permitida. Quando a chave de braço faz com que ocorra a hiperextensão do cotovelo e o olecrano consegue resistir a força de compressão imposta a ele, os ligamentos se rompem, causando uma luxação posterior, podendo também romper o tendão braquial e a porção anterior da cápsula articular. (Machado et al., 2012)

 

    O terceiro local mais acometido foi o ombro (4,5%). Segundo Machado et al. (2012), a situação que predominantemente origina as lesões nessa articulação são a aplicação ou recebimento de queda, raspagem ou chave articular (americana). Os riscos que a queda ou raspagem (técnica de reversão utilizada para tirar o oponente da posição dominante, geralmente envolvendo o uso de alavancas e movimentos de quadril para derrubar o oponente e assumir uma posição vantajosa) podem causar, é a tração sobre a articulação ou trauma direto (Calomeni et al., 2014). Em situações de queda, a causa das lesões de ombro pode estar na falha técnica ao amortecer a queda, muitas vezes propositalmente, tentando evitar a pontuação do oponente. De acordo com Terry (2006) para amortecer corretamente a queda, a região glútea deve tocar inicialmente o solo, seguida de coluna lombar, torácico e somente então os ombros seguidos de cotovelos e mãos batendo no solo.

 

    Todas as técnicas do Jiu-Jitsu possuem fundamento em princípios da biomecânica, capazes de gerar traumas a essas estruturas, quando aplicadas com sua magnitude máxima (Hudson, e Day, 2012). As chaves articulares, as quais causaram a maior parte das lesões relatadas nessa pesquisa, são ataques a componentes articulares, visando estendê-los além de sua amplitude de movimento permitida (Medeiros, e Silva, 2022). Dentre elas estão a chave de braço (técnica de finalização que envolve controlar e hiperestender o braço do oponente, geralmente aplicando pressão sobre o cotovelo ou ombro para forçá-lo a desistir) e chave de joelho (técnica de controle e finalização que visa imobilizar ou forçar o oponente a desistir, aplicando pressão sobre a articulação do joelho). (Santos,Coelho, Keller, e Stefanello, 2012; Faria et al., 2022)

 

    A literatura evidencia que o maior número de lesões ocorre durante o treino, corroborando com a presente pesquisa (Machado et al., 2012; Fonseca et al., 2022). A ocorrência de lesões maior em treinamento que em competições pode estar relacionada com um maior número de horas de treino em relação a tempo de luta em campeonato. Pode-se observar isso no tempo regulamentar de luta para cada faixa que, segundo a Brazilian International Jiu-Jitsu Federation (2018), é de cinco minutos para faixa branca, seis minutos para faixa azul, sete minutos para faixa roxa, oito minutos para faixa marrom e 10 minutos para faixa preta; enquanto atletas treinam mais que uma hora semanal.

 

    Os atletas de Jiu-Jitsu nas faixas iniciais apresentam número maior de lesões no período de treinamento como consequência de excesso de uso de grupos musculares específicos, enquanto atletas de faixas com nível avançado, se lesionam com maior frequência durante as competições, por haver um maior repertorio de golpes permitidos nessas categorias. (Silva, Ferrari, Vieira, Melo, e Cardoso, 2018)

 

    As lesões sofridas pelos atletas podem ocasionar em dor durante o treinamento (33,5%), ou ainda, afastá-lo do treino, como observado em 16,4% dos participantes. Para Machado et al. (2012) e Nascimento (2020) as lesões não apropriadamente tratadas acarretam dores durante os treinamentos. Mesmo lesionados, alguns atletas ainda se mantêm competindo (4,5%).

 

    Apenas 8,1% dos atletas lesionados referiram não realizar tratamento para a lesão sofrida, enquanto a maioria (26,7%) relataram utilização de diferentes formas de tratamento das lesões (medicamentoso, cirúrgico, fisioterapêutico, entre outros). A intervenção terapêutica pode ser cirúrgica ou conservadora de acordo com a gravidade da injuria, e a má conduta nesse processo pode atrasar a volta do atleta a suas atividades (Silva, Luna, Fernandes, e Durante, 2021; Santos, Duarte, e Gallim 2001). Além disso, uma melhor percepção de bem-estar e fortalecimento do apoio social dos atletas durante a reabilitação de suas lesões, pode contribuir para o retorno antecipado do mesmo as suas atividades. (Franchini, Artioli, e Brito, 2013)

 

    Os resultados obtidos da avaliação do EBES (afetos positivos, afetos negativos, satisfação com a vida e bem-estar geral) demonstram uma boa avaliação do bem-estar dos atletas praticantes de Jiu-Jitsu (Tabela 4).

 

Tabela 4. Estatística descritiva dos índices de Escala de Bem-Estar Subjetivo

 

Mínimo

Máximo

Média

Desvio-padrão

Afeto positivo

2,05

5,00

3,67

0,53

Afeto negativo

1,00

3,92

1,97

0,52

Satisfação com a vida

2,07

5,00

3,63

0,55

Bem-estar geral

2,08

3,65

2,95

0,25

Fonte: Autores

 

    Observa-se na Tabela 4 que a maior média obtido pela EBES foi da dimensão afeto positivo (3,67±0,53), seguida da satisfação com a vida (3,63±0,55) e do afeto negativo (1,97±0,52) respectivamente, com uma boa avaliação geral (2,95±0,25).

 

    A boa avaliação do bem-estar entre os atletas aponta uma satisfação positiva com a prática desse esporte (Levy, 2018). A literatura evidencia que a prática de exercícios físicos em geral proporciona diversos benefícios, tais como melhoria do bem-estar e saúde mental, controle da ansiedade e estresse, redução de depressão e um melhor estado de humor (Aan Het Rot et al., 2009; Hoffman, e Hoffman, 2008; Van Straten et al., 2008). Um dos fatores responsáveis por essa sensação de bem-estar é a relação positiva entre componentes de afeto e exercício físico. (Silva, Freire, Morais, e Do Nascimento, 2019)

 

    A análise de correlação entre as variáveis da EBES (aspectos positivos, aspectos negativos e satisfação com a vida) e algumas variáveis independentes relativas ao questionário perfil e lesões (tempo de prática de Jiu-Jitsu e de treinamento diário e semanal, número de lesões e dias de afastamento do treino por decorrente de lesão) evidenciam, entre si, genericamente, correlações fracas (menores que 0,3), conforme apresentado na Tabela 5.

 

Tabela 5. Coeficiente de Correlação de Pearson

 

EBES

Geral

Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Satisfação com a vida

Idade (anos)

-0,04683

-0,01812

-0,07051

0,07913

Tempo de prática (anos)

0,20145*

0,05141

0,19396*

-0,00272

Horas de treino por dia

0,04592

0,08842

0,7547

-0,00151

Dias de treino por semana

-0,03557

0,00077

-0,09830

0,14947*

Número de lesões

0,02362

-0,05701

0,05544

0,05364

Afastamentoporlesões (dias)

-0,04851

-0,10026

0,02839

-0,00488

*p≤0,05. Fonte: Autores

 

    Apenas o tempo de prática esportiva apresentou correlação positiva e significativa com o BES geral e com aspectos negativos. Aprática regular de atividade físicaleva a satisfação individual e a interação no ambiente pode influenciar de forma positiva a prática da atividade, além dos benefícios psicológicos e físicos (Silva et al. 2019; Almeida, Pereira, e Fernandes, 2018). Silva et al. (2019) reforçam que a prática de atividade física pode otimizar o bem-estar em inúmeras formas, principalmente o bem-estar físico, emocional e psíquico, em todas as idades, em ambos os sexos. No entanto, o estresse causado pelos treinos pode acarretar respostas indesejáveis quando o treinamento é incompatível com a capacidade do atleta, podendo resultar em uma inadaptação psicofísica, sendo negativa no rendimento do atleta. (Freitas, Miranda, e Bara Filho, 2009)

 

    O bem-estar é um dos principais fatores para que um indivíduo alcance um bom nível de qualidade de vida, qualidade essa que é de fundamental importância para que o indivíduo possa viver bem e executar todas suas atividades satisfatoriamente. (Levy, 2018)

 

Conclusão 

 

    Neste estudo, pôde-se verificar que 31,8% dos praticantes foram acometidos por lesões praticando Jiu-Jitsu no último ano; e a região anatômica mais afetada foram os joelhos e as lesões ocorreram em sua maioria durante os treinos. Os atletas apresentaram uma boa percepção do bem-estar, com destaque para os afetos positivos e satisfação com a vida, reforçando que a prática esportiva regular melhora o bem-estar.

 

    Conhecer o perfil dos atletas, bem como sua percepção de bem-estar, é uma estratégia que deve ser utilizada pelos lutadores e equipe técnica para elaboração de trabalhos preventivos adequados a especificidade desse esporte.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 29, Núm. 313, Jun. (2024)