Resposta do lactato sanguineo durante estágios continuos crescentes de esforço em triatleta modalidade ciclismo
Blood lactate responses during continual increasing stages of efforts in triathlete cycling modality
Respuesta del lactato sanguíneo durante las fases continuas crecientes de esfuerzo en un triatleta de la modalidad ciclismo
Luciano Bucco Santos
lucbucco@yahoo.com.br
Doctor en Ciencias de la Actividad Física y del Deporte
Universidad de León
(España)
Recepção: 11/12/2017 - Aceitação: 28/06/2018
1ª Revisão: 26/06/2018 - 2ª Revisão: 26/06/2018
Resumo
O artigo teve como objetivo, reproduzir um teste de umbral de lactato em campo para triátlon modalidade ciclismo e determinar o nível de rendimento do atleta utilizando intensidades continuas crescente. Participou do trabalho um atleta com experiência de dez anos na modalidade. O teste foi aplicado com um intervalo de três meses, sendo que cada avaliação foi dividida em sete estágios, cada um com diferentes intensidades de esforço. Os resultados mostraram que na primeira avaliação o atleta gerou 300 watts com FC de 165 bpm, lactato 6,0 mm, velocidade 38 km/h e cadência média de 87 rpm. Para o segundo teste sua FC foi de 162 bpm, lactato, 5,9 mm, potencia 300 watts, velocidade 38 km/h e cadência média de 87 rpm. E para a terceira avaliação a FC foi de 158 bpm, lactato, 5,0 mm, potencia 300 watts, velocidade 38 km/h cadência média 95 rpm. Em conclusão pode-se dizer que o teste aplicado é viável para determinar o nível atlético.
Unitermos: Umbral lático. Triátlon. Ciclismo. Treinamento.
Abstract
The article aims, play a lactate threshold test field for triathlon cycling mode and determine the athlete's performance level using continuous increasing intensities. He participated in the work an athlete with ten years’ experience in the sport. The test was performed with an interval of three months and each assessment was divided into seven stages, each with different levels of effort. The results showed that in the first evaluation athlete 300 watts generated with FC 165 bpm, lactate 6.0 mm, speed 38 km/h average rate of 87 rpm. For the second test was its HR 162 bpm, lactate, 5,9 mm, power 300 watts, speed 38 km/h and average cadence of 87 rpm. And third evaluation HR was 158 bpm, lactate, 5.0 mm, power 300 watts, speed 38 km/h average cadence 95 rpm. In conclusion can be said that the test applied is feasible to determine the athletic level.
Keywords: Lactic threshold. Triathlon. Cycling. Training.
Resumen
El objetivo del artículo fue reproducir un test de umbral láctico en la modalidad ciclismo del triatlón para determinar el nivel de rendimiento de un atleta utilizando intensidades continuas crecientes. Participó del trabajo un atleta con diez años de experiencia en el deporte. La prueba se realizó con un intervalo de tres meses y cada evaluación se dividió en siete etapas, cada una con diferentes niveles de esfuerzo. Los resultados mostraron que en la primera valuación se produjeron 300 watts generados con el FC 165 lpm, lactato de 6,0 mm, velocidad de 38 km/h y cadencia de 87 rpm. Durante la segunda prueba su FC fue de 162 lpm, lactato, 5,9 mm, 300 watts de potencia, velocidad de 38 km/h y la cadencia media de 87 rpm. Y en la tercera evaluación la FC fue 158 ppm, el lactato, 5,0 mm, 300 watts de potencia, velocidad de 38 km/h y cadencia de 95 rpm. En conclusión puede decirse que la prueba aplicada es factible para determinar el nivel atlético.
Palabras claves: Umbral láctico. Triatlón. Ciclismo. Entrenamiento.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 241, Jun. (2018)
Introdução
Sobre a formação do ácido lático durante a contração muscular, muito se tem pesquisado sobre os prováveis mecanismos que controlam sua produção e remoção durante o exercício (Krista y Brian, 2003, Heck et al., 1985, Garrett et al., 2003, Kang et al., 2005, Bryner et al., 1998; Chmura et al., 1994, Billat et al., 2003 Denadai et al., 2001, Pires et al., 2006) O triatlo é um evento composto de três modalidades de endurance. Existem várias combinações de modalidades no triatlo, dependendo da região/país onde se desenvolve. Mas a combinação mais popular e reconhecida de triatlo é composta por natação, ciclismo e corrida. Em especial a modalidade escolhida para este estudo dentro o triátlon foi o ciclismo, por ser uma modalidade de predominância fisiológica aeróbica e por ser dentro do triátlon a prova que o volume de treino é mais enfatizada, pois é na bicicleta que o atleta passa a maioria do tempo.
Sendo assim é imprescindível para um bom rendimento, como também para um bom desenvolvimento Brunetto et al. (2005) Woodbridge y Reilly (1999) do treinamento, determinar em que intensidade o atleta encontrará seu umbral de lactato. Na modalidade ciclismo, a produção de acido lático terá que ser baixa e suficiente e controlada pelo atleta, mediante a pedalada, para o atleta não exceder seu umbral lático, evitando um incremento de fadiga irreversível, tendo como consequência a perda de rendimento.
Por umbral lático anaeróbico Seiler (2013) Freund et al. (1986) James et al. (2007) Tanaka et al. (2001) Karlman et al. (2006) Duncan (2005) Svedahl e Macintosh (2003) Heck et al. (1985) Brooks (2009) entendem que é o momento pelo qual a musculatura começa a desenvolver acidose metabólica, isto ocorre quando ocorre um incremento na intensidade do trabalho físico. Quando um exercício torna-se mais intenso e mais longo, Ahumada (2010) ocorre um aumento dos níveis de lactato, um aumento da concentração de hidrogênio e uma diminuição do PH (Duncan, 2005). Isso deteriora o processo de excitação-junção, por reduzir a quantidade de cálcio liberada pelo retículo sarcoplasmático, interferindo na capacidade de fixação cálcio-troponina. A maior concentração de hidrogênio inibe a ação da enzima fosfofrutocinase, tornando a glicólise mais lenta e reduzindo a produção de ATP.
A diminuição do PH muscular y sanguíneo provoca um aumento na concentração de lactato, Seiler (2013) Heck et al. (1985) Brunetto et al. (2005) James et al. (2007) Tanaka et al. (2001) Karlman et al. (2006) Duncan (2005) Svedahl e Macintosh (2003) perturbando o estado ácido base, a determinação do Umbral Lático, oferece importante informação para a avaliação do rendimento e controle de treinamento de um atleta, com estas informações o treinador pode observar precisamente a carga interna de treinamento podendo modificar a qualquer instante sua carga de treinamento que estão diretamente ligados ao volume e a intensidade do treinamento (Brunetto et al., 2005 James et al., 2007, Coyle, 2007). Assim o treinador pode correlacionar os resultados com outros parâmetros medíveis podendo estabelecer se o rendimento do atleta avaliado está em evolução e dentro do cronograma esperado de rendimento.
Os resultados no esporte estão diretamente relacionados com o controle das intensidades de treinamento, sendo que uma das variáveis utilizada para um melhor desempenho do atleta é o controle de lactato. Quanto maior a distancia mais estará implicada a relação entre intensidade e rendimento. Isto demonstra que para um atleta de resistência a FC média durante um prova de uma hora corresponderá ao valor de FC de Umbral lático (Mishchenko y Monogarov, 2001). Isso nos afirma que em esporte de resistência é imprescindível o controle da intensidade correlacionando diferentes parâmetros fisiológicos com a lactacidemia.
O través de inúmeras investigações relacionadas com a dinâmica do acido lático, investigadores Coyle (2007) Duncan. (2005) Tanaka et al. (2001) Karlman et al., 2006) foram modificando seus conceitos a seu respeito, deixado de ser uma substancia simples produzida pelo organismo a um combustível de grande protagonismo no metabolismo energético, sendo uma fonte de energia decisiva na preservação na carga de glicogênio e nos processos de gluconeogénesis no músculo e no fígado.
O incremento do acido lático no sangue está relacionado diretamente com a intensidade, estimulação e duração da atividade (Duncan. 2005, Tanaka et al., 2001, Karlman et al., 2006). A liberação do acido lático do musculo para o sangue está determinado pela massa muscular ativa e a intensidade desta ativação, sendo assim as diferentes variações da curva de lactato está diretamente ligada com o tipo de fibra muscular, e especialmente com o nível de preparo do atleta.
Por muitos anos se penso que o lactato era simplesmente um difusor da membrana do sarcolema (Garrett et al., 2003; Brooks, 2009) sendo que as investigações dos últimos anos demostrarão que a remoção e eliminação do lactato eram facilitadas por uma proteína que está aderida a membrana sarcoplasmática denominada MCT (Asgeir e Roland, 2009). No triátlon as concentrações láticas e os níveis de oxigênio situam se em torno de 80% do consumo máximo de oxigênio, de maneira mais precisa ao nível do estado estável máximo MLSS da lactacidemia do triatleta (Billat, 2002; Billat et al., 2003).
Sendo assim devido à importância que a avaliação periódica de um treinamento tem diretamente no desempenho de um atleta e a dificuldade de ter sempre equipamentos a disposição para a avaliação periódica de atletas em especial de triátlon este estudo teve como objetivo: Desenhar um teste de umbral de lactato em campo para triátlon modalidade ciclismo, e provar que por meio deste teste pode-se determinar o nível de rendimento e condicionamento do atleta.
Materiais e métodos
Amostra e Protocolo do teste
Participou do trabalho um atleta com experiência de dez anos na modalidade com as respectivas avaliações antropométricas e fisiológicas. Atleta AMB, idade 29 anos, peso 69Kg, altura 1,75, VO2 máx. 72 mL/kg/min, % de gordura 12%, % de massa magra 67%, frequência cardíaca teórica máxima 191 bpm, cadência de treinamento e competição média 85 entre 92 rpm IMC 19,6.
Os testes forma aplicados dentro do ciclo de treinamento do atleta tendo três momentos de avaliação em messes diferentes respeitando a evolução de cada ciclo de treinamento do atleta. Em uma pista totalmente plana com uma distancia de 1600m cada volta foi realizado o teste. A cadência adotada foi a de competição e treinamento estimada entre 85 rpm e 95 rpm giros por minuto. O teste de velocidade incremental composto por sete estágios de duração de três minutos de esforço cada estágio. O teste se iniciou com um breve aquecimento de 20 minutos, a primeira parte de 10 minutos em uma intensidade entre 65% a 80% da FC max do atleta, em seguida o atleta realizou um bloco de 5 minutos em uma intensidade entre 80% a 95% da FCmax e finalizou com mais 5 minutos de intensidade a baixo de 75% de sua FC max. Os estágios tiveram uma duração de 3 minutos à cadência utilizada ficaram entre 85 rpm e 95 rpm rotações por minuto. A intensidade inicial foi de uma velocidade de 24 Km/h equivalente a 100Watts com incrementos de 50 Watts por estágio. Como mencionamos anteriormente o teste teve uma duração de sete estágios iniciando com uma intensidade de 100 watts chegando a desenvolver-se no último estágio uma potencia de 400 watts.
A equivalência entre potencia no pedal e watts e velocidade de desenvolvimento Km/h atingida no teste está na (tabela 1), a pausa entre estágios foi de 30 segundos, no qual foi estriada uma mostra de sangue para ser analisada, e junto no final de cada estágio foi anotada a frequência cardíaca atingida máxima, e a percepção subjetiva de esforço do atleta. Ao final de cada estágio foi anotado: tempo do estágio, frequência cardíaca, percepção subjetiva de esforço, e estriado uma mostra de sangue do lóbulo da orelha para determinar os mmols de lactato, também foi estriado da memória do ciclo computador da bicicleta, a cadência: média e máxima, watts média e distância percorrida.
Tabela 1. Relação entre Watts Km/h e percepção subjetiva de esforço atleta avaliado
Watts. |
Km/h |
|
Valor |
Percepção
subjetiva de esforço Borg |
75 |
24 |
|
1 |
leve |
120 |
29 |
|
2 |
Muito Suave |
170 |
32,5 |
|
3 |
Suave |
211 |
35,5 |
|
4 |
Moderado |
250 |
38 |
|
5 |
Algo Duro |
290 |
40,5 |
|
6 |
Duro |
350 |
43 |
|
7 |
Muito Duro |
|
|
8 |
Extremamente Duro |
|
|
9 |
Perto do Máximo |
||
|
10 |
Máximo |
||
Máxima Falha do exercício |
Materiais e análise estatística
O teste foi realizado com potenciômetro marca Garmin Vector, este equipamento vai acoplado no pedal da bicicleta sendo de extrema precisão, à medida que o atleta pressiona o pedal a força é imediatamente transferida para um ciclo computador fixado na bicicleta, o qual o atleta tem em tempo real a força aplicada no pedal expressa em Watts. Para medir o lactato foi utilizado um analisador portátil de lactato ACCUSPORT (1998), A bicicleta foi a qual o atleta treina e pedala habitualmente o uniforme também foi o mesmo em que o atleta está acostumado a usar. Para os dados de frequência cardíaca, velocidade, cadência temperatura, e potencia foi utilizado um ciclo-computador marca Garmim Edeg 500. Os dados foram coletados e posteriormente transferidos para um banco computacional Microsoft Excel 2010, produzindo-se informações no plano descritivo com médias e desvios padrões e por meios gráficos.
Resultados e discussões
Tabela 2. Características do atleta
Idade |
Altura |
IMC |
% MM |
%MG |
VO2 Max |
FCT Máx |
FCteste Máx |
29 |
1,75 |
19,7 |
67 |
12 |
72 |
191 |
185 |
MM = porcentagem massa magra. MG = porcentagem massa gorda. FCT Máx = frequência cardíaca teórica máxima. FCteste Máx = frequência cardíaca máxima teste.
Foram realizados três testes de umbral lático em campo com o mesmo atleta em diferentes momentos de sua preparação os resultados dos três testes e estágios seguem na sequencia: data do primeiro teste 10 de agosto de 2015. Informe do primeiro teste: data 5 de outubro de 2015 Resultados do primeiro Teste de Umbral de Lactato.
Gráfico 1. Representa a correlação velocidade potência atingida nos sete estágios
Gráfico 2. Representa a correlação lactato, frequência cardíaca e percepção de esforço
O primeiro teste realizado teve os seguintes resultados: O nível de rendimento do atleta se apresentou dentro do esperado sendo que, seu umbral lático se encontra dentro das seguintes variáveis analisada (gráfico 1 e 2), seu umbral lático foi atingido no (estágio 5 gráfico 2), sendo que sua velocidade e potencia neste estágio, foi de (velocidade de 38 Km/h e 300 watts de potencia) o seu lactato e frequência cardíaca no estágio 5 ficou registrado, em lactato 6,0 mm e frequência cardíaca 165 bpm com cadencia média de 87 rpm. Também foi mensurado o lactato três minutos e dez minutos após o termino do teste estágio 7, sendo que os resultados nos primeiros três minutos se mostrarão com os respectivos resultados lactato 6,2 mmol e frequência cardíaca 155 bpm, no minuto 10 pós exercício o lactato foi de 4,3 mm e a frequência de 113 bpm a percepção subjetiva de esforço segundo a escala de borg foi de 5 e 2. Quando correlacionado os parâmetros (frequência cardíaca, velocidade/ potencia, percepção subjetiva de esforço e cadência) o única que não acompanhou o umbral lático foi à frequência cardíaca, já que a mesma não se encontrou com porcentagem de (90% - 94%, 177- 185 bpm).
Informe do segundo teste: data 10 de janeiro de 2016
Gráfico 3. Representa a correlação velocidade potência atingida nos sete estágios
Gráfico 4. Representa a correlação lactato, frequência cardíaca e percepção de esforço
O nível de rendimento do atleta se apresentou com uma pequena evolução comparado como primeiro teste isto pode-se explicar, devido aos 3 meses de treinamento realizados pelo atleta (gráfico 3 e 4), seu umbral lático foi atingido no (estágio 5 gráfico 3), sendo que sua velocidade e potencia neste estágio, foi de (velocidade de 38 Km/h e 300 watts de potencia) o seu lactato e frequência cardíaca no (estágio 5) ficou registrado, em lactato 5,9 mm e frequência cardíaca 162 bpm com cadencia média de 87 rpm. O resultado do lactato três minutos e dez minutos após o termino do teste (estágio 7), se apresentarão com os respectivos resultados lactato 7,2 mm e frequência cardíaca 123 bpm, no minuto 10 pós exercício o lactato foi de 6,0 mm e a frequência de 105 bpm a percepção subjetiva de esforço segundo a escala de borg foi de 4 e 1. No momento em que começa a ocorrer uma dissociação entre FC e a carga de trabalho imposta, presume-se que os músculos iniciam um processo de fadiga, com possível aumento na produção de ácido lático, com o objetivo de manter a mesma intensidade. Então, a FC tende a aumentar para compensar as adaptações exigidas durante o exercício.
Informe do terceiro teste: data 10 de abril de 2016
Gráfico 5. Representa a correlação velocidade potência atingida nos sete estágios
Gráfico 6. Representa a correlação lactato, frequência cardíaca e percepção de esforço
O terceiro teste realizado teve os seguintes resultados: O nível de rendimento do atleta se apresentou com uma evolução significativa comparado com o primeiro e o segundo teste isto pode se explicar devido aos 3 meses de treinamento realizados pelo atleta (gráfico 5 e 6), seu umbral lático foi atingido no (estágio 5 gráfico 5), sendo que sua velocidade e potencia neste estágio, foi de (velocidade de 38 Km/h e 300 watts de potencia) o seu lactato e frequência cardíaca no (estágio 5) ficou registrado, em lactato 5,0 mm e frequência cardíaca 158 bpm com cadencia média de 90 rpm. O resultado do lactato, três minutos e dez minutos após o termino do teste se apresentarão com os respectivos resultados lactato 6,0 mm e frequência cardíaca 125 bpm, no minuto 10 pós-exercício o lactato foi de 5,2 mm e a frequência de 110 bpm a percepção subjetiva de esforço segundo a escala de borg foi de 4 e 2. Um resultado elevado foi detectado para o lactato em repouso este se comparado com o primeiro e segundo, isto se explica, pois o atleta havia efetuado um treinamento de alta intensidade dois dias antes. Entre os resultados alcançados pode-se dizer que o atleta melhorou um 5% sendo que seu corpo se adaptou bem ao treinamento, devido aos resultados encontrados, observou-se melhora na velocidade, potencia frequência cardíaca, lactato e melhora também na cadência.
Discussões
Vale esclarecer que estes resultados foram encontrados durante um momento da preparação de um atleta, mas que o modelo do teste pode ser aplicado para qualquer atleta que queira melhorar ou acompanhar sua evolução em seu treinamento. Como ja mencionado anteriormente um dos objetivos da realização deste teste foi demonstrar que é valido para determinar o nível de rendimento de um atleta em diferentes momentos de seu ciclo de treinamento. A prescrição de exercícios, assim como o controle da intensidade e seu monitoramento, vem sendo amplamente investigada através de percentuais da frequência cardíaca (FC) Morton y Billat (2000) Gomes et al. (2003), Brunetto et al. (2005) Sayers et al. (2012) Topp et al. (2002) Charles et al. (2006) assim como pela concentração sanguínea de lactato (Denadai et al., 2003; Woodbridge e Reilly, 1999). Tais variáveis além de servirem como referência da demanda energética exigida pelo esporte proporciona um fácil e efetivo instrumento na avaliação da condição física do atleta, efetivando assim a criação de programas de treinamento e táticas de competição mais eficazes.
De acordo com os resultados encontrados pode-se dizer que o teste aplicado para identificar as cargas de treinamentos através do umbral lático é válido, pois pode-se identificar e acompanhar o rendimento trimestral do atleta avaliado, onde pode-se observar um aumento significativo na sua potencia, velocidade e cadência ambas variáveis melhorarão o que pode-se comprovar com os testes aplicados. De acordo com os resultados da primeira análise pode-se dizer que no geral, o Umbral lático do atleta encontrado nas primeiras cargas do teste, foi detectado em intensidades baixas sendo que quando aumentada a carga durante o teste, para os estágios 5, 6, 7, o atleta apresentou rendimento mais baixo, devido o acumulo acessivo de acido lático (gráficos 2, 4, 6), por outro lado quando foi realizado o segundo e terceiro teste o atleta se mostrou mais tolerável onde pode-se notar uma diferença significativa em seu umbral lático.
Lembramos que as cargas estabelecidas para as avaliações foram de intensidades toleráveis para o atleta, pois o mesmo já teria alguns anos de experiência no ciclismo modalidade avaliada.
Recomenda-se a utilização de outros testes similares ao executado para dar uma maior validez aos dados encontrados, recomendamos uma avaliação que logo depois de determinado o umbral lático seria determinar a MLSS, o método proposto por Billat (2002) o teste consiste em comparar a lactacidemia em amostras extraídas nos minutos 10 e 30 de uma prova com carga constante, sendo que se o atleta está abaixo da intensidade do MLSS a sua lactacidemia não poderá aumentar mais de 1 mmol/l, assim teria que tomar os mesmos parâmetros fisiológicos, para controlar a intensidade para ambas avaliações. Assim para dar maior qualidade as conclusões avaliadas do nível de condicionamento do atleta seria conveniente, avaliar seu consumo máximo de oxigênio e estabelecer uma comparação com seu umbral lático com a porcentagem do VO2 máx, desta forma poderíamos concluir mediante apoio teórico o nível de rendimento do mesmo.
Embora exista controvérsia sobre os mecanismos que controlam a produção de lactato, Brooks (1985) Caputo et al. (2003), Nicholson e Sleivert (2001) existe consenso na literatura investigada de que a concentração de lactato no sangue, varia muito pouco em relação aos valores de repouso Garrett et al. (2003) Kang et al. (2005), Heck et al. (1985) quando se realizam esforços que correspondem em até 50-75% VO2 máx. Acima desta intensidade, existe um aumento exponencial da concentração de lactato Charles et al. (2006) Seiler (2013) Seiler et al. (2011) Sandbakk et al. (2013) no músculo e no sangue. (Denadai, 1999). Quando se fala de umbral na realização de trabalhos físicos nos que predomina energia derivada do metabolismo aeróbico, é necessário esclarecer alguns conceitos já que distintos investigadores estabeleceram momentos de perda de rendimento, denominados umbrais, um anaeróbico e o outro aeróbico (James et al., 2007, Duncan, 2005, Gomes et al., 2003).
Em um estudo envolvendo ciclistas Denadai (1995), seis sujeitos realizaram três testes em uma bicicleta eletromagnética, com incrementos de carga de 25W a cada três minutos, o primeiro teste para a obtenção do limiar anaeróbio (LA), o segundo com carga imediatamente abaixo do LA e o terceiro com carga imediatamente acima do LA.
Em sua conclusão, o autor diz que a FC, tanto nos exercícios realizados abaixo como acima do LA, não serve como um índice adequado para o controle da intensidade do exercício contínuo, pois com o passar do tempo (> 10 min) há uma dissociação entre a FC e a sobrecarga que está sendo aplicada, determinando com isso menor adaptação do organismo em resposta ao treinamento. Concluiu, ainda, que a prescrição da intensidade do exercício contínuo seja feita a partir das metodologias existentes (%FCmáx, %VO2máx ou LA) e que o controle da sessão de treinamento seja, sempre que possível, baseado na sobrecarga encontrada (km. h-1, m. min-1 ou watts).
Benavent et al. (2008) realizaram um estudo, teste de campo com o objetivo de estimar o umbral anaeróbico em ciclistas, baseado em incrementos de intensidade descontinuas, os mesmos comprovaram que a correlação com o lactato foi estatisticamente significativa com o umbral atingido em laboratório com o do teste realizado em campo r= 0,878. A intenção do estudo também foi orientada a poder realizar provas de campo válidas que indicassem valores de lactato relacionados a parâmetros fisiológicos para identificar mais precisamente o rendimento do atleta.
Bosco et al. (2004), investigou a correlação e as modificações do VO2 máx e umbral de lactato, o mesmo identificou depois de realizado um treinamento de 20 semanas com intensidade com cargas de 52% a 125% do VO2 máx, modificações significativas entre 2% a 39% no umbral de lactato.
Na mesma linha de investigação Lima et al. (2001) investigaram a correlação do umbral de lactato e frequência cardíaca e estabeleceram que 90% a 94% do valor da frequência cardíaca máxima do atleta se encontrava seu umbral de lactato, sendo que nesta intensidade se confirmou em ciclistas qualificados o consumo de oxigênio de 83,1 a 85% do VO2 máx. Mishchenko e Monogarov (2001) e Charles et al. (2006) colocam uma comparação para determinar o nível de um atleta correlacionando à porcentagem de seu consumo de O2 e umbral de lactato estabelecendo três níveis de rendimento, para homens e mulheres. Para homens: nível baixo 43% do VO2 máx. Nível médio: 50-58% do VO2 máx. nível alto: 66% do VO2 máx. Para mulheres, nível baixo, 36% do VO2 máx. Nível médio: 45-50% do VO2 máx. Nível alto: 58% do VO2 máx. Mishchenko e Monogarov (2001) desenvolveram um método para determinar a produção de potencia a qual produz um aumento na lactacidemia de 1 mmol acima da linha de base, a qual se encontraria em valores de lactacidemia que se correlaciona entre 40% e 60% do VO2 máx. Isso dependendo do nível de treinamento do atleta avaliado, estes dados são de grande importância no momento da análise da evolução do atleta, já que são uma base teórica que permitirá diagnosticar o estado de forma física do mesmo.
Como se menciono anteriormente existe diferentes parâmetros fisiológicos que se podem relacionar com o umbral lático. Pode-se relacionar o umbral lático com a porcentagem de frequência cardíaca máxima, para que o treinador e atleta tenham mais controle com as cargas de trabalho individualmente.
Quando o atleta atinge uma maior idade sua frequência cardíaca máxima será menor, isto não quer dizer que o atleta diminua seu rendimento Parolin et al. (2000) Charles et al. (2006) Brooks (2009) Brooks (1985) mais sim ele terá uma maior economia de energia de nível cardiovascular como James et al. (2007), Duncan (2005), Gomes et al. (2003) Gibala et al. (2012) Ahumada (2010) consequência seu umbral lático estará sempre baixo em correlação sua frequência cardíaca. Por exemplo, se um atleta de quarenta anos bem treinados especialista em corridas de fundo atingem seu umbral lático com uma frequência cardíaca de 170 bpm um atleta mais jovem de 13-14 anos consegue atingir seu umbral de lactato com uma frequência cardíaca de 180 a 185 bpm.
A porcentagem da frequência cardíaca máxima que se atinge o umbral lático do atleta não variará muito nem com a idade nem com o treinamento, mas sim com os anos de treinamento Macdermid et al. (2014) Macdermid e Sannart (2012) o atleta consegue desenvolver uma zona a qual ele pode gerar valores altos de frequência cardíaca, mas um estado estável de lactato assim seu desempenho nos treinos provas se tornará mais econômico. Segundo Ahumada (2010) Macdermid et al. (2014) Macdermid e Sannart (2012) não há necessidade de controlar a velocidade, presumindo-se que a relação velocidade versus FC não muda durante a sessão de treinamento. A afirmação desses autores pode ser contestada, pois nem sempre a relação velocidade versus FC é constante. Por exemplo, em um treino de ciclismo, a FC torna-se um parâmetro constante e fidedigno quando comparada com a velocidade, pois muitas vezes o local relevo do percurso possui subidas e descidas, vento contra e/ou a favor, fazendo com que a velocidade da pedalada mude constantemente, sem com isso alterar a intensidade do exercício.
Conclusões
Quanto ao teste realizado, pode-se concluir que para medir o umbral lático, o mesmo é indicado para acompanhar a evolução de atletas de ciclismo na modalidade triátlon, pois o umbral lático encontrado no atleta avaliado foi encontrado em intensidades, valores de lactato, frequência cardíaca e percepção subjetiva de esforço igual aos resultados de bibliografias citadas no estudo. É sempre necessário correlacionar o umbral lático com outros parâmetros fisiológicos para que seja desenhado um melhor ciclo de treinamento respeitando a evolução fisiológica interna do atleta.
O teste de umbral lático não pode ser utilizado para substituir um teste aplicado em laboratório já que o mesmo é aplicado em condições e com materiais diferentes. Foi comprovado que com este teste pode-se extrair conclusões expressivas do nível do atleta estudado, sendo que se deve aplicar o teste várias vezes durante a temporada do atleta para acompanhar sua evolução durante os ciclos de treinamento, em especial deve-se avaliar o atleta quando o mesmo está no final de um microciclo pré-competitivo, pois é onde as variáveis, volume intensidade é invertida, com treinos mais curtos e intensos.
É importante que o atleta avaliado tenha alguns anos de treinamento na modalidade, pois as intensidades aplicadas no teste são elevadas, pois pelo contrário o atleta avaliado não suportaria as intensidades indicadas no teste. Outro ponto importante foi a respeito dos materiais utilizado, pois o teste sempre, deve-se ser realizado com a bicicleta que o atleta utiliza nos treinos e compete pois o mesmo deve estar a vontade para que se possa extrair o máximo de seu rendimento.
References
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Benavent M, J.; Sainz, S.; Ferreira, L.; Pablo Monzó, A. (2008). Test de Campo para la estimación del Umbral Anaeróbico en ciclistas, basado en incrementos de intensidades discontinuas. Universidad de Valencia. www.cienciadeporte.com (Asociación Española de Ciencias del Deporte).
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 241, Jun. (2018)