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ISSN 1514-3465

 

Macabíada Mundial e a participação do Brasil em sua edição de 2022

The World Maccabiah and Brazil's Participation in this 2022 Edition

La Macabiada Mundial y la participación de Brasil en su edición 2022

 

Eduardo Figueiredo Maciel*

edufmaciel1@hotmail.com

Janice Zarpellon Mazo**

janice.mazo@ufrgs.br

 

*Mestrando em Ciência do Movimento Humano (UFRGS)

Especialista em Técnico Desportivo de Futsal (PUC)

Licenciatura em Educação Física (UFRGS)

Professor de Educação Física da rede Pública Estadual

do Estado do Rio Grande do Sul

Professor de Educação Física do Colégio Israelita Brasileiro

e do Colégio Leonardo da Vinci Gama

Treinador de futsal do Colégio Israelita Brasileiro

e da seleção brasileira de Futsal Macabi sub 18

**Pós-doutorado em História

Doutora em Ciências do Desporto

pela Universidade do Porto (Portugal)

Professora Titular da Escola de Educação Física

Fisioterapia e Dança (ESEFID), da UFRGS

Professora do Programa de Pós-graduação

em Ciências do Movimento Humano da UFRGS

Coordenadora do Centro de Memória do Esporte (CEME)

e do Observatório do Esporte Paralímpico

e Esportes Surdos (OEPES) da UFRGS

(Brasil)

 

Recepção: 29/04/2023 - Aceitação: 12/08/2023

1ª Revisão: 27/06/2023 - 2ª Revisão: 09/08/2023

 

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Citação sugerida: Maciel, E.F., e Mazo, J.Z. (2023). A Macabíada Mundial e a participação do Brasil em sua edição de 2022. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(304), 56-71. https://doi.org/10.46642/efd.v28i304.4021

 

Resumo

    A Macabiada Mundial é um evento esportivo, que sucede desde o ano de 1932, com a finalidade de congregar judeus de diferentes países em Israel. Após duas décadas, o Brasil começou a participar do evento em 1953. Quando foi realizada a edição comemorativa dos 90 anos da Macabiada Mundial, em 2022, a participação da comunidade judaica brasileira foi a maior desde a primeira vez que esteve representada, conforme o site da Macabi Brasil. O objetivo do estudo é elucidar como sucedeu a participação da comunidade judaica brasileirana Macabíada Mundial realizada no ano de 2022. Para tanto, procedeu-se a coleta de informações no aplicativo criado para o evento (Maccabiah 21), na Hemeroteca Nacional Digital, dentre outras fontes. Evidenciou-se que a delegação do Brasil estava composta por 493 atletas, que disputaram 15 modalidades, conquistando o quinto lugar na colocação geral da Macabíada Mundial.

    Unitermos: Olimpíadas Judaicas. Jogos Macabeus Mundiais. Jogos judaicos. Judaísmo. História do Esporte. Memória esportiva.

 

Abstract

    The World Maccabiah is a sporting event that takes place since 1932, bringing together Jews from different countries in Israel. Brazil has participated in all editions since 1953. In 2022, during this competition’s 90th anniversary and according to the Macabi Brasil website and some information referenced in the researched sources the Brazilian Jewish community sent its largest contingent of players. The study aimed to elucidate such a remarkable participation. For this purpose, information was collected from the app created for the event (Maccabiah 21), the official website of the event, and other sources such as articles and archives housed in the Hemeroteca Nacional Digital. Brazil participated with 493 athletes divided into 15 sports, ranking 5th overall.

    Keywords: Jewish Olympics. World Maccabean Games. Jewish games. Judaism. Sport history. Sports memory.

 

Resumen

    La Macabiada Mundial es un evento deportivo, que se realiza desde 1932, con el propósito de reunir a judíos de diferentes países en Israel. Después de dos décadas, Brasil comenzó a participar en el evento en 1953. Cuando se realizó la edición conmemorativa del 90 aniversario de la Macabiada Mundial, en 2022, la participación de la comunidad judía brasileña fue la más alta desde la primera vez que estuvo representada, según el sitio web de Macabi Brasil. El objetivo del estudio es dilucidar cómo se dio la participación de la comunidad judía brasileña en la Macabeada Mundial en el año 2022. Para ello, se recopiló información en la aplicación creada para el evento (Macabiada 21), en la Hemeroteca Nacional Digital, entre otras fuentes. Se evidenció que la delegación brasileña estuvo compuesta por 493 atletas, que compitieron en 15 deportes, conquistando el quinto lugar en el ranking general de la Macabeada Mundial.

    Palabras clave: Olimpiadas Judías. Juegos Mundiales Macabeos. Juegos judíos. Judaísmo. Historia del Deporte. Memoria deportiva.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 304, Sep. (2023)


 

Introdução 

 

    O estudo trata da participação da comunidade judaica brasileira na Macabíada Mundial do ano de 2022, competição esportiva realizada em Israel com o intuito de congregar a comunidade judaica mundial. Este evento também é designado Jogos Macabeus Mundiais e Maccabiah e Olimpíadas Judaicas, porém, o nome Macabíada Mundial é o mais utilizado pela comunidade judaica brasileira e, por isso foi adotado como o termo empregado neste estudo.

 

    A palavra Macabeu ou Macabi, segundo Cavalcanti (2019), é elucidada por diferentes versões. Uma de las relaciona com o termo hebraico makabin (significa martelo) porque Yehuda (Judas) era o “martelo de D'us” (https://abibliarespondenocostumes.blogspot.com/2019/); outra refere que Macabi originou-se do grego machitis (significa lutador) (https://abibliarespondenocostumes.blogspot.com/2019/). Ainda, assinala-se que Macabeu resultados termos iniciais da frase “Mi camochabaein YHVH” (Quem é como vós, Senhor?), oriunda da Bíblia (êxodo 15:11), a qual era usada como grito de guerra dos macabeus e lema nas bandeiras das tropas de Judas, apontado como o Macabeu. Outros acreditam que Macabeu formou-se pelo acrônimo das letras iniciais de Matatiahbu Kohenben Yochanan, o pai de Yehuda (Judas).

 

Imagem 1. Cartaz de promoção dos primeiros Jogos 

Macabeus a serem realizados na Palestina, em 1932

Imagem 1. Cartaz de promoção dos primeiros Jogos Macabeus a serem realizados na Palestina, em 1932

Fonte: The Palestine Poster Project Archives

 

    A despeito dos distintos entendimentos acerca do termo, importa destacar que a Macabíada Mundial, desde sua concepção por Joseph Yekutieli, tem como foco principal, reunir os judeus da diáspora1 por meio da prática cultural esportiva. A finalidade do evento é oportunizar aos judeus conhecer o Estado de Israel e, porventura, motivá-los para fazerem Aliyah2, termo que significa a imigração para Israel. De acordo com o site oficial da Maccabi World Union (MWU) (Macabíada, 2020), o governo busca enfatizar a centralidade do Estado de Israel na vida do povo judeu. Além disto, conforme Dubinsky (2021), os esportes possuem um papel importante para melhorar a marca e o branding de Israel, uma vez que o conflito prolongado com os árabes, enfrentado pelo país, deteriora a sua imagem. Nesta direção, Israel tem utilizado o esporte para fins de avanço de sua marca enquanto uma nação ligada à tecnologia esportiva, já que o país é líder mundial em empresas iniciantes per capita e as organizações esportivas reconhecem o potencial de Israel de se tornar uma estufa tecnológica.

 

    No que diz respeito ao esporte e à identidade judaica, nota-se escassas pesquisas históricas, como afirma Dart (2021). Da mesma forma, aponta lacunas nos estudos históricos sobre o povo judeu, o qual é aludido antes de explorar o papel da religião, como também nas implicações do Shabat (sábado) à prática esportiva dos judeus em variados lugares. Destaca-se que os clubes esportivos atuaram como espaços de expressão e reafirmação de uma identidade judaica, antes de vislumbrarem as ameaças que o secularismo, a assimilação e o antissemitismo representam para esta comunidade. Dart, e Long (2020), ao se debruçarem sobre a natureza e a extensão do antissemitismo em ambientes esportivos comunitários, numa cidade britânica, apontaram a necessidade de melhorar a educação e a conscientização sobre o que constitui abuso antissemita.

 

    Os acenos iniciais para construir laços de pertencimento entre os judeus por meio do esporte são datados da década de 1930, quando ocorreu a primeira edição da Macabíada Mundial em 1932. Após três anos, em 1935, foi realizado outro evento, o qual em seguida foi interrompido por um período significativo -de 1936 até 1949- devido a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além deste conflito mundial, questões geopolíticas entre árabes e judeus no território da Palestina, que na época pertencia a Grã-Bretanha3, também repercutiram na suspensão da Macabíada Mundial por mais de uma década.

 

    A Macabíada Mundial foi retomada na década de 1950 e, desde então, ocorre de forma ininterrupta desde o ano de 1953. Ao longo dos anos, as edições sofreram mudanças como o ciclo de disputas que anteriormente era de três anos (1932, 1935, 1950 e 1953) e passou a ser realizado a cada quatro anos a partir de 1957, adotando o modelo de períodos dos Jogos Olímpicos. Talvez, os ajustes no formato do evento, dentre outras questões colaboraram para a obtenção do reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1960. Outras adequações prosseguiram e na década de 1980, no ano de 1985, adveio a inserção da categoria júnior, a qual permitiu que jovens abaixo dos 18 anos de idade participassem de uma competição específica, sendo divididos em duas categorias, sub 16 e sub 18, pois até então disputavam na categoria adulta.

 

    Diante de tais considerações, chama-se a atenção para um marco histórico no cenário esportivo nacional, uma vez que transcorrem 60 anos (1953-2023) desde a primeira participação da comunidade judaica brasileira na Macabíada Mundial. Além deste, outro momento a ser destacado decorreu em 2022, quando foi realizada a edição comemorativa dos 90 anos do evento e a maior delegação da comunidade judaica brasileira dentre as Macabíadas Mundiais se fez presente. No entanto, percebe-se os estudos sobre a História do Esporte no Brasil silenciam quanto a estes acontecimentos. Assim, o objetivo do estudo é elucidar como sucedeu a participação da comunidade judaica brasileira na Macabíada Mundial realizada no ano de 2022.

 

Métodos 

 

    Trata-se de uma pesquisa histórico-documental, cuja finalidade é apresentar, de forma subjetiva e múltipla, os efeitos de um acontecimento, no caso a Macabíada Mundial de 2022, buscando com isso o seu significado para a vida das pessoas ou grupos que presenciaram (Turato, 2005). O recorte temporal foi delimitado ao ano de 2022, não apenas porque assinala a comemoração de 90 anos da Macabíada Mundial, mas devido a mais expressiva participação brasileira do ponto de vista quantitativo registrada até então pelo site oficial do evento. E, mesmo sendo um momento relevante para o esporte brasileiro, afinal trata-se de um evento tradicional da/para a comunidade judaica no país, a visibilidade foi um tanto restrita no país.

 

    A pesquisa foi construída a partir das informações colhidas no aplicativo oficial do evento (Maccabiah 21), no site oficial do evento (Maccabiah, 2023) e em fontes documentais acessadas na Hemeroteca Nacional Digital. A documentação foi catalogada e interpretada a fim de compor o quadro de investigação. Nos tópicos a seguir, são apresentados e discutidos os resultados obtidos a partir das fontes documentais acessadas para os fins deste estudo. No primeiro tópico intitulado “Panorama sobre a constituição da Macabíada Mundial” são abordados aspectos relativos ao povo judeu e a idealização do evento esportivo. O segundo tópico trata particularmente da participação brasileira nas Macabíadas Mundiais de 2022.

 

Panorama sobre a constituição da Macabíada Mundial 

 

    A idealização das Macabíadas Mundiais, dá origem ao Movimento Macabeu, expressão utilizada pela comunidade judaica para representar a união do povo judeu em prol de um objetivo que é unir-se através do esporte. Segundo a história judaica, os Macabeus tinham como principal intuito perpetuar as tradições judaicas e manter o povo judeu unido como nação. Eram integrantes de um exército rebelde judeu, do qual se originou o período da dinastia dos Hasmoneus4. Formaram um grupo de guerreiros com importante papel histórico para a cultura judaica pois, lutaram a favor da manutenção e consolidação da identidade do povo judeu contra o Império Seleucida. Assim, representaram uma mudança decisiva na sua história, visto que foi deste movimento que se originou uma das festas judaicas mais tradicionais, chamada de Festa de Chanuka5. Segundo Carneiro (2019, p. 39): “os Macabeus nos deixam como legado, o desafio de que o povo não esmoreça em sua luta pelas coisas justas e pela verdadeira liberdade de manter-se a fé.”

 

    O simbolismo do Movimento Macabeu começa a ser percebido no final do século XIX, quando surgem os movimentos nacionalistas na Europa e, dentre estes, é incluído o Sionismo6, movimento que buscava o estabelecimento de uma pátria em Eretz Yisrael7, a criação de uma cultura nacional e uma identidade comum para os novos colonos judeus. Na perspectiva de Max Nordau, médico, ativista sionista e cofundador da Organização Sionista Mundial8, a consolidação de uma “Terra” para os judeus e a proposição de gerações fisicamente fortes, capazes de lutar, de se defender e de suportar árduas provações, traz a debate a “imagem física do judeu”. (Chavez, 2021)

 

    No II Congresso Sionista, realizado na Basileia, em 1898, foi introduzido o termo “judaísmo muscular”, expressão entendida como um ideal para construir, por meio do esporte, uma nova identidade judia baseada na força muscular, pois Max Nordau (Chavez, 2021), preocupava-se com as caricaturas antissemitistas. O judaísmo muscular foi inspirado no Turnen alemão9, e adotou a ginástica para o renascimento da heroica nacionalidade judaica e como pré-requisito para a colonização da Palestina. Segundo Chavez (2021), o judaísmo muscular de Nordau e o antissemitismo que circulava nos clubes de ginástica alemã, foi a causa da organização do primeiro clube de ginástica propriamente judeu em 1898, chamado de Bar Kochba Berlin, no qual a maioria de seus membros eram sionistas, mas evitavam identificar-se como tal para facilitar a adesão de qualquer judeu.

 

    Entretanto, de acordo com o site oficial da MWU, o primeiro clube Macabi foi fundado no ano de 1895, em Istambul (Turquia), nomeado “Associação Israelita de Ginástica Constantinopla”. Esta instituição foi organizada pela iniciativa de sete judeus, praticantes de esgrima, oriundos de uma associação que rejeitou a participação de um treinador judeu. É possível haver certa restrição com relação a participação de judeus em clubes esportivos que não eram de origem judaica. A despeito do ano e do local da instauração do primeiro clube judeu, é provável que tais espaços foram organizados com o propósito de possibilitar aos judeus um local de prática esportiva, visto que em alguns países da Europa Oriental e Central, eles eram proibidos de se associarem.

 

    Outros clubes foram criados nos anos seguintes e adotaram nomes de heróis judeus como Bar Kochba10 ou Hakoah11 ou Hagibor12, os quais significam força e heroísmo. Uma das premissas básicas por trás da fundação desses clubes era o nacionalismo judaico, e especificamente o “judaísmo muscular” de Max Nordau. Os judeus almejavam ser reconhecidos não apenas pela sua religiosidade e cultura, mas também queriam pertencer ao coletivo e ser identificados histórica e socialmente. Este sentimento talvez se reforce, devido à discriminação que o povo judeu sofreu e ao fato de, até então, não ser uma nação reconhecida, o que viria a acontecer em 1948 com a criação do Estado de Israel.

 

    Segundo Alpert (2019), há uma máxima que indica as respostas judaicas ao antissemitismo no contexto dos esportes. Tratam-se dos ensinamentos judaicos sobre justiça social, que incluem o princípio atribuído a Hillel, o Velho, na Mishnah: "Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim? Mas se sou apenas para mim mesmo, o que sou? E se não for agora, quando?". Isto porque os judeus se defenderam por meio de protestos, adaptação cultural e boicote, conforme ilustrado em fenômenos como a criação das equipes esportivas HaKoach na Europa, o time de basquete da Associação Hebraica do Sul da Filadélfia, nos Estados Unidos da América, e as respostas internacionais aos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936.

 

    Anos depois da criação do Estado Israel (1948), conforme encaminhado no VI Congresso Sionista na Basileia em 1903, foi instituída a Judische Turnerschaft, federação encarregada de agrupar todos os clubes judeus alemães com identidade nacional. A Maccabi World Union, voltada para "clubes especificamente sionistas", acabaria por substituí-la no ano de 1921, quando foi fundada em Berlim (Alemanha); depois a sede foi para Londres (Inglaterra) e desde 1956 localiza-se em Tel Aviv (Israel). A MWU é uma das maiores organizações judaicas do mundo e a mais antiga instituição continuamente ativa no sionismo. De acordo com o site da instituição, um de seus princípios é ser um agente mundial na disseminação da cultura israelense como também desenvolver lideranças na educação informal/sionista, difundindo o Movimento Macabeu.

 

    A MWU possui países filiados os quais são divididos em seis confederações: Maccabi África do Sul (fundada em 1934); Maccabi Austrália (fundada em 1934); Macabi Europa (fundada em 1947); Macabi Estados Unidos (fundada em 1948); Macabi Canadá (fundada em 1950); e Macabi Latino-Americana (fundada em 1950). Tais confederações desempenham papel fundamental, principalmente no âmbito esportivo nas comunidades judaicas. Trata-se de fazer a articulação entre os países pertencentes a cada confederação, assim como, entre seus clubes e instituições ligadas a comunidade promovendo eventos em caráter regional, nacional ou internacional.

 

    Dentre as várias ações realizadas pela MWU no campo cultural e social, o esporte é tratado como meio de aproximar os judeus do mundo de todas as idades em uma competição esportiva, que tem como foco central o judaísmo. A intenção de reforçar a identidade judaica por meio do esporte descrita nos parágrafos anteriores, dá origem ao Movimento Macabeu, o qual se reforça através do movimento idealizado por Joseph Yekutieli, precursor das Macabíadas Mundiais. Em 1928, Joseph Yekutieli apresentou uma proposta a Menachem Ussishkin, Presidente do Comitê Executivo do Fundo Nacional Judaico13, para a primeira convocação em Eretz Yisrael de atletas judeus de todo o mundo, simbolicamente marcada para o 1800º aniversário da rebelião de Bar Kochba. Lembrando que neste período, não havia o Estado de Israel e o Movimento Macabeu estava em processo de criação e busca de um reconhecimento internacional. Os judeus sentiam a necessidade de participar de eventos esportivos como pátria, pois até então os atletas judeus representam outros países. A primeira participação de Israel como país em Jogos Olímpicos ocorreu em Helsinque no ano de 1952 e a primeira medalha de ouro foi conquistada na vela por Gal Fridman nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.

 

    A criação de uma competição para os judeus do mundo era um aspiração. A partir de 1928, depois que a Associação de Futebol Eretz Yisrael foi fundada e reconhecida pela maioria dos organismos internacionais, começou a pavimentação do caminho para a organização da primeira Macabíada em Eretz Yisrael. Joseph Yekutieli, o único delegado da Palestina para o Congresso Mundial dos Macabeus de 1929, apresentou um conceito para o que chamou de Olimpíadas Judias. Em junho de 1929, no Congresso Mundial da Maccabi na Tchecoslováquia, Joseph Yekutieli anunciou sua proposta para organizar a primeira Maccabiah ou Macabíada. A sua proposta foi aprovada por unanimidade e planos foram organizados para sediar a primeira Macabíada em Tel Aviv, no período de 29 de março a 6 de abril de 1932.

 

    Os organizadores decidiram que a Macabíada seria realizada para os membros da Federação Mundial do Maccabi, em intervalos designados, de acordo com os Jogos Olímpicos. O desígnio dessas competições judaicas mundiais era permitir às várias associações participantes, clubes judeus criados no mundo, uma oportunidade de testar sua força, preparar-se para competições internacionais e olímpicas como também, glorificar as conquistas esportivas dos jovens judeus. No entanto, no ano de 1929, a situação em Eretz Yisrael havia piorado em decorrência dos ataques de árabes contra judeus ocorridos em Tishab'Av14, no Muro das Lamentações15, em Jerusalém. Tais ataques desencadearam uma onda de violência que se espalhou por toda a região, onde centenas de judeus foram feridos, outros tantos, assassinados. A situação ficou ainda mais difícil para os judeus do Yishuv16 quando o Alto Comissário britânico, Lorde Plummer, foi substituído pelo pró-árabe e abertamente antissionista, Sir John Chancellor. Contudo, apesar das incertezas, foi dado andamento aos preparativos para a primeira Macabíada Mundial.

 

    Para divulgar o evento e arrecadar recursos no exterior, foram organizadas duas delegações de motociclistas judeus, que, partindo de Tel Aviv, deveriam passar por inúmeras comunidades judaicas do Oriente Médio e da Europa. A primeira delegação partiu em 1930 de Tel Aviv à Antuérpia (Bélgica) e a segunda, um ano depois de Tel Aviv rumo a Londres. O próprio Joseph Yekutieli participou da delegação de jovens motociclistas.

 

    Na segunda viagem, que começou em 10 de maio e terminou em 16 de julho de 1931, os pilotos percorreram 9.375 quilômetros, desde o deserto do Sinai até o Cairo, Alexandria, Salônica, Gorna, Sofia, Belgrado, Novisad, Osijek, Zagreb, Viena, Linz, Nuremburg, Frankfurt, Metz e Paris para Londres, Brighton, Leeds, Manchester, Glasgow, Birmingham e Beirute. Em todas as supracitadas cidades, eles anunciaram a Macabíada que aconteceria na primavera seguinte na então Palestina. Multidões de entusiastas membros do Macabi proclamaram seu desejo de participar das Olimpíadas Judaicas.

 

    Após este movimento de divulgação, chegou o momento das competições. As duas primeiras edições das Macabíadas foram disputadas em 1932 e 1935. Devido ao início da II Guerra Mundial, que perdurou de 1939 até 1945, vários eventos esportivos foram cancelados, como o Campeonato Mundial de Futebol FIFA (1942 e 1946), os Jogos Olímpicos (1940 e 1944) e dentre eles, as Macabíadas Mundiais que aconteceriam neste período e que só voltaram a ser disputadas a partir de 1950.

 

    As primeiras Macabíadas Mundiais que ocorreram em 1932 e 1935 (Morashá, 2023) tinham como base os princípios Macabeus mas, pondera-se que também serviram como uma maneira de levar judeus ilegalmente ao território da Palestina (atual Estado de Israel), o qual pertencia a Grã-Bretanha. Este era um modo de efetivamente contornar a limitada imigração judaica permitida pelas autoridades britânicas no mesmo período. Foi por esse motivo que a segunda Macabíada foi apelidada de Aliyah Olympics ou Aliah Olímpica. Algumas delegações dos países participantes da segunda edição, permaneceram completamente na Terra de Israel após o evento. Um fato bastante significativo foi a delegação búlgara que trouxe 350 judeus entre eles, atletas, membros de suas famílias e uma orquestra, os quais não retornaram a Sofia, na Bulgária, pois o navio que os trouxe voltou esvaziado.

 

    Após o sucesso da primeira e segunda, a terceira Macabíada foi agendada para 1938, mas sem o aval das autoridades britânicas responsáveis pela Palestina na época que se recusaram a permitir que fosse realizada. Este fato ocorreu devido às preocupações britânicas de que as Macabiadas mais uma vez oportunizariam imigrações ilegais em larga escala, especialmente à luz da disseminação do nazismo na Alemanha e na Europa e, de tal modo, o evento foi suspenso indefinidamente. Dois acontecimentos que repercutiram para a manutenção do cancelamento do evento foram a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, mais tarde, a Guerra da Palestina (1947-1949).

 

    A tradição de fazer Aliyah continuou nos anos 1950 com a realização da terceira e quarta Macabíada. Hoje, os judeus que desejam fazer Aliyah, costumam realizar durante o evento, pois, atualmente é um movimento incentivado pelo governo israelense. A terceira edição ocorreu de 27 de setembro a 8 de outubro de 1950, período que compreendia o feriado judaico de  Sucot17. Esta Macabíada Mundial foi o primeiro evento esportivo internacional a acontecer no Estado de Israel (criado em 1948) e serviu como um movimento para receber os atletas judeus de destaque esportivo no mundo, após um intervalo de 15 anos. Ademais, caracterizou um marco significativo na vida do povo judeu, pois adveio após o Holocausto e da Guerra da Palestina (1947-1949). Muitos atletas judeus da Europa Oriental estavam ausentes - alguns foram mortos no Holocausto e os demais foram proibidos de participar pelos regimes comunistas de seus países. A cerimônia de abertura da Macabíada ocorreu no estádio construído especialmente para o evento no ano de 1950, com capacidade para 50.000 pessoas, localizado em Ramat Gan, cidade do Estado de Israel.

 

    Atualmente, a Macabíada Mundial segue os moldes dos Jogos Olímpicos exibindo, por exemplo, o quadro de medalhas, mas também inclui modalidades esportivas paralímpicas, as quais são disputadas de forma concomitante com os esportes olímpicos. Observa-se que a Macabíada Mundial, por congregar na mesma competição esportes olímpicos e paralímpicos, se diferencia dos tradicionais Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos, que são competições específicas, respectivamente, para atletas convencionais e atletas com deficiência. Para além disso, apresenta outra peculiaridade no que se refere a disputa das modalidades, pois elas são divididas em categorias, cujo critério é a idade dos participantes que podem variar de acordo com a demanda da competição no ano da realização do evento. Inclusive, nota-se certa flexibilidade em acrescentar, nos esportes coletivos, algum(a) atleta de menor idade conforme o regulamento do evento.

 

A comunidade judaica brasileira na Macabíada Mundial de 2022 

 

    No Brasil, a entidade responsável por fazer a articulação com a MWU, é a Confederação Brasileira Macabi (CBM) ou Macabi Brasil que foi fundada em 1962 e está sediada no Clube Hebraica de São Paulo, sendo filiada a Confederação Latino-Americana Macabi (CLAM). A CBM promove eventos esportivos para a comunidade judaica brasileira como as Macabíadas Escolares (evento para as escolas judaicas do Brasil e da América do Sul), Macabíadas Nacionais (competição organizada para os clubes judaicos do Brasil) e organiza a participação do Brasil nos eventos mundiais como as Macabíadas Panamericanas e a Macabíada Mundial, oportunizando assim aos membros de sua comunidade que estão inseridos no esporte, tanto de forma direta (atletas e treinadores) como também de forma indireta (gestores, familiares e funcionários), a possibilidade de competir e/ou compartilhar experiências, fortalecendo o sentido de pertencimento ao judaísmo. 

 

    Depois das Macabíadas de 1953, o evento sucedeu continuamente, em um ciclo de quatro anos, havendo uma interrupção no ano de 2021 devido a pandemia do COVID-19. A cada ano, percebe-se uma mobilização maior da comunidade judaica mundial em torno da Macabíada Mundial, pois além de acrescer o número de países, aumentam também a quantidade de pessoas e os esportes envolvidos. A organização tinha a expectativa que fosse considerada a mais grandiosa Macabíada Mundial desde a primeira edição em 1932, uma vez que era comemorativa ao 90° aniversário da competição. De acordo com o site oficial (site Maccabiah.com), o evento atingiu as metas esperadas no que se refere a organização por parte da MWU e a mobilização da população israelense, contando com a presença de 10.162 atletas judeus, 80 países e 42 esportes disputados.

 

    No entanto, ao analisar o site oficial do evento há algumas divergências no que tange as informações sobre a quantidade de países. Quando observamos o quadro de medalhas disponibilizado pelo aplicativo oficial do evento (Imagem 2), cujo acesso era restrito a atletas, diretores e comissão técnica, constam 57 posições preenchidas pelos países participantes (contando inclusive com os que não obtiveram medalhas) e são percebidos 54 países pois os três restantes são denominados Olim (9° posição), M21(34° posição), Maccabi Europa (35° posição), os quais não são considerados países.

 

Imagem 2. Quadro de medalhas conquistadas pelos países

Imagem 1. Quadro de medalhas conquistadas pelos países

Fonte: Maccabiah 2023

 

    Esta edição das Macabíadas Mundiais teve como lema “Israel celebra o esporte”, reforçando o ideal do Movimento Macabeu que é unir o povo judeu por meio do esporte. No que diz respeito aos esportes disputados, consta no aplicativo disponibilizado para o evento que os países competiram em 42 modalidades esportivas divididas nas seguintes categorias: Junior18, Open19, Master20 e Paralímpico21. A delegação brasileira disputou 16 modalidades esportivas (Quadro 1), participando nas quatro categorias. Além disso, estava composta por mais de 60022 atletas, que disputaram competições tanto no naipe feminino quanto no masculino. (Confederação Brasileira Macabi, 2023)

 

Quadro 1. Modalidades esportivas disputadas pelo Brasil e suas respectivas categorias

Modalidade

Feminino

Masculino

Badminton

Open

-

Basquetebol

-

Sub 16, sub 18

Futebol

Sub 16, Open

Sub 16, Sub 18, Open, Master 35+, Master 45+, Master 55+

Futsal

-

Sub 16, Sub 18, Open, Master 45+

Golf

-

Open

Ginástica Artística

Junior, Open, Master

-

Judô

-

Junior, Open, Master

Karatê

-

Junior, Open

Padel

-

Open

Polo Aquático

Sub 18

Sub 18, Open

Surf

-

Open

Tênis

Master

Junior, Open

Tênis de Mesa

-

Sub 16, Open e Master +40

Tênis de Mesa paralímpico

-

Open

Voleibol

Sub 16, Sub 18, Open

Sub 18, Open

Voleibol de Praia

Sub 16

Sub 18, Open

Fonte: Maccabiah 2023

 

    O número referente a quantidade de atletas brasileiros participantes na Macabíada Mundial de 2022, mais de 600 atletas, segundo o site da Macabi Brasil,é apontado como a maior quantidade de atletas brasileiros presentes na história das Macabíadas. Houve alguma dificuldade em coletar os dados da competição em outros anos, devido à falta de registros, porém em algumas fontes documentais encontramos as seguintes informações: 98 atletas (1969), 76 atletas (1973), 120 atletas (1981) e 184 atletas (1984). Acredita-se que devido aos dados acessados, por mais que se tenha lacunas, a afirmação que a Macabíada Mundial de 2022 é a mais grandiosa em termos de participação de atletas se sustenta em parte.

 

    Os atletas e os demais membros da delegação brasileira foram saudados de forma entusiástica no desfile de abertura, pois há um número expressivo de brasileiros que residem em Israel, cerca de 21.000 pessoas, segundo a Confederação Israelita do Brasil, órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira. Ao final do evento, o Brasil, no quadro geral de medalhas, alcançou uma colocação significativa, considerando a quantidade de países participantes e atletas, obtendo o quinto lugar (Quadro 2) (Maccabiah, 2023). As primeiras posições no quadro geral de medalhas foram ocupadas por países que possuem uma grande comunidade judaica. Nota-se a quantidade expressiva de medalhas conquistadas por Israel, o país sede que teve um grande número de participantes e, alguns eram atletas olímpicos.

 

Quadro 2. Quadro geral de medalhas do primeiro ao quinto lugar

Colocação

Quadro de Medalhas – Macabíada Mundial de 2022

País

Ouro

Prata

Bronze

Total

1

Israel

592

472

404

1468

2

EUA

87

109

79

275

3

Argentina

35

25

33

93

4

Austrália

24

33

47

104

5

Brasil

15

32

44

91

Fonte: Maccabiah 2023

 

    Os atletas brasileiros, são escolhidos para participar da competição por meio de seletivas para as modalidades que desejam disputar na Macabíada Mundial, cujas datas são divulgadas antecipadamente pela CBM. Faz-se a ressalva que não necessita ser atleta profissional como também não é necessário se enquadrar na concepção do esporte de alto rendimento, bastando apenas ter a intenção de participar do evento. Após selecionados, os (as) atletas brasileiros passam para a fase de treinamento, sendo que cada modalidade esportiva, possui uma sede para tal.

 

    O treinamento das modalidades coletivas, é realizado nas cidades de São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Porto Alegre/RS pois, respectivamente, nessas cidades concentra-se a maior parte da comunidade judaica brasileira. Na Hebraica/SP23 e a Macabi Rio/RJ24, apontados como os maiores clubes judaicos do Brasil, são os locais onde ficam as sedes de treinamento da maioria das modalidades que fazem parte do programa esportivo das Macabíadas Mundiais, alternando-se em alguns anos conforme a intenção da Macabi Brasil e cabe a Porto Alegre sediar o treinamento da modalidade Futsal nas categorias sub 16 (desde 2013), e sub 18 (desde 2017).

 

Conclusões 

 

    Após a realização do estudo ponderamos que a Macabíada Mundial é uma competição esportiva tradicional, que no transcurso de seus 90 anos de existência edificou um legado esportivo cultural para a comunidade judaica dispersa no mundo e, em particular, no Brasil. No caso brasileiro, este evento construiu uma herança cultural esportiva, especialmente, para a comunidade judaica, que participa faz 60 anos. As Macabíadas Mundiais, idealizadas com o fim de incentivar a prática esportiva para os judeus do mundo e de direcionar os judeus para conviverem em Israel, cada vez mais tem a adesão da comunidade judaica do Brasil que a cada edição amplia o número de participantes e de modalidades disputadas.

 

    No caso da participação brasileira, as possibilidades de investigações permanecem abertas, pois, ainda se enfrentam dificuldades para a obtenção de informações históricas no site oficial do evento e na entidade representativa, a Macabi Brasil. Diante desta situação, está sendo desenvolvido pelos autores outro estudo que utiliza, também, a metodologia da História oral, a qual prevê a realização de entrevistas com pessoas (atletas, treinadores, dentre outros) da comunidade judaica em busca de dados históricos. Mesmo assim, espera-se que este estudo motive novas pesquisas sobre as Macabíadas Mundiais com intuito manter viva a memória dos participantes do evento, reforçar o sentimento de identidade judaica e mirar na próxima Macabíada Mundial que já está marcada para o ano de 2025.

 

Notas 

  1. Refere-se à dispersão, forçada ou não, de um povo pelo mundo. O termo foi utilizado para nomear os processos de ‘dispersão’ dos judeus entre os séculos 6 a.C, (cativeiro na Babilônia), e o século XX (perseguições na Europa). Fonte: https://www.palmares.gov.br/?p=53464

  2. Ato de imigração para Israel que significa “ascensão”, fazendo referência ao retorno do exílio à Terra Santa. No ano de 1950, foi promulgada a Lei do Retorno, abrindo caminho aos descendentes da fé judaica regressarem ao Estado de Israel. Fonte: https://www.jewishagency.org/

  3. No período de 1920 a 1948 (ano da criação do Estado de Israel), a região da Palestina foi administrada pela Grã-Bretanha.

  4. Eram os membros da dinastia governante durante o Reino Asmoneu de Israel (140-37 a.C.). (Togneri, e Zanoni, 2019, p. 116)

  5. Celebra a vitória do povo judeu na retomada do templo em Jerusalém no período de Seleucida. (Asheri, 1987)

  6. Sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e a existência de um Estado nacional judaico independente e soberano no território, onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel.

  7. Eretz Yisrael é a região que, segundo o Tanakh, a Bíblia judaica, foi prometida por Deus aos descendentes de Abraão.

  8. Esta instituição foi fundada pela iniciativa de Theodor Herzel no primeiro congresso sionista, realizado em agosto de 1897, na Basileia, Suíça.

  9. Conforme Chavez (2021), trata-se de uma ideia nacionalista de Friderich Ludwig Jahn (1778), considerado o "pai da ginástica". Jahn acreditava que a educação física era necessária para a "elevação interior da pátria e do povo alemão" para construir uma nova Alemanha.

  10. Bar Kochba foi um líder judeu, que comandou a terceira revolta judaica contra o Império Romano. 

  11. Palavra hebraica que significa “poder” ou “força”.

  12. Palavra hebraica que significa “herói”.

  13. O Fundo Nacional Judaico é uma instituição fundada em 1901com a finalidade de adquirir terras, fator-chave para o retorno do povo judeu a sua terra. As primeiras compras de terras foram feitas na Baixa Galileia e na Judeia.

  14. Dia do calendário judaico estabelecido para fazer jejum e luto devido a dois dos mais trágicos eventos da história judaica, a destruição pelos babilônicos do primeiro Templo de Jerusalém, no ano 586 antes da era cristã, e a destruição do segundo Templo de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, pelos romanos.

  15. Local sagrado do judaísmo situado na parte judia de Jerusalém.

  16. Assentamentos de judeus antes da criação do Estado de Israel.

  17. Festa das Cabanas que relembra os 40 anos de peregrinação pelo deserto após a saída do Egito (conib.org.br).

  18. Atletas até 18 anos divididos em duas categorias: sub 16 e sub 18.

  19. Atletas com idade livre

  20. Atletas acima de 35 anos divididos em categorias (+35, +45, +55, +60). Importante ressaltar que o limite de idade da categoria varia conforme a modalidade.

  21. Categoria sem limite de idade.

  22. Fonte: https://macabibrasil.com.br/

  23. Clube judaico da cidade de São Paulo fundado em 1953.

  24. Clube judaico da cidade do Rio de Janeiro fundado no ano de 1950.

Referências 

 

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Asheri, M. (1987). O judaísmo vivo: as tradições e as leis dos judeus praticantes. Rio de Janeiro. Imago Editora.

 

Carneiro, M.S. (2019). 1 Macabeus: memórias épicas de uma guerrilha santa. Portal Metodista de Periódicos Acadêmicos, 79(1). https://doi.org/10.15603/1676-3394/ribla.v79n1p31-40

 

Cavalcanti, M.D. (2019). Quem eram os Macabeus? ABR – A Bíblia Responde. https://abibliarespondenocostumes.blogspot.com/2019/

 

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Macabi Brasil. https://www.macabibrasil.combr

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 304, Sep. (2023)