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ISSN 1514-3465

 

Jogos Estudantis: percepções e significados atribuídos

por discentes da licenciatura em Educação Física

Student Games: Perceptions and Meanings Attributed 

by Students of the Degree in Physical Education

Juegos Estudiantiles: percepciones y significados atribuidos 

por estudiantes de la licenciatura en Educación Física

 

Vanessa Neiva Barros Nobre*

vanessanbn@gmail.com

Lourenço Nunes Batista Silva**

lourenco-nunes@hotmail.com

Amanda Raquel Rodrigues Pessoa***

amandaraquel@ifce.edu.br

 

*Graduada em Educação Física

pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)

**Graduado em Educação Física pelo IFCE

Especialista em Educação Física Escolar pelo Centro Universitário de Patos

Mestrando em Educação Física pela Universidade Federal do Vale do São Francisco

Professor de Educação Física da Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte-CE

***Graduada em Educação Física pela Universidade Regional do Cariri

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará

Doutora em Educação pela Universidade Estadual do Ceará

Professora do curso de Educação Física do IFCE

(Brasil)

 

Recepção: 17/03/2023 - Aceitação: 15/06/2023

1ª Revisão: 26/05/2023 - 2ª Revisão: 12/06/2023

 

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Citação sugerida: Nobre, V.N.B., Silva, L.N.B., e Pessoa, A.R.R. (2023). Jogos Estudantis: percepções e significados atribuídos por discentes da licenciatura em Educação Física. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(302), 32-47. https://doi.org/10.46642/efd.v28i302.3918

 

Resumo

    Entendendo o esporte como fenômeno moderno e social com potencial educativo, o presente estudo objetiva analisar os significados dos Jogos Estudantis para os discentes do curso de Licenciatura em Educação Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Juazeiro do Norte-CE, de maneira específica identificando que sentidos são atribuídos pelos acadêmicos aos jogos estudantis. A metodologia da pesquisa configura-se como qualitativa, descritiva e de campo. A pesquisa ocorreu por meio de aplicação de questionários, com a participação de 33 discentes do IFCE. Os significados atribuídos pelos discentes apontou que os Jogos Estudantis atuam no campo social, na aprendizagem, na prática de atividades físicas e no lazer, além de contribuir com a formação dos aspectos éticos, sendo as vivências e experiências possibilidades para socialização e aprendizagem. Portanto, há necessidade do desenvolvimento de novas pesquisas no campo desportivo educacional, para permitir que o esporte seja refletido na sua relação com a formação dos aspectos de socialização, cultura e lazer, contribuindo para aquisição de conhecimento e significação dos Jogos como instrumento de aprendizagem.

    Unitermos: Jogos Estudantis. Significados. Aprendizagem.

 

Abstract

    Understanding sport as a modern and social phenomenon with educational potential, this study aims to analyze the meanings of the Student Games for the students of the Degree in Physical Education of the IFCE - Campus Juazeiro do Norte, specifically identifying which meanings are attributed by the students to the student games. The research methodology is configured as qualitative, descriptive and field. The research was conducted through the application of questionnaires, with the participation of 33 students from the IFCE. The meanings attributed by the students pointed out that the Student Games work in the social field, in learning, in the practice of physical activities and in leisure, besides contributing to the formation of ethical aspects, and the experiences are possibilities for socialization and learning. Therefore, there is a need for the development of new research in the educational sports field, to allow sport to be reflected in its relationship with the formation of aspects of socialization, culture and leisure, contributing to the acquisition of knowledge and meaning of the Games as a learning tool.

    Keywords: Student Games. Meanings. Learning.

 

Resumen

    Entendiendo el deporte como un fenómeno moderno y social con potencial educativo, este estudio tiene como objetivo analizar los significados de los Juegos Estudiantiles para los estudiantes de la Licenciatura en Educación Física del Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de Ceará (IFCE) Campus Juazeiro do Norte-CE, identificando específicamente qué significados atribuyen los estudiantes a los Juegos Estudiantiles. La metodología de investigación se configuró como cualitativa, descriptiva y de campo. La investigación se llevó a cabo a través de la aplicación de cuestionarios, contando con la participación de 33 estudiantes del IFCE. Los significados atribuidos por los estudiantes señalaron que los Juegos Estudiantiles actúan en el campo social, en el aprendizaje, en la práctica de actividades físicas y de recreación, además de contribuir para la formación de aspectos éticos, siendo las experiencias posibilidades de socialización y aprendizaje. Por tanto, surge la necesidad del desarrollo de nuevas investigaciones en el campo del deporte educativo, que permitan reflejar el deporte en su relación con la formación de aspectos de socialización, cultura y recreación, contribuyendo a la adquisición de conocimiento y significado de estos Juegos como herramienta de aprendizaje.

    Palabras clave: Juegos Estudiantiles. Significados. Aprendizaje.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 302, Jul. (2023)


 

Introdução 

 

    Este estudo tem como tema central a relação entre esporte e competições estudantis. Acredita-se que o esporte pode propiciar ao indivíduo conhecimentos e a inserção social dos alunos nas multiculturas, o que pode contribuir para o desenvolvimento de capacidades físicas, além de formar um ser mais interativo, analítico e atuante na sociedade, quando utilizado de forma crítica, promovendo uma prática prazerosa para a formação de um indivíduo mais completo.

 

    Compreende-se que a educação é aspecto fundante da condição humana e a escola é uma das responsáveis por educar o sujeito. Na perspectiva da escolarização oportuniza o acesso ao conhecimento sistematizado, adequando às teorias, métodos e abordagens de ensino para viabilizar a aprendizagem do aluno.

 

    Sobre o processo de formação educacional é notória a existência de amplas características que podem vir a ter uma relação positiva ou negativa na aprendizagem, pois o processo de escolarização é constituído por vários fatores internos e externos, os quais muitas vezes se constituem como formas de obstáculos no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social do discente. Nesse processo são agregadas habilidades e competências que no seu decorrer serão cruciais para aquisição de novos conhecimentos e saberes. (Almeida, 2022)

 

    O esporte como um desses saberes pode ser bem atuante no âmbito escolar, mais especificamente através de práticas curriculares como jogos estudantis, o que vai depender do modo a ser trabalhado e dos objetivos definidos. Podendo esses objetivos se restringirem ao cunho plenamente esportivo/atlético, abordado como rendimento, ou formativo educacional com foco no desenvolvimento das diversas intelectualidades além das capacidades físicas, não se restringindo a habilidades específicas para uma prática esportiva. (Oliveira et al., 2022)

 

    Considerando as questões expostas, a presente pesquisa irá tratar especificamente do contexto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFCE. Considerando também a existência do curso de Licenciatura em Educação Física e a representatividade que os jogos têm para os acadêmicos. Acredita-se ser relevante compreender o significado dos Jogos Estudantis para os discentes do referido curso, bem como sobre os aspectos estruturantes que compõem a realização dos Jogos Estudantis do Instituto Federal do Ceará (JIFCE), realizado por meio do Departamento de Educação Física e Esporte, sendo exclusivo para alunos da instituição, que conta com a participação dos campi pertencentes ao Estado do Ceará. As questões norteadoras da discussão surgem da seguinte indagação: quais os significados dos jogos estudantis para os discentes do Curso de Licenciatura do IFCE?

 

    Mediante a maneira que o esporte é abordado na instituição e sua importância como uma ferramenta que pode contribuir no processo educacional e sabendo da existência no processo educativo de perspectivas de atuação profissional pautada no rendimento esportivo, faz-se necessário refletir sobre o lugar do esporte na perspectiva educacional, já que as características distintas atribuídas ao esporte podem desencadear em processos excludentes e discriminatórios nas práticas esportivas. Sendo assim, interessante que seja abordada e informada por esse estudo a possibilidade da interação criada por esses elos em um vértice escolar, a saber, quais os avanços e desafios dessa adesão na vida acadêmica dos discentes que compõem a instituição.

 

    Diante desses esclarecimentos e perspectivas tem-se como objetivo geral da pesquisa analisar os significados dos Jogos Estudantis para os discentes do curso de Licenciatura em Educação Física do IFCE - Campus Juazeiro do Norte.

 

Métodos 

 

    O estudo desenvolvido é de cunho qualitativo, descritivo e de campo. A pesquisa qualitativa busca em sua análise descrever e interpretar os dados que a compõem, não trata de citá-los e quantificá-los, trata da busca por relações entre as informações e as ações para chegar a explicações por meio das análises e descrições. (Minayo, 2009)

 

    A população constituiu-se dos discentes pertencentes ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Juazeiro do Norte, e dentro desta está inserida a amostra sendo os acadêmicos do curso superior de Licenciatura em Educação Física matriculados no 1º e 8º semestres do curso referido que foi composta por 19 participantes alunos do 1º semestre e 14 participantes alunos do 8º semestre, totalizando o quantitativo de 33 participantes.

 

    Os critérios de inclusão foram: discentes matriculados nas turmas do 1º e 8º semestres bem como sua aceitação de participar da pesquisa por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram critérios de exclusão o não comparecimento no dia da coleta de dados e o pedido para abandonar a pesquisa.

 

    Foi utilizado um questionário aberto composto por 08 questões, e aplicados na própria instituição. A amostra dos alunos do 1º semestre foi realizada em horário letivo, mas devido a rotatividade dos alunos do 8º semestre no campus, foi realizada a aplicação de forma individual conforme a disponibilidade dos estudantes.

 

    Todos os procedimentos foram executados de acordo com as normas éticas previstas na resolução Nº 510/07 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, em nenhum momento os participantes foram coagidos a colaborar com a pesquisa. Para identificação dos participantes foram utilizados os códigos A101 à A119, em referência a cada um dos alunos do 1º semestre, e A801 à A814 para designar os alunos do 8º semestre.

 

Resultados 

 

    A terceira fase diz respeito aos procedimentos tomados para o alcance de uma lógica de análise do conteúdo através da ordenação, classificação e a análise das informações. (Bardin, 2016)

 

Os Jogos estudantis e seu significado para aprendizagem 

 

    As modalidades e participantes em disputas no JIFCE referente ao ano de 2018 são apresentadas abaixo, com seus respectivos sexos, entre modalidades coletivas e individuais.

 

Quadro 1. Práticas esportivas dos JIFCE

Sexo

Modalidades

Máximo de atletas inscritos

Masculino e

Feminino

Atletismo

8

Basquetebol

10

Futsal

10

Voleibol

10

Handebol

12

Natação

8

Judô

8

Tênis de mesa

3

Vôlei de praia

2

Xadrez

3

Não especificado

Festival de capoeira

50

Não especificado

Futebol de campo

16

Modalidades paradesportivas/adaptadas

Conforme demanda trazida pelos campi

Fonte: Quadro construído pelos autores com base no Regulamento Geral do JIFCE (2018)

 

A significação dos jogos na vida dos estudantes 

 

    A prospecção das respostas mostra que para os entrevistados a importância e significado atribuído aos jogos tem caráter social, educacional, técnico e de lazer e sua relação com a formação escolar. O Quadro 2 explana as subcategorias que mostram o sentido que os alunos designam aos jogos, a frequência que foram citadas e os indivíduos que fizeram menção.

 

Quadro 2. Os jogos estudantis e sua significação

Significado atribuído aos jogos

Resposta

Alunos

Socialização

21

A101, A106, A111, A113, A114, A115 A116, A801, A803, A806, A807, A808, A809, A810, A811, A812 e A814.

Aprendizado

21

A101, A102, A105, A110, A111, A116, A117, A118, A802, A804, A805, A806, A807, A809, A811, A812 e A814.

Atividade física

16

A103, A105, A106, A107, A108, A110, A111, A112, A113, A116, A118, A803, A804, A808, A810 e A811.

Lazer

07

A107, A111, A112, A113, A114, A115 e A805.

Aspectos éticos

05

A107, A801, A803, A804 e A814.

Turismo

02

A805 e A808.

Fonte: Construção dos autores

 

Discussões 

 

    O esporte pode ser abordado em várias perspectivas enquanto conteúdo da Educação Física, e as formas de abordagem no âmbito escolar são motivos de discussão no âmbito acadêmico procurando estudar o seu caráter educativo e sua relevância para a formação do indivíduo, passando assim os jogos estudantis a ser um fenômeno esportivo de frequente análise.

 

    Os jogos de acordo com Castro Pantoja, e Orosco Tunja (2022) são os recursos principais para o bom desenvolvimento do movimento, o que se caracteriza como sendo uma boa ferramenta a ser utilizada pela Educação Física para promoção da qualidade de vida em conjunto com os processos de aprendizagem na formação social do indivíduo. O que já havia sido considerado por Jesus, e Jesus (2022) ao citar a relevância do processo de aprendizagem através do esporte, vendo a necessidade de dar ao Esporte por meios dos jogos esportivos coletivos um tratamento pedagógico que consiste em organizar ações e práticas que envolvam os alunos e que perpassa pela formação pedagógica do professor nos processos de ensino-aprendizagem e treinamento esportivo.

 

    Aos olhos de Guasca, e Florez (2022) a presença dos jogos de competição nas escolas refletem a ação política vivida pelo país, e devido a isso, no Brasil, sua atuação passou dos Jogos Estudantis Brasileiros, quando incumbido pela ditadura militar através da Divisão de Educação Física do Ministério da Educação e Cultura, para Olimpíadas Colegiais organizadas pelo Ministério da Educação, Esporte e Turismo em conjunto com instituições privadas (midiáticas), o que passou a ter etapas seletivas de competições municipais e estaduais que classificam para as nacionais. Atualmente o Ministério dos Esportes divide-se em três secretarias, sendo: uma de Alto Rendimento; uma de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social; e uma de Futebol e Direitos do Torcedor.

 

    A Secretária de Alto Rendimento é a responsável pela realização das competições escolares, o que denota o caráter institucionalizado dos jogos esportivos escolares ao levar em conta o resultado competitivo ao ponto de deixar de lado os processos formativos advindos no processo educacional para centrar no processo de formação de jogadores visando às necessidades do esporte de alto rendimento.

 

    Na visão geral sobre o assunto o que se destaca é a oposição de duas vertentes em que o jogo escolar pode ser delineado, sendo de rendimento e ou de caráter lúdico. Consecutivamente, um aborda a técnica para o desenvolvimento da modalidade trabalhada e o outro promove o esporte como sendo uma prática lúdica à medida que permite a autonomia naquilo que se faz que promove o pensar e agir em distintas situações.

 

    A hegemonia do esporte instrumentaliza a escola para obtenção de resultados voltados ao sistema esportivo, assim, caracteriza os jogos como um rol para rendimento esportivo, e de acordo com Stigger, e Lovisolo (2022), tem uma estrutura com elementos que são responsáveis pela estruturação de relações sociais contemporâneas com foco e orientação no rendimento, seletividade e competições nos mais variados segmentos da nossa sociedade.

 

    Ao mascarar-se como uma cultura de movimento que contribui para educação e saúde, com base nas interações sociais e no desenvolvimento de aptidões físicas básicas, o sistema esportivo se impõe ainda hoje com a monocultura esportiva no âmbito escolar, o que desapropria o jogo como caráter educacional. A condução que é dada ao que precede as competições, em sua seleção, seu preparo, sua atuação e seus resultados nos processos vigentes quebram a forma educativa que pode ser propiciada pelo jogo.

 

    Perpetuando os moldes do esporte tradicional de alto rendimento em competições, contrariando o desporto escolar, que em uma visão contemporânea, objetiva atender a princípios que englobam a formação do cidadão em um ser crítico e reflexivo, pois os jogos estudantis deveriam permear o esporte educacional, no entanto, há um distorção dos jogos para o esporte de alto rendimento visando valores como competição, rivalidade e treinamento. (Santos, e Figueiredo, 2022)

 

    O debate central no tocante à aplicabilidade dos jogos estudantis trata da crítica à forma tradicional em que é manuseado na educação, ao verificar-se que ainda hoje as competições escolares estão voltadas propriamente para práticas que requerem alto rendimento e resultados dos alunos, descaracterizando outras formas que poderiam ampliar as experiências dentro desse tipo de evento como a sociabilidade, o lazer turístico e o intercâmbio cultural.

 

    Os jogos estudantis, se trabalhados de forma crítica, podem desenvolver o aluno em suas habilidades físicas, intelectuais, culturais, com percepção crítica e visão de mundo que dará suporte para o amadurecimento desse indivíduo e para a concisão da formação essencial do sujeito.

 

    Em tocante aos jogos com cunho educacional surge a apropriação de conhecimento e o processo de aprendizagem. A aprendizagem segundo Almeida (2022) é um processo social que não acontece apenas no ambiente escolar, mas que permeia as relações familiares, com as pessoas e com as experiências por elas proporcionadas, fazendo com que na medida em que se aprende transforma-se o conhecimento adquirido em primeira instância, podendo em seguida mudá-lo por completo ou apenas acrescentar a algo que já se entende. E através dos jogos a aprendizagem em conjunto com o desenvolvimento permitirá relações endógenas e exógenas, em que consecutivamente em uma refere-se às individualidades biológicas referente à sua característica genética, sua fisiologia e anatomia, enquanto o outro se refere aos processos que ocorrem no ambiente.

 

    O indivíduo que desenvolve brincadeiras e aprende jogos se apropria da cultura e, com isso, fortalece os aspectos sociais e emocionais ou pensamentos. Os jogos/esportes educacionais desenvolvem o respeito mútuo, aprendendo a obter vínculo com os demais participantes, competir, resolver conflitos, fortalecendo a autonomia e a inteligência interpessoal. (Pallares, 2022)

 

    Assim, os jogos não se limitam a competição em si, em jogar para bater metas e obter resultados esportivos, considera-se um processo formativo que abrange o desenvolvimento de habilidades motoras específicas, o conhecimento de regras e de formação tática e técnica, onde além dos aspectos psicomotores permitem o conhecimento em outras vertentes que se refere a processos de formação afetiva e cognitiva, além das experiências vividas.

 

    Todos os jogos se estruturam em três formas por Piaget, e reafirmados por Arias, e Castro (2022), a propor: exercício, símbolo ou regra. Na estrutura dos jogos de exercícios são construídos em um processo de assimilação funcional, sua formação é a organização dada pelo sistema, em que seus esquemas de ação se firmam através da prática repetitiva, podendo ser também uma prática lúdica no processo de aquisição. Nos jogos simbólicos repete o conteúdo que foi assimilado nos jogos de exercício, em um processo de explicação e significação, ao se diferenciar que o indivíduo ajusta os conteúdos a sua realidade física e social na medida em que aprimora suas dimensões afetivas e cognitivas. Os jogos de regra englobam as características dos jogos de exercício e simbólicos, e tem fundamentalmente um caráter coletivo e por isso sua assimilação deve ser recíproca, de modo que ambas as partes que se opõem devem consentir nas delimitações ajustadas nas regulamentações de conduta, mas isso não quer dizer que a ação nesses jogos sai da esfera lúdica.

 

    Esta última, vem a ser o jogo de competição em si, com foco no alto rendimento que visa a versão mais otimizada de atuação do grupo, para obtenção de êxito nas competições, algo que vem a ser fundamental para uma justificativa das seleções para competições escolares rigorosas. Mas além da técnica, o jogo de regra permite o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social em conjunto com sua conceituação, e no ambiente escolar em ligação com as situações problemas permite que o aluno desenvolva também o raciocínio lógico e amplie sua percepção de jogo, e por isso não é papel da escola apenas habilitar o aluno para o jogo competitivo de resultados. Assim os jogos não devem ser motivadores de exclusão esportiva.

 

    A instituição refere-se ao jogo como uma forma educativa de desenvolver as relações interpessoais, gerar a promoção de qualidade de vida e de permitir a obtenção de títulos, promovidas através das vivências esportivas, já de modo oposto, os alunos consideraram-no como interesse puramente de status social.

 

    Considerando o processo de aprendizagem gerado nesse contexto escolar, Delgado (2022) salienta que os principais problemas em uma pedagogia esportiva efetiva são oriundos do modo como é tratada a prática esportiva de gestos técnicos, a prática de repetição onde a mesma modalidade é explorada nos vários níveis de ensino, a fragmentação de conteúdos sem organização ou continuidade de conteúdos trabalhados, e a especialização precoce em uma busca de resultados rápidos para o rendimento esportivo.

 

    Silva (2022) ao velar pelo processo de educação esportiva de modo devido, diz ser essencial a promoção do esporte através da sua significação, a sistematização de conteúdo de forma organizada e paulatina permitindo apropriação do conhecimento, a compreensão da variação dos distintos níveis de ensino permitindo o desenvolvimento adequado a cada estágio e a diversificação de modalidades e movimentos gerando uma gama de opções para os distintos interesses individuais dos alunos.

 

    É através dessa sistematização e planejamento que os jogos devem ser desenvolvidos, tendo seus objetivos alinhados aos conteúdos que resultem de modo gradativo em uma formação básica e continuada de habilidades técnicas, capacidades físicas, conhecimento técnico, visão apurada de situações-problema e suas advindas soluções, tendo em vista um processo de ensino-aprendizagem que contemple com êxito a pretensão da pedagogia do esporte no desenvolvimento de um indivíduo em aspectos sociais, intelectuais e afetivos.

 

    Em sua maioria tem-se a considerar o sistema vigente de prática esportiva na escola, ao invés de uma prática da escola, a ser manifesta nos jogos estudantis, quando tais inibem a reflexão, consentindo com a alienação reprodutiva de modelos de competição que estimulam a seletividade e individualidade por falta de comprometimento escolar com a real ação pedagógica através do esporte, e acaba por alimentar a estereotipação do espetáculo, ao ponto que esquece seus objetivos e funções educacionais.

 

    Ao opor-se a tal prática Santos e Figueiredo (2022) considera essa conduta uma negligência da escola, e elucida que as competições escolares devem ser tratadas em concordância com o Projeto Político Pedagógico da escola, que deve permitir a interdisciplinaridade, à medida que aplica os conteúdos de forma organizada em concordância com os interesses objetivados para o desenvolvimento gradativo e aperfeiçoado do indivíduo em suas relações interpessoais e nos processos de ensino e aprendizagem.

 

    A competição quando realizada em uma vertente pedagógica de acordo com Mauricio (2022), em vista de uma vivência para o educando, propicia ao aluno a oportunidade de se divertir à medida que vivencia experiências que podem marcar sua vida, permite a superação de desafios, o desenvolvimento da autoconfiança, o aperfeiçoamento de suas habilidades, o desenvolvimento de seu senso crítico sobre os processos e os indivíduos, a possibilidade à valorização e significação de trabalho coletivo, além de respeitar os limites da individualidade de cada aluno.

 

    Os jogos como um processo educativo não são definidos em um momento específico apenas na competição em si, mas caracteriza-se por todo processo que engloba a preparação, a disputa e o pós-jogos, onde não é centrada a meta de vitória, e sim se considera a formação do indivíduo através da ferramenta esportiva, os jogos através das competições não deveriam ser centrado unicamente nas disputas, mas como uma ferramenta para a educação. (Rivera, 2022)

 

    A competição escolar por meio de uma pedagogia voltada ao esporte permite aos alunos o desenvolvimento das habilidades específicas não apenas para alunos que demonstram um potencial para o esporte de rendimento, mas deve abrir espaço para o conhecimento equiparado aos alunos de modo geral sem dar espaço a exclusão, e de modo organizado, sistematizado e contínuo fazer um planejamento que leve em conta os limites e as debilidades individuais de cada aluno.

 

    Considerando todos estes fatos, há uma discrepante diferença na aplicação dos jogos estudantis que vem a ser uma prática na escola ou da escola, o ponto principal a distingui-los é o elemento conferido à quem na realidade é o autor e protagonista nessas práticas. Referindo-se ao jogo na escola, o esporte de rendimento tem a voz e vez para ditar como ele deve ser executado no ambiente escolar sem levar muito em conta quais aprendizagens serão geradas através dele. Enquanto ao jogo da escola quem define como e com quais finalidades ele será trabalhado é a escola, a saber que seus interesses são primordialmente educacionais, com primazia na formação do sujeito como cidadão tendo contempladas suas capacidades e relações essenciais para o processo de aprendizagem.

 

    Em um plano educacional os jogos podem funcionar como um instrumento facilitador para o desenvolvimento completo nos processos formativos do aluno. Apesar dos muitos estudos relacionados à aplicação dos jogos estudantis e aos seus devidos interesses, ainda se espera mudanças significativas nessa esfera para que haja uma transformação genuína na forma de ensinar e na maneira como esse conhecimento será usado, a educação necessita sofrer mudanças que corroborem a obtenção de seus objetivos de cunho educativo, não sendo passivo ao espetáculo que é gerado como palco para a hegemonia esportiva restrita a rendimento.

 

    No contexto do Instituto Federal do Ceará, de acordo com o Art. 1º do Regulamento Geral do JIFCE (2018), esse evento tem por objetivo “[...] desenvolver, entre os estudantes a prática esportiva e os valores/atributos da área afetiva que essa promove, como respeito, iniciativa, coragem, parceria, liderança, entre outros”. Tendo por finalidade: estimular e promover a prática esportiva entre seus alunos, assim como a saúde dos mesmos; instigar as relações interpessoais entre estudantes e professores; permitir aos alunos do curso de Licenciatura em Educação Física – contando também com os diversos cursos ofertados pelo Instituto – acesso a laboratórios técnicos; e compor equipes esportivas para representar o IFCE nos Jogos da Rede, nas fases regional e nacional.

 

    Essa competição é dividida em duas categorias: sub-19, com alunos de faixa etária de até 19 anos; e aberta, para alunos com idade mínima de 18 anos. Tendo sua realização composta em três fases: 1) Fase Campus; 2) Fase Classificatória Regional; e 3) Fase Final Estadual. A primeira fase é realizada pelo campus, sendo uma competição sem restrição por cursos ou por nível de ensino, assegurando a participação aos alunos do Ensino a Distância (EaD) e pessoas com deficiência. A segunda fase ocorre nas regiões, subdivididas do Estado, entre seus campi respectivos: Metropolitana (07 campi), Centro-Oeste (06 campi), Leste (6 campi), Sul (5 campi) e Norte (6 campi). Na Fase Final Estadual ocorre a disputa dos vencedores de cada região. A segunda e terceira fases são financiadas pela reitoria, sendo o custeio de “transporte da delegação, diárias e passagens de servidores” incumbidos aos campi.

 

    Das modalidades citadas são especificados que: para atletismo, judô e natação ocorrem somente na fase final estadual; tênis de mesa e xadrez quando em sistema individual ocorre na Fase Classificatória Regional contando com 3 representantes por campus, já quando em sistema de equipe ocorre na Fase Final Estadual com 3 representantes; e o festival de capoeira ocorre na Fase Final Estadual com 50 representantes totais aos campi que contem com projetos ativo.

 

    Os requisitos para participação nos JIFCE são: o estudante está devidamente matriculado em um dos cursos da rede IFCE, independente do nível de ensino, podendo ser também aluno do EaD; possuir o IRA igual ou maior que 5; ter frequência não inferior a 75% das aulas; estar em condições físicas de saúde aprovada por médico para a prática do esporte; estar credenciado pelo evento.

 

    Em verificação as respostas fornecidas na Tabela 02, sete subcategorias foram estabelecidas a serem aqui descritas e analisadas, destas as que mais se destacaram foram em virtude a questão social, de aprendizado e das práticas de atividade física, em configuração a seu caráter formativo. Cabe ressaltar que o número de respostas não corresponde ao número de participantes por serem livres para apontar mais de um significado.

 

    Na perspectiva da maioria dos discentes pesquisados um dos papéis mais importantes atribuídos aos jogos é o da característica social (Barbosa Serrato et al., 2022). O que está em concordância com A802 ao dizer que os jogos permite a socialização “[...] a gente vivencia além do ambiente de competição, a experiência de conhecer novas pessoas de outros campis, de outros estados”.

 

    Assim, os vínculos oriundos destas relações têm grande potencial na formação da cidadania e da criticidade do aluno, tal como aponta Santos, e Figueiredo (2022) os jogos ao permitir questionamentos e conhecimentos oriundos da área emocional, social e físicas, promovem interações culturais e o desenvolvimento dialético em questões referentes à política, educação, sociologia e filosofia o que mostra seu caráter educacional além de contribuir para autonomia.

 

    Considerando o desenvolvimento contemplado pelos jogos em ambiente escolar, sua prática pode propiciar a atuação interdisciplinar em detrimento do exclusivo rendimento esportivo, o que gera sentidos e significados distintos tanto para organizadores como para os participantes, desse modo aos jogos cabe distintas atribuições, e segundo os participantes da pesquisa gera aprendizados como podemos perceber nas respostas a seguir:

    Mais aprendizado e experiência das minhas descobertas. (A107)

 

    Os jogos estudantis vão além da competição, não são só vitórias ou derrotas. (A814)

 

    O mesmo possibilita [...] aprendizado, a partir do momento que enquadra este aluno na experiência, na tomada de decisão, na organização seja de horários, equipe, de treinos, ocasionando no enriquecimento de conhecimento deste aluno. (A811)

    Apesar da ciência da legitimidade de seu papel com visão reflexiva, crítica e autônoma a ser desenvolvida pelo indivíduo, sua aplicabilidade ainda está longe de ser a ideal haja vista que na atualidade existe a vigência dos paradigmas tradicionais de ensino que subjuga os jogos estudantis ao caráter hegemônico esportivo, reprimindo manifestações de interesses a parte dos interesses institucionais.

 

    Outro fator atribuído aos jogos escolares foi a prática de atividade física pertinente, que em consequência gera a promoção da saúde, permitindo uma melhoria na qualidade de vida dos indivíduos. Como podemos perceber nas respostas a seguir:

    Os jogos representam [...] uma forma de estar fazendo atividade física. (A808)

 

    Estes jogos se tornam importantes, pois estimulam a prática de exercícios físicos, no caso os treinos. (A810)

 

    [...] a melhora da saúde deste indivíduo a partir da adoção de uma prática esportiva e a satisfação de uma possibilidade de aquisição de experiência. (A811)

    Ao considerar a fala de A811 nota-se que os jogos têm sua funcionalidade para além da educação, ao promover uma vida mais saudável onde além dos aspectos físicos trabalha a mentalidade em conjunto para através da ludicidade propiciar a criticidade do aluno, mudar a forma como o indivíduo se vê inserido nos meios sociais e permitir desenvolver sua autoconfiança.

 

    Foi também mencionado, o lazer entre as respostas, para os participantes o divertimento é trazido juntamente com o desenvolvimento em práticas esportivas através das experiências que a mesma possibilita. Por exemplo, através do intercâmbio com outro campus há a interação com outras culturas e vivências de momentos de recreação e de outros interesses do lazer individual.

 

    É interessante ressaltar que o indivíduo precisa perceber o esporte dentro do tempo e espaço para a cultura. Conforme analisado por Marcellino (2021) o lazer deve ser considerado também enquanto possibilidade de criação em que ocorre as atividades vividas pelo indivíduo, ambas com o foco no prazer estando intrinsecamente ligadas à esfera social.

 

    Dentre as atribuições citadas houve menção dos aspectos éticos e com ele os valores e regras para o desenvolvimento da prática, assim, o caráter educacional deve ser levado como ponto principal em sua realização, pois através das experiências contará com a formação da cidadania para o aluno, indo de encontro com as falas sobre os valores atribuídos aos jogos, para uma melhor compreensão a seguir a visão dos participantes:

    [...] do cumprimento das regras e da questão ética que é muito importante na formação de qualquer cidadão. (A801)

Os jogos estudantis possibilitam a interação, o respeito ao próximo, lealdade, que são alguns valores que podem ser evidenciados através da prática esportiva e perpetuados no cotidiano social. (A803)

    Através da prática, como afirma Stigger, e Lovisolo (2022), é perpetuado valores referenciados pelo sistema e reproduzidos pelos grupos sociais, o que se vale de normas e valores por muitas vezes hegemônicos de uma monocultura esportiva, mas através de uma prática voltada a questão crítica, em que se analisa e se recria suas vivências, estimulando os participantes à análise da forma como é feita a competição e seus processos formativos.

 

    Por último, o turismo também foi referido tendo um sentido para os jogos estudantis, considerando que esse interesse parte da sua idealização para a realização. O modo como é manifesto neste período de competição é direcionado a interação com outras regiões, com a historicidade do local e com seus pontos turísticos.

 

    Em relato sobre a experiência vivida, A808 diz serem os jogos “Uma forma de me sentir bem” e “poder viajar” é um “incentivo a mais”, e A805 que o mesmo "proporciona descontração e conhecimento de outros lugares”. Desse modo segundo Marcellino (2021) atendendo ao interesse de lazer turístico.

 

    Nesta perspectiva, os jogos acabam sendo uma maneira de obter conhecimento de forma mais prazerosa, sem deixar de perder sua importância. Além de permitir oportunidades, que são inviáveis ao aluno em se tratando da questão econômica, e acaba sendo objeto incentivador para os estudantes, que acabam contemplando uma forma de lazer enriquecedora.

 

    Apesar da prática está direcionada a área escolar, quando seu desenvolvimento se limita ao rendimento nem mesmo assim há a ausência das atribuições dada aos jogos escolares, mas acaba sendo restrita a potencialidade a ser trabalhada com o aluno.

 

Conclusões 

 

    O presente estudo buscou descrever a significação atribuída aos Jogos Estudantis pelos acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Física do campus Juazeiro do Norte.

 

    Observa-se que os discentes atribuem significados aos Jogos Estudantis que o aproxima do campo social, da aprendizagem, da prática de atividades físicas e do lazer, além de contribuir com a formação dos aspectos éticos. Mostrando assim que o esporte pode ser uma ferramenta à mão da educação, indicando em destaque os aspectos de socialização e aprendizagem que os jogos propiciam como vivências e experiências aos alunos.

 

    Assim, considerando os jogos e seu papel otimizador para a educação, o debate aqui levantado em análise às respostas obtidas busca informar e instigar a comunidade acadêmica e aos demais sobre a relevância dos jogos e seus processos formadores de conhecimento para a educação. Portanto, fazem-se necessárias novas pesquisas nesse campo desportivo educacional, na busca de refletir acerca da apropriação institucional do esporte como um instrumento educacional como para a real produção do esporte em seus possíveis aspectos de socialização, cultura e lazer, permitindo a ele a atribuição de novos significados e valores.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 302, Jul. (2023)