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ISSN 1514-3465

 

Padrões de jogo no sistema ofensivo: características 

dos jogadores de voleibol da Superliga Brasileira

Game Patterns in the Offensive System: Characteristics of Brazilian Superliga Volleyball Players

Patrones de juego en el sistema ofensivo: características de los jugadores de voleibol de la Superliga Brasileña

 

Marcos Henrique do Nascimento*

marcos.henrique@discente.ufg.br

Gilmário Ricarte Batista**

cajagr@gmail.com

Gustavo De Conti Teixeira Costa***

conti02@ufg.br

 

*Graduado em Educação Física pela Universidade Santa Cecília

Mestrado em Programa de Pós-graduação

da Faculdade de Educação Física e Desporto

pela Universidade Federal de Juiz de Fora

Atualmente é aluno de Doutorado

no Programa de Ciências da Saúde

da Universidade Federal de Goiás

**Graduado em Educação Física - Institutos Paraibanos de Educação

Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Paraíba

Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba

Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor Associado da Universidade Federal da Paraíba

Professor Permanente do Programa Associado

de Pós-Graduação em Educação Física UFPB/UPE

Mestrado e Doutorado. Membro da Comissão Nacional de Treinadores (CBV)

Membro do Conselho Diretor da Confederação Brasileira de Voleibol

Tem experiência em voleibol de praia, com cinco participações em Jogos Olímpicos

***Graduado em Educação Física

pela Universidade Federal de Minas Gerais

Mestrado em Ciências do Desporto

pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

Doutorado em Ciências do Esporte

pela Universidade Federal de Minas Gerais

Atualmente é líder do Núcleo de Estudo e Pesquisa Avançada em Esportes (NEPAE)

Atua como docente e orientador no Programa de Pós-Graduação

em Educação Física da UFG (PPGEF)

Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da UFG (PPGCS)

e Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (PROEF)

(Brasil)

 

Recepción: 20/01/2023 - Aceptación: 01/05/2023

1ª Revisión: 23/04/2023 - 2ª Revisión: 29/04/2023

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Nascimento, M.H. do, Batista, G.R., y Costa, G.D.C.T. (2023). Padrões de jogo no sistema ofensivo: características dos jogadores de voleibol da Superliga Brasileira. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(301), 106-120. https://doi.org/10.46642/efd.v28i301.3845

 

Resumo

    O objetivo do presente estudo foi o de identificar padrões de jogoofensivo no voleibol masculino por equipe, após a realização da recepção que permite o ataque organizado com todas as opções de ataque, uma vez que é nessa condição que há maior oportunidade de variabilidade para a construção ofensiva. A amostra foi composta por 22 jogos de cada uma das 12 equipes participantes da Superliga de Voleibol Masculina Brasileira de 2021-2022, sendo analisadas 5524 ações de ataque após as recepções que permitiram o ataque organizado com todas as opções. Os resultados mostraram que as equipes apresentaram padrões de jogo ofensivo conforme as características dos jogadores que compunham a rede de ataque e que a distribuição, em uma análise geral, se concentrou na zona P3, indicando que a estratégia ofensiva se mostrou alicerçada no atacante central e pouco modificou-se em relação à fase do set. A partir disso, concluiu-se que há idiossincrasias que especificam o desempenho das equipes de voleibol de alto nível.

    Unitermos: Voleibol. Análise de jogo. Abordagem ecológica. Esporte coletivo.

 

Abstract

    The aim of the present study was to identify patterns of offensive play in men's volleyball by team, after performing the reception that allows the organized attack with all attack options, since it is in this condition that there is a greater opportunity for variability for the offensive construction. The sample consisted of 22 games from each of the 12 teams participating in the 2021-2022 Brazilian Men's Volleyball Super League, with 5524 attack actions being analyzed after the receptions that allowed the organized attack with all the options. The results showed that the teams presented offensive game patterns according to the characteristics of the players that made up the attack network and that the distribution, in general analysis, was concentrated in the P3 zone, indicating that the offensive strategy was based on the middle-blocker and little has changed in relation to the stage of the set. From this, it was concluded that there are idiosyncrasies that specify the performance of high-level volleyball teams.

    Keywords: Volleyball. Game analysis. Ecological approach. Team sport.

 

Resumen

    El presente estudio tuvo como objetivo identificar patrones de juego ofensivo en voleibol masculino por equipo, luego de realizar la recepción que permite el ataque organizado con todas las opciones de ataque, ya que es en esta condición que existe mayor oportunidad de variabilidad para la construcción ofensiva. La muestra estuvo compuesta por 22 partidos de cada uno de los 12 equipos participantes de la Superliga Brasileña de Voleibol Masculina 2021-2022, siendo analizadas 5524 acciones de ataque después de las recepciones que permitieron el ataque organizado con todas las opciones. Los resultados mostraron que los equipos presentaban patrones de juego ofensivo de acuerdo a las características de los jugadores que componían la red de ataque y que la distribución, en un análisis general, se concentraba en la zona P3, indicando que la estrategia ofensiva se basaba en el centro-atacante y poco ha cambiado en relación al escenario del conjunto. A partir de ello, se concluyó que existen idiosincrasias que especifican el desempeño de los equipos de voleibol de alto nivel.

    Palabras clave: Voleibol. Análisis del juego. Enfoque ecológico. Deporte de equipo.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 301, Jun. (2023)


 

Introdução 

 

    A análise de desempenho no esporte não é recente na literatura (Bartlett, 2001; Hughes, 2004), sendo que há a premissa da utilização desse tipo de análise para a compreensão do tipo de jogo praticado, bem como para identificar pontos fortes e fracos das equipes em ambiente competitivo e de treinamento no contexto esportivo (Cooper et al., 2007; Wright et al., 2012). A partir das análises dos dados extraídos dos jogos, os treinadores e jogadores tomam decisões ajustadas ao contexto ecológico do jogo (Gréhaigne et al., 2001; Johnson, 2006), por meiodas percepções acerca das possibilidades de ação de acordo com os constrangimentos situacionais (Araújo et al., 2006, 2017; Araújo, e Davids, 2018). Diante disso, a interpretação do contexto de jogo, a partir da abordagem ecológica, oportuniza identificar padrões de jogo, alterações no padrão de jogo e a identificação de elementos estruturais que permitem diferenciar os atletas e o sucesso no esporte. (Gil-Arias et al., 2019)

 

    Ao considerar o voleibol, observa-se que a análise de jogo, do ponto de vista científico, passou por distintas fases, desde as análises descritivas até as análises preditivas (Mesquita et al., 2013; Silva et al., 2016), bem como, mais recentemente, pela utilização da análise de redes para a compreensão do desempenho em contexto esportivo (Hurst et al., 2016; Laporta et al., 2019). Em sua maioria, as pesquisas na área do voleibol buscaram compreender a divisão de jogo de acordo com a fase ofensiva, ou seja, o ataque após a recepção, denominado complexo 1 (K1), ou o ataque no contra-ataque, denominado complexo 2 (K2), bem como seus desmembramentos (Laporta et al., 2018, 2022a).

 

Imagen 1. A Superliga Brasileira Masculina de Vôlei é uma das mais importantes do mundo

Imagem 1. A Superliga Brasileira Masculina de Vôlei é uma das mais importantes do mundo

Fonte: Criador de imagens de Bing (@Efdeportes)

 

    A partir dos complexos de jogo é possível identificar os procedimentos de jogo que os constituem e observa-se que as pesquisas se centram, principalmente, na análise do saque, recepção, distribuição, ataque e disposição do bloqueio (González-Silva et al., 2020; Millán-Sánchez et al., 2019; Rocha et al., 2021). A partir desse viés, nota-se que o tipo de jogo praticado no voleibol constitui-se por recepções que permitem o ataque organizado, tempos de ataque rápidos, ataques potentes, bloqueios não compactadose ataques que resultam em pontos. (Araújo et al., 2020; Dutra et al., 2021; Rocha et al., 2019, 2020, 2021, 2022)

 

    Complementarmente à isso, é perceptível que o tipo de jogo praticado é dependente do nível de desempenho do adversário, sendo que contra adversários com níveis mais baixos de desempenho as equipes mais fortes arriscam no tipo de jogo praticado, ao mesmo tempo que em jogos mais equilibrados, busca-se o padrão de jogo mais tradicional, com levantamentos para as extremidades da rede, evitando forçar levantamentos rápidos em situações nas quais a distribuição mostra-se limitada, tal como em recepções que demandam o levantamento a partir da linha de ataque. (Costa et al., 2017; García-de-Alcaraz, e Marcelino, 2017; Marcelino et al., 2011; Marcelino et al., 2012)

 

    A partir da premissa de compreender os procedimentos de jogo em contexto real de competição, observou-se que a tomada de decisão dos atletas foi analisada com o pano de fundo teórico alicerçado na teoria ecológica, que propõe a compreensão das interações entre indivíduo e ambiente por meio das possibilidades de ação que emanam de distintas configurações do contexto de jogo (Gibson, 1966; Raab et al., 2019; Wäsche et al., 2017). Neste contexto, as informações acerca das decisões tomadas em cada procedimento de jogo, foi analisada em situação de jogo, sendo agrupadas por equipe ou condição ofensiva ou campeonato disputado ou nível de desempenho de um grupo de adversários (Laporta et al., 2021, 2022; Mercado-Palomino et al., 2022; Rocha et al., 2021, 2022; Sotiropoulos et al., 2021). No entanto, esse tipo de análise, embora relevante, não considera que as possibilidades de ação são inerentes as características de cada equipe, sendo que os planos táticos de jogo são específicos às potencialidades e deficiências da equipe, que alteram conforme as possibilidades de ação, modificando conforme as condições iniciais para a distribuição. (Araújo et al., 2004; Costa et al., 2017; Đurković et al., 2008; Rocha et al., 2020, 2022; Woods et al., 2020a, 2020b)

 

    Diante disso, o objetivo da presente pesquisa foi o de identificar padrões de jogo ofensivo no voleibol masculino por equipe, após a realização da recepção que permite o ataque organizado com todas as opções de ataque, já que é nessa condição que há maior oportunidade de variabilidade possível para a construção ofensiva, identificando padrões ofensivos de jogo. Para tal, busca-se uma aproximação com o campo de intervenção, analisando os resultados a partir da posição inicial do levantador e da fase do jogo. Não obstante, com o intuito de atingir os treinadores de voleibol, serão realizadas análises descritivas, uma vez que é o tipo de procedimento utilizado pelas equipes de voleibol brasileiro, conforme visto na Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Salienta-se que os dados estatísticos disponibilizados no site da CBV são realizados pelos estatísticos das equipes que disputam a competição, demonstrando que a análise das equipes acerca do padrão de jogo pauta-se em interpretações descritivas dos procedimentos que ocorrem nos jogos. Para tanto, é hipotetizado que: 1) as equipes adotarão estratégias de baixo risco com levantamentos para as extremidades, ou seja, zonas 4, 2 e 1; 2) os atacantes centrais farão a chamada de ataque próxima e a frente do levantador; 3) o ataque culminará, em sua maioria, em ponto; 4) as equipes apresentarão padrões ofensivos distintos por rotação, tendo em vista as especificidades.

 

Métodos 

 

Amostra 

 

    A amostra constituiu-se pela análise de 22 jogos de cada uma das 12 equipes participantes da Superliga de Voleibol Masculina Brasileira de 2021-2022, sendo analisadas 5524 ações de ataque após as recepções que permitiram o ataque organizado com todas as opções. A escolha da presente amostra se justifica pelo fato desta ser a competição mais importante de voleibol do brasileiro, e pela equipe Brasil constar entre as 4 melhores equipes do mundo. {FIVB, 2021 #5024}{FIVB, 2021 #5024}(FIVB, 2021)

 

Variáveis 

 

    Distribuição: para o local da distribuição considerou-se as zonas 4 (SETT-P4), 3 (SETT-P3), 2 (SETT-P2), 1 (SETT-P1) e 6 (SETT-P6), bem como a bola atacada pelo levantador no segundo toque (2SETT). Não se considerou o ataque pela zona 5, uma vez que esta posição, em sua maioria, é ocupada pelo líbero.

 

    Chamada de ataque (CENTRAL): considerou-se o local onde o jogador central, que ataca na zona central da quadra, saltou para realizar o ataque. Assim as seguintes categorias foram obtidas: o jogador saltou à frente e próximo ao levantador (TF); o jogador saltou atrás e perto do levantador (TC); o jogador saltou à frente e longe do levantador (T7). (Costa et al., 2016; Fellingham et al., 2013)

 

    Efeito do Ataque: considerou-se como efeitos possíveis do ataque o erro (ERRO - o atacante acerta a bola na rede, sai de quadra ou descumpre o regulamento), ataque bloqueado (BLOQ. - Quando o atacante falha devido ao bloqueio do adversário), continuidade (CONTI - quando o ataque não resulta em ação final e permite o contra-ataque) e ponto (PONTO - quando o ataque resulta em ponto direto). (Marcelino et al., 2011)

 

    Rotação (Rede): posição a qual, no início do rally, o levantador estava posicionado, sendo possível indicar as zonas 1 (P1), 2 (P2), 3 (P3), 4 (P4), 5 (P5) e 6 (P6), conforme Figura 1.

 

Figura 1. Zonas de posição do levantador no início do rally

Figura 1. Zonas de posição do levantador no início do rally

Fonte: Autores

 

    Fase do set: o set foi divido em três momentos distintos, sendo o momento inicial do 0 até o 8 ponto, o momento intermediário do 9 até o 16 ponto e o momento final do 17 ponto até o final do set. Quando houve o 5º set, a divisão considerada foi com o momento inicial do set de 0 até o 5 ponto, momento intermediário do 6 até o 10 ponto e o momento final do 11 ponto até o final do set.

 

Recolha dos dados e confiabilidade 

 

    Todas as partidas foram filmadas com uma visão de cima da quadra, com uma câmera Sony® de alta definição (1080p) posicionada aproximadamente 7 a 9 metros atrás da linha de fundo da quadra e cinco metros acima do nível do solo. Três profissionais de educação física com mais de cinco anos de experiência realizaram a análise das ações utilizadas no estudo. Para o teste de confiabilidade, 30% das ações foram reanalisadas, o que está acima do valor de referência de 10% (Tabachnick, e Fidell, 2013). Os valores de Kappa de Cohen para intraobservador variaram entre 0,99 e 1,00 com os respectivos erros padrão de 0,02 e 0,01. O valor inter observador foi 1 com erro padrão igual a 0. Esses valores superam o valor recomendado de 0,75. (Fleiss et al., 2013)

 

Análise dos dados 

 

    Os dados foram registrados em uma planilha do Microsoft Excel 2015 para Windows e o IBM SPSS Statistics (Versão 23, EUA) foi utilizado para controle de qualidade dos dados e estatística exploratória. As tabelas cruzadas foram elaboradas com as variáveis Rede e Fase do jogo nas colunas, enquanto as demais variáveis compuseram as linhas, permitindo melhor visualização do comportamento das equipes estratificado de acordo com essas duas variáveis.

 

    Para a realização das avaliações das ações de jogo, os conceitos foram traduzidos em códigos. A codificação utilizada foi idêntica a do sistema do software Datavolley. Estes foram os utilizados: = (erro), / (bloqueado), - (continuação) e # (ponto).

 

Resultados e discussão 

 

    A abordagem ecológica prevê que os padrões emergentes de comportamento nos esportes decorrem da interação entre o sujeito, a tarefa e o ambiente, sendo que o tipo de jogo praticado é dependente das possibilidades de ação em decorrência das restrições ambientais (Araújo et al., 2017; Araújo, e Davids, 2018; Woods et al., 2020a, 2020b). A partir disso, os padrões de jogo apresentados pelas equipes estão relacionados, principalmente, às características positivas e negativas de cada atleta, dentro do contexto da equipe e em consonância com o planejamento estratégico pretendido pelo treinador (Fernandez-Echeverria et al., 2019). Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi o de identificar padrões de jogo ofensivo no voleibol masculino, após a realização da recepção que permite o ataque organizado com todas as opções de ataque. Ao tentar confirmar a primeira hipótese (as equipes adotarão estratégias de baixo risco, com levantamentos efetuados para as zonas 4, 2 e 1), os resultados mostram que a hipótese foi parcialmente confirmada. Como é possível observar, a opção do levantamento para zona 3 (atacante central), também foi bastante utilizada.

 

    Analisando os dados, pela posição inicial do levantador: na posição 1 (P1), 5 equipes (1, 4, 5, 6 e 10) na maioria das vezes optaram por direcionar os levantamentos para as zonas 3 e 2, e outras 5 equipes (2, 3, 7, 11 e 12) na maioria das vezes levantaram para as zonas 3 e 4, apenas a equipe 8 optou, mais vezes pelas zonas 4, 3 e 2 e a equipe 9 direcionou seus levantamentos a maior parte do tempo para a zona 3. Analisando os resultados da posição 6 (P6), 6 equipes (1, 3, 5, 8, 10 e 12) optaram com maior frequência pelas zonas 3 e 2, 5 equipes (2, 4, 6, 7 e 11) direcionaram mais vezes os levantamentos para as zonas 3 e 4, sendo apenas a 9 a levantar mais vezes para a zona 3, repetindo a sua preferência da posição anterior. Na posição 5 (P5), 7 equipes (3, 5, 6, 7, 8, 11 e 12) direcionaram os levantamentos com uma maior frequência para as zonas 3 e 4, 4 equipes (1, 4, 9 e 10), para as zonas 3 e 2, apenas a equipe 2 dividiu os levantamentos igualmente entre as zonas 4, 3 e 2.

 

    Analisando os resultados na posição 4 (P4), 8 equipes (4, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12) realizaram com uma maior frequência os levantamentos para as zonas 3 e 4, 2 equipes (2 e 5) usaram mais levantamentos para as zonas 4 e 2, apenas a equipe 1 direcionou os levantamentos com uma maior frequência para zonas 4, 3 e 2. Na posição 3 (P3), apenas a equipe 2 optou mais vezes pelas zonas 4, 3 e 2 na maioria das vezes, as outras 11 equipes utilizaram com maior frequência os levantamentos para as zonas 3 e 4. Com o levantador na posição 2 (P2), 8 equipes (1, 3, 6, 7, 8. 9, 11 e 12), direcionaram mais vezes os levantamentos par as zonas 3 e 4, 2 equipes (4 e 5) levantaram mais vezes para as zonas 4 e 1; a equipe 10 optou mais vezes pelos levantamentos para as zonas 3 e 1 e a equipe 2 direcionou levantamento na maioria das vezes para a zona 1.

 

    Os resultados mostraram que as equipes jogaram, em sua maioria, com levantamentos pelas zonas 3 e 4, independente da fase do set. Neste contexto, a literatura aponta que quando as condições de configuração permitem o uso de todas as opções de ataque, é preferível realizar o levantamento para o atacante central, tendo em vista que os ataques são mais rápidos (Costa et al., 2016; Millán-Sánchez et al., 2019), dificultando a antecipação do sistema de bloqueio do adversário (Fellingham et al., 2013). Neste âmbito, sob o risco de antecipar incorretamente o local do ataque, o que criaria oportunidades para situações de ataque sem bloqueadores, há uma tendência de não antecipar o que gera ataques contra bloqueios simples, possibilitando que o sistema ofensivo se sobreponha ao sistema defensivo, facilitando a obtenção do ponto de ataque (Costa, Ceccato, Evangelista et al., 2016; Rocha et al., 2021). Por outro lado, é observável a utilização de estratégias de baixo risco, utilizando os atacantes da P3 e P4 (Fatahi et al., 2022), reduzindo a imprevisibilidade do jogo.

 

    A segunda hipótese de que os atacantes centrais fariam a chamada de ataque próxima e a frente do levantador foi confirmada. Os resultados confirmam a tendência do voleibol masculino brasileiro de alto nível em utilizar o atacante central próximo e a frente do levantador, para reduzir o número de bloqueadores (Costa et al., 2016). Neste contexto, esse padrão de jogo sugere que ataques centralizados (P3) mantém o atacante central próximo ao meio da quadra, dificultando a antecipação dos bloqueadores das extremidades, ao mesmo tempo que dificulta o deslocamento do bloqueador central para as extremidades da rede. Diante disso, os levantadores criam um cenário de instabilidade, dificultando a organização defensiva adversária, já que há todas as opções de ataque disponíveis, bem como a sobreposição do sistema ofensivo ao defensivo, devido aos quatro atacantes disponíveis (P4, P3, P6 e P1 ou P2) contra apenas três bloqueadores na rede. (Silva et al., 2013)

 

    A terceira hipótese de que o ataque culminaria em ponta com maior frequência foi confirmada. Os resultados corroboram a literatura internacional que já demonstrou a maior frequência de ataques que resultam em ponto, indicando que o sistema ofensivo se sobrepõe ao sistema defensivo (Araújo et al., 2020; Dutra et al., 2021; Rocha et al., 2019, 2020, 2021, 2022). Tal constatação demonstra que a potência do ataque, bem como a reduzida estruturação defensiva em ótimas condições de distribuição, limitam a organização defensiva e favorecem o ponto de ataque (Costa, Ceccato et al., 2016). Diante disso, deve-se considerar que, no voleibol, o tempo de reação para a defesa é baixo e, ao mesmo tempo, os ataques são cada vez mais potentes, fatores que combinados demonstram a superioridade da equipe que ataque sobre a que defende. Provavelmente, tal situação impõe às equipes a necessidade de analisar os adversários em busca de tendências ofensivas, realizando ajustes específicos no sistema defensivo em relação a rotação da equipe, considerando-se as qualidades dos atacantes que compõem cada rede de ataque.

 

    A quarta hipótese de que as equipes apresentariam padrões ofensivos distintos por rotação foi confirmada. No voleibol, as características dos atacantes e o número de atacantes na rede influenciam no desempenho do levantador (Đurković et al., 2008). Além disso, a rotação da equipe, provavelmente pelas características dos atacantes e distintas possibilidades de ação que emanam dos confrontos ataque e bloqueio, mostram que padrões ofensivos são esperados, principalmente quando o oposto está atacando a partir da zona de ataque (López et al., 2022). No entanto, considerando a Superliga Brasileira de voleibol masculino, observa-se que o número de ataques realizados das zonas P6 e P1 são reduzidos (Costa et al., 2016; Costa et al., 2016), fato que confere maior previsibilidade na construção ofensiva. A análise do tipo de jogo praticado por equipe mostrou que as tendências de jogo se alteram por rotação e equipe, sendo que todas as equipes mantiveram o padrão de jogo de acordo com a fase do set, ou seja, levantamento para as zonas P3 e P4. Assim, percebe-se que os cenários críticos, tal quando o atacante oposto ataca na zona P4 e o ponteiro ataca na zona 2, ou seja, rede 1 (Martins et al., 2021), pouco alteraram o tipo de distribuição, sugerindo que o plano ofensivo das equipes se pautou nas qualidades individuais dos atacantes.

 

    Em uma análise geral dos resultados, observou-se que a tomada de decisão do levantador, no momento da distribuição, apresentou padrões conforme as características dos jogadores por rotação e foi similar independente da fase do set. Esse padrão de construção ofensiva evidencia que há múltiplas possibilidades de ação, gerando instabilidade no sistema defensivo devido à não linearidade, ao mesmo tempo em que dificulta a auto-organização defensiva (Araújo et al., 2004, 2017; Raab et al., 2019). Neste contexto, a estratégia de manter o atacante central realizando a chamada de ataque próximo ao levantador parece ser necessária, uma vez que dificulta a antecipação do sistema de bloqueio (Rocha et al., 2021). Por outro lado, a baixa utilização de ataques realizados pelas zonas P6 e P1, demonstrou que há alguma limitação ofensiva, provavelmente relacionada à eficácia dos atacantes dessas zonas, gerando maior previsibilidade, principalmente quando o levantador está nas redes 2, 3 e 4, uma vez que há apenas dois atacantes disponíveis nas zonas P4 e P3. (Silva et al., 2013)

 

    Tendo em vista as limitações, este estudo não apresentou as análises jogo a jogo, devido a limitação imposta ao tamanho do artigo, restringindo a compreensão mais aprofundada dos planos táticos ofensivos conforme o adversário e o local da partida. Diante disso, sugere-se que futuras pesquisas considerem a análise mais aprofundada do tipo de jogo praticado e que ocorra com um número reduzido de equipes, permitindo ao leitor a compreensão de mudanças

no plano tático ofensivo, caso exista.

 

Tabela 1. Análise dos procedimentos de jogo das equipes de 1º a 4º de acordo com a rede e o momento do set

1 COLOCADO

2 COLOCADO

3 COLOCADO

4 COLOCADO

Rede

%

Rede

%

Rede

%

Rede

%

P1

P6

P5

P4

P3

P2

P1

P6

P5

P4

P3

P2

P1

P6

P5

P4

P3

P2

P1

P6

P5

P4

P3

P2

DISTRIBUIÇÃO

P.1

0

0

0

18

5

10

11

0

0

0

19

14

22

13

0

0

1

17

13

16

9

0

0

0

15

15

25

12

P.2

16

20

16

0

0

0

17

20

26

21

0

0

0

15

19

28

20

0

0

0

13

21

24

17

1

2

0

14

P.3

16

28

19

15

15

19

36

24

30

19

13

23

12

28

46

40

32

34

43

29

43

28

32

22

28

34

16

35

P.4

9

13

12

16

13

16

25

27

32

23

22

14

12

30

21

19

27

18

32

27

27

19

40

15

34

17

23

32

P.6

8

5

6

2

4

6

10

20

7

12

6

1

10

13

5

2

5

6

10

12

8

10

1

5

3

3

9

7

2a

0

0

0

2

2

0

1

0

1

0

2

6

0

2

0

0

0

0

1

2

1

0

0

0

0

0

2

0

%

16

21

17

17

13

16

 

21

22

17

14

13

13

 

17

17

16

14

19

16

 

17

21

13

18

15

16

 

CENTRAL

TF

35

34

23

24

21

31

54

91

84

63

56

51

50

87

73

76

66

51

86

43

75

71

84

46

65

57

40

78

TC

2

8

4

7

9

4

11

0

4

0

0

7

0

2

2

3

0

2

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2

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0

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7

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16

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5

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15

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3

9

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16

18

20

21

6

41

23

7

1

14

17

8

34

17

%

16

21

17

17

13

17

 

21

21

17

14

13

13

 

17

18

16

14

18

16

 

17

21

13

18

15

16

 

ATAQUE

PONTO

31

42

43

37

28

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69

69

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39

45

37

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54

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54

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48

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38

55

40

49

65

CONTI.

10

17

6

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13

20

18

25

17

18

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18

24

25

29

19

14

31

26

28

18

18

19

21

24

14

25

BLOQ.

7

3

2

1

1

2

5

3

4

2

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4

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5

2

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6

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4

3

5

ERRO

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4

2

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6

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3

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6

6

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5

5

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2

4

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%

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21

17

17

13

17

 

21

21

17

14

13

13

 

18

17

16

14

19

16

 

17

21

13

18

15

16

 

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

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%

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

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P.1

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21

12

P.2

18

17

18

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24

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22

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P.3

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74

45

41

35

P.4

29

27

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38

30

50

37

55

28

43

48

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32

P.6

12

12

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29

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11

12

7

10

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2a

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1

0

1

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2

2

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0

0

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%

35

37

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36

33

32

 

36

31

33

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30

34

CENTRAL

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124

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126

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3

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%

36

36

28

 

36

32

31

 

35

32

33

 

35

30

35

 

Fonte: Dados de pesquisa

 

Tabela 2. Análise dos procedimentos de jogo das equipes de 5º a 8º de acordo com a rede e o momento do set

5 COLOCADO

6 COLOCADO

7 COLOCADO

8 COLOCADO

Rede

%

Rede

%

Rede

%

Rede

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P1

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P2

P1

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P4

P3

P2

P1

P6

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P3

P2

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P.4

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24

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13

 

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17

20

15

17

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18

20

18

14

16

15

 

CENTRAL

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48

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6

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7

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19

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21

9

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4

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18

21

14

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17

 

17

19

15

17

19

13

 

18

20

18

14

16

15

 

ATAQUE

PONTO

35

71

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37

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55

51

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41

39

60

CONTI.

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33

23

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15

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20

27

20

21

21

25

26

21

23

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19

20

15

25

25

22

21

17

22

20

28

BLOQ.

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5

6

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6

5

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9

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6

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3

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ERRO

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6

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3

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5

5

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5

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3

6

3

5

4

3

5

5

5

5

3

4

5

6

%

15

25

19

15

14

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18

21

14

14

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17

 

17

19

15

17

19

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18

19

18

14

16

15

 

 

 

 

 

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

DISTRIBUIÇÃO

P.1

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16

17

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9

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10

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9

P.2

17

23

29

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23

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27

26

18

P.3

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85

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P.4

65

42

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39

47

27

56

42

38

30

53

50

46

32

P.6

21

22

10

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13

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5

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7

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1

2

8

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1

1

0

0

6

2

3

2

3

2

2

1

%

37

32

31

 

35

36

29

 

36

33

31

36

34

31

CENTRAL

TF

113

123

124

77

134

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132

92

116

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99

69

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5

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21

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24

%

35

33

32

 

33

35

32

 

36

33

32

 

36

33

31

 

Fonte: Dados de pesquisa

 

Tabela 3. Análise dos procedimentos de jogo das equipes de 9º a 12º de acordo com a rede e o momento do set

9 COLOCADO

10 COLOCADO

11 COLOCADO

12 COLOCADO

Rede

%

Rede

%

Rede

%

Rede

%

P1

P6

P5

P4

P3

P2

P1

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P2

P1

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P5

P4

P3

P2

P1

P6

P5

P4

P3

P2

DISTRIBUIÇÃO

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15

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P.2

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P.3

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39

P.4

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19

15

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19

29

P.6

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0

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2

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8

8

8

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5

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1

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0

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4

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10

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%

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18

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18

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14

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17

22

19

13

15

14

 

17

17

16

12

22

16

 

CENTRAL

TF

43

48

48

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63

21

55

55

43

74

42

57

30

62

45

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70

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36

40

67

67

46

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43

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51

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0

0

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24

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1

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12

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25

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25

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27

24

16

16

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20

%

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18

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22

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16

17

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21

16

 

ATAQUE

PONTO

45

59

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39

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39

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52

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40

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36

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35

57

33

53

CONTI.

16

25

19

29

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16

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24

26

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20

10

24

21

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23

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26

19

26

16

17

32

28

28

BLOQ.

5

11

8

8

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8

8

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7

5

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ERRO

4

6

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5

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5

5

5

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4

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10

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16

18

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16

 

 

 

 

 

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

FASE DO SET

%

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0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

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17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

0-8 PONTOS

9-16 PONTOS

17-ATÉ FINAL

DISTRIBUIÇÃO

P.1

14

9

13

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19

12

23

11

12

6

10

6

18

12

9

8

P.2

24

28

19

15

25

30

27

17

16

17

21

13

21

19

14

11

P.3

94

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51

39

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49

42

P.4

41

35

34

23

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37

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37

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51

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36

27

P.6

6

3

1

2

17

14

13

9

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CENTRAL

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Fonte: Dados de pesquisa

 

Conclusão 

 

    A análise das equipes mostrou que há idiossincrasias que especificam o desempenho das equipes de voleibol de alto nível. No entanto, parece que há um padrão de jogo, generalizado, bem consolidado que se apoia em levantamentos para as posições P3 e P4, ao mesmo tempo em que há pouca utilização de ataques pelas posições P6 e P1. Neste contexto, torna-se necessário que as equipes treinem para manter elevados valores de eficácia, independente da zona de ataque, bem como busquem a construção ofensiva de forma menos pré-determinada, causando maior imprevisibilidade no sistema defensivo adversário. Como aplicação prática, sugere-se que no momento da construção ofensiva os levantadores sejam treinados a lerem os sinais relevantes disponíveis e façam escolhas baseadas nesse cenário. Por outro lado, que os treinamentos permitam aumentar a eficácia dos atacantes para que esse não seja um fator limitador no momento da distribuição.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 301, Jun. (2023)