Percepção do autoconceito físico de escolares de onze a dezesseis anos fisicamente ativos
Perception of the self-concept of elementary schools from eleven to three physically active years
Percepción del autoconcepto físico de escolares de once a dieciséis años físicamente activos
Luciano Bucco dos Santos*
lucbucco@yahoo.com.br
Eduardo Alvarez del Palacio**
dmpeap@unileon.es
Marta Zubiaur González***
mzubg@unileon.es
*Doctor en Ciencias de la Actividad Física y del Deporte
**Doctor. Profesor Titular de Educación Física y Deportiva
***Doctora. Profesora Titular de Educación Física y Deportiva
Universidad de León
(España)
Recepção: 29/11/2017 - Aceitação: 01/12/2017
1ª Revisão: 14/12/2017 - 2ª Revisão: 14/12/2017
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o autoconceito físico de escolares com idade de 11 a 16 anos por faixa etária e por gênero. Foram avaliados 263 escolares 137 meninos e 126 meninas. Para avaliar o autoconceito foi utilizado o questionário Physical Self-Perception Profile - PSPP. Para a distribuição da amostra por faixa etária e por gênero foi utilizada a estatística descritiva comparativa. Os resultados mostraram diferenças significativas para os meninos, para os subfatores do PSPP competência desportiva (F = 16.56, p ≤ 0,03) condição física (F = 3.56, p ≤ 0.02) e força física (F = 2.38, p ≤ 0.01) as meninas mostraram-se superior significativamente apenas para o subfator imagem corporal (F = 3.26, p ≤ 0.03) para o subfator competência física geral as pontuações foram altas com diferenças significativas para os 263 escolares em relação a pontuação do PSPP. Os achados finais mostraram que a idade influenciou positivamente a percepção do autoconceito com pontuações maiores para os escolares de dezesseis anos.
Unitermos: Escolares. Gênero. Autoconceito físico. Competência física geral.
Abstract
The objective of this study was to evaluate the physical self-concept of schoolchildren aged 11 to 16 years by age group and by gender. Were evaluated 263 schoolchildren 137 boys and 126 girls. To evaluate the self-concept, the Physical Self-Perception Profile - PSPP was used. For the distribution of the sample by age group and by gender, comparative descriptive statistics were used. The results showed significant differences for boys, for the sub-factors of the PSPP sporting competence (F = 16.56, p ≤ 0.03) physical condition (F = 3.56, p ≤ 0.02) and physical strength (F = 2.38, p ≤ 0.01) Girls were shown to be significantly higher only for the body image sub-factor (F = 3.26, p ≤ 0.03) for the general physical competence sub-factor scores were high with significant differences for the 263 school children relative to the PSPP score. The final findings showed that age positively influenced the perception of self-concept with higher scores for sixteen-year-old schoolchildren.
Keywords: Schoolchildren. Gender. Physical self-concept. General physical competence.
Resumen
El objetivo de este estudio fue evaluar el autoconcepto físico de escolares con edad de 11 a 16 años por grupo de edad y por género. Se evaluaron 263 escolares 137 niños y 126 niñas. Para evaluar el autoconcepto se utilizó el cuestionario Physical Self-Perception Profile - PSPP. Para la distribución de la muestra por grupo de edad y por género se utilizó la estadística descriptiva comparativa. Los resultados mostraron diferencias significativas para los niños, para los subfatores del PSPP competencia deportiva (F = 16.56, p ≤ 0,03), condición física (F = 3.56, p ≤ 0.02) y fuerza física (F = 2.38, p ≤ 0.01). Las niñas se mostraron superiores significativamente sólo para el subfactor de imagen corporal (F = 3.26, p ≤ 0.03); para el subfactor competencia física general las puntuaciones fueron altas con diferencias significativas para los 263 escolares en relación a la puntuación del PSPP. Los hallazgos finales mostraron que la edad influenció positivamente en la percepción del autoconcepto con puntuaciones mayores para los escolares de dieciséis años.
Palabras clave: Escolares. Género. Autoconcepto físico. Competencia física general.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 22, Núm. 236, Ene. (2018)
Introdução
Uma das primeiras constatações que se realiza nas aulas de educação física ou de iniciações desportiva é sua metodologia com sessões de intensas atividades motoras que estimulam a coordenação e a capacidade de cooperação das diferentes partes do corpo com o objetivo de alcançar uma competência de mover-se e de resolver tarefas motrizes de forma eficaz e eficiente sendo uma das claras expressões de crianças e adolescentes (Bucco e Zubiaur, 2015). A educação física atual tem passado por ajustes dentro do âmbito escolar, buscando uma identidade própria (Serassuelo Junior et al., 2012) e a reafirmação do seu valor para a formação integral do aluno. Neste sentido, novas pesquisas têm surgido com o intuito de comprovar os benefícios da educação física, do esporte e do exercício físico nas dimensões motora e social (Bucco e Zubiaur, 2015; Inchley, Kirby e Currie, 2011) e também um crescimento em pesquisas na educação física e no esporte referente à psicológica também vem sendo discutida e relacionada de forma ampla ao autoconceito (Santana, 2003). A adolescência é um período caracterizado por uma diminuição da atividade física desportiva, especialmente por parte do sexo feminino (Haugen, Sáfvenbom e Ommundsen, 2011; Inchley, Kirby e Currie, 2011).
Este fato de baixa atividade física desportiva entre adolescentes causa uma grande preocupação social, dados os benefícios tanto para a saúde física como para a saúde psicológica (Biddle, Fox e Boutcher 2000; Lindwall e Martin, 2006).
Assim diante deste fato a relevância de identificar de forma mais precisa possíveis fatores associados com a baixa atividade físicos desportivos durante a adolescência, faz com que professores e pesquisadores busquem de maneira imediata formas de identificar o baixo nível de atividade físico desportiva entre adolescente sendo que uma forma de se constatar estes baixos níveis de atividade física desportiva é através do autoconceito sendo mais concreto o autoconceito físico segundo Fernández-Río et al. (2012). Uma das dificuldades do movimento refere-se ao transtorno da coordenação que se caracteriza por um prejuízo na coordenação e no controle de movimentos básicos e por um desempenho abaixo do nível esperado em atividades que exigem coordenação motora (Oliveira, Loss e Petersen, 2005; Bucco e Zubiaur, 2013).
Neste sentido a realidade nos mostra um grande aumento de escolares com problemas evolutivos de coordenação motriz, são escolares com deficiências em varias áreas tanto motoras como físicas (Bucco e Zubiaur, 2015; Silva, 2009) sendo que apresentam ações motrizes pobres quando comparado aos seus companheiros.
Investigações anteriores e atuais têm mostrado que tais dificuldades de movimento têm consequências em longo prazo (Revuelta, Esnaola e Goñi, 2014; Cantell, Smyth e Ahonen, 1994; Rasmussen e Gilberg, 2000; Bucco e Zubiaur, 2015) e que, incluso, podem persistir até a idade adulta e ao longo de toda vida, assim, é de grande importância de se identificar e se possível intervir para que a aprendizagem motora faça parte de uma evolução saudável de crianças e adolescentes. Sentir-se competente e eficaz ao se movimentar se converte em fatores fundamenteis para a aprendizagem (Bucco e Zubiaur, 2013; Ruiz e Graupera, 2005). São diferentes as propostas teóricas que destacam a relevância que envolve a aprendizagem de tarefas motrizes, assim a noção da competência percebida a sido fundamental nos trabalhos de Serassuelo Junior et al. (2012), Bucco e Zubiaur (2013), Beltrame et al. (2016), Ruiz e Graupera (2005). Para estes autores, as crianças com sensações corporais negativas realizam pratica desportiva com baixa competência motriz percebida, e evitam praticar algumas atividades desportivas muitas vezes por falta de motivação.
Uma criança com o autoconceito negativo encontrará dificuldades nas suas relações com os companheiros de equipe e na capacidade de interagir e vivenciar as experiências que a prática da atividade física pode proporcionar.
Para Tamayo et al. (2001) o autoconceito seria uma característica dinâmica que o ser humano adquire e desenvolve à medida que amplia sua percepção e compreensão de seus valores pessoais e sociais. Serassuelo Junior (2007) coloca que o autoconceito se desenvolve a partir da resposta social feedback e da capacidade de interpretar as ideias e o próprio sucesso pessoal. Chapman (1988), Silverman e Zigmond (1993) observaram que a aparência física e o controle motor têm apresentado grande importância na determinação do autoconceito, autoestima e imagem corporal nestas populações, destacam ainda que as crianças com as maiores dificuldades motoras tende a ter uma autoestima relacionada ao desempenho motor mais baixa que os seus companheiros.
A lógica parece levarmos a pensar que os escolares com problemas evolutivos de coordenação motriz manifestam uma baixa percepção de sua competência física e de sua auto eficácia percebida, e que estes diminuem com a gravidade dos problemas de movimento à medida que aumenta a idade (Bucco e Zubiaur, 2015, Causgrove Dunn e Watkinson, 2002; Gómez, Ruiz e Mata 2006; Ruiz e Graupera, 2005; Hands, 2008).
São vários os estudos (Cantell, Smyth e Ahonen, 2003; Gómez, 2004; Piek et al., 2000; Skinner e Piek, 2001; Bucco e Zubiaur, 2013; Kirby e Lisk, 2005; Causgrove, Dunn e Watkinson, 2002; Gómez, Ruiz e Mata, 2006; Ruiz e Graupera, 2005) que apontam sobre a importância da educação física em relação ao autoconceito físico e desportivo. Desta forma, fica evidente a necessidade de avaliarmos a influência da percepção do autoconceito em escolares de onze a dezesseis anos. Assim o propósito deste estudo foi avaliar e comparar o perfil do autoconceito físico nas diferentes dimensões do questionário Physical Self-Perception Profile (PSPP) em escolares de onze a dezesseis anos pertencentes a um centro publico da cidade de Cruz Alta Rio Grande do Sul.
Material e método
A amostra foi constituída por 263 escolares 137 meninos e 126 meninas com idades de 11 a 16 anos (M= 14,9, 32, DT = 8,36) pertencentes a um colégio publico estadual da cidade de Cruz Alta Rio Grande do Sul, Escola de 1º e 2º Margarida Pardelhas, Para a seleção da amostra se utilizou o método por conveniência, pois fizeram parte do estudo todos os meninos e meninas de 11 a 16 anos devidamente matriculados na escola.
Instrumentos Autoconceito
Para o autoconceito foi utilizado o questionário Physical Self-Perception Profile - PSPP. Este instrumento foi desenvolvido por Fox y Corbin nos anos 1980 (Fox, 1990; Fox e Corbin, 1989) para o estudo do autoconceito físico nos contextos de atividade física e esporte, sendo um dos mais utilizados na área de investigação (Fox, 1997). O PSPP se baseia em trabalhos como de Harter (1985, 1986) com objetivo de conseguir una medida multifatorial de auto concepto físico. O PSPP é constituído por cinco escalas: competência desportiva (i.e., percepções acerca da capacidade desportiva e atlética, capacidade para aprender técnicas desportivas, e confiança em contextos desportivos), condição física (i.e., percepções acerca do nível de condição física, estamina e fitness, capacidade para persistir na prática de atividade física, e confiança em contextos de atividade física e fitness), aparência física (i.e., percepções acerca da atração exercida nos outros pela sua figura ou físico, capacidade para manter um corpo atraente, e confiança na aparência), força física (i.e., percepções acerca da força física, desenvolvimento muscular, e confiança em situações que exigem força) e um quinto fator que explora a percepção global relacionado a competência física geral (i.e., sentimentos generalizados de alegria, satisfação, orgulho, respeito e confiança no ‘eu físico’) O PSPP tem sido utilizado em numerosos estudos e a sua fiabilidade e validade tem sido salientada por diversas vezes (Fox, 1990; Fox e Carbin 1989; Marsh et al., 1994; Sonstroem, Speliotis e Fava, 1992). Foi rapidamente adotado por investigadores de diversos países, ao ponto de estar hoje disponível em 9 línguas diferentes, entre as quais a portuguesa. O PSPP foi traduzido para a língua portuguesa por Fonseca, Fox e Almeida (1997), e utilizado posteriormente em estudos desenvolvidos por Fonseca, Lago e Mota (1997), Oliveira e Fonseca (2000a; 2000b), sendo aceito para ser utilizado em distintos contextos e idades (ASÇI, 2005; Boyd e Hrycaiko, 1997; Maïano, Ninot e Bilard, 2004; Sonstroems, Harlow e Josephs, 1994). Os itens do questionário se apresenta em forma de escala tipo Likert com pontuações que vão de 1 a 4 onde os participantes indicam um grau de acordo ou desacordo cada enunciado, sendo 1 totalmente em desacordo, e 4 totalmente de acordo, as fiabilidades internas dos fatores oscilam entre 71 e 84.
Procedimento
A escola foi informada sobre o estudo que prontamente os seus colaboradores mostraram interesse pelo estudo em questão, em seguida foi enviado um informe para os pais dos alunos solicitando sua participação no estudo e explicando sua importância. Todas as crianças participaram do estudo de forma voluntária e, por serem menores de dezoito anos, seus pais e/ou responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, somente participaram do estudo os escolares que cumpriram as normas estabelecidas. O questionário foi alicado no horario das aulas de educação fisica, sendo utilizada a propria sala de aula dos alunos, os compromissos correspondentes foram estabelecidos com o professor de educação física titular. O questionario foi aplicado pelos membros da equipe de investigação ambos com experiencias nas areas a mais de dez anos, sendo aplicados por dois profissionais um Doutor em Ciências da Atividade Física e do Esporte e o outro Fisioterapeuta Mestre e Especialista em Comportamento Motor Humano foram respeitadas as normas internacionais de experimentação com humanos, Declaração de Helsínquia (1975).
Análise estatística
Os dados foram analisados mediante uma analise multivariada de variância MANOVA através das medidas e desvio padrão foram comparadas as pontuações obtidas nas diferentes variáveis da escala, em função do sexo. Os cinco fatores do PSPP tornaram-se variáveis dependente, e o gênero como fator. Foi empregado a analise de comparações múltiplas post-hoc para estabelecer diferenças entre dois grupos adotando o nível de (p≤0,05) para diferenças estatísticas. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov sendo positivo para a amostra.
Resultados
Quanto ao autoconceito físico os escolares estudados apresentarão um autoconceito físico alto em relação ao sexo e para as idades estudadas (tabela 1 e 2) (figuras 1 e 2) segundo a pontuação da escala, sendo a competência esportiva, condição física e competência física geral os fatores mais valorizados pelos escolares, para os subfatores da competência esportiva, condição física, força física e competência física geral foram os meninos que apresentarão maiores pontuações exceto para Imagem corporal, sendo as meninas que obtiveram maiores pontuações (tabela 1). Quanto ao autoconceito físico analisando por idade (tabela 2) as idades de 11, 12 e 13 anos tiveram pontuações elevadas para competência física geral e força física segundo a pontuação da escala, já as idades mais avançadas 14, 15 e 16 anos obtiveram pontuações elevadas para todos os fatores avaliados sendo os que se destacarão foram imagem corporal, condição física, força física e competência física geral, os resultados se apresentaram unânimes para as meninas no fator imagem corporal, pois foi observado pontuações superiores para todas as idades estudadas em favor das meninas ao contrario ocorreu para os meninos pois nos fatores condição física, força física e competência física geral foram eles que obtiveram pontuações superiores para todas as idades.
Tabela 1. Valores descritivos medias e desvio padrão de cada fator do autoconceito físico PSPP amostra subdividida por gênero
Gênero |
PSPP |
Imagem Corporal |
Competência Esportiva |
Condição Física |
Força Física |
Competência Física
Geral |
n |
Meninos |
Total |
2.67
± 0,63 |
3.03
± 0.55 |
3.03
± 0.50 |
3,29
± 0.63 |
3.17
± 0.61 |
137 |
Meninas |
Total |
2.89
± 0,55 |
2.58
± 0.56 |
2.59
± 0.46 |
3,18
± 0.56 |
2.98
± 0.42 |
126 |
|
Total |
2.78
± 0,69 |
3.15
± 0.65 |
3.13
± 0.54 |
3,25
± 0.64 |
3.25
± 0.57 |
263 |
Tabela 2. Valores descritivos medias e desvio padrão de cada fator do autoconceito físico PSPP amostra subdividida por faixa etária e gênero
Idades |
PSPP |
Imagem Corporal |
Competência Esportiva |
Condição Física |
Força Física |
Competência
Física Geral |
n |
|
|
Meninos |
|
2.69
± 0.36 |
3.05
± 0.61 |
3.08
± 0.37 |
3,10
± 0.63 |
3.19
± 0.61 |
27 |
Meninas |
|
2.75
± 0,49 |
2.89
± 0.32 |
2.98
± 0.45 |
2.98
± 0.63 |
2.96
± 0.37 |
26 |
|
Total |
2.73
± 0,19 |
2.88
± 0.42 |
3.02
± 0.50 |
2.96
± 0.62 |
3.08
± 0.28 |
53 |
||
12
anos |
Meninos |
|
2.88
± 0.36 |
3.05
± 0.62 |
3.00
± 0.62 |
3,02
± 0.43 |
3.10
± 0.68 |
20 |
Meninas |
|
2.94,
± 0,58 |
2.89
± 0,74 |
2.84
± 0,63 |
2.95
± 0,62 |
2.89
± 0,59 |
21 |
|
Total |
2.88
± 0,20 |
2.86
± 0,85 |
2.75
± 0,64 |
2.93
± 0,58 |
2.96
± 0,45 |
41 |
||
|
Meninos |
|
2.86
± 0.33 |
3.10
± 0.45 |
3.04
± 0.63 |
2.96
± 0.66 |
3.09
± 0.46 |
16 |
Meninas |
|
2.91
± 0,70 |
2.69
± 0,24 |
2.86
± 0,45 |
2.98
± 059 |
2.95
± 0,36 |
21 |
|
Total |
2.89
± 0,50 |
2.69
± 0,26 |
2.91
± 0,75 |
2.95
± 0,61 |
2.98
± 0,71 |
37 |
||
|
Meninos |
|
2.85
± 0.63 |
3.10
± 0.62 |
3.03
± 0.63 |
3.05
± 0.41 |
3.10
± 0.76 |
21 |
Meninas |
|
2.89
± 0,65 |
2.86
± 0,41 |
2.83
± 0.32 |
2.88
± 0,24 |
2.89
± 0,66 |
28 |
|
Total |
2.87
± 0,75 |
2.86
± 0,63 |
2.88
± 0,33 |
2.92
± 0,75 |
3.08
± 0,61 |
49 |
||
|
Meninos |
|
2.75
± 0.44 |
3.02
± 0.25 |
3.10
± 0.63 |
3.11
± 0.77 |
3.12
± 0.64 |
19 |
Meninas |
|
2.86
± 0,40 |
2.82
± 0,56 |
2.81
± 0,62 |
2.98
± 0,61 |
2.89
± 0,96 |
23 |
|
Total |
2.79
± 0,66 |
2.88
± 0,45 |
2.95
± 0,61 |
2.96
± 0,63 |
3.08
± 0,85 |
42 |
||
16
anos |
Meninos |
|
2.84
± 0.66 |
3.05
± 0.83 |
3.12
± 0.62 |
3.15
± 0.63 |
3.18
± 0.69 |
17 |
Meninas |
|
2.86
± 0,60 |
2.85
± 0,53 |
2.89
± 0,67 |
2.99
± 0,45 |
2.98
± 0,54 |
24 |
|
|
Total |
|
2.84
± 0,25 |
2.98
± 0,47 |
2.95
± 0,64 |
3.10
± 0,55 |
3.13
± 0,36 |
41 |
Figura 1. Médias totais atingidas nos subfatores PSPP em relação ao gênero
Figura 2. Médias totais atingidas nos subfatores PSPP em relação a idade
Foram realizadas relações e interações entre o sexo e o autoconceito físico para estabelecer as diferenças existentes nos diferentes fatores do PSPP em função do sexo e em função da pontuação total amostra e PSPP. Foi utilizado para a avaliação a analise multivariada de variação MANOVA, levando em consideração os cinco fatores do SPSS como variáveis dependentes, e para variáveis independentes o sexo e amostra total (tabela 3). Foram encontradas diferenças globais significativas por sexo Lambda de Wilks =.95, F(6, 23) =.95, p ≤ 0.02), estas diferenças foram referentes aos fatores competência desportiva (F = 16.56, p ≤ 0,03) Condição Física (F = 3.56, p ≤ 0.02) e Força Física (F = 2.38, p ≤ 0.01) sendo que estas diferenças foram para os meninos pois obtiveram pontuações mais elevadas, as meninas apresentaram diferenças referente só para a Imagem corporal (F = 3.26, p ≤ 0.03), os resultados da comparação referente a pontuação PSPP e amostra total se mostraram significativos para todas as variáveis do SPSS sendo que a amostra estudada no geral teve médias altas no que diz respeito a sua competência física general (F =22, p ≤ 0,03) tendo destaque no subfator força física onde foram encontrados as maiores pontuações.
Tabela 3. Análise comparativa univariada e multivariada do autoconceito físico segundo gênero e media PSPP amostra total
Variáveis |
Meninas |
Meninos |
Amostra
total x PSPP |
|
F |
F |
F |
Imagem
corporal |
.62** |
.56 |
0,10* |
Competência
desportiva |
16,21 |
16,56
** |
6,21
* |
Condição
física |
3,42 |
3,56
** |
2,54
* |
Força
física |
2,32 |
2,38
** |
.65
* |
Competência
física general |
2,19 |
2,21 |
.22
* |
Analises
multivariado |
|
|
|
Lambda
de Wilks |
.79 |
.95 |
.79 |
F
multivariado |
5,23 |
6,23
** |
1,76
* |
* p ≤0,05 comparação pontuação PSPP versos amostra total **p ≤ 0,05 comparação pontuação PSPP quanto ao gênero.
Discussões
Os resultados encontrados na amostra estudada não foram coincidentes com a maioria de estudos realizados anteriormente, já que os escolares deste estudo mostraram que tem uma opinião bastante favorável sobre sua própria competência física desportiva, tanto em términos gerais, como para os aspectos mais particulares do seu autoconceito físico tendo como destaque o subfator força física que obteve uma pontuação alta em relação ao questionário PSPP, para o gênero e para todas as idades estudadas (figura 1 e 2).
Observou-se que tanto os meninos como as meninas valorizam muito sua competência em atividades físicas fato este comprovado, pois as pontuações atingidas de ambos os sexos foram altas para todos os fatores analisados do questionário PSPP (tabela 1 e 2), este é um fator essencial à autoestima global (Harter, 1986; Welk, e Eklund 2005; Standage et al., 2012). O status social da criança e a sua imagem positiva de seu autoconceito físico, tem vínculos, entre aceitação positiva ou negativa do grupo de companheiros sendo as habilidades mostradas nos jogos de equipe que vão interferir em seu conceito desportivo especialmente para meninos.
As pontuações encontradas na maioria das dimensões do questionário foram mais elevadas para os meninos, estas diferenças encontradas foram significativas para três dimensões do autoconceito, competência desportiva, condição física e força física (tabela 3). Estes dados em parte conhecidem com alguns estudos realizados em outros países e em nosso pais (Ruiz et al., 1997; Beltrame et al., 2016; Gómez, 2004) com escolares sendo que as meninas apresentaram valores mais baixos para as questões que se referem a seu autoconceito físico desportivo e desempenho motor (Bucco e Zubiaur, 2013) quando comparado com os meninos.
Henderson e Sugden (1992) ao relacionar o autoconceito físico de escolares comprovou que os meninos e meninas com problema de coordenação motora mostraram pontuações inferiores em todas as dimensões do questionário sendo encontradas diferenças significativas só para uma variável que foi para a condição física para os dois sexos. Estes resultados conhecidem com alguns resultados encontrados em investigações anteriores (Cantell, 1998; Cantell, Smyth e Ahonen, 2003; Gómez, 2004; Kirby e Lisk, 2005; Maeland, 1992; Piek et al., 2000; Rose, Laekin e Berger, 1997; Serrassuelo Junior et al., 2012) onde ambos confirmaram que os meninos tendem a apresentar sempre maiores valores em relação ao seu autoconceito e desempenho motor quando comparados a seus pares femininos, pois os meninos se demonstram sempre mais competitivos mesmo em um ambiente que promove atividades voltadas ao âmbito recreativo.
Um estudo realizado por Heinonen, Raikkonen e Keltikangas-Jarvinen (2005) encontrou resultados distintos ao deste estudo, no estudo foram avaliados crianças e adolescentes por meio de dois instrumentos de autoconceito. Os pesquisadores não encontraram diferenças estatisticamente significativas entre os valores atribuídos pelos jovens dos gêneros masculino e feminino. Por outro lado, as meninas, conforme avançavam na idade, apresentavam sempre menores valores ao autoconceito, quando comparadas a seus pares masculinos. Uma explicação para estes achados é que as transformações morfofisiológicas segundo Gallahue e Ozmun (2005) da adolescência se acentuam nesta faixa de idade 13 a 14 anos, gerando crise e desequilíbrio psicológicos. Brown et al. (1998) realizaram um estudo com amostras de crianças de nove a quatorze anos e observaram que a percepção do autoconceito diminuía conforme aumentava a idade das crianças, o que não foi possível destacar em nosso estudo pois a medida que a idade aumenta em nossa população avaliada as pontuações referente ao seu autoconceito aumentam, estes resultados estão na (tabela 3) onde pode-se observar que os escolares da 13 anos possuem pontuações mais baixas quando comparado com as pontuações dos escolares de 16 anos estas pontuações estão superiores para todos os fatores analisados do autoconceito.
A relação entre autoconceito, gênero e competência física foi investigada por Kimm et al. (1997), os resultados demonstram que a competência física, independentemente do gênero, apresenta uma relação direta e positiva com a percepção do autoconceito fato este comprovado em nosso estudo. A relação entre o nível de habilidade e autoconceito físico deve ser objeto de estudo no vínculo entre a aceitação positiva e a habilidade nos jogos em equipes (Tamayo et al., 2001; Santana, 2003) especialmente em meninos. A habilidade atlética é reforçada pela coordenação motora e frequentemente controlada por fatores externos à própria criança (Serassuelo Junior et al., 2012) não só a educação física pode intervir de forma positiva no autoconceito da criança, com jogos, mas também o autoconceito pode atuar de forma positiva ou negativa dentro do esporte.
De acordo com estes diversos resultados pode-se afirmar que são diferentes as possíveis explicações, por um lado, é possível que os escolares com problemas evolutivos de coordenação motora podem valorizar sua competência física desportiva como um meio de proteger seu autoconceito sendo uma estratégia que permite desafiar sua condição física de forma mais favorável (Skinner, 2002), Uma boa relação entre a prática da atividade física, o esporte e a educação física começa pelo conhecimento dos aspectos ligados ao autoconceito, por meio de experiências positivas do professor com a criança (Braden, 2000; Geuze et al., 2001). A percepção da competência física e a qualidade de vida, assim como o autoconceito, podem ser expressas de formas diferentes conforme a cultura ou o ambiente social do indivíduo.
Serassuelo Junior et al. (2012) destacam que na atualidade a cultura exporta seus modelos de vida e de valores, e que o desempenho físico e esportivo pode ser um alicerce para o bem-estar do indivíduo, o qual é influenciado pela sociedade e de certa forma, influencia a imagem corporal e seu autoconceito. Maeland (1992) afirma que entre os dez anos e dezesseis anos os escolares estão sofrendo interferências de vários fatores ocorrendo uma variação muito ampla no que se diz respeito ao seu autoconceito físico desportivo sendo que é de estrema importância à percepção dos professores de educação física e preferentemente a participação do seu entorno social e familiar.
Vale ressaltar que muitas destas investigações citadas neste estudo foram realizadas em países como Austrália, Inglaterra, Estados Unidos e Espanha, onde a educação e os investimentos no âmbito desportivo são mais elevados do que em nosso pais. Um fato importante que deve ser aceito é que o problema de desenvolvimento de coordenação motora na escola existe, fato comprovado por inumeros estudos realizados em nosso pais neste ambito motor (Teixeira et al., 2010; Beltrame et al., 2016, Bucco e Zubiaur, 2015; Valentini et al., 2012; Caetano, Silveira e Gobbi, 2006; Collet et al., 2008) e que variam em intensidade e em seu impacto sobre o bem-estar e a saúde dos escolares (Ruiz et al., 2007).
As causas são variadas e complexas quanto a escolares com problemas motores (Bucco e Zubiaur, 2015; Valentini et al., 2012), e com baixa aceitação de seu autoconceito fisico desportivo (Serassuelo Junior et al., 2012), mas certamente deve-se dirigir uma atenção ao que diferentes autores têm chamado de déficit de atividade (Camacho, Manzanares e Guillén del Castillo, 2002; Carreras-González e Ordóñez-Llanos, 2007; Gómez, 2004; Gómez, Ruiz e Mata, 2006). Apresentarm em seus estudos que numerosos escolares da atualidade apresentam dificuldades motoras e niveis baixos em relação ao seu outoconceito físico, demostrando estas deficiencia desde a educação primária passando por a educação secundária e baichalerado idades em que a porcentagem de escolares que praticam habitualmente uma atividade fisica moderada ou vigorosa diminue de forma radical.
É provável que os ambientes sociais e familiares da atualidade tendem ao sedentarismo (Contreras et al., 2010; Mascarenhas et al., 2013; Balaguer e Castillo, 2002; Mata, Ruiz e Hay, 2007), e porque não dizer de uma educação física imprudente no ambiente escolar, que sofre cortes periodicamente, e que não consegue desenvolver seus objetivos operacionais como melhorar o desenvolvimento motor e a condição física de escolares com e sem problemas evolutivos de coordenação motora por falta de espaços e materiais fato este comprovados por muitas escolas brasileiras.
Em um momento em que as autoridades de saúde estão preocupadas com o crescente nivel de obesidade, e buscam desenvolver estratégias para mudar ou melhorar o comportamento alimentar da escola, a prática da atividade física no ensino médio começa a ser marginalizada, apesar de todos os funcionários de saúde e educação considerarem um elemento crucial para promover um estilo de vida saudável, e que meninos e meninas devem praticar esportes, considerado o suficiente para que se desenvolvam saudavelmente, ainda temos muito que evoluir na questão de boms habitos como praticar atividade fisica desportiva diariamente no minimo uma hora por dia de moderada a vigorosa intensidade segundo recomendações da (ACMS, 2011).
Rico (2004) e Ennis (2006) mostraram que nas idades de pre adolescencia os escolares estão mais vuneraveis ha reduzir drasticamente a prática de atividade física sendo que nas escolas a pratica de educação física deveria ser mais incentivada com atividades extraescolares, mas em nosso contesto brasileiro este incentivo desaparece progressivamente de nosso curriculo escolar. Estes defitis de atividade fisico desportivas segundo Ruiz et al. (2007), Croce, Horvat e Mccarthy (2001), Crawford, Wilson e Dewey (2001), Bucco e Zubiaur (2015), Mascarenhas et al. (2013) afeta de forma mais notevel os escolares que vem desde a educação primaria e que manifestam dificuladades para coordenar movimentos estes que vão eliminando sua paratica e aprendizagem dos esportes desistindo de suas atividades preferidas, estando vulneraveis ao sedentarismo e um estilo de vida pouco favoravel para a sua saúde.
Se olharmos a partir da reflexão do sexo, como Skinner (2002) demonstrar problemas de coordenação motora e ser menina são uma desvantagem em terminos de bem estar psicologico e social, é necessario seguir investigando a presença destes problemas, devemos interpretar esses resultados com devido cuidado, pois os dados descritivos indicam uma tendência a menor pontuação para as meninas sendo que o estudo foi conduzido em um abiente escolar deve-se buscar um melhor resultado utilizando uma amostra maior sendo objeivos de proximos estudos.
Conclusão
Conclui-se neste estudo que a percepção do autoconceito é vista de forma distinta por meninos e meninas com idade de onze a dezesseis anos, pois as diferenças observadas tiveram resultados estatísticos significativos entre os gêneros. Os valores atribuídos ao autoconceito pelo sexo masculino se mostraram significativos, para os subfatores competência desportivas, condição física e força física, para o subfator competência física geral a pontuação foi superior para o sexo masculino, mas não foi significativo, o sexo feminino mostrou-se superior apenas para o subfator imagem corporal. Apesar das diferenças significativas contatou-se um avanço etário na percepção do autoconceito tanto para os meninos quanto para as meninas. Em relação aos valores indicados descritos pelo instrumento de avaliação do autoconceito, observou-se que a amostra apresenta-se acima da média esperada em relação ao sexo e para todas as idades estudadas tendo o fator força física como destaque.
Referências
ASÇI, F. (2005). The construct validity of two physical self-concept measures: An example from Turkey. Psychology of Sport and Exercise, v. 2, p.1-11.
American College Of Sports Medicine (2011). Position Stand. Quantity and Quality of Exercise for Developing and Maintaining Cardiorespiratory, Musculoskeletal, and Neuromotor Fitness in Apparently Healthy Adults in Children: Guidance for Prescribing Exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 43, n.7, p.1334-1359.
Balaguer, I.; Castillo, I. (2002). Actividad física, ejercicio físico y deporte en la adolescencia temprana. En I. Balaguer (Ed.), Estilos de vida en la adolescencia. Valencia: Promolibro.
Beltrame, T. S.; Cardoso, F. L.; Alexandre, J. M.; Bernardi, C. S. (2016). Motor development and self-concept of children with Developmental Coordination Disorder. Psicologia Escolar e Educacional, v. 20, n. 1, p.55-67.
Biddle, S.; Fox, F. R.; Boutcher, S. H. (2000). Physical activity and psychological well-being. New York: Taylor y Francis Company.
Bucco, L. S.; Zubiaur, M. G. (2013). Development of the fundamental motor skills depending on the sex and the body mass index in schoolboys. Cuadernos de Psicología del Deporte, v. 13, n. 2, p. 63-72.
Bucco, L.; Zubiaur, M. (2015). Analysis of the Motor Development in Brazilian Schoolchildren with Corporal Measures of Obesity and Overweight. Revista Internacional de Medicina y Ciencias de la Actividad Física y el Deporte, v. 15, n. 59, p.593-611. DOI: http://dx.doi.org/10.15366/rimcafd2015.59.012.
Braden, N (2000). Auto-estima: como aprender a gostar de si mesmo. São Paulo: Saraiva.
Boyd, K. R.; Hrycaiko, D. W. (1997). The effect of a physical activity intervention package on the self-esteem of pre-adolescent and adolescent females. Adolescence, v. 32, n. 127, p.693-709.
Brown, M. K.; Mcmahon, R. P.; Biro, F. M.; Crawford, P.; Schreiber, G.B.; Similo, S. L. et al. (1998). Changes in self-esteem in black and white girls between the ages of 9 and 14 years. Journal of adolescent health, New York, v. 23, p.7-19.
Causgrove-Dunn, J. L.; Watkinson, E. J. (2002). Considering motivation theory in the study of Developmental Coordination Disorder. En S. A. Cermak & D. Larkin (Ed.), Developmental Coordination Disorder. Albany, NY: Delmar, Thompson Learning, p. 188-199.
Cantell, M.; Smyth, M. M.; Ahonen, T. P. (2003). Two distinct pathways for developmental coordination disorder: Persistence and resolution. Human Movement Science, v. 22, n. 4, p.413-431.
Camacho, A.; Manzanares, M.; Guillén Del Castillo, M. (2002). Estudio sobre indicadores de salud relacionados con la actividad física en escolares de 12 a 16 años. Lecturas: Educación Física y Deportes, v. 8, n. 54. http://www.efdeportes.com/efd54/salud.htm
Cantell, M. H.; Smyth, M. M.; Ahonen, T. P. (1994). Clumsiness in adolescence: Educational, motor, and social outcomes of motor delay detected at 5 years. Adapted Physical Activity Quarterly, v.11, p.115-129.
Cantell, M. (1998). Developmental Coordination Disorder in adolescence: perceptual-motor, academic and social outcomes of early motor delay. Lancaster: University of Lancaster.
Caetano, M. J. D.; Silveira, C. R. A.; Gobbi, L. T. B. (2006). Desenvolvimento motor de pré-escolares no intervalo de 13 meses. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Florianópolis, v. 7, p. 5-13.
Contreras, O. R.; Fernández, J. G.; García, L. M.; Palou, P.; Ponseti, J. (2010). El autoconcepto físico y su relación con la práctica deportiva en estudiantes adolescentes. Revista de Psicología del Deporte, v. 19, n. 1, p.23-39.
Carreras-González, G.; Ordóñez-Llanos, J. (2007). Adolescencia, actividad física y factores metabólicos de riesgo cardiovascular. Revista de Cardiología online, v. 60, n. 6, p.142-161, 2007. Consultado em 30 de agosto de, 2016 http://www.revespcardiol.org/cgibin/wdbcgi.exe/cardio/mrevista_cardio.
Collet, C.; Folle, A.; Pelozin F, A; Botti, M.; Nascimento, J. V. (2008). Nível de coordenação motora de escolares da rede estadual da cidade de Florianópolis. Revista Motriz, v. 14, n.4, p.373-380.
Croce, R. V.; Horvat, M.; Mccarthy, E. (2001). Reliability and concurrent validity of the movement assessment battery for children. Perceptual and Motor Skills, v. 93, n. 1, p.275-80.
Crawford, S. G.; Wilson, B. N.; Dewey, D. (2001). Identifying developmental coordination disorder: Consistency between tests. Physical and Occupational Therapy in Pediatrics, v. 20, n. p.29-50.
Chapman, J. W. (1988). Learning disabled children's self-concepts. Review of educational research, Washington, v. 58, no. 3, p. 347-371.
Declaração de Helsinque (1975). Princípios Éticos para Pesquisa Clínica Envolvendo Seres Humanos. Assembléia Geral da Associação Médica Mundial, Helsinque, Finlândia.
Ennis, C. D. (2006). Curriculum: Forming and reshaping the vision of Physical Education in a high need, low demand world of schools. Quest, v. 58, p.41-59.
Fernández-Río, J.; Méndez-Giménez, A.; Cecchini, J. A.; González De Mesa, C. (2012). Achievement goals and social goals’ influence on physical education students’ fair play. Revista de Psicodidáctica, v. 17, n. 1, p.73-94.
Fonseca, A. M.; Lago, J.; Mota, J. (1997). Estudo inicial sobre as relações entre a assiduidade e as autopercepções físicas e de coesão de grupo em classes de ginástica de academia. Actas da V Conferência Internacional “Avaliação Psicológica: Formas e contextos” & III Mostra de Provas Psicológicas em Portugal. Braga: APPORT & Universidade do Minho, p.450-460.
Fonseca, A. M.; Fox, K. R.; Almeida, M. J. (1997). Projeto de investigação e promoção da atividade física das populações (PIPAFP). Comunicação apresentada no I Fórum das Universidades que integram o Convénio das Licenciaturas em Ciências do Desporto. Vila Real: UTAD.
Fox, K. R.; Corbin, C. B. (1989). The Physical Self-perception Profile: Development and preliminary validation. Journal of Sport and Exercise Psychology, v.11, n. 4, p. 408-430.
Fox, K. R. (1990). The Physical Self-Perception Profile manual. DeKalb, IL: Office for Health Promotion, Northern Illinois University.
Fox, K. R. (1997). The Physical Self-Perception Profile manual. DeKalb: Norther Illinois University, Office of Health Promotion.
Gallahue, D. L.; Ozmun, J. C. (2005). Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos (3ª ed.). São Paulo: Phorte.
Gómez, M.; Ruiz, L. M.; Mata, E. (2006). Los problemas evolutivos de coordinación en la adolescencia: análisis de una dificultad oculta. Revista Internacional de Ciencias del Deporte, v.1 n. 3, p.44-54,. consultado em 21 de setembro de 2016: http://www.cafyd.com/revista/index3.html#
Gómez, M. (2004). Problemas evolutivos de coordinación motriz y percepción de competencia en el alumnado de primer curso de educación secundaria obligatoria en la clase de educación física. Tesis inédita. Universidad Complutense de Madrid, Facultad de Educación.
Geuze, R. H.; Jongmans, M. J.; Scoemaker, M.; Smits-Engelsman, B.C. (2001). Clinical and research diagnostic criteria for developmental coordination disorder: a review and discussion. Human Movement Science, v. 20, n. 7, p.32-47,
Haugen, T.; Säfvenborm, R.; Ommundsen, Y. Physical activity and global self-worth. The role of physical self-esteem indices and gender. Mental Health and Physical Activity, v. 4, p.49-56. DOI: 10.1016/j.mhpa.2011.
Hands, B. (2008). Changes in Motor Skill and Fitness Measures Among Children With High and Low Motor Competence: A Five-Year Longitudinal Study. Sports Medicine Australia.
Harter, S. (1985). Manual for the Self-perception Profile for Children. Denver: University of Denver.
Harter, S. (1986). Processes underlying the construction, maintenance and enhancement of the self-concept in children. In J. Suls & A. Greenwald (Eds.), Psychological perspectives on the self, Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum, v. 3, pp. 136–182.
Henderson. S. E.; Sugden. D. A. (1992). Movement Assessment Battery for Children MABC. London: Psychological Corporation.
Heinonen, K.; Raikkonen, K.; Keltikangas-Jarvinen, L. (2005). Self-esteem in early and late adolescence predicts dispositional optimism-pessimism in adulthood: a 21- year longitudinal study. Personality and Individual Differences, Oxford, v. 39, n. 3, p. 511-521.
Inchley, J.; Kirby, J.; Currie, C. (2011). Longitudinal changes in physical self-perceptions and associations with physical activity during adolescence. Pediatric Exercise Science, v. 23, p.237-249.
Kirby, A.; Lisk, S. (2005). Self-perception in young people with DCD. En Actas de Sixth International Conference on Developmental Coordination Disorder (p. 72). Trieste: ISR-DCD International Society for Research into DCD & IRCCS. Instituto per l'infanzia "Burlo Garolofo" Trieste SC. di Neuropsichiatria Infantile.
Kimm, S. Y.; Barton, B. A.; Berhane K, R. J. W.; Payne, G. H.; Schreiber G. B. (1997). Self-esteem and adiposity in black and white girls: the NHLBI growth and health study. Annals epidemiological, New York, v. 7, n. 8, p.550-560.
Lindwall, M.; Martin, K. A. (2006). Moving towards a favourable image: the self-representational benefits of exercise and physical activity. Scandinavian Journal of Psychology, v. 47, p.209-217.
Maïano, C.; Ninot, G.; Bilard, J. (2004). Age and gender effects on global self-esteem and physical self-perception in adolescents. European Physical Education Review, v. 10, p. 53-69.
Mata, E.; Ruiz, L. M.; Hay, J. (2007). Motor competence and aerobic fitness in Spanish secondary schoolchildren. Acta Kinesiologiae Universitatis Tartuensis, 12 (supplement), 89-90.
Mascarenhas, L. P. G.; Modesto, M. J.; Amer, N. M.; Boguszewski, M. C. S.; De Lacerda Filho, L.; Prati, F. S. (2013). Influência do excesso de peso dos pais em relação ao sobrepeso e obesidade dos filhos. Pensar a Prática, v.16, n.2, p.319-602.
Marsh, H. W.; Richards, G. E.; Johnson, S.; Roche, L.; Tremayne, P (1994). Physical Self-Description Questionnaire: Psychometric properties and a multitrait multi method analysis of relations to existing instruments. Journal of Sport and Exercise Psychology, v. 16, n. 3, p.270-305.
Maeland, A. F. (1992). Self-esteem in children with and without motor co-ordinations problems. Scandinavian Journal of Psychology of Education, v. 14, n.3, p.387-340.
Oliveira, M. A.; Loss, J. F.; Petersen, R. D. S. (2005). Controle de força e torque isométrico em crianças com DCD. Revista Brasileira de Educação Física, v. 19, n. 2, p.89-103.
Oliveira, J.; Fonseca, A. M. (2000a). Autopercepções físicas, motivação intrínseca e intenção de praticar natação de lazer. Comunicação apresentada no XXIV Congresso Técnico Científico da APTN. Rio Maior.
Oliveira, J.; Fonseca, A. M. (2000b). Relações entre autopercepções físicas, motivação intrínseca e assiduidade em classes de natação de lazer. Comunicação apresentada no XXIV Congresso Técnico-Científico da APTN. Rio Maior.
Piek, J. P.; Dworcan, M.; Barret, N.; Coleman-Carman, R. (2000). Determinants of self-worth in children with and without Developmental Coordination Disorder. International Journal of Disability, Development and Education, v. 47 n. 3, p.259-271.
Rasmussen, P.; Gillberg, C. (2000). Natural outcome of ADHD with developmental coordination disorder at age 22 years: a controlled, longitudinal, community-based study. Journal of American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, v. 39, p.1424-1431.
Revuelta, L.; Esnaola, I.; Goñi. (2014). Relationships between adolescent physical self-concept and physical activity. Revista Internacional de Medicina y Ciencias de la Actividad Física y el Deporte. Pendiente de publicación / In press.
Rico, I. (2004). Estructuras de interacción y clima motivacional en la educación física de la Educación Secundaria Obligatoria. Tesis Doctoral inédita. Toledo: Universidad de Castilla La Mancha.
Rose, B.; Larkin, D.; Berger, B. (1997). Coordination and gender influences on the perceived competence of children. Adapted Physical Activity Quarterly, v. 14, p.210-221.
Ruiz, L. M.; Mata, E.; Jiménez, F.; Moreno, J. A. (2007). Moverse con dificultad en el gimnasio: Consideraciones en torno a un problema educativo y de salud. Apunts de Medicina de l’Esport, v.153, p.45-52.
Ruiz, L. M.; Graupera, J. L. A (2005). new measure of perceived motor competence for children aged 4 to 6 years. Perceptual and Motor Skills, v.101, p.131-148.
Ruiz, L. M.; Graupera, J. L.; Gutiérrez, M.; Mayoral, A. (1997). Problemas de coordinación y resignación aprendida en educación física escolar. Madrid: CIDE, Ministerio de Educación.
Santana, V. H. (2003). Avaliação do autoconceito e a atividade física. Dissertação (Mestrado em Educação Física)–Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.
Serassuelo Junior, H. (2007). Comportamento de autoconceito de crianças em idade escolar: um estudo de influências de variáveis antropométricas e psicossocioculturais. Tese (Doutorado em Educação Física)–Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Serassuelo Junior, H.; Bacarin, D. S.; Vaz Ronque, E. R.; Oliveira, S. R. S.; Simões, C. A. (2012). The self-concept perception and its influence on motor performances of childrens and adolescents. Revista Educação Física/UEM, v. 23, n. 1, p. 15-23.
Silva, J. (2009). Desempenho motor, desempenho acadêmico e senso de auto-eficácia de escolares do ensino fundamental. Dissertação de mestrado, CEFID, Universidade do estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
Silverman, R.; Zigmond, N. (1993). Self-concept in learning disabled adolescents. Journal of learning disabilities, Austin, v. 16, no. 8, p. 478-482.
Skinner, R.; Piek, J. (2001). Psychological implications of poor motor coordination in children and adolescents. Human Movement Science, v. 20, n.1-2, p.73-94.
Sonstroem, R. J.; Speliotis, E. D.; Fava, J. L. (1992). Perceived physical competence in adults: An examination of the Physical Self-Perception Profile. Journal of Sport and Exercise Psychology, v. 14, n. 2, p.207-221.
Sonstroem, R. J.; Harlow, L. L.; Josephs, L. (1994). Exercise and self-esteem: validity of model expansion and exercise associations. Journal of Sport and Exercise psychology, v.16, p. 29-42.
Skinner, R. A. (2002). Self-Perceptions, Perceived Control and Anxiety in Children and Adolescents al Risk of Developmental Coordination Disorder. Tesis doctoral. School of Psychology, Curtin University of Technology, Australia.
Standage, M.; Gillison, F. B.; Ntoumanis, N.; Treasure, G. C. (2012). Predicting students’ physical activity and health-related well-being: A prospective cross-domain investigation of motivation across school physical education and exercise settings. Journal of Sport & Exercise Psychology, v.34, p.37-60.
Tamayo, A.; Campos, A. P. M.; Matos, D. R.; Mendes, G. R.; Santos, J. B.; Carvalho, N. T (2001). A influência da atividade física regular sobre o autoconceito. Estudos de psicologia, Natal, v. 6, n. 2, p. 157-165.
Teixeira, R.; Gimenez, R.; Oliveira, D.L.; Dantas, L.E.P.B.T. (2010). Dificuldades Motoras na Infância: Prevalência e Relações com as Condições Sociais e Econômicas. Science in Health, v.1, p. 24-33.
Valentini, N. C.; Coutinho, M. T. C.; Pansera, S. M.; Santos, V. A. P.; Vieira, J. L. L.; Ramalho, M. H.; Oliveira, M. A. (2012). Prevalência de déficits motores e desordem coordenativa desenvolvimental em crianças da região Sul do Brasil. Revista Paulista de Pediatria, v.30, n. 3, p. 377-84.
Welk, G. J.; Eklund, R. (2005). Validation of the children and youth physical self-perceptions profile for young children. Psychology of Sport and Exercise, v.6, p.51-65. DOI: 10.1016/j.psychsport.2003.10.006.