ISSN 1514-3465
Estresse em estudantes durante a pandemia de
COVID-19 em uma universidade do sul do Brasil
Stress in Students During the COVID-19 Pandemic at a University in Southern Brazil
Estrés en estudiantes durante la pandemia de COVID-19 en una universidad del sur de Brasil
Gabriel dos Reis Lopes*
gabriellopes.efi@gmail.com
Paulo Tadeu Campos Lopes**
pclopes@ulbra.br
Ana Maria Pujol Vieira dos Santos***
anapujol@ulbra.br
*Bacharel em Educação Física
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)
**Professor do Curso de Educação Física
e do Programa de Pós-Graduação e Ensino
de Ciências e Matemática (ULBRA)
***Professora orientadora do Curso de Educação Física
e do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (ULBRA)
(Brasil)
Recepção: 06/09/2022 - Aceitação: 24/12/2022
1ª Revisão: 13/08/2022 - 2ª Revisão: 31/10/2022
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
Este trabalho está sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt |
Citação sugerida
: Lopes, G. dos Reis, Lopes, P.T.C., e Santos, A.M.P.V. dos (2023). Estresse em estudantes durante a pandemia de COVID-19 em uma universidade do sul do Brasil. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(297), 103-121. https://doi.org/10.46642/efd.v27i297.3670
Resumo
O estresse é uma reação natural do organismo causado pela perturbação homeostática do estado natural e fisiológico do corpo. Estudantes universitários estão em um momento de modificação importante da vida e são particularmente propensos a desequilíbrios emocionais. O objetivo deste estudo foi identificar o nível e as principais causas geradoras de estresse em acadêmicos do curso de Educação Física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil, no período da pandemia de COVID-19. Estudo quantitativo de caráter analítico-exploratório e corte transversal. Foram aplicados um questionário sociodemográfico e o Nível de Estresse em Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) por meio do Google Formulários, enviado através de e-mail ou Whatsapp. Participaram do estudo 104 acadêmicos, com predominância do sexo feminino (63,5%), faixa etária entre 20 e 29 anos (72,1%), etnia branca (71,1%), solteiros (69,3%) e trabalhando (79,9%). O principal motivo de estresse foi em relação a fatores relacionados aos domínios Incapacidade e inferioridade (3,12) seguido de Sintomas fisiológicos (3,01), Lazer (2,80) e Relação professor/aluno (2,59). O acompanhamento e implementação de programas de promoção da saúde em estudantes é desejável, como estratégia para remediação de episódios estressantes decorrentes das atividades acadêmicas.
Unitermos:
Estresse psicológico. Estudantes. Pandemias. COVID-19.
Abstract
Stress is a natural reaction of the organism caused by the homeostatic disturbance of the natural and physiological state of the body. College students are in a major life-altering moment and are particularly prone to emotional imbalances. The objective of this study was to identify the level and main causes of stress in academics of the Physical Education course of a private university in the metropolitan region of Porto Alegre, Brazil, during the COVID-19 pandemic. Quantitative study of an analytical-exploratory and cross-sectional nature. A sociodemographic questionnaire and the Student Stress Level (N.I.S.E.S.T.E.) were applied through Google Forms, sent via email or Whatsapp. A total of 104 academics participated in the study, predominantly female (63.5%), aged between 20 and 29 years (72.1%), white ethnicity (71.1%), single (69.3%) and working (79.9%). The main reason for stress was related to factors related to the Disability and inferiority domains (3.12) followed by Physiological symptoms (3.01), Leisure (2.80) and Teacher/student relationship (2.59). The monitoring and implementation of health promotion programs in students is desirable, as a strategy to remediate stressful episodes resulting from academic activities.
Keywords
: Psychological stress. Students. Pandemics. COVID-19.
Resumen
El estrés es una reacción natural del organismo causada por la alteración homeostática del estado natural y fisiológico del cuerpo. Los estudiantes universitarios se encuentran en un momento de cambios significativos en sus vidas y son particularmente propensos a los desequilibrios emocionales. El objetivo de este estudio fue identificar el nivel y las principales causas de estrés en estudiantes de Educación Física de una universidad privada de la región metropolitana de Porto Alegre, Brasil, durante la pandemia de COVID-19. Estudio cuantitativo de carácter analítico-exploratorio y transversal. Se aplicó un cuestionario sociodemográfico y el Nivel de Estrés en Estudiantes (N.I.S.E.S.T.E.) a través de Google Formularios, enviados por correo electrónico o Whatsapp. Participaron del estudio 104 estudiantes, predominantemente del sexo femenino (63,5%), con edad entre 20 y 29 años (72,1%), de etnia blanca (71,1%), solteros (69,3%) y trabajadores (79,9%). El principal motivo de estrés estuvo relacionado con factores relacionados con los dominios Incapacidad e inferioridad (3,12), seguido de Síntomas fisiológicos (3,01), Ocio (2,80) y Relación profesor/alumno (2,59). Es deseable el seguimiento e implementación de programas de promoción de la salud de los estudiantes, como estrategia para remediar los episodios estresantes derivados de las actividades académicas.
Palabras clave
: Estrés psicológico. Estudiantes. Pandemias. COVID-19.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 297, Feb. (2023)
Introdução
Em dezembro de 2019, foi identificado em Wuhan, na China, um surto de doença causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda severa 2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 – Sars-CoV-2), a coronavirus disease (COVID-19) (Rodrigues, Cardoso, Peres, e Marques, 2020), levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar a pandemia pela doença citada em onze de março de 2020 (Lima, Silva, Gomes, e Vaz, 2021), observando-se, desde então, uma rápida e crescente difusão e dispersão territorial da doença no mundo, com alcance global (Faccin, Rorato, Campos, Libera, Lenhart, e Bernardi, 2022). O vírus que causa a COVID-19 é transmitido principalmente por meio de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala, podendo o indivíduo ser infectado ao inalar o vírus se estiver próximo de alguém que tenha COVID-19 ou ao tocar em uma superfície contaminada e, em seguida, passar as mãos nos olhos, nariz ou boca. (OPAS, 2020)
Essa nova pandemia colocou o planeta em isolamento e, em algumas situações, em quarentena e essas medidas representam alternativas para reduzir os contágios entre as pessoas (Sturza, e Tonel, 2020). A quarentena pode causar inúmeros sintomas psicopatológicos, como humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, medo, raiva, insônia, sintomas de estresse pós-traumático, confusão, entre outros e devido ao fechamento das universidades, encontros presenciais de ensino e aprendizagem foram suspensos, afetando as fases fisiológicas da vida e induzindo muitas preocupações individuais e coletivas. (Rodrigues et al., 2020)
Há um impacto negativo muito importante na saúde mental e física das pessoas, derivado do confinamento para evitar a transmissão do vírus (Sánchez-Torres, Montoya-Restrepo, e Montoya-Restrepo, 2022), entretanto, poucos estudos exploraram os impactos da COVID-19 e da quarentena sobre a saúde mental de estudantes universitários, principalmente quanto aos níveis de depressão, ansiedade e estresse. (Maia, e Dias, 2020)
O estresse corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o organismo necessita se adaptar frente a uma situação desafiadora, sendo uma das respostas mais recorrentes no meio acadêmico devido à rotina exaustiva e conteúdo denso que exigem responsabilidade e competitividade dos estudantes (Kam et al., 2019), afetando a saúde diretamente, por meio de respostas autonômicas e neuroendócrinas, mas também indiretamente, por meio de mudanças nos comportamentos de saúde que são percebidos como estressantes (O’Connor, Thayer, e Vedhara, 2021). Os efeitos do estresse excessivo e contínuo não se limitam ao comprometimento da saúde, podendo ter um efeito desencadeador do desenvolvimento de inúmeras doenças, propiciar um prejuízo para a qualidade de vida e a produtividade do ser humano. (Oliveira et al., 2015)
Estudantes universitários estão em um momento de modificação importante da vida e são particularmente propensos a desequilíbrios emocionais. A entrada na universidade pode ser uma passagem estressante, tendo em vista as grandes mudanças na vida envolvidas nessa transição, e os sintomas de estresse e depressão são comuns entre estudantes universitários. As exigências acadêmicas e as novas demandas sociais causam um aumento demasiado em suas responsabilidades, podendo trazer efeitos negativos ao acadêmico (Penaforte, Matta, e Japur, 2016). Foi constatado que níveis de estresse elevados em universitários, com possibilidade de trazer prejuízos ao bem-estar e a saúde, podem atrapalhar no desempenho acadêmico e assistencial, o que indica a importância do estudo deste acontecimento (Ribeiro et al., 2020). Compreende-se a importância da ligação corpo e mente e percebe-se que os fatores estressores exercem uma influência negativa no processo de aprendizagem do estudante, podendo apresentar dificuldades na evolução de seu conhecimento, vivenciando fatores estressantes em sua rotina. (Pereira, Miranda, e Passos, 2010)
Com base no exposto acima, elencou-se a seguinte situação-problema: A pandemia da COVID-19 foi causa geradora de estresse em acadêmicos do curso de educação física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre? Assim, o objetivo deste estudo foi identificar o nível e as principais causas geradoras de estresse em acadêmicos do curso de educação física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil, no período de pandemia da COVID-19.
Método
Estudo quantitativo de caráter analítico-exploratório e corte transversal. A população foi composta por alunos dos cursos de Educação Física – Licenciatura e Bacharelado de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil. A amostra foi selecionada por conveniência. Os critérios de inclusão foram estar regularmente matriculado no semestre 2020/2 e ser maior de 18 anos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Luterana do Brasil (CAAE 29891520.1.0000.5349).
Dois instrumentos foram escolhidos para a pesquisa. Para a caracterização da amostra, foi aplicada uma ficha com questões sociodemográficas. Para avaliar o estresse, o instrumento escolhido foi a Escala de Estresse em Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) desenvolvido por Maria Zita Rodrigues Alves em Portugal (Alves, 1995) e validado para o Brasil em 2020 (Souza Filho, e Câmara, 2020). A escala é composta por 20 questões agrupadas em uma estrutura que avalia o estresse biológico, social e psicológico. Sendo cinco de sintomas fisiológicos, quatro de relação professor/aluno, seis de incapacidade e inferioridade e cinco de lazer. Cada uma das questões é avaliada por meio de uma escala do tipo Likert, que varia de (1) Não concordo, (2) Concordo pouco, (3) Não concordo nem discordo, (4) Concordo muito e (5) Concordo plenamente. Para analisar os resultados da escala Likert foi utilizado o cálculo do Ranking Médio (RM). Neste modelo atribui-se um valor de 1 a 5 para cada resposta, a partir da qual é calculada a média ponderada para cada item, baseando-se na frequência das respostas. Quanto mais próximo de 5 no RM maior será o grau de estresse.
A produção de dados foi realizada por meio de um link de acesso ao formulário online do Google Forms, contendo o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e os dois instrumentos da pesquisa. Os alunos receberam este link por e-mail ou Whatsapp, ficando disponível para preenchimento durante o mês de outubro de 2020.
A consistência interna da N.I.S.E.S.T.E. foi verificada por meio do coeficiente alfa de Cronbach, cujos valores foram de 0,83 para o domínio Sintomas fisiológicos, 0,79 para Relações professor/aluno, 0,81 para Incapacidade e inferioridade, 0,76 para Lazer e 0,89 para o fator global.
O software estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 22.0 foi utilizado para análise dos dados. Os resultados das variáveis contínuas foram expressos através de medidas de posição (média e mediana) e de dispersão (desvio padrão, mínimo, máximo, quartis) e os resultados das variáveis categóricas foram expressos através de análises de frequência. A normalidade das variáveis quantitativas (Dimensões do inventário da N.I.S.E.S.T.E.) para universitários brasileiros) foi verificada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para se testar as diferenças na avaliação do estresse dos participantes expressos através de quatro domínios (Sintomas fisiológicos, Relação professor/aluno, Incapacidade e inferioridade e Lazer) com as faixas etárias, cor/etnia, estado civil e campus foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis e para realizar a mesma comparação com o gênero e se trabalha atualmente foi utilizado o teste de Mann-Whitney; em caso de diferença significativa foi utilizado o teste de post-hoc de Duncan. Para comparar a pontuação das diferentes dimensões foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis.
Resultados
O perfil sociodemográfico dos 104 alunos participantes da pesquisa é demonstrado na Tabela 1, verificando-se uma predominância do sexo feminino (63,5%). A idade variou de 19 a 45 anos com média de 26,48 (±5,65) anos, sendo verificado um maior percentual na categoria de 20 a 29 anos (75%). A maioria dos estudantes era de etnia branca (71,1%), solteira (69,3%), e trabalhavam (79,9%). Os alunos estavam distribuídos em três campi da universidade: Canoas (75%), Gravataí (20,2%) e São Jerônimo (4,8%), todos situados na região metropolitana de Porto Alegre.
Tabela 1. Perfil sociodemográfico dos alunos do Curso
de Educação Física de uma universidade privada (2020)
Variáveis |
n
= 104 |
Sexo |
|
Feminino |
66 (63,5%) |
Masculino |
38 (36,5%) |
Idade |
|
18
a 19 anos |
2 (1,9%) |
20
a 29 anos |
75 (72,1%) |
30
a 39 anos |
24 (23,1%) |
40
a 49 anos |
3 (2,9%) |
Cor/etnia |
|
Branca |
74 (71,1%) |
Negra |
16 (15,4%) |
Parda |
14 (13,5%) |
Estado Civil |
|
Solteiro
(a) |
72 (69,3%) |
Casado
(a) |
18 (17,3%) |
União
estável |
12 (11,5%) |
Divorciado
(a) |
2 (1,9%) |
Trabalha
atualmente |
|
Não |
24 (23,1%) |
Sim |
80 (79,9%) |
Pólo de estudo |
|
Canoas |
78 (75%) |
Gravataí |
21 (20,2%) |
São
Jerônimo |
5 (4,8%) |
Resultados expressos através de análises de frequência
Fonte: Dados da pesquisa
As características dos domínios apresentadas pelos entrevistados nas quatro dimensões da N.I.S.E.S.T.E. estão descritas na Tabela 2. O principal motivo de estresse foi em relação a fatores relacionados aos domínios Incapacidade e inferioridade (3,12) seguido de Sintomas fisiológicos (3,01), Lazer (2,80) e Relação professor/aluno (2,59). Para esta comparação, foi utilizada a média dos resultados, pois as escalas não apresentavam o mesmo número de itens, não sendo observada diferença estatisticamente significativa entre a pontuação média dos domínios Sintomas fisiológicos e Lazer (p=0,40).
Tabela 2. Escala de Estresse nos Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) de
alunos do Curso de Educação Física de uma universidade privada (2020)
Domínios |
Mínimo |
Máximo |
Média
pontos total |
Média
pontos bruto** |
Desvio
padrão |
LI |
LS |
Mediana |
Q1 |
Q3 |
Incapacidade
e inferioridade |
7 |
30 |
18,74 |
3,12 a |
5,52 |
2,95 |
3,30 |
18,5 |
14 |
23 |
Sintomas
fisiológicos |
5 |
25 |
15,06 |
3,01 b |
5,74 |
2,79 |
3,23 |
15 |
10 |
20 |
Lazer |
5 |
25 |
14,00 |
2,80 b |
4,87 |
2,61 |
2,99 |
14 |
10 |
18 |
Relação
professor/aluno |
4 |
20 |
10,38 |
2,59 c |
4,18 |
2,39 |
2,80 |
10 |
7 |
14 |
Geral |
24 |
89 |
58,17 |
2,88 |
16,45 |
2,78 |
2,98 |
59 |
42 |
69,75 |
Notas: LI = Limite inferior do Intervalo de confiança de 95% para média; LS = Limite Superior do Intervalo
de confiança de 95% para média; Q1 - Quartil 01; Q3 - Quartil 03; **Letras iguais indicam
similaridade entre os grupos Kruskal-Wallis p = 0,02. Fonte: Dados da pesquisa
O nível de concordância dos alunos em relação aos domínios e questões está apresentado na Tabela 3. Quando avaliado o nível de estresse dos estudantes em relação ao domínio Sintomas fisiológicos, uma maior concordância foi encontrada nos itens “Fico sempre muito nervoso próximo às avaliações finais” (40,4%) e “Costumo sentir um aperto no estômago quando ando mais preocupado com os estudos” (25%). No domínio Relação professor/aluno as maiores dificuldades foram relacionadas a “Sensação de que a opinião do professor sempre se sobrepõe à do aluno” (19,2%) e “Sinto que existe uma grande distância entre alunos e professores” (12,5%). No domínio Incapacidade e inferioridade, a maior concordância foi relacionada a “Quando estou estudando verifico com frequência que meu pensamento se dispersa, fazendo com que eu tenha dificuldade de me concentrar no estudo” (49%), sendo este o item mais estressante (RM=4,05). As maiores dificuldades em relação ao domínio Lazer referem-se a “Sinto-me culpado com o tempo que “desperdiço”, quando estou estudando” (24%).
Tabela 3. Concordância dos domínios da Escala de Estresse nos Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.)
de alunos do Curso de Educação Física de uma universidade privada (2020)
Domínios/Questões |
Concordância |
RM |
||||
Não
concordo n
(%) |
Concordo
pouco n
(%) |
Não concordo nem discordo n (%) |
Concordo
muito n
(%) |
Concordo
plenamente n
(%) |
||
Sintomas fisiológicos |
||||||
Fico sempre muito nervoso próximo às avaliações
finais. |
4 (4,8) |
13 (12,5) |
21 (20,2) |
23 (22,1) |
42 (40,4) |
3,81 |
Costumo sentir um “aperto no estômago” quando
ando mais preocupado com os estudos. |
27 (26) |
16 (15,4) |
10 (9,6) |
25 (24) |
26 (25) |
3,07 |
Quando estou realizando uma avaliação, costumo
sentir o coração bater depressa demais. |
20 (19,2) |
23 (22,2) |
22 (21,2) |
21 (20,2) |
18 (17,3) |
2,94 |
Próximo ao período de avaliações tenho com frequência
dificuldade para dormir. |
32 (30,8) |
17 (16,3) |
11 (10,6) |
16 (15,4) |
28 (26,9) |
2,91 |
Nos períodos de maiores trabalhos avaliativos
costumo ter alterações de peso. |
54 (51,9) |
6 (5,8) |
17 (16,4) |
10 (9,6) |
17 (16,3) |
2,33 |
Relação
professor/aluno |
||||||
Tenho a sensação de que a opinião do professor
sempre se sobrepõe à do aluno, mesmo que o aluno tenha a razão. |
25 (24) |
22 (21,2) |
22 (21,2) |
15 (14,4) |
20 (19,2) |
2,84 |
Sinto que existe uma grande distância entre alunos e
professores. |
27 (26) |
19 (18,3) |
29 (27,8) |
16 (15,4) |
13 (12,5) |
2,70 |
Em minha universidade as relações entre alunos e
professores reduzem-se estritamente ao ponto de vista profissional. |
29 (27,9) |
23 (22,1) |
34 (32,6) |
9 (8,7) |
9 (8,7) |
2,47 |
Aborreço-me com frequência com algumas atitudes dos
professores. |
32 (30,8) |
32 (30,7) |
21 (20,2) |
9 (8,7) |
10 (9,6) |
2,36 |
Incapacidade e
inferioridade |
||||||
Quando estou estudando verifico com frequência que
meu pensamento se dispersa, fazendo com que eu tenha dificuldade de me
concentrar no estudo. |
3 (2,9) |
11 (10,6) |
15 (14,4) |
24 (23,1) |
51 (49) |
4,05 |
Sinto-me fracassado quando obtenho maus resultados
nas disciplinas que frequento. |
5 (4,8) |
16 (15,4) |
16 (15,4) |
23 (22,1) |
44 (42,3) |
3,82 |
Sinto-me inferior ao estudante ideal que gostaria de
ser. |
13 (12,5) |
8 (7,7) |
24 (23,1) |
24 (23,1) |
35 (33,6) |
3,58 |
As críticas dos professores me afetam muito. |
22 (21,2) |
25 (24) |
29 (27,9) |
18 (17,3) |
10 (9,6) |
2,39 |
Sinto-me incapaz de ter êxito nos estudos. |
43 (41,4) |
16 (15,4) |
18 (17,3) |
17 (17,3) |
10 (9,6) |
2,38 |
Sinto-me incapaz para resolver sozinho meus problemas
acadêmicos. |
40 (38,5) |
24 (23) |
22 (21,2) |
13 (12,5) |
5 (4,8) |
2,22 |
Lazer |
||||||
Sinto-me culpado com o tempo que “desperdiço”,
quando estou estudando. |
13 (12,5) |
17 (16,3) |
27 (26) |
22 (21,2) |
25 (24) |
3,28 |
A sobrecarga das matérias de estudo me tira tempo
para atividades de lazer. |
14 (13,5) |
23 (22,1) |
33 (31,8) |
17 (16,3) |
17 (16,3) |
3,00 |
A preocupação que sinto com as matérias de estudo
me permite que me dedique a atividades de lazer. |
20 (19,2) |
23 (22,2) |
30 (28,8) |
19 (18,3) |
12 (11,5) |
2,80 |
Quando estou na cafeteria com colegas, olho
frequentemente para o relógio e tenho a sensação de que deveria estar
ali por ter de fazer muitas coisas. |
38 (36,6) |
17 (16,3) |
18 (17,3) |
14 (13,5) |
17 (16,3) |
2,57 |
Só participo de atividades de lazer quando os outros
me procuram. |
43 (41,3) |
17 (16,2) |
22 (21,2) |
9 (8,8) |
13 (12,5) |
2,35 |
Resultados expressos através de análises de frequência
Nota: RM= Ranking médio Fonte: Dados da pesquisa
Quando os domínios do N.I.S.E.S.T.E. foram comparados com as demais variáveis de estudo, não foram identificadas diferenças significativas (Tabela 4).
Tabela 4. Associação da Escala de Estresse nos Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) com as variáveis
sociodemográficas de alunos do Curso de Educação Física de uma universidade privada (2020)
Variáveis |
Domínios |
|||
Sintomas
fisiológicos |
Relação
professor/aluno |
Incapacidade
e inferioridade |
Lazer |
|
Idade
(a) |
||||
De
18 a 19 anos |
10 ± 0 |
10,5 ± 6,4 |
17 ± 7,1 |
14 ± 5 |
De
20 a 29 anos |
15 ± 5,7 |
10,5 ± 4,2 |
19 ± 5,6 |
14 ± 5 |
De
30 a 39 anos |
15,7 ± 6 |
10,2 ± 4,4 |
18,3 ± 5,5 |
14 ± 5 |
De
40 a 49 anos |
15, ± 8,2 |
9,7 ± 2,1 |
17 ± 4,6 |
12 ± 5 |
Valor
de p |
0,60 |
0,98 |
0,84 |
0,83 |
Trabalha
atualmente (b) |
||||
Não |
15,7 ± 7,1 |
10,7 ± 4,3 |
18,6 ± 5,2 |
13 ± 5 |
Sim |
14,9 ± 5,3 |
10,3 ± 4,2 |
18,8 ± 5,4 |
14 ± 5 |
Valor
de p |
0,52 |
0,65 |
0,90 |
0,53 |
Estado
civil (a) |
||||
Casado
(b) |
14,3 ± 7,2 |
10,5 ± 5,5 |
17,7 ± 6,5 |
14 ± 5 |
Solteiro
(b) |
15,3 ± 5,6 |
10,3± 3,8 |
19,1 ± 5,4 |
14 ± 5 |
União
estável |
14,7 ± 4,9 |
10,9 ± 3,9 |
18,6 ± 5,2 |
15 ± 5 |
Divorciado
(b) |
15 ± 2,8 |
10 ± 8,5 |
17,5 ± 3,5 |
9 ± 1 |
Valor
de p |
0,91 |
0,96 |
0,81 |
0,43 |
Resultados expressos através de média ± desvio padrão
**Significativo ao nível de 0,05; (a) teste de Kruskal-Wallis; (b) teste de Mann Whitney
Fonte: Dados da pesquisa
Discussão
O objetivo desta pesquisa foi identificar os níveis e os principais fatores causadores de estresse nos acadêmicos do curso de educação física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil. Participaram 104 alunos, sendo a maioria do sexo feminino, de faixa etária entre 20 e 29 anos, de etnia branca e trabalham. O perfil dos estudantes deste estudo foi semelhante aos achados de outros estudos. (Almeida, Silva, Rocha, Batista, e Sales, 2018; Cardoso, Gomes, Junior, e Silva, 2019; Marchini, Cardoso, Oswaldo, e Pires, 2019)
Em relação aos domínios, os mais estressantes para os acadêmicos foram Incapacidade e inferioridade, seguidos de Sintomas fisiológicos e Lazer e, por último, Relação professor/aluno. Sobre o domínio Incapacidade e inferioridade destacam-se as questões envolvendo dispersão do pensamento no estudo e sensação de fracasso com maus resultados nas disciplinas cursadas. Estes sentimentos negativos podem estar associados a períodos de mudanças, como a transição do mundo universitário para a realidade profissional e a incerteza da pandemia. As condições de estresse estão presentes ao longo do curso de graduação, mas se intensificam com a inserção do estudante na realização de atividades práticas a partir do sexto semestre (Almeida et al., 2018). Além disso, a proximidade com a finalização do curso traz incertezas, dúvidas e preocupações quanto à inserção no mercado de trabalho, à aprovação em processos seletivos de cursos de especialização e residência, assim como expectativas quanto ao sucesso profissional (Ribeiro et al., 2020). Durante a pandemia, estudantes da Índia com mais de 25 anos sentiram-se mais afetados pelo estresse psicológico. Além disso, estudantes com mais de 20 anos perceberam maior risco na carreira futura comparado aos mais jovens (Kapasia, Paul, Roy, Das, Ghosh, e Chouhan, 2022). Os estudantes no último ano do curso de bacharelado em Educação Física apresentam nível elevado de estresse (Souza, Oliveira, Castro, Gama, e Lima, 2022) e para os autores uma estratégia efetiva para minimizar os efeitos do estresse sobre os estudantes em fase final de curso é o oferecimento de serviços permanentes de terapia psíquica pelas administrações universitárias.
A pandemia do COVID-19 pode ter acentuado o sentimento de incapacidade e inferioridade, visto que trouxe a transição do ensino presencial para o ensino remoto de maneira súbita, mesmo com o auxílio de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Muitas disciplinas, inclusive as práticas como os estágios, passaram a ter sua interação on-line, como foi o caso dos alunos desta pesquisa. Para Coelho, e Moura (2021) essa nova forma de ensino é diferente da modalidade de Educação a Distância (EaD), em que todo o processo formativo e o material a ser utilizado, tal como as vídeo aulas e processos educacionais, são pensados e desenvolvidos com essa finalidade, e professores e estudantes já sabem, previamente, as normas e como as aulas irão ocorrer. Com este novo modelo, muitos acadêmicos se encontraram diante de novos desafios, reflexões e dúvidas, ocasionando em novas fontes geradoras de estresse. Para estudantes de medicina que realizaram atividades acadêmicas por meio do ensino remoto durante a pandemia, a maioria relatou não conseguir ter concentração nos estudos e apresentam preocupações em relação às reposições das matérias e com a perda ou atraso semestral (Teixeira, Costa, Mattos, e Pimentel, 2021). Em seu estudo de revisão, Torres, Nolasco, Oliveira, e Martins (2022) sugerem que estudantes universitários são colocados como uma população vulnerável e propensa a apresentar uma saúde mental mais comprometida durante a pandemia de COVID-19, que provocou efeitos deletérios na saúde mental de estudantes universitários de Portugal (Maia, e Dias, 2020) assim como intenso sofrimento psíquico em estudantes de um Centro Universitário em Juiz de Fora, Brasil. (Mota et al., 2021)
O distanciamento social provocado pela pandemia pode ter interferido negativamente na saúde mental dos estudantes, influenciando a alta taxa de depressão encontrada em um do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) (Esteves, Argimon, Ferreira, Sampaio, e Esteves, 2021). Alunos da área da saúde nos EUA, no início da pandemia, apontaram as áreas de bem-estar social e bem-estar emocional como as mais afetadas negativamente pela COVID-19 (Pfeifer, Egger, Hughes, Tondl, High, e Nelson, 2022). O prejuízo na vivência do cotidiano na universidade, bem como na interação entre os colegas, amigos e professores do curso foram apontados como os principais efeitos negativos do ensino remoto por estudantes universitários. (Constantinidis, e Matsukura, 2021).
No domínio Sintomas fisiológicos os acadêmicos relataram alto nível de estresse e dificuldade para dormir na época dos processos avaliativos, assim como um sentimento de aperto no estômago quando se preocupam com os estudos. Estes resultados corroboram com os achados de Dávila, Gotarate, e Solano (2019), em que fatores de reações psicológicas, sonolência e dificuldade para relaxar e ficar quieto foram os sintomas mais acometidos nos estudantes. Já Coelho et al. (2020) em seu estudo sobre saúde mental e qualidade do sono entre estudantes universitários de uma universidade pública na Bahia, Brasil, relatam que o sono foi pontuado pela maioria dos participantes como algo prejudicado nesse período de pandemia, sendo a ausência de uma rotina diária e as muitas horas investidas nas mídias sociais/digitais referidas como causadoras de uma irregularidade significativa no sono/repouso. Mais da metade dos estudantes do IFRS da região metropolitana de Porto Alegre também relataram dificuldades para dormir durante o período da pandemia (Esteves et al., 2021). Houve diferentes experiências relacionadas ao sono percebidas nas falas, de modo que enquanto alguns referiram dormir bem, com um bom padrão de sono, com o qual conseguiam descansar, outros relataram distúrbios como insônia, pesadelos, excessos do sono e, até mesmo, paralisias do sono. No Brasil, Almeida et al. (2021) observaram grandes proporções de indivíduos que se sentiram frequentemente isolados, tristes ou deprimidos e ansiosos ou nervosos, bem como de pessoas que relataram problemas no sono. Além disso, o relato de alto nível de estresse e dificuldade para dormir na época dos processos avaliativos, pode ter aumentado devido a pandemia de COVID-19. Em estudantes de Odontologia o estresse induziu baixa qualidade de sono durante a pandemia, o que interferiu na rotina de estudos. (Malheiros et al., 2021)
No domínio Relação professor/aluno as maiores dificuldades foram relacionadas a sensação de que a opinião do professor sempre se sobrepõe à do aluno e do sentimento de que existe uma grande distância entre alunos e professores. Neste período pandêmico, de isolamento social e ensino remoto, pode ter acentuado a distância da relação professor/aluno, principalmente quando se reflete nas aulas do Curso de Educação Física, onde os atores estão próximos nas aulas práticas. Para Pereira, Souza Selvati, Souza Ramos, Teixeira, e Conceição (2020), em seu trabalho com estudantes da área da saúde, os participantes passaram pelo período de adaptação às aulas remotas tendo diferentes experiências e que puderam apontar tantos pontos positivos, como negativos deste novo processo, tornando-se necessário investir em estratégias para minimizar os pontos negativos modificáveis, e propiciar experiências assertivas para os estudantes em formação.
Sobre o Lazer, sensação de culpa com o tempo desperdiçado sem estudo e sobrecarga de estudo comprometendo o lazer, obtiveram de níveis médios a médios altos nos estudantes. Hirsch, Barlem, Almeida, Tomaschewski-Barlem, Lunardi, e Ramos (2018) identificaram que, entre as situações evidenciadas pelos estudantes como geradoras do estresse, a dimensão Tempo e Lazer foi destacada, sendo a falta de tempo para o descanso e atividades de lazer as principais causa do estresse universitário no ambiente formativo.
O estudo apresenta limitações, pois trata-se de uma pesquisa transversal e amostra de conveniência, tendo os resultados se restringido ao universo amostral pesquisado, não permitindo generalizações. Outros estudos se fazem necessários para um maior aprofundamento sobre o assunto, permitindo obter maior subsídios a respeito das causas do estresse universitário no ambiente formativo da educação física durante a pandemia de COVID-19.
Conclusão
O estudo evidenciou que os acadêmicos de educação física percebem a dimensão Incapacidade e inferioridade como a maior causa do estresse universitário, seguido das dimensões Sintomas fisiológicos, Lazer e Relação professor/aluno. A pandemia de COVID-19 pode ter acentuado os sintomas de estresse nos estudantes. Sugere-se o acompanhamento e implementação de programas de promoção da saúde para estudantes, como estratégia para remediação de episódios estressantes decorrentes das atividades acadêmicas.
Referências
Almeida, C.A.P.L., Silva, L.Q. de, Rocha, F.C.V., Batista, M. do R. de F.F., e Sales, M.C.V. (2018). Fatores associados ao aparecimento do estresse em uma amostra de estudantes de enfermagem universitários. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas, 13(4), 176-188. https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.v13i4p176-188
Almeida, WS, Szwarcwald, CL, Malta, DC, Barros, MBA, Souza Júnior, PRB, Azevedo, LO, Romero, D., Lima, MG, Damacena, GN, Machado, IE, Gomes, CS, Pina, MF, Gracie, R., Werneck, AO, e Silva, DRP (2021). Mudanças nas condições socioeconômicas e de saúde dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23, e200105. https://doi.org/10.1590/1980-549720200105
Alves, M.Z. (1995). Stress na vida escolar dos estudantes [Tese de Mestrado em Psicologia e Sociologia da Educação. Universidade de Coimbra, Coimbra].
Cardoso, J.V., Gomes, C.F.M., Junior, R.J.P., e Silva, D.A.D. (2019). Estresse em estudantes universitários: uma abordagem epidemiológica. Revista de Enfermagem UFPE online, 13, e241547. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2019.241547
Coelho, APS, Oliveira, DS, Fernandes, ETBS, Santos, ALS, Rios, MO, Fernandes, ESF, Novaes, CP, Pereira, TB, e Fernandes, TSS (2020). Saúde mental e qualidade do sono entre estudantes universitários em tempos de pandemia da COVID-19: experiência de um programa de assistência estudantil. Research, Society and Development, 9(9), e943998074. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8074
Coelho, P.M., e Moura, S.C.A. (2021). Relação Professor-Aluno: Interações Pedagógicas em Ambientes Digitais no Ensino Fundamental em Tempo de Pandemia. EaD em Foco, 11(1). https://doi.org/10.18264/eadf.v11i1.1397
Constantinidis, T., e Matsukura, T. (2021). Distanciamento social durante a pandemia de COVID-19: Impactos no cotidiano acadêmico e na saúde mental de estudantes de terapia ocupacional. Revista Sustinere, 9(2), 603 - 628. https://doi.org/10.12957/sustinere.2021.57991
Dávila, O.S., Gotarate, F.B., e Solano, O.B. (2019). Estresse acadêmico em estudantes universitários usando análise multivariada. Sigmae, 8(2), 348-358. https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/sigmae/article/view/969/0
Esteves, C.S., Argimon, I.I.L., Ferreira, R.M., Sampaio, L.R., e Esteves, P.S. (2021). Avaliação de sintomas depressivos em estudantes durante a pandemia do COVID-19. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, 9(1), 9-17. https://doi.org/10.18554/refacs.v9i1.5196
Faccin, C.R., Rorato, G.Z., Campos, H.Á., Libera, L.T.D., Lenhart, T., e Bernardi, M.P. (2022). Um Ano de Pandemia: Evolução e Dispersão Territorial da COVID-19 na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 14, e20210219, 1-18. https://doi.org/10.1590/2175-3369.014.e20210219
Hirsch, C.D., Barlem, E.L.D., Almeida, L.K.D., Tomaschewski-Barlem, J.G., Lunardi, V.L., e Ramos, A.M. (2018). Fatores percebidos pelos acadêmicos de enfermagem como desencadeadores do estresse no ambiente formativo. Texto & Contexto -Enfermagem, 27(1), 1-1. https://doi.org/10.1590/0104-07072018000370014
Kapasia, N., Paul, P., Roy, A., Das, P., Ghosh, T., e Chouhan, P. (2022). Perceived academic satisfaction level, psychological stress and academic risk among Indian students amidst COVID-19 pandemic. Heliyon, 8(5), e09440. https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2022.e09440
Kam, SXL, Toledo, ALSD, Pacheco, CC, Souza, GFBD, Santana, VLM, Bonfá-Araujo, B., e Custódio, CRDSN (2019). Estresse em estudantes ao longo da graduação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, 43(1), 246-253. https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20180192
Lima, D.R.H. de, Silva, P.V. da, Gomes, C.R., e Vaz, C.L.D. (2021). Os desafios na relação professor-aluno nas aulas de matemática no período pandêmico da COVID-19. Revista Prática Docente, 6(3), e087. https://doi.org/10.23926/RPD.2021.v6.n3.e087.id1321
Maia, B.R., e Dias, P.C. (2020). Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da COVID-19. Estudos de psicologia (Campinas), 37, 1-8. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e200067
Malheiros, AS, Nascimento, NE, Maia-Filho, EM, Dibai, DB, Novais, VR, Tavarez, RRJ, Ferreira, MC, e Simamoto Junior, PC (2021). The impact of COVID-19 on sleep quality, degree of stress and routine study of dental students. Research, Society and Development, 10(6), e51910616073. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.16073
Marchini, D.M.F., Cardoso, R., Oswaldo, Y., e Pires, S.R.I. (2019). Análise de estresse e qualidade de vida em alunos universitários. Revista de Administração Unimep, 17(3), 141-164. http://www.raunimep.com.br/ojs/index.php/rau/article/view/1608
Mota, D.C.B., Silva, Y.V.D., Costa, T.A.F., Aguiar, M.H.D.C., Marques, M.E.D.M., e Monaquezi, R.M. (2021). Saúde mental e uso de internet por estudantes universitários: estratégias de enfrentamento no contexto da COVID-19. Ciência e saúde coletiva, 26, 2159-2170. https://doi.org/10.1590/1413-81232021266.44142020
O’Connor, D.B., Thayer, J.F., e Vedhara, K. (2021). Stress and Health: A Review of Psychobiological Processes. Annual Review of Psychology, 72(1), 663-688. https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev-psych-062520-122331
Oliveira, HF, Vieira, FS, Leal, KAS, Novelli, C., Noda, DKG, Risso, HR, Martins, GC, Camargo, LB, Casagrande, RM, Passos, RP, e Vilela Junior, GB (2015). Estresse e qualidade de vida de estudantes universitários. Revista CPAQV - Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 7(2), 1-8. http://www.cpaqv.org/revista/CPAQV/ojs-2.3.7/index.php?journal=CPAQV&page=article&op=view&path%5B%5D=77
OPAS (2020). Folha informativa COVID-19 - Escritório da OPAS e da OMS no Brasil. https://www.paho.org/pt/covid19
Penaforte, F.R., Matta, N.C., e Japur, C.C. (2016). Associação entre estresse e comportamento alimentar em estudantes universitários. Demetra: Alimentação, Nutrição & Saúde, 11(1), 225-237. https://doi.org/10.12957/demetra.2016.18592
Pereira, C.D.A., Miranda, L.C.D.S., e Passos, J.P. (2010). O estresse e seus fatores determinantes na concepção dos graduados de enfermagem. Revista Mineira de Enfermagem, 14(2), 204-209. https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/107
Pereira, R.M.S. da, Souza Selvati, F. de, Souza Ramos, K. de, Teixeira, L.G.F., e Conceição, M.V. da (2020). Vivência de estudantes universitários em tempos de pandemia do COVID-19. Revista Práxis, 12(1sup), 47-56. https://doi.org/10.47385/praxis.v12.n1sup.3458
Pfeifer, J., Egger, A., Hughes, M., Tondl, L., High, R., e Nelson, K.L. (2022). An investigation of stress and anxiety among health professions students in the early stages of the COVID-19 pandemic. Journal of interprofessional education & practice, 28, 100531. https://doi.org/10.1016/j.xjep.2022.100531
Ribeiro, F.M.S., Mussi, F.C., Pires, C.G.D.S., Silva, R.M.D., Macedo, T.T.S.D., e Santos, C.A.D.S.T. (2020). Nível de estresse entre universitários de enfermagem relacionado à fase de formação e fatores sociodemográficos. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 28, e3209. https://doi.org/10.1590/1518-8345.3036.3209
Rodrigues, B.B., Cardoso, R.R.D.J., Peres, C.H.R., e Marques, F.F. (2020). Aprendendo com o imprevisível: saúde mental dos universitários e educação médica na pandemia de COVID-19. Revista brasileira de educação médica, 44(1) 2-5. https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.supl.1-20200404
Sánchez-Torres, J.A., Montoya-Restrepo, I.A., e Montoya-Restrepo, L.A. (2022). Efeitos do COVID-19 na atividade física e esportiva: um estudo bibliométrico. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(284), 184-205. https://doi.org/10.46642/efd.v26i284.2677
Souza, F.A. de, Oliveira, J.G.M. de, Castro, J.B.P. de, Gama, D.R.N. da, e Lima, V.P. (2022). Nível de estresse e humor em estudantes de Educação Física no último ano de graduação. Ciencias de la Actividad Física UCM, 23(1), 1-12. https://doi.org/10.29035/rcaf.23.1.2
Souza Filho, P.R.T., e Câmara, S.G. (2020). Evidências de validade da Escala de Estresse em Estudantes para universitários brasileiros. Revista de Psicología, 38(1), 65-86. https://dx.doi.org/10.18800/psico.202001.003
Sturza, J.M., e Tonel, R. (2020). Os desafios impostos pela pandemia COVID-19: das medidas de proteção do direito à saúde aos impactos na saúde mental. Revista Opinião Jurídica (Fortaleza), 18(29), 1-27. http://dx.doi.org/10.12662/2447-6641oj.v18i29.p1-27.2020
Teixeira, L.D.A.C., Costa, R.A., Mattos, R.M.P.R.D., e Pimentel, D. (2021). Saúde mental dos estudantes de Medicina do Brasil durante a pandemia da coronavirus disease 2019. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 70, 21-29. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000315
Torres, A.G., Nolasco, L.E.L., Oliveira, M.G.M.L. de, e Martins, A.M. (2022). COVID-19 e Saúde Mental de Universitários: Revisão Integrativa Internacional. Revista Psicologia e Saúde, 13(4), 183–197. https://doi.org/10.20435/pssa.v13i4.1567
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 297, Feb. (2023)