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ISSN 1514-3465

 

Design thinking na construção da interface para 

avaliação da saúde mental em trabalhadores da saúde

Design Thinking in the Construction of the Interface 

for the Assessment of Mental Health in Health Workers

Pensamiento de diseño en la construcción de una interfaz 

para la evaluación de la salud mental en trabajadores de la salud

 

Maria do Socorro Alecio Barbosa

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Tereza Natália Bezerra de Lima

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Ellen Barbosa dos Santos Braz

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ellenbsb12@gmail.com

Maria Eduarda Pereira de Souza

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eduarda.pereira@upe.br

Louis Hussein Patú Hazime

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louishazime14@gmail.com

Fábia Maria de Lima

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fabia.lima@upe.br

(Brasil)

 

Recepção: 12/08/2022 - Aceitação: 26/11/2022

1ª Revisão: 22/11/2022 - 2ª Revisão: 23/11/2022

 

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Citação sugerida: Barbosa, M. do S.A., Lima, T.N.B. de, Braz, E.B. dos S., Souza, M.E.P. de, Hazime, L.H.P., e Lima, F.M. de (2023). Design thinking na construção da interface para avaliação da saúde mental em trabalhadores da saúde. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(296), 169-184. https://doi.org/10.46642/efd.v27i296.3640

 

Resumo

    Introdução: A depressão pode ser desencadeada por fatores biológicos, psicossociais e ambientais, incluindo fatores de risco no ambiente de trabalho. Objetivo: Descrever a interface de um software para identificar os fatores associados à depressão e ansiedade em trabalhadores da saúde de um hospital. Método: Estudo tecnológico, caracterizado como pesquisa metodológica do tipo aplicada, utilizando o Design Thinking sendo a elaboração das interfaces na plataforma Kodular. Elas foram elaboradas contendo a escala de ansiedade de Hamilton-HamD, as variáveis: sexo, idade, tipo de vínculo, estado civil, renda, existência de comorbidade, estilo de vida, alterações pressóricas, peso, altura, uso de medicamentos e jornada de trabalho. Resultados: As interfaces construídas servirão de suporte para a criação do aplicativo, que será testado nos trabalhadores de um hospital universitário. É necessário desenvolver e aplicar o protótipo, a fim de conhecer quais os preditores da pressão e ansiedade num grupo de trabalhador. Conclusão: Este aplicativo foi concebido como estratégia de atenção à saúde mental do trabalhador da saúde, considerando os fatores a que estão expostos em suas atividades laborais. No entanto, os aplicativos em geral apresentam algumas limitações quanto a sua funcionalidade, eficácia e confiabilidade. Convém salientar que eles podem favorecer nas tomadas de decisões clínicas e no acompanhamento das condições de saúde da população envolvida. A inteligência artificial vem sendo usada na medicina desde a construção de equipamentos como na integração com foco em sistemas ciberfísicos na saúde, visando mudanças estruturais ou relacionadas as políticas podendo afetar a adoção, o valor e a melhoria dos cuidados.

    Unitermos: Tecnologia da informação e comunicação. Saúde do trabalhador. Inovação. Escala de ansiedade.

 

Abstract

    Introduction: Depression can be triggered by biological, psychosocial and environmental factors, including risk factors in the work environment. Objective: To describe the interface of a software to identify factors associated with depression and anxiety in health workers at a hospital. Method: Technological study, characterized as methodological research of the applied type, using Design Thinking and the development of interfaces on the Kodular platform. They were prepared containing the Hamilton-HamD anxiety scale, the variables: sex, age, type of bond, marital status, income, existence of comorbidity, lifestyle, blood pressure changes, weight, height, use of medication and journey of I work. Results: The built interfaces will support the creation of the application, which will be tested on workers at a teaching hospital. It is necessary to develop and apply the prototype in order to know which are the predictors of pressure and anxiety in a group of workers. Conclusion: This application was conceived as a mental health care strategy for health workers, considering the factors to which they are exposed in their work activities. However, applications in general have some limitations regarding their functionality, effectiveness and reliability. It should be noted that they can favor clinical decision-making and monitoring of the health conditions of the population involved. Artificial intelligence has been used in medicine from the construction of equipment to the integration with a focus on cyber-physical systems in health, targeting structural or policy-related changes that may affect the adoption, value and improvement of care.

    Keywords: Information and communication technology. Worker's health. Innovation. Anxiety scale.

 

Resumen

    Introducción: La depresión puede ser desencadenada por factores biológicos, psicosociales y ambientales, incluidos los factores de riesgo en el ambiente laboral. Objetivo: Describir la interfaz de un software para identificar factores asociados a depresión y ansiedad en trabajadores de salud de un hospital. Método: Estudio tecnológico, caracterizado como investigación metodológica del tipo aplicada, utilizando Pensamiento de Diseño (Design Thinking) y el desarrollo de interfaces en la plataforma Kodular. Se elaboraron conteniendo la escala de ansiedad de Hamilton-HamD, las variables: sexo, edad, tipo de vínculo, estado civil, ingresos, existencia de comorbilidad, estilo de vida, cambios de presión arterial, peso, talla, uso de medicamentos y jornada de trabajo. Resultados: Las interfaces construidas apoyarán la creación de la aplicación, que será probada en trabajadores de hospital universitario. Es necesario desarrollar y aplicar el prototipo para conocer los predictores de presión y ansiedad. Conclusión: Esta aplicación fue concebida como una estrategia de atención a la salud mental de trabajadores de la salud, considerando factores a los que están expuestos en actividades laborales. Sin embargo, las aplicaciones en general tienen algunas limitaciones en cuanto a su funcionalidad, efectividad y confiabilidad. Cabe señalar que pueden favorecer la toma de decisiones clínicas y el seguimiento de las condiciones de salud de la población involucrada. La inteligencia artificial se ha utilizado en medicina desde la conformación de equipos hasta la integración con enfoque en sistemas ciberfísicos en salud, apuntando a cambios estructurales o relacionados con políticas que pueden afectar la adopción, valor y mejora de la atención.

    Palabras clave: Tecnologías de la información y la comunicación. Salud del trabajador. Innovación. Escala de ansiedad.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 296, Ene. (2023)


 

Introdução 

 

    Nos dias atuais, a depressão e a ansiedade são transtornos comuns, que acarretam impacto no bem-estar e nas atividades diárias das pessoas, entre essas os trabalhadores da saúde os quais são considerados população alvo para diversos tipos de estudos. Por sua vez algumas determinadas categorias de trabalhadores são mais suscetíveis aos problemas de saúde mental tais como: enfermeiros, os professores, assistentes sociais, entre outras profissões, por interagirem a maior parte do tempo, com pessoas que necessitam de sua ajuda (Baba, Galperin, e Lituchy, 1999). Na enfermagem, alguns estudos têm investigado estes transtornos entre trabalhadores, residentes e alunos de graduação em enfermagem (Tsebelis et al., 2001). Em um estudo apresentado por Gomes, e Oliveira (2013) identificou a presença de sintomas leves de ansiedade em 15% e depressão em 18% em um a equipe de enfermagem e escore médio de percepção de suporte social emocional de 2,61 (DP = 0,78), caracterizando uma correlação significante positiva entre os dados o que sugeriu que a percepção de suporte social tenha efeitos mediadores na proteção de saúde, frente às condições adversas de trabalho do profissional de enfermagem.

 

    Segundo informações da Organização Pan-Americana de Saúde sobre uma pesquisa que foi em conjunto com a Universidade do Chile e da Universidade da Columbia (nos Estados Unidos), demonstraram que os trabalhadores de saúde de onze países latino-americanos apresentaram elevadas taxas de sintomas depressivos, pensamentos suicidas e sofrimento psíquico. A referida pesquisa teve um total de 14.502 trabalhadores de saúde da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Bolívia, Guatemala, México, Peru, Porto Rico, Venezuela e Uruguai, e contou com a participação de acadêmicos e pesquisadores de diversas instituições desses países. (PAHO, 2022)

 

    São consideradas causas mais comuns de adoecimento mental relacionado ao trabalho: ansiedade, depressão, consumo abusivo de substâncias psicoativas e o estresse diário que levam o trabalhador ao adoecimento. No entanto, é preciso também ser considerado que as características individuais são marcantes para o estabelecimento de uma boa relação entre trabalho e saúde mental, apesar de que, as causas que favorecem a presença da depressão e ansiedade sejam diferentes entre as pessoas (Fernandes et al., 2018). Os transtornos mentais como depressão, abuso de álcool, transtorno bipolar e esquizofrenia se encontram entre as 20 principais causas de incapacidade (OPAS/OMS, 2013). Se estima que atualmente a depressão afeta cerca de 350 milhões de pessoas, sendo que a taxa de prevalência na maioria dos países varia entre 8% e 12%. É a principal causa de incapacitação dos indivíduos no mundo quando se considera o total de anos perdidos (8,3% dos anos para homens e 13,4% para mulheres) e a terceira principal causa da carga global de doenças em 2004. A previsão é de que subirá ao primeiro lugar até 2030. (OPAS/OMS, 2013)

 

    A ansiedade é um sentimento amplo, atrelado a um desconforto ou tensão decorrente de uma antecipação do perigo, de algo desconhecido, enquanto os Transtornos de Ansiedade (TAs) é caracterizado por medo e ansiedade excessiva, além de distúrbios comportamentais. Esses transtornos diferem nos objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de evitação e nas percepções cognitivas associadas (Thompson, 2014).

 

    Quando se trabalha de ambiente laboral, as questões social, econômica e ambiental nas quais esse profissional está inserido devem ser analisadas de forma a possibilitar um equilíbrio entre o bem estar físico e psíquico. Assim o mundo moderno tem utilizado as ferramentas tecnológicas como um instrumento de apoio e tomada de decisões na saúde da população humana. (Moreira et al., 2016)

 

    Conforme os dados do Ministério da Saúde, no ano de 2020, com a pandemia da COVID-19 e com o período de distanciamento social pode ocorrer deterioração de redes sociais; estresse devido a dívidas; estigmas e rejeição; raiva e agressividade; desconfiança; desenvolvimento ou recaídas de transtornos mentais (da Silva et al., 2022). Soma-se a isso a baixa renda, crises nos países em desenvolvimento aumentam de idosos, exigências do mundo tecnológico e da reorganização do sistema de trabalho, fatores que têm contribuído para a crescente demanda (Tavares, 2020), e exigências psicossociais desencadeando o incremento da prevalência de agravos de ordem mental (Lima da Silva et al., 2015). É importante considerar que em geral os trabalhadores notam que o ambiente laboral tem importante papel no como coadjuvante sendo influenciador para o seu adoecimento mental, na medida em que podendo afetar suas as relações interpessoais, como também gerar estresse e distúrbios no sono, reforçando as informações descritas na literatura mundial acerca da saúde mental com relação ao trabalho. (Fernandes et al., 2018)

 

    Uma vez que as novas tecnologias vêm sendo direcionadas à saúde como um todo. Assim com a ascensão dessas ferramentas direcionadas à saúde, emergem outros desafios, não só a aplicabilidade dessas tecnologias como também as disponibilidades delas como acesso, incluindo as questões afetadas à gestão e o contexto ético do seu uso. (Garro, Camillo, e Nóbrega, 2006)

 

    E com a competitividade no mundo do trabalho, somada ao medo do desemprego, induz as pessoas a se submeterem a condições de trabalho desumanas, tais como: exposição a baixos salários, ambientes insalubres, ruídos e calor excessivo, ao acúmulo de funções, às jornadas de trabalho que excedem a carga horária suportável e ao regime em turnos alternantes. Todos esses fatores favorecem o adoecimento dos trabalhadores.

 

    Dentro do contexto do autocuidado, o uso da tecnologia ocorre na área de Informação e Comunicação (TICs), permitindo transformações constantes, de maneira geral, favoráveis no campo da promoção da saúde e autocuidado. O que congrega uma série de benefícios e possibilidades que podem impactar na melhoria na qualidade de vida no ambiente laboral. No mundo atual, vem sendo identificado um aumento no movimento que promove a visão integral e participativa dos indivíduos, lhes conferindo maior empoderamento, facilitando sua maior implicação e responsabilidade no tratamento de suas doenças. (Wildevuur, e Simonse, 2015)

 

    Quanto mais informações forem reunidas sobre a saúde da população, serão dadas mais atenção, bem como autonomia no processo de cuidar. Logo, esse enriquecimento com essas informações tornam os envolvidos multiplicadores do conhecimento (Valoura, 2011), ao tempo em que influencia a relação ensino-aprendizado e promove a educação em saúde.

 

    Deste modo, a organização hospitalar difere de outras instituições por sua complexidade, a qual reflete no viver do trabalhador, postulando que o sofrimento patogênico vivenciado no trabalho passa a funcionar como um agente de fragilização da saúde. Dejours (1994) destaca que a prática no ambiente de trabalho em saúde requer ações suscetíveis que visem modificar o destino do sofrimento do trabalhador e favorecer sua transformação.

 

    Por outro lado, os cursos das áreas da saúde não contribuem para a aquisição do suporte psicológico que esse profissional     necessita em seu dia a dia, uma vez que privilegia, em seu currículo e treinamento, a objetividade, o tecnicismo, a racionalidade, o não envolvimento emocional da equipe de saúde. (Raymundo, e Santana, 2017)

 

    As doenças mentais no momento são consideradas uma das principais causas de afastamentos do trabalho, logo os transtornos mentais e comportamentais contribuem de modo significativo sua presença nas populações humanas, comprometendo a vida laboral em como a pessoal dos trabalhadores. Diversas pesquisas vêm demonstrando que os afastamentos ao trabalho por transtornos mentais e comportamentais correspondem a maior prevalência em relação à quantidade de dias de afastamento em um dado período de tempo, se comparados aos de maior frequência como as doenças respiratórias, caracterizando-se como de longo prazo (Garcia Primo et al., 2007; Ito, e Arenas, 2021). Num trabalho realizado por Fernandes e colaboradores (2018), identificou que diante desse ambiente multifatorial como é o hospital, os trabalhadores da saúde vivenciam em constantes situações estressantes que podem influenciar suas vidas laborais e pessoais. Pensando assim, as instituições de saúde não contemplam em seus programas ações que visem minimizar o impacto dos fatores desencadeadores de ansiedade e depressão em seus trabalhadores. (Peniche, 2005)

 

    Assim, o foco da motivação para elaboração deste trabalho, surgiu a partir da observação da inexistência de um programa de apoio à saúde mental do trabalhador, levando a construir e identificar quais os fatores desencadeantes da depressão e ansiedade neste grupo de trabalhador, de forma que possa subsidiar a criação de programas de prevenção. Portanto, este artigo tem como objetivo descrever a construção de uma interface de um software para identificar os fatores associados à depressão e ansiedade em trabalhadores da saúde de um hospital.

 

Método 

 

    Trata-se de um estudo descritivo metodológico de uma interface digital (Gerhardt, e Silveira, 2009), utilizando a metodologia do Design Thinking (DT) com abordagem quantitativa, caracterizada também como pesquisa metodológica do tipo aplicada, seguindo o referido método (Gerhardt, e Silveira, 2009). Por meio dele, o pensamento abdutivo é utilizado, buscando-se formular questionamentos a partir da apreensão e compreensão dos fenômenos, a fim de transformar as conjecturas encontradas em oportunidades de inovação (Vianna et al., 2012). Por sua vez, Design Thinking é um termo designado se referindo a uma forma de pensar de forma ampla, crítica e criativa numa maneira coletiva e colaborativa, como propostas revolucionárias focando nas necessidades reais de um coletivo de pessoas ou de uma instituição, com aplicabilidade em diversas áreas. (Pacheco, Souza, Maia, 2020; Linhares, 2019)

 

    O DT apresenta uma perspectiva voltada para inovação tendo como ponto central o ser humano, ou seja, em quem de favor irá se favorecer com a ferramenta ou seja o que se baseia de maneira contundente nas necessidades do usuário final e não no produto desenvolvido. (Gottlieb et al., 2017)

 

    O desenvolvimento do projeto foi organizado conforme as etapas do método DT, que são: Imersão, Ideação e Prototipação. Foi desenvolvida a primeira fase do método, que aconteceu com a Imersão em Profundidade. Nesse contexto, à medida que o projeto é desenvolvido, deixa de ter características abstratas e assume características mais concretas, sendo assim apresentada: a primeira fase, a imersão, é destinada a entender inicialmente o problema, identificando as necessidades dos envolvidos e prováveis oportunidades (Pinheiro, 2018). A Ideação propõe gerar ideias inovadoras através de atividades que estimulem a criatividade; a partir disso, as ideias são selecionadas em função dos objetivos, da viabilidade tecnológica e das necessidades humanas atendidas, para dar início à próxima fase. Na Prototipação ocorre a tangibilização das idéias, propiciando o aprendizado contínuo e a eventual validação da solução (Maciel, 2018). Por ser uma abordagem direcionada a problemas complexos é importante descrever as suas etapas no contexto deste estudo.

 

Imersão 

 

    No primeiro momento, a imersão se deu compreendendo o contexto onde o aplicativo foi utilizado, o que serviu para refletir sobre que oportunidades poderiam ser aproveitadas diante do cenário de trabalhar a frente dos atendimentos aos pacientes da COVID-19, onde esses trabalhadores estão lidando diretamente com as incertezas no cuidar e a presença da morte bem como quais os preditivos da depressão e ansiedade apresentados por esses trabalhadores e o que fazer para minimizar esse impacto na atividade laboral tendo como auxiliar a tecnologia para superar a monitoramento dessa situação. Assim, foi eleita como prioridade a identificação dos preditores da ansiedade.

 

Ideação 

 

    Nessa fase as ideias foram sendo discutidas com o grupo de pesquisadores de forma a entender como podemos monitorar os preditores da depressão e ansiedade em trabalhadores da saúde? Para onde encaminhar esses trabalhadores como eles irão conhecer esses preditores? Com a finalidade de refletir sobre o cenário, suas práticas e suas lacunas de aprendizagem surgiu como consenso, a decisão de se construir um aplicativo interativo através de um rascunho demonstrando assim como ficaria a interface para o futuro aplicativo e poder ser posto em prática. 

 

Prototipação 

 

    A terceira fase é a implantação do protótipo que foi construído de forma colaborativa, tendo como base as variáveis previamente definidas e a escala de Hamilton, no ano de 1960 (Bech, e Coppen, 2012), a qual irá identificar os preditores da depressão e ansiedade. Para construir o aplicativo usou a plataforma Kodular, ferramenta que permite que pessoas mesmo com o conhecimento técnico limitado possam desenvolver aplicativos para as diferentes plataformas, tais como smartphones, tablets e sites.

 

Resultados 

 

    A escolha da metodologia do Design Thinking se deu pelo fato de que esta ser considerada fácil na solução de problemas complexos, e com objetivo de monitorar os sintomas da depressão e ansiedade em trabalhadores da saúde. Além de que o design thinking contribui para criação de experiências de consumo intuitivas e agradáveis. Uma vez que o aplicativo irá descrever o escore acerca dos fatores preditivos da depressão e ao tempo que irá sugerir propostas de intervenção para monitorar esses fatores, logo essa metodologia além de criativa ela também é educativa. Logo o DT se utiliza da forma de pensar do design para enxergar como problema tudo o que prejudica ou impede a experiência e o bem-estar na vida das pessoas, e muda o foco do problema para projeto. Através dessa mudança de perspectiva, os designers thinkers estimulam o pensamento abdutivo, criando hipóteses explicativas (uma sugestão de algo que pode ser formulado antes de sua confirmação ou negação) e oportunidades a serem testadas de forma a transformar as idéias em realidade.

 

    A elaboração de um aplicativo é muito simples, pois para criá-los basta apenas arrastar “componentes” (os elementos visuais básicos de qualquer aplicativo, a interface e campos de digitação, por exemplo) começando do zero, ou seja, a partir de uma tela em branco. Os projetos desenvolvidos no Kodular ficam hospedados com segurança no Google Cloud Platform (uma plataforma de armazenamento em nuvem), que oferece para aplicações a mesma segurança e velocidade de resposta que aplicações da própria empresa, como o Youtube ou até mesmo o buscador Google e, portanto, não é necessário preocupar-se com a realização constante de operações de upload, download ou backup, o que certamente ocorreria utilizando-se a programação tradicional (Kodular, 2022). Atualmente a ferramenta é gratuita, possibilitando o desenvolvimento sem qualquer custo, pois, sua maneira de arrecadação está vinculada a uma porcentagem nos valores coletados pelos anúncios que seu aplicativo arrecada, em caso de publicação.

 

    A escolha da letra e cor do aplicativo é usada na psicologia das cores que define que o AZUL refere à imaginação, calma, serenidade e compaixão (Heller, 2018). Uma das recomendações é que devem-se usar poucas cores, no máximo com quatro cores, tanto na logomarca, quanto na interface do App. Porém, para um ícone do aplicativo, o ideal é você escolher duas cores que chamem atenção e que transmitam a ideia central. Dessa forma, o usuário irá reconhecer a sua marca em qualquer lugar que ele for. Evite cores conflitantes. Não deve usar cores conflitantes ou análogas, elas podem passar uma sensação estranha para o seu aplicativo. Não misture vermelho com verde, nem laranja com azul, pois são cores opostas e poluirão o seu aplicativo. (Silva, Cruz, e Rodrigues, 2018)

 

    A fonte do texto escolhida foi com Serifas, pois apresenta pequenos traços ou prolongamentos no final de suas letras. Elas geralmente representam os conceitos de seriedade e tradicionalidade. (Thompson, 2014)

 

    As interfaces foram criadas a partir das escolhas de variáveis como: sexo, idade, tipo de vínculo empregatício, estado civil, renda, existência de comorbidades, se pratica atividade física, valor da pressão arterial, peso, altura, uso de medicamentos, jornada de trabalho, escala de Hamilton e escore da escala de Hamilton.

 

Figura 1. T.C.L.E.

Figura 1. T.C.L.E.

Fonte: Autores

 

    Na primeira tela consistiu na apresentação do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), que deve ser assinado pelo usuário concordando em participar da pesquisa. Já na segunda tela ocorre a apresentação do aplicativo em si, contendo a identificação do trabalhador, para que se destina e como usar. Na terceira e quarta telas tem-se a apresentação da aplicativa identificação do trabalhador, para que se destina e como usar. Na interface 3 e 4 temos a descrição do usuário sendo identificado o seu perfil considerando as variáveis definidas para compreender o perfil sociodemográfico e epidemiológico.

 

Figura 2. Apresentação do aplicativo

Fonte: Autores

 

    A tela de 5 a 12 compreende o questionário da Escala de Hamilton HAM-D, que irá demonstrar um escore que vai sugerir se o usuário apresenta características de quadro depressivo leve, moderado ou grave. Foi considerada a última versão atualização da escala que foi realizada aqui no Brasil em 2000 (Moreno, e Moreno, 2022). O total de escore varia de 0 a 56. Quanto maior o escore maior o grau de ansiedade do paciente. A escolha deste instrumento está fundamentada na necessidade de o profissional dispor de um método simples, confiável e amplamente usado por psiquiatras para a avaliação objetiva da sensação ansiosa. (Silva et al., 2022)

 

Discussão 

 

    No mundo atual o DT vem sendo utilizado de forma enfática na área da saúde como: centros hospitalares, como destacou a revista Harvard Business Review relatando a transformação de um Hospital de Olhos de Roterdã na Holanda, que segundo os autores do projeto teve como o objetivo criar uma estrutura que torna todos os envolvidos responsáveis por um resultado, de forma a minimizar erros. (McCreary, 2010)

 

    O aplicativo aqui elaborado é simples e na sua formatação foram considerados as cores padrões como azul e branco para não ser cansativo e nem dar duplicidade de imagem, ao tempo que ele é capaz de interagir com o usuário. São diversos os desafios enfrentados na criação de uma interface, principalmente quando não tem o domínio acerca da computação gráfica, no entanto a experiência levou o grupo de pesquisadores a perceber a necessidade de alinhar o tempo de aprendizagem sobre TIC ao processo de criação de recursos educacionais através do uso delas; em como de conhecer e utilizar o DT no desenvolvimento e construção de proposta em saúde. (Souza, Pereira, e Azevedo, 2021)

 

    Convém ressaltar que após o uso da ferramenta em um projeto piloto, percebeu-se que ao vencer este processo de elaboração das interfaces, foi permitido identificar falhas na construção e poder saná-las antes de se tornar um aplicativo usável pelos trabalhadores da saúde. Após a criação das interfaces um vídeo foi construído com o objetivo de facilitar o processo de visualização e assim poder posteriormente transformar em um software para ser aplicado no grupo de trabalhadores de um Hospital Universitário situado no estado de Pernambuco.

 

    Lesselroth et al. (2021) desenvolveu um projeto bastante inovador e desafiador ao utilizar o DT, como ferramenta tecnológica para minimizar problemas de comunicação com estudantes residentes em um hospital europeu, quando utilizou requisitos e idealizou protótipos de interface, através do princípios e métodos do DT para informar o ciclo de vida de design de produto, criar novos designs, e ensinar conceitos científicos de sistemas de saúde a estudantes multiprofissionais, resultado de um trabalho entre duas universidades.

 

    Segundo Friedman (2011) o design thinking tem sido usado há muitos anos com o objetivo de criar novas ferramentas ergométricas e para sistemas de contagem de células, de acordo com as necessidades de pesquisadores e com a prática clínica. Um dos casos de maior repercussão no mundo foi usado pela GE Healthcare, que mudou a concepção dos ambientes onde existem uma máquina de ressonância como forma de diminuir o impacto desse aparelho e do ambiente frio quando utilizado para exames em crianças, causando menos desconforto e impactos.

 

    Em um estudo usando realizado com a finalidade de construir um curso autoinstrucional utilizando o do Design Thinking que resultou para demonstrar o quão ele pode melhorar a eficiência e eficácia operacional dos Hospitais, quando corretamente apreendido e implantado pelos gestores. (Alves, 2021)

 

    Um estudo de revisão realizada por McLaughlin e colaboradores em 2019, demonstrou que é importante ensinar design thinking para os alunos do curso de saúde, como sendo uma ferramenta para soluções de problemas em ambientes complexos de saúde; bem como usar o DT para criar, implementar e refinar currículos e programas educacionais dos estudantes dos curso da área de saúde.

 

    Outro caso de sucesso foi realizado com Design Thinking para otimizar o fluxo perioperatório do paciente eletivo e desenvolvendo propostas para a humanização do mesmo, aconteceu de forma que o método utilizado, ou seja o DT, possibilitou ser melhor analisado por diversas fontes de investigação as quais foram utilizadas possibilitando uma melhor compreensão holística do fenômeno e a proposição de soluções alinhadas com o cenário atual da área da saúde. (Mullaney, Pettersson, Nyholm, e Stolterman, 2012)

 

    Apesar de ainda serem poucos, já se nota um avanço entre a medicina biotecnologia junto com o design thinking, evidenciando de forma elevada o uso dessa tecnologia para construirmos novos projetos inovadores, principalmente na área da saúde, podendo, por exemplo, ser essencial para a criação de biofármacos com menor risco de efeitos colaterais e maior precisão, e até mesmo para a medicina personalizada. (Friedman, 2011)

 

    Um dos estudos mais desafiadores foi realizado pela por Novak et al. (2021) quando utilizou o métodos de design thinking, em um programa da Robert Wood Johnson Foundation, que aplicou os registros pessoais de saúde para explorar a aplicabilidade do modelo do programa PHD para outra informática translacional desafiadora problema: a integração com foco em sistemas ciberfísicos, como Inteligência Artificial (IA) na saúde, para propor mudanças estruturais ou relacionadas a políticas que podem afetar a adoção, o valor e a melhoria do sistema de prestação de cuidados. O que reforça os cuidados éticos com o sigilo cibernético que envolve todas as pesquisas em informática.

 

    Vale ressaltar que os aplicativos também apresentam algumas limitações quanto a sua funcionalidade, a eficácia e confiabilidade, o que impulsiona que novas pesquisas devem trazer melhorias associadas a preferências e ao perfil dos usuários-alvo, favorecendo a criação de ferramentas específicas para tratamentos diversos. Porém é importante frisar que os aplicativos favorecem o incremento como um instrumento de suporte nas tomadas de decisão tanto clínicas quanto voltadas ao acompanhamento das condições de saúde da população envolvida, indo do uso de dados como a prática de hábitos saudáveis até mesmo o controle do uso de fármacos de forma efetiva. O que traduz que iniciativas podem ser realizadas desde o âmbito individual e coletivo do cuidado à saúde como elemento motivacional para pacientes e profissionais de saúde. Assim vale ressaltar o uso do DT num pós-doutorado reafirmando que as tecnologias devem servir para quebrar paradigmas proporcionando novos conhecimentos. Convém ressaltar que na prática o uso do design thinking pela Enfermagem, poderá fomentar o pensamento crítico e fortalecendo de modo a desenvolver e proporcionar a capacidade de pensar e inovar na produção de conhecimento, acarretando implicações na prática da profissão, permitindo uma revolução na educação, mediante sua inserção nos cursos da área da saúde, configurando uma ferramenta cognitiva que reconstrói a criatividade humana inspirada em valores humanísticos e empáticos, proporcionado a qualidade de serviços e produtos, e respeitando o perfil do cliente sem perder o foco no cuidar e sempre envolvendo a ética nesse contexto. (Paiva et al., 2020)

 

    Assim vale ressaltar que é preciso considerar a ética em toda concepção quanto ao uso das ferramentas da informática e o sigilo profissional quando se fala em tecnologias e software. Segundo Goodman (2020) para se ter um excelente software é necessário que ele esteja em conformidade com certos padrões de qualidade que podem ser avaliados em termos de confiabilidade e reprodutibilidade, com código, transparência e atualizações. De modo que sua origem seja identificada assim como seu registro.

 

Conclusões 

 

    É notório o crescimento da informática na saúde como um todo como também na enfermagem, uma vez que os conhecimentos advindos da informática estão sendo aplicados em recursos tecnológicos no ensino, na prática, na assistência e no gerenciamento da assistência e do cuidado. Ressaltando que é possível a criação e construção de ambientes virtuais de aprendizagem no ensino de Enfermagem aplicado ao campo da saúde mental além de ser uma estratégia brilhante e inovadora, porém pode apresentar com largo desafios para serem superados. Logo os objetivos deste estudo foram atingidos com a construção do software, mostrando ser uma alternativa para o rastreio e acompanhamento da saúde mental do trabalhador.

 

    Esse estudo permitiu aos pesquisadores realizar um trabalho baseado na pesquisa de forma colaborativa através da Web, de forma a aplicar, analisar, sintetizar e criar um produto diferente uma vez que pesquisadores e entrevistados não estavam acostumados, além de que possibilitou ao grupo perceber não apenas uma maneira de se adequar à situação sanitária presente, mas, fundamentalmente, de transformar o processo educacional a partir da reflexão sobre o contexto em que se estava inserido. O processo fomentou nos pesquisadores a necessidade de buscarem conhecimentos para além dos aprendizados voltados para as áreas da saúde, permitindo-lhes conhecer, compreender e utilizar ferramentas, para facilitar o acompanhamento da saúde mental dos trabalhadores do hospital.

 

    A inserção de tecnologias estimula o usuário à descoberta de novas formas de cuidar, permitindo proceder a prevenção de doenças antes da sua cronificação. O software educativo não substitui outras fontes de consulta, mas sua dinâmica proporciona ao usuário maior agilidade na busca de informações que visem a prevenção da saúde mental. Porém é preciso reconhecer que a tecnologia não resolve todos problemas que não são pensados com a nossa própria cabeça, faz-se necessário que os envolvidos num processo de criação de software conheçam os conceitos de cada etapa do processo bem como possam realizar um diagnóstico prévio da situação relacionadas com os usuários e os profissionais que irão usar a ferramenta. Espera-se que este trabalho possa estimular outros profissionais da saúde a realizarem pesquisas semelhantes, de forma a quebrar paradigmas e sair da zona de conforto em busca de novas ideias e criatividades que possibilitem monitorar a saúde como também transmitir novos conhecimentos.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 296, Ene. (2023)