ISSN 1514-3465
Do salão de musculação ao personal trainer: gerenciamento
de carreira e oportunidades empreendedoras
From Gym to Personal Trainer: Career Management and Entrepreneurial Opportunities
Del gimnasio a entrenador personal: gestión de carrera y oportunidades empresariales
Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro*
c.henriqueribeiro@gmail.com
Cláudia da Silva Mendes**
rjclaudiamendes@gmail.com
Marcius Vinicius Bordoni***
marcius.v.bordoni@gmail.com
Jeferson Roberto Rojo+
jeferson.rojo@hotmail.com
Erik Giuseppe Barbosa Pereira++
egiuseppe@eefd.ufrj.br
* Doutor em Educação Física
Coordenador do Bacharelado em Educação Física
e Docente do Mestrado em Gestão do Trabalho
da Universidade Santa Úrsula (USU)
**Especialista em Educação Física Escolar
Universidade Gama Filho (UGF)
***Mestrando em Gestão do Trabalho
da Universidade Santa Úrsula (USU)
+ Doutor em Educação Física
Docente do Departamento de Educação Física
da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Paraná
++Licenciado em Educação Física pela Universidad Federal de Rio de Janeiro
Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB- RJ
Doutor em Ciências do Exercício e do Esporte da UERJ
Atualmente é professor na Graduação
e no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFRJ
(Brasil)
Recepção: 11/03/2022 - Aceitação: 20/06/2022
1ª Revisão: 11/06/2022 - 2ª Revisão: 16/06/2022
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Citação sugerida
: Ribeiro, C.H. de V., Mendes, C. da S., Bordoni, M.V., Rojo, J.R., e Pereira, E.G.B. (2022). Do salão de musculação ao personal trainer: gerenciamento de carreira e oportunidades empreendedoras. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(291), 90-102. https://doi.org/10.46642/efd.v27i291.3430
Resumo
Introdução: Este trabalho foi de natureza descritiva e exploratória, e tem como objetivo analisar o mercado de trabalho da área fitness, sobretudo a circulação dos profissionais de Educação Física que se retiram do salão de musculação – onde o atendimento é coletivo –, para aulas individualizadas. Métodos: A amostra intencional contou com 6 profissionais que atuavam como personal trainers na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, e que nos últimos anos se dedicaram a trabalhar de forma autônoma e rescindiram seus contratos de vínculo empregatício. As perguntas que orientaram o estudo foram: Quais escolhas são levadas em conta quando o profissional resolve se desligar do salão de musculação e vai atuar como personal? Foram realizadas entrevistas individuais contendo 9 perguntas abertas e versavam sobre tempo de formação, grau de escolaridade, idade e renda. Resultados: O material foi transcrito e analisado, emergindo três categorias, a saber: a) Remuneração; b) Engessamento; c) Vitrine. Conclusão: Os ganhos como personal trainer superam os de professor de musculação. Porém, é trabalhando como professor de musculação que muitos profissionais de Educação Física conseguem captar seus alunos/clientes de personal. A fluidez deste mercado de trabalho aponta para a má-remuneração, a autogestão da carreira e a necessidade diária de manutenção e conquista de novos alunos/clientes.
Unitermos
: Personal trainer. Mercado de trabalho. Empreendedorismo. Academias de ginástica.
Abstract
Introduction: This work was descriptive and exploratory in nature and aims to analyze the work market of the fitness area, especially the circulation of Physical Education professionals who withdraw from the weight room – where the service is collective – for individualized classes. Methods: The intentional sample included 6 professionals who worked as personal trainers in the city of Niterói, State of Rio de Janeiro, and who in recent years dedicated themselves to working autonomously and terminated their employment contracts. The questions that guided the study were: What choices are considered when the professional decides to disconnect from the weight room and will act as a personal? Individual interviews were conducted containing 9 open questions and were about time of education, educational level, age, and income. Results: The material was transcribed and analyzed, emerging three categories, i.e.: a) Remuneration; b) Plastering; c) Showcase. Conclusion: the gains as a personal trainer outweigh those of a bodybuilding teacher. However, it is working as a bodybuilding teacher that many Physical Education professionals can capture their students/personal clients. The fluidity of this job market points to poor pay, career self-management and the daily need for maintenance and conquest of new students/clients.
Keywords
: Personal trainer. Labor market. Entrepreneurship. Gym.
Resumen
Introducción: Este trabajo fue descriptivo y exploratorio, y tuvo como objetivo analizar el mercado de trabajo en el área de fitness, especialmente la circulación de profesionales de Educación Física que salen de gimnasios -donde el servicio es colectivo-, para dar clases individualizadas. Métodos: La muestra intencional incluyó a 6 profesionales que trabajaban como entrenadores personales en la ciudad de Niterói, Estado de Río de Janeiro, y que en los últimos años se han dedicado a trabajar de forma autónoma y han rescindido sus contratos de trabajo en relación de dependencia. Las preguntas que orientaron el estudio fueron: ¿Qué elecciones se toman en cuenta cuando el profesional decide dejar gimnasio y pasar a trabajar como entrenador personal? Se realizaron entrevistas individuales con 9 preguntas abiertas y fueron sobre tiempo de formación, nivel educativo, edad e ingresos. Resultados: El material fue transcrito y analizado, emergiendo tres categorías: a) Remuneración; b) Estancamiento; c) Visibilidad. Conclusión: Las ganancias como entrenador personal superan a las de un profesor de musculación. Sin embargo, trabajando como profesor en un gimnasio muchos profesionales de la Educación Física consiguen captar a sus alumnos/clientes particulares. La fluidez de este mercado laboral apunta a salarios bajos, autogestión de carrera y la necesidad diaria de mantener y atraer nuevos alumnos/clientes.
Palabras clave
: Entrenador personal. Mercado laboral. Emprendedurismo. Gimnasios.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 291, Ago. (2022)
Introdução
O objetivo dessa pesquisa foi analisar o mercado de trabalho da área fitness sobretudo a circulação dos profissionais de Educação Física que se retiram-se do salão de musculação – onde o atendimento é coletivo –, para aulas individualizadas. Para fins de definição, considera-se aqui as academias como locais onde há predominância de exercícios físicos e o espaço da musculação é mais um dos atrativos para captação de clientes. Há, contudo, aulas coletivas também. Essas podem ser de ginástica localizada, spinning (ciclismo indoor) ou dança, por exemplo.
O referencial teórico sobre a figura do profissional de Educação Física que atua como personal trainer é profícuo. Para estabelecer parâmetros de estudo, define-se este profissional como sendo aquele que atende o público oferecendo serviços de exercícios físicos com planilhas e planos individualizados, em horários previamente acordados entre o cliente e esse profissional. A promoção do exercício físico pode ser feita individualmente ou em pequenos grupos, e os locais mais procurados são as academias, os estúdios, áreas públicas e residências. (Domingues Filho, 2006; Fernandes, 2008; Monteiro, 2004)
O que difere a atuação profissional aqui é o atendimento individual e o ajuste dos treinamentos físicos ao perfil de condicionamento físico e pessoal do cliente, bem como o planejamento de metas de curto e médio prazo que podem variar desde ajustes de peso corporal à capacidade do cliente completar uma maratona.
Inúmeros estudos apontam as atitudes empreendedoras, a formação profissional, a necessidade de contínua atualização para aqueles que querem atuar no mercado de trabalho do atendimento individualizado do exercício físico (Anversa, e Oliveira, 2011; Bossle, e Fraga, 2011; Teixeira, 2013). Tanto estímulo às atitudes empreendedoras fazem com que se infira que os profissionais de Educação Física que atuam nessa área utilizam estratégias para acrescer seus rendimentos financeiros, quer seja com uma carga horária maior, quer seja se lançando no mercado oferecendo seus serviços de forma autônoma, sendo essa realidade também presente em outros países, tal como no estudo de Pérez-Villalba et al. (2018).
Essa pesquisa tem como premissa empírica: a percepção de que profissionais de Educação Física deixam seus postos de trabalho em academias, nos salões de musculação e migram para o atendimento personalizado, mesmo que isso implique em deixar de ter garantias trabalhistas oferecidas pelo empregador. Assim, a pesquisa se aproxima do estudo de Grimaldi-Puyana et al. (2018) sobre o nível de satisfação profissional para os graduados na área esportiva – que no Brasil estão atrelados a formação do Bacharelado em Educação Física. Quer se estudar aqueles que preferem a atuação autônoma, se tornando gestores e captadores de seus clientes/alunos.
Outro intento do estudo é apresentar análises e discussões sobre o mercado de trabalho da área de Educação Física, sobretudo na área destinada à saúde e qualidade de vida em ambientes não formais, espaço de atuação do Bacharelado. Quer-se cooperar com a literatura sobre profissionais de musculação e personal trainers do ponto de vista do gerenciamento da carreira, das escolhas profissionais, das opções que centenas de profissionais da área fazem diariamente quando resolvem largar o salão de musculação e decidem atuar como personal, assim como o estudo de Bernal-García et al. (2018) realizou na Espanha sobre o perfil profissional dos graduados na área de Educação Física e sua atuação profissional nesse mercado de trabalho.
Ainda, quer se contribuir com o material teórico para os gestores de academias, que ao contratarem e manterem os profissionais de Educação Física atuando no salão, sabem que a rotatividade profissional é uma rotina nesse ambiente (Saba, 2013). Quer-se colaborar nessa pesquisa fazendo um recorte dessa realidade, independente dos vínculos profissionais que se estabelecem nesses locais, sobretudo quando há uma tendência mundial pela flexibilização dos direitos trabalhistas e a figura do trabalhador autônomo predomina, tal como apontado na investigação de Estrada-Marcén (2019).
Estudar as mudanças de mercado de trabalho nessa área é discutir a configuração da empregabilidade e da geração de renda no ambiente da Educação Física que está voltado para o atendimento personalizado. Entender essa realidade é também oferecer material teórico para a Graduação do Bacharelado em Educação Física, porque trata de um cotidiano que possivelmente os futuros profissionais irão se deparar.
Assim, a pesquisa pergunta: Quais motivos levam personal trainers a se desligarem do salão de musculação e passarem a atuar exclusivamente com o trabalho personalizado?
É sabido que as escolhas profissionais são contingenciais que envolvem realidades distintas e necessidades pessoais difíceis de serem mensuradas. No entanto, interessa aqui as situações em que os profissionais de Educação Física optam por serem gestores de seus horários e agendas, negociando com cada cliente seus valores. Saem, portanto, das aulas coletivas, se lançando – ao menos temporariamente –, no mercado de profissional autônomo.
Vendem sua força de trabalho de uma outra forma, prestando serviços com valores, dias da semana, horários e atividades que são acordadas entre ele e seus clientes. É essa movimentação o que interessa. Tensões de um mercado dinâmico e silencioso, em que não existe uma realidade, mas diferentes pontos de vista sobre a oferta e procura.
Essa pesquisa é também um desdobramento das experiências de vida de um dos componentes da autoria do estudo que também circula pelas academias de Niterói. Desvelar o que é aceito socialmente como regular, comum e cotidiano, porque a percepção da migração do professor do salão na musculação para personal trainer é algo relativamente comum em nosso ambiente de trabalho.
O objetivo dessa pesquisa foi analisar o mercado de trabalho da área fitness sobretudo a circulação dos profissionais de Educação Física que se retiram do salão de musculação – onde o atendimento é coletivo –, para aulas individualizadas.
Situando o personal trainer nos estudos acadêmicos
As atitudes empreendedoras para quem quer entrar no mercado de personal trainer são comumentes discutidas desde a década de 1990, como constatou o estudo de Bossle, e Fraga (2011) sobre a grande quantidade de temas relacionados ao marketing para essa área.
Tanto material reflete a realidade profissional sobre a necessidade de atualização, estudo e investimento pessoal com fins de captação e retenção de clientes no mercado fitness do exercício físico. O profissional que atua nessa área é gestor e responsável por gerir sua marca. Assim, as publicações editoriais refletem não apenas a necessidade da individualização dos treinamentos físicos – com o viés na Fisiologia do Exercício, Biomecânica, entre outros conteúdos (Brooks, 2004; Monteiro, 2004; Domingues Filho, 2006) –, como também, e é isso que queremos ressaltar aqui, nas disciplinas voltadas para o Marketing e Empreendedorismo. (Teixeira, 2013)
Sobre a captação de clientes, os motivos para contratação desse tipo de prestação de serviços estão relacionados à motivação, à necessidade de saúde e à atenção na execução dos exercícios (Silva et al., 2022; Da Costa Daniele et al., 2020). Assim, se de um lado temos profissionais de Educação Física que se lançam nesse mercado, do outro temos um público que quer contratar esses profissionais, sobretudo o público feminino. Esse grupo é o grupo mais ávido na contratação de serviços de exercício físico individualizados, e os motivos são a questão da saúde, qualidade de vida e segurança no volume e intensidade nos treinamentos. (Ribeiro, 2020)
O mercado de trabalho em academias é comumente estabelecido através da hora-aula e com a assinatura do Contrato de Trabalho e Previdência Social (CTPS). A carga horária é normalmente inferior a 25 horas-aula semanais o que garante um tempo parcial entre manhã, tarde ou noite para os profissionais que aderem a esse contrato. (Mendes, e Azevêdo, 2014)
Já no mercado de atuação de personal trainers, os profissionais são normalmente autônomos, têm carga horária diversificada e se ajustam aos horários dos clientes, o que normalmente significa um atendimento predominante nos horários matutino e noturno, com baixa adesão no horário vespertino. Podem atuar como pessoa jurídica através de Microempreendedores Individuais (MEI) ou na informalidade mesmo, sem estar cobertos pela Seguridade Social. (Ribeiro et al., 2018)
Esses movimentos profissionais são o foco de atenção de nossa pesquisa. Se como profissional de Educação Física contratado ele têm garantias trabalhistas, na área de personal ele é o gestor de sua própria empresa. Isso significa dizer haverá intensificação do aumento da carga horária semanal e precarização das condições de trabalho, na medida que se tenta a melhoria do salário ou de ganhos por atendimento: mais alunos, maior possibilidade de renda. (Mendes, e Azevêdo, 2014)
Essa segmentação do mercado leva a distintas, mas complementares áreas de atuação: professor de musculação, professor de aulas coletivas (ginástica localizada e spinning por exemplo) e personal trainer. Tudo dentro do mesmo espaço da academia.
Nesse ambiente, os professores de musculação tendem a ter o menor valor de hora-aula. O valor está em cerca de R$11,00 (onze reais, pouco mais de 2 dólares americanos) para atuar no salão durante o ano de 2022. Porém, se esse mesmo profissional ministrar uma aula de ginástica localizada, o valor da hora-aula é duplicado ou até mesmo triplicado pelo mercado1.
Com valorações diferenciadas, o mercado nos mostra que há um incentivo intrinsecamente financeiro para que o profissional migre para as aulas consideradas coletivas – como no caso da aula de ginástica, alongamento e spinning, por exemplo –, ou comece a atuar como personal. O mercado segue a regra geral de oferta e procura. Se para um professor de musculação a hora-aula é inferior a um professor de aulas coletivas, é porque deve ser mais difícil encontrar profissionais especializados nesses tipos de atividades. Além disso, a carga horária de um professor de aulas coletivas é menor – fruto do cardápio de atividades das academias ao longo da semana.
Método
O estudo segue uma amostragem intencional, focada em profissionais de Educação Física que nos últimos dois anos optaram por atuar no mercado de trabalho como personal trainers. Assim, o critério de elegibilidade de nossa amostra são profissionais da área de ambos os sexos, que nos últimos dois anos optaram por deixarem seus postos de trabalho em salas de musculação – onde mantinham contrato de trabalho com carteira assinada – para a adesão na prestação de serviços exclusivamente com o atendimento personalizado. Todos os respondentes receberam o Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE). Esse foi preenchido e assinado individualmente e aprovado pelo Comitê de Ética da IES2.
O delineamento do estudo foi feito a partir da realização de entrevistas com 6 profissionais de Educação Física que atuam no bairro de Icaraí, cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro. A cidade é vizinha ao município do Rio de Janeiro, e segundo dados do IBGE possui o território de 133.757 km² e um índice de desenvolvimento humano em 0,837 que a coloca como a melhor cidade do Estado nesse critério3. Icaraí está localizada na Zona Sul da cidade, e tem como um dos atrativos de lazer a praia e seu calçadão onde os moradores da cidade circulam para a prática de atividade física ao ar livre.
Icaraí é um dos bairros com maior índice de desenvolvimento humano (IDH) do Estado do Rio de Janeiro4. Assim tem um setor de serviços pujante com escolas, clubes, hospitais e áreas de lazer que incluem a praia e o Campo de São Bento. Podemos dizer que é um bairro com boas condições socioeconômicas e interessante sob o ponto de vista da contratação de serviços de personal. Esse foi um dos motivos pelo qual escolhemos Icaraí. O outro é que os pesquisadores moram também nesse bairro, e o deslocamento e informações sobre as academias do bairro são mais facilmente acessíveis e conhecidas por eles.
O instrumento utilizado foi um roteiro de perguntas abertas (9 perguntas) que fazem referência a: a) tempo de formação do entrevistado; b) grau de escolaridade; c) Idade; d) atuando com carteira assinada/salão de musculação; e) atuando como personal trainer/autônomo; f) quantidade de alunos; g) locais de atuação; h) renda mensal como horista; i) renda mensal como autônomo.
Quadro 1. Perfil dos entrevistados
Identidade |
Idade |
Tempo de formação |
Grau de escolaridade |
Tempo em meses com
carteira assinada |
Tempo em meses como autônomo |
Número de alunos |
Locais de atuação como
autônomo |
Renda mensal como horista5 |
Renda mensal como autônomo |
P1 |
34 |
9 anos |
Pós-graduado Lato
Sensu |
45 meses |
Desde 2017 |
26 |
3 academias |
X |
3x |
P2 |
35 |
11 anos |
Pós-graduado Lato
Sensu |
37 meses |
Desde 2015 |
18 |
1 academia; 2 condomínios |
Y |
3y |
P3 |
33 |
10 anos |
Graduação |
60 meses |
Desde 2018 |
8 |
1 academia, 1 condomínio |
Z |
2z |
P4 |
41 |
19 |
Pós-graduado Lato
Sensu |
36 meses |
Desde 2017 |
10 |
1 Academia |
U |
2U |
P5 |
34 |
14 |
Graduação |
56
meses |
Desde 2019 |
13 |
2 Academias |
C |
3C |
P6 |
35 |
12 |
Graduação |
12
meses |
Desde 2018 |
15 |
1 Academia |
T |
3T |
Fonte: Autores
Resultados e discussão
A pesquisa está centrada na questão do cotidiano de trabalho do personal trainers. Outros estudos também fizeram o mesmo tais como mostrado na introdução (Anversa, e Oliveira,2011; Bossle, e Fraga, 2011; Domingues Filho, 2006; Fernandes, 2008; Monteiro, 2004; Teixeira, 2013). O que nos diferencia dos estudos acima são as escolhas profissionais, os momentos de transição e a opção por deixar o salão de musculação até o momento que os beneficiaria atuar com o atendimento personalizado.
Ao longo das entrevistas os profissionais de Educação Física foram deixando suas percepções sobre as escolhas que fizeram durante sua trajetória profissional. Assim, ao analisarmos esse material, emergiram características comuns que iam se repetindo e poderiam ser postas à luz do referencial teórico. Elas foram nomeadas de: a) Remuneração; b) Engessamento; e c) Visibilidade.
As categorias de análise na pesquisa foram cunhadas a partir das falas dos entrevistados. A questão da remuneração foi a primeira categoria a surgir. Isso significa que os respondentes agem como todos nós, ou seja, respondem aos estímulos externos sobre perspectivas, remunerações e valoração profissional.
Engessamento e visibilidade parecem categorias contraditórias, mas são complementares de uma realidade profissional: ao mesmo tempo que os entrevistados consideram o salão de musculação um local com pouca flexibilidade profissional, portanto engessado, ao mesmo tempo precisam da visibilidade desse ambiente para mostrar suas competências e habilidades profissionais e conseguir clientes para atendimento personalizado.
Remuneração
Do ponto de vista prático, essa é a questão premente quando se analisam as respostas dos profissionais de Educação Física. Todos garantem que ganham mais dinheiro como personal trainers do que atuando como professores de musculação em academias.
Assim, os professores fazem as contas: é melhor ser autônomo e buscar clientes do que estar empregado com carteira assinas e direitos trabalhistas.
Os entrevistados acreditam que:
“Não tem como ficar no salão muito tempo... eu fazia quase mil reais por mês já descontado o INSS. 4 horas por dia, 20 horas semanais e ainda tinha de cobrir um sábado por mês... 2 alunos de personal pagam... 2 alunos de personal 2 vezes na semana, terças e quintas pagam meu mês como professor de musculação... não tem nem como não escolher ser personal...” (P2)
“Você fica estagnado, não tem para onde crescer. Eu comecei como estagiário, virei professor, depois queria crescer, mas não tinha como ser coordenador, esses cargos normalmente são indicação, não são por competência, e, também, não tem um plano de cargos e salários, você fica ali ganhando, 10, 13 reais no máximo a hora-aula de Niterói.... mas é aquilo: O salão é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que ele te dá visibilidade, ele te prende...” (P3)
“Não dá pra pensar em ser professor de salão por muito tempo... quando eu penso que eu me especializei em emagrecimento, e que minha hora-aula hoje é boa por conta disso... eu não posso ficar no salão ganhando aquele valor que eu recebia... se você é bom, se você se esforça, estuda, claro que você quer algo melhor.... e eu coloquei que eu ia ficar um ano no salão... pedi a Deus e consegui. Eu fiquei 11 meses e 29 dias. Pedi demissão e no ano seguinte eu já estava só como personal”. (P6)
“Se eu conseguir concentrar todos os meus alunos em uma academia só, eu consigo fazer um bom dinheiro. Claro que eu vou pagar o repasse para a academia, mas eu não perco dinheiro me deslocando. 1 aluno meu de personal paga o que eu ganhava no salão. 1 aluno! Ai eu já não ligava muito pra ter carteira assinada mesmo, tá tudo bem tem alguns benefícios, mas tem que trabalhar final de semana e feriado... R$ 1.000,00 por mês não segura ninguém... não segura, você recebe esse dinheiro e fica pensando que pode ganhar mais aumento horário para personal, abrindo espaço na agenda, tentando captar... R$ 1.000,00... eu tenho filhos, só um remédio às vezes já vai quase esse dinheiro, não dá... não tem como ninguém te segurar com esse salário.... Ainda mais eu que trabalhava no salão no horário da manhã, que é um horário muito bom pra pegar personal... não tinha como me segurar ali...” (P4)
“Mesmo como coordenador, mesmo com o salário de coordenador a gente não tem muita opção, a gente precisa atuar como personal nos horários vagos... eu percebi que eu podia ganhar mais largando a coordenação, que eu podia ter mais autonomia só como personal... Porque você quando toma uma decisão de ficar só como personal, você precisa saber direito como vai trabalhar, não é uma decisão fácil para quem tem filhos... você tem que ter uma base muito sólida de personal, de gente com você, porque é muito instável...” (P5)
Os professores pautam suas decisões na questão financeira, e não poderia ser diferente. Desta forma, a passagem pelo salão de musculação é marcada como algo temporário, necessária, mas passageira. As falas obtidas se aproximam do estudo de Espírito-Santo, e Mourão (2006), que demonstrou que há uma percepção na área de que o baixo valor pago na hora-aula é fruto da capacidade desse profissional conseguir, nos horários vagos, o preenchimento de sua carga horária atuando como personal trainer.
Há um reconhecimento de que a remuneração do professor de musculação é fruto da abundância de mão de obra qualificada disponível, bem como de que a partir dali outras oportunidades podem surgir para quem quer atuar como personal. Afinal, a captação de clientes precisa começar por algum lugar.
Nesta questão de remuneração é preciso incluir também a questão do que é conhecido no meio das academias do mecanismo do repasse, para quem quer atuar como personal dentro do próprio ambiente de trabalho, em turnos distintos do acordado com a academia.
Repasse é uma taxa cobrada pelas academias aos personais que não fazem parte de seus grupos de colaboradores. Quando o professor trabalha em uma determinada academia, a taxa cobrada de repasse é menor do que a cobrada para quem não é professor desse ambiente. Assim, essa cobrança não deixa de ser um estímulo aos que ali permanecem no salão de musculação como funcionários, fazendo com que uma espécie de proteção de mercado se instale para os que ali atuam. O repasse é fundamental para o cotidiano dessa categoria profissional, porque pode aumentar ou diminuir custos, inclusive estimulando que os profissionais optem por levarem seus clientes para outras academias. Não por acaso o repasse é fruto de questionamentos judiciais.
Engessamento
A categoria “Engessamento” faz referência a pouca flexibilização e falta de mobilidade que o salão de musculação tem, na perspectiva de nossos respondentes. Assim, a carga horária mais elevada diariamente, a baixa remuneração e a pouca capacidade de intervir no atendimento fazem com que o salão de musculação seja um ambiente de trabalho que tende a ser de transição e temporária para aqueles que buscam melhor remuneração, gestão da carreira e horários mais flexíveis de atendimento.
A literatura da área discute essa questão quando demonstra a questão da precarização das condições de trabalho dos professores de musculação e da carga horária semanal elevada para obtenção de um salário digno. (Mendes, e Azevêdo, 2014)
Assim os respondentes consideram que:
“Os motivos pra mim são claros. O salão de musculação é um lugar engessado, tem um horário fixo, que você não consegue sair muito... no meu caso o horário era de seis da manhã até o meio-dia. Não dá! Outra coisa é a remuneração... muito baixa, e eu estava querendo algo melhor, aumentar meus rendimentos, comecei com um personal, dois, três... aí foi ficando cada vez mais difícil ficar no salão. Por isso pedir para sair”. (P3)
“O salão não te desafia muito... às vezes, claro que não é com todo mundo, o cara nem te atende direito no salão porque ele sabe que ele não pode fazer muito, com tanta gente pra atender, ele precisa dar atenção a todo mundo, mas ele acaba não dando atenção direito porque é muita gente... eu vim de um salão que era muita gente para atender, mas não tem como... e como personal não, como personal eu posso atender alguém com problema de ombro, e estudar esse problema, conversar com o fisioterapeuta.... ver a pessoa melhorando com você é gratificante e desafiador, isso é o teu papel como personal..." (P6)
“No salão de musculação você não tem muita opção, é um lugar que você não é dono das suas aulas... você tem que respeitar as diretrizes da academia, não pode ficar chamando muito a atenção de aluno se ele vier com a roupa errada para treinar... você fica com aquele horário ali fixo, de quatro, seis horas fixo, não tem como mudar muito... quando eu entrei para trabalhar na academia X eram 6 horas de trabalho por dia, aí eles viram que não dava muito certo e baixaram para quatro horas...” (P1)
“O professor de salão, ele tem prazo de validade. Ele vem pra performar, ficar uns dois ou três anos. Não mais que isso. Se ele ficar mais que isso têm duas situações: ou ele não foi absorvido pelo personal, ou seja, ele não consegue ser personal, ou então ele descansou, relaxou, ah, vou ficar ganhando aqui meu dinheirinho e assim vou levando com a barriga... pra mim ainda era mais difícil ficar ali porque eu era da manhã, horário que tem muita procura para personal...” (P4)
“Tem academia que os horários são lineares, uma carga horária, escala de final de semana, domingo... porque tem academia hoje que abre domingo até às 2 da tarde... aí você não tem muita opção... você fica... quando eu comecei, eu trabalhava todos os dias das 16:00 às 22:00 horas, de segunda à sexta... era muita hora... sobrava pouco tempo para pegar personal... só que como personal você ajusta seus horários, você passa a ter um padrão de horários, de atendimento... e quem te procura se adapta a você, e você se adapta ao personal... tem muita diferença de horário que você consegue resolver como personal que se você está no salão não existe isso, porque você tem de estar ali cumprindo seu horário... ” (P5)
Empresas têm diretrizes e precisam ser pensadas em grupo. Assim, uma academia que contrata profissionais de Educação Física tem sua cultura interna de captação e retenção de clientes, relacionamentos com fornecedores e impostos a pagar, por exemplo e, se adequar a esse ambiente é uma característica de qualquer profissional.
No entanto, a capacidade de atuação como personal leva os profissionais de Educação Física a almejarem algo a mais: a capacidade de serem gestores de suas próprias marcas, atuando individualmente e sendo seus próprios patrões. É o discurso centrado na cultura do empreendedor, conforme vimos nos diversos materiais que subsidiaram o referencial teórico da pesquisa que alavanca a vontade de se lançar no mercado.
Tanto esforço em empreender precisa ser analisado do ponto de vista das condições de trabalho e capacitação. Conforme Krug et al. (2009), a precarização nas condições de trabalho impulsiona esses profissionais para atitudes empreendedoras, e talvez o cenário seja menos glamoroso do que parece – as pessoas respondem aos estímulos. Afinal, lançar-se como autônomo no mercado parece vantajoso para nossos entrevistados, e permanecer no salão de musculação é identificado para eles como estar fadado à estagnação profissional.
Há ainda a menção de todos os entrevistados das escalas de final de semana, inclusive o trabalho aos domingos. Isso parece ser uma desvantagem, um incômodo na vida profissional dos entrevistados e que também serve como justificativa para deixar de atuar como professor de musculação. O mercado das academias expandiu o horário de atendimento, uma vez que os shoppings e comércio em geral abrem aos domingos, por que as academias6 não funcionariam?
Como escrito anteriormente, eles precisam se adaptar aos horários e normas da empresa que os contratou. Aqui a questão do empreendedorismo chega ao seu ponto recorrente: serem patrões de si mesmos, escolhendo horários e combinando com suas clientelas os horários mais convenientes para ambas as partes.
Vitrine
A categoria de análise “Vitrine” surgiu quando um dos entrevistados descreveu a capacidade que o salão de musculação possibilita. Assim, a visibilidade conseguida por circular neste espaço e com esta função faz com que o profissional de Educação Física consiga, futuramente, captar seus clientes.
A qualidade do atendimento é um dos pilares na questão da captação e retenção dos clientes para o personal trainer como visto na literatura elencada nas seções anteriores. Mas aqui esse profissional ainda não é personal: ele está em busca de atrair possíveis clientes, mas precisa contar com sua atuação como professor de musculação para obter reconhecimento dos que o cercam. Inferimos que se um profissional atende bem no salão de musculação, ele se coloca capaz de conseguir alunos nesse ambiente, visto que os alunos da academia devem reconhecer no seu cotidiano sua competência, presteza e educação.
Tanta valorização assim demonstra que a compra de serviços de personal segue uma exigência de mercado: melhorar a saúde, emagrecer e não menos importante: o atendimento na prescrição de exercícios e na correção desses. (Da Costa Daniele, 2020)
“Quando entrei para o salão era o ano de 2013, eu estava recém-formado, aí eu coloquei uma meta na minha cabeça de ficar até no máximo uns dois, três anos... eu ia mostrar o meu trabalho no salão para poder começar a pegar personal, é isso.... eu precisava mostrar meu trabalho. Porque eu queria fazer o meu nome... quando você veste a camisa da academia atrás está o seu nome, e eu queria mostrar o meu trabalho...” (P1)
“O salão é muito importante pra você ganhar experiência, padrão de atendimento. Ali é uma vitrine. Se você consegue aparecer ali, seu trabalho vai aparecendo. Comigo foi assim... eu fiquei desde estagiário no salão e desde meu último período, quando tava para me formar, eu já sabia que ia conseguir pegar uns personais...,mas eu dependia do salão para o pessoal me ver, saber do trabalho e do atendimento. O salão te dá capacitação e treinamento...” (P2)
“O salão, ele te prepara, ele mostra como é trabalhar atendendo gente... gente que te procura, pergunta se está fazendo certo, pergunta o que deve fazer pra emagrecer... é ali que você aprende a saber o que as pessoas querem de você, como atender, como lidar com as pessoas que querem treinar. Eu tive muita sorte que eu fiquei um ano, foi um ano que eu fiquei com carteira assinada e já tava partindo só para ficar com personal... eu sabia que se eu atendesse bem no salão, eu não ia ficar muito tempo preso ali... porque ninguém que é bom fica muito tempo... é isso”. (P6)
“Se você é bom, se você atende bem, você logo aparece... as pessoas vêm te procurar, perguntar, tirar dúvidas, você performa no salão, e logo consegue atrair a atenção das pessoas, monta série, corrige, procura ajeitar o aparelho para o aluno.... logo estão te procurando para personal.... ainda mais agora que as academias estão colocando série montada por aplicativo....” (P4)
“Hoje em dia você faz um trabalho, você solidifica sua imagem, você tem mais resultado que rede social... você fica cara-a-cara, você mostra seu trabalho, as pessoas olham, vêem sua dedicação... o salão é onde você a prende a fazer as coisas, a trabalhar, a ver os resultados...” (P5)
Infere-se que o espaço do salão deva continuar como opção de capacitação, de correlação teoria e prática que milhares de estagiários e profissionais de Educação Física. É nesse ambiente que as oportunidades surgem, mas também onde se aprende a atender um aluno, a montar uma série de exercícios, de apresentar a execução dos movimentos e de se aprender a utilizar os equipamentos. Isso não é pouco. Porém, ao adquirirem experiência, maturidade profissional e a clientela começa a se fidelizar, outras perspectivas se abrem, além de sua permanência como funcionário da academia.
É bom lembrar que nesse universo a conquista de alunos vai acontecer de forma prioritária. O atendimento diferenciado pode demonstrar a capacidade de oferecer serviços individualizados com planilhas mais interessantes do que àquela oferecida pela academia. Além disso, o personal acaba por vezes ter de desempenhar diversas funções, tais como limpar os aparelhos antes que seu aluno o use, prepara e monta os equipamentos que precisam de anilhas, faz perguntas a um outro usuário da academia se seu cliente pode revezar o aparelho, entre muitas outras situações que permitem um diferencial de atendimento naquele ambiente.
Conclusões
A figura pública do personal trainer já está incorporada na sociedade. O mercado compreende sua importância e há gente com condições financeiras e dispostas a pagar por esses serviços. Já se foi o tempo em que os formados em Educação Física eram chamados de professores. Desde os anos de 2000, esses são reconhecidos como profissionais de Educação Física. A profissão parece estar evoluindo para a figura central do personal trainer. Não há aqui nenhuma crítica, mas uma constatação que centenas de formandos da área almejam entrar nesse mercado já com essa ocupação.
Tanta movimentação traz consequências para o mercado de trabalho: os horários mais curtos no salão de musculação, o valor da hora-aula reduzido para quem trabalha com a justificativa que será possível captar clientes, a busca rotineira para aumento da remuneração através do atendimento personalizado e a percepção de que o salão é um local de passagem, mas que sem ele não há como ser visto e reconhecido.
Assim, dificilmente algum profissional da área se torna personal trainer sem o a experiência de professor de musculação. O que a pesquisa mostrou é que existe um intervalo de tempo, experiência e capacidade de mostrar competência para que o trabalho seja visto e reconhecido por quem se interessa em contratar seus serviços.
Realizar essa pesquisa é mostrar as mudanças no mercado de trabalho para essa profissão. A cultura do empreendedorismo – tão alardeada em outras ocupações –, também alcançou esse profissional. Além disso, essa pesquisa também pretende ajudar os gestores de academia a continuamente discutir soluções para a aparente rotatividade das ocupações de professores de musculação. Mantê-los atrelados ao salão com tanto estímulo na atuação de personal é um desafio constante, do ponto de vista do gestor de academias que contrata esses profissionais.
Por último e não menos importante, esse material pode servir de subsídio para discutir as condições de trabalho e consequentemente a remuneração do professor que atua no salão de musculação para as associações e sindicatos envolvidos nos contratos e dissídios da categoria.
Notas
Cf. sindeclubes.com.br/convencoes/ACD_CCT_2020-2021
A Pesquisa obteve o seguinte número de aprovação na Plataforma Brasil: CAAE: 76351417.7.0000.8118.
Cf. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/niteroi/pesquisa/10058/60027
Cf. https://vejario.abril.com.br/cidade/icarai-tem-o-melhor-idh-do-estado-do-rio
As duas últimas colunas, renda mensal como horista e renda mensal como autônomo são uma referência para comparação de ganhos por hora-aula. Quando um entrevistado nos disse que ganhava X com carteira assinada, ele dizia que com a mesma carga horária conseguia fazer 3 vezes mais atuando como personal
As academias do bairro de Icaraí normalmente funcionam todos os dias da semana. De segunda a sexta-feira das 06:00 às 22:00 horas. Sábados das 8:00 às 18:00 horas e domingos das 8:00 às 14:00 horas.
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