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ISSN 1514-3465

 

Lutas na Educação Física escolar: diagnóstico 

sobre o ensino do Jiu-Jitsu no ensino fundamental

Fights in School Physical Education: Diagnosis on Teaching of Jiu-Jitsu in Elementary School

Luchas en Educación Física en la escuela: diagnóstico de la enseñanza del Jiu-Jitsu en el nivel primario

 

Marcus Eli de Santana Santos*

marcus.amme@gmail.com

Ítalo Sérgio Lopes Campos**

italo@ufpa.br

Yan Sobral Campos***

yancampos18@gmail.com

Alexandre Janotta Drigo+

alexandredrigo@hotmail.com

Cleberson Franclin Tavares Costa++

costacleberson90@gmail.com

Alam dos Reis Saraiva+++

alam.reis@ifpa.edu.br

Claudio Joaquim Borba Pinheiro++++

claudioborba18@gmail.com

 

*Graduação em Educação Física (UEPA)

Especialização em Saúde na Educação Física escolar

pelo Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde na Educação Física Escolar

Universidade do Estado do Pará (UEPA) Campus XIII Tucuruí-PA

**Doutor em Neurociência e Biologia Celular

pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

Atualmente é professor Associado da UFPA

Docente, é coordenador do Laboratório de Aptidão Física (LAFIS)

e do Projeto Artes Marciais na UFPA

Líder do grupo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Lutas

e Esportes de Combate (NEPLEC/UFPA) Belém-PA

***Graduação em Educação Física pela UFPA

Mestre em teoria e pesquisa do comportamento

pelo Programa de Pós-Graduação em Teoria

e Pesquisa do Comportamento pela UFPA

Pesquisador do NEPLEC - Núcleo de Estudos e Pesquisas

em Lutas e Esportes de Combate, Belém-PA

+Doutor em Educação Física pelo DCE da FEF/Unicamp

Docente e orientador do Programa de Pós-graduação em Ciências

da Motricidade pela Universidade Estatal Paulista (UNESP), Campus Rio Claro

++Doutor em Saúde e Ambiente pela Universidade Tiradentes (UNIT)

Departamento de Psicologia Aracaju-SE

+++Doutor em Ciências do Desporto

pela Universidade de Tras-os Montes e Alto Douro (UTAD)

com Validado pela Universidade de São Paulo (USP)

Pós-Doutorado em Biodinâmica do Movimento Humano pela UTAD

Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)

Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas

sobre Lutas e Esportes de Combate (NEPLEC/UFPA)

++++Professor Adjunto da UEPA

Professor Titular do IFPA campus Tucuruí-PA

Doutor em Ciências pela Universidade Federal

do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas

sobre Lutas e Esportes de Combate (NEPLEC/UFPA)

Docente do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde

na Educação Física Escolar pela UEPA, Campus XIII Tucuruí-PA

Docente do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu

em Biologia aplicada a saúde do Instituto Federal do Pará (IFPA)

Docente do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu

Mestrado em Educação Profissional

dos Institutos Federais em Rede Nacional (PROFEPT)

(Brasil)

 

Recepção: 22/01/2022 - Aceitação: 08/09/2023

1ª Revisão: 09/10/2022 - 2ª Revisão: 04/09/2023

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Marcus Eli de Santana Santos, M.E. de S., Campos, I.S.L., Campos, Y.S., Drigo, A.J., Costa, C.F.T., Saraiva, A. dos R., e Pinheiro, C.J.B. (2023). Lutas na Educação Física escolar: diagnóstico sobre o ensino do Jiu-Jitsu no ensino fundamental. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(305), 48-61. https://doi.org/10.46642/efd.v28i305.3352

 

Resumo

    Objetivo: Analisar a inserção do ensino de jiu-jitsu (JJ) no conteúdo lutas da Educação Física escolar (EFE) do ensino fundamental I do município de Tucuruí-PA. Métodos: Pesquisa descritiva de corte transversal realizada com 24 professores de Educação Física da rede municipal, com média de idade de 35,2±7,5 anos, que responderam questionário sobre lutas e a inserção do JJ em suas aulas. Resultados: 100% dos participantes eram licenciados em Educação Física; 91,7% afirmaram utilizar o conteúdo lutas em suas aulas; 96% utilizam as lutas através de práticas recreativas e lúdicas; 87,5% elegeram outras lutas, como a capoeira, judô e luta marajoara, ideais para se trabalhar em escolas; 83,3% não conheciam o JJ; 70,8% não abordam o JJ em suas aulas; e 95,8% demonstraram interesse em participar de uma oficina voltada para o ensino-aprendizado do JJ. Conclusão: A maior parte dos professores entrevistados do ensino fundamental I do município de Tucuruí-PA utiliza o conteúdo lutas em suas aulas de forma recreativa, mas não o JJ, devendo-se ao fato da ausência do conhecimento teórico-prático. Entretanto, a maioria dos entrevistados demonstraram interessem em participar de uma oficina baseada em uma proposta pedagógica para a inserção do ensino do JJ nas aulas de EFE, reforçando a necessidade da capacitação do profissional como o principal agente transformador dessa realidade.

    Unitermos: Educação Física. Escola. Esporte de combate. Capacitação profissional. Jiu-Jitsu.

 

Abstract

    Objective: To analyze the insertion of the teaching of jiu-jitsu (JJ) in the content of struggles of Physical Education in elementary school in the city of Tucuruí-PA. Methods: Descriptive cross-sectional research conducted with 24 Physical Education teachers from the municipal network, with an average age of 35.2±7.5 years, who answered a questionnaire about fights and the insertion of JJ in their classes. Results: 100% of the participants were graduated in Physical Education; 91.7% said they used the fights content in their classes; 96% use fights through recreational and playful practices; 87.5% chose other fights, such as capoeira, judo and marajoara fighting, ideal for working in schools; 83.3% did not know jiu-jitsu; 70.8% do not approach JJ in their classes; and 95.8% showed interest in participating in a workshop focused on teaching and learning JJ. Conclusion: Most teachers interviewed from elementary school I in the city of Tucuruí-PA use the content fights in their classes in a recreational way, but not jiu-jitsu, due to the fact that there is no theoretical-practical knowledge. However, most of the interviewees showed interest in participating in a workshop based on a pedagogical proposal for the insertion of the teaching of JJ in Physical Education classes, reinforcing the need for professional training as the main transforming agent of this reality.

    Keywords: Physical Education. School. Combat sport. Professional training. Jiu-Jitsu.

 

Resumen

    Objetivo: Analizar la inclusión de la enseñanza del jiu-jitsu (JJ) en los contenidos de lucha de la Educación Física escolar (EFE) de la escuela primaria I del municipio de Tucuruí-PA. Métodos: Investigación descriptiva transversal realizada con 24 docentes de Educación Física de la red municipal, con una edad promedio de 35,2±7,5 años, quienes respondieron un cuestionario sobre luchas y la inserción de JJ en sus clases. Resultados: el 100% de los participantes eran licenciados en Educación Física; El 91,7% dijo que utiliza contenidos de lucha en sus clases; el 96% utiliza las peleas a través de prácticas recreativas y lúdicas; el 87,5% optó por otras luchas, como capoeira, judo y lucha de marajoara, ideales para trabajar en las escuelas; el 83,3% no conocía a JJ; el 70,8% no aborda JJ en sus clases; y el 95,8% mostró interés en participar de un taller dirigido a la enseñanza y el aprendizaje en la JJ. Conclusión: La mayoría de los docentes de educación básica entrevistados en el municipio de Tucuruí-PA utilizan el contenido luchas en sus clases de forma recreativa, pero no JJ, por la falta de conocimientos teórico-prácticos. Sin embargo, la mayoría de los entrevistados mostraron interés en participar de un taller basado en una propuesta pedagógica para la inclusión de la enseñanza del JJ en las clases de EFE, reforzando la necesidad de la formación profesional como principal agente transformador de esta realidad.

    Palabras clave: Educación Física. Escuela. Deporte de combate. Capacitación profesional. Jiu-Jitsu.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 305, Oct. (2023)


 

Introdução 

 

    A luta é conhecida desde os tempos remotos como uma ferramenta utilizada para diversos propósitos, tais como: sobrevivência, busca por alimentos, entretenimento, e para fins militares. Na condição de entretenimento, estiveram presentes nos Jogos Olímpicos da Grécia antiga, representadas nas modalidades de palé (wrestling), pugilato e pankration. Já nos circos romanos, a luta representava uma questão de sobrevivência para os gladiadores, no qual indivíduos lutavam entre si até a morte. (Campos, e Gouveia-Júnior, 2020)

 

    O estudo de Mariante-Neto, Vasques, e Nunes Cardoso (2021) que se baseou na teoria de Norbert Elias após um levantamento de estudos sobre lutas de 2010-2020, indicou que o conteúdo de lutas pode ser classificado em cinco categorias: 1) lutas como manifestações da cultura corporal de movimento, 2) processos de transformação, 3) violência, 4) ética/moral, e 5) mídia.

 

    Em tempos atuais, na condição de entretenimento ancorada na figura do espectador, as lutas são destacadas no contexto das práticas esportivas de combate, registre-se que, o vertiginoso crescimento das Artes Marciais Mistas (MMA) também pode ser entendida como um fenômeno associado a comportamentos ligados a violência e também com possibilidade de ser uma atividade lúdica (Campos, e Gouveia-Júnior, 2020; Farias, Wiggers, e Almeida, 2019). Em outro cenário, as lutas não se apresentam apenas como contribuinte para a formação corporal do indivíduo, mas também como agente educacional fundamental na sociedade contemporânea, desde de que seja usada de forma profissional. (Dias, Alencar, e Nunes Filho, 2020; Rodrigues, Paiva, Vieira, e Silva, 2020; Antunes, Rodrigues, e Kirk, 2021; Farias et al., 2019)

 

    Integrada pela Educação Física, as lutas compõem um dos cinco blocos de conteúdo da cultura corporal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil, 1998) e atualmente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (Brasil, 2017). Desta forma, tal conteúdo possibilita abranger diversas modalidades como o judô, a capoeira, o karatê, o jiu-jitsu (JJ), dentre outros (Ferreira, 2006). Entretanto, de acordo com Rufino, e Darido (2013) ainda são recentes as perspectivas de utilização de algumas modalidades de lutas tradicionais como conteúdo nas aulas de educação física escolar (EFE) brasileiras.

 

    Tal constatação reflete as inúmeras circunstâncias que vão da qualificação do professor para atuar com conteúdo lutas, a carência de recursos e materiais apropriados, enfim, limitações que desfavorecem a pratica de lutas nas escolas em geral (Metzner, e Drigo, 2021a; 2021b), o que foi reforçado por Rego, Freitas, e Maia (2011) quando afirmam que são poucos os professores de Educação Física que usam o conteúdo lutas nas aulas de EFE.

 

    E sobre a qualificação do professor, embora, ainda haja controvérsias, pesquisas atuais mostram que houve avanços, necessários e efetivos na formação na área da educação física em nível de licenciatura, pois tanto a regulamentação da profissão, quanto os avanços das Diretrizes Curriculares Nacionais (DNC) mostraram avanços nesta área. (Metzner, e Drigo, 2021a; 2021b).

 

    Um estudo de Borba-Pinheiro et al. (2016) mostrou que os professores de EFE em uma cidade do norte do Brasil, não demonstraram dificuldades de ensino/aprendizagem do conteúdo lutas. Percebe-se que ao especificar determinada modalidade, como o JJ, estes entendem que há necessidade de prática de anos de vivência para atuar no ambiente escolar, porém, a utilização de atividades lúdico-recreativas podem ajudar no desenvolvimento do conteúdo, especialmente nas séries iniciais. (Borba-Pinheiro et al., 2016; Rufino, e Darido, 2013)

 

    A relevância do estudo, além de contribuir com o conteúdo lutas, visa a inserção do JJ através de uma pedagogia educativa, da valorização do outro, seja para o aprendizado de novos movimentos corporais como no endoso àatitudes comportamentais como: o respeito ao próximo. Neste sentido, o JJ como uma arte marcial que merece ter seu conteúdo no bloco das lutas na escola, pode contribuir com mais um agente integrador e contribuidor no desenvolvimento dos alunos. (Jacauna, Laureano, e Duarte, 2015)

    

    Nesta direção, para que a inserção do JJ aconteça na escola, faz-se necessário a capacitação profissional, pois muitos professores não sentem a confiança para ensinar a modalidade (Silva, Silva, e Oliveira, 2019). Assim, como foi verificado em um estudo na rede municipal de ensino de Orleans, SC, onde o JJ não foi ensinado devido ao preconceito dos profissionais (Bazo, e Martins, 2015), reforçando a necessidade de cursos e oficinais de JJ na EFE de forma a contemplar as dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos (Silva, e Silva, 2018). Daí a motivação para pesquisar essa temática, onde surge o problema de estudo: O JJ está inserido no conteúdo lutas da EFE do ensino fundamental do município de Tucuruí-PA?

 

    De acordo com o exposto, o objetivo deste estudo foi analisar a inserção do ensino de jiu-jitsu no conteúdo lutas da EFE do ensino fundamental I do município de Tucuruí-PA.

 

Métodos 

 

Tipo de estudo 

 

    Foi utilizando uma abordagem quantitativa e comparativa que possui características de pesquisa descritiva de corte transversal. (Thomas, Nelson, e Silverman, 2012)

 

Critérios de seleção da amostra 

 

    Os critérios de inclusão foram os seguintes:professores de educação física licenciados de ambos os sexos; atuantes nas unidades de ensino públicas do município de Tucuruí-PA e que atendam ao ensino fundamental I.

 

    Foram excluímos os professores de educação física licenciados de ambos os sexos da zona rural, além dos professores de educação física licenciados que estivessem afastados por com licença de qualquer tipo.

 

    Dessa forma, o questionário foi distribuído para 27 professores elegidos para participação da pesquisa. Destes, 24 retornaram com a avaliação completa e três deles sem responderem o instrumento de forma completa ou parcial, sendo excluídos por descontinuidade na pesquisa. Assim, a amostra foi constituída por 24 professores de Educação Física licenciados de ambos os sexos com média de idade 35,2±7,5 anos.

    

    O estudo foi realizado no período de agosto a novembro de 2019, através de um questionário fechado. O instrumento de avaliação apresentado a seguir é uma versão adaptada de Ferreira (2006) sobre o conteúdo lutas na Educação Física escolar buscando enfatizar o JJ. A versão original e a adaptada para o conteúdo de JJ estão apresentadas no Quadro 1.

 

Quadro 1. Apresenta as versões original de Ferreira (2006) e a adaptada pelos autores

Adaptado de Ferreira (2006) para o JJ

Ferreira (2006)

1.Você é graduado em Educação Física?

A.    Sim

B.    Não

 

2. Você utiliza as lutas em suas aulas de Educação Física?

A.    Sim

B.    Não

 

2.1. Se a resposta for positiva:

A.    Através de práticas recreativas/ lúdicas.

B.    Através da ajuda de um especialista.

C.    Através de vídeos.

D.   Através de aula de campo.

E. Outras alternativas.

 

2.2. Se for negativa:

A.    Não tenho instrução para isso.

B.    A escola não tem condições físicas para tal aula.

C.    Não temos um colaborador que saiba tal tema.

D.   Acho este conteúdo inadequado para a escola.

E.    Outras alternativas.

 

3. Que tipo de luta você acha ideal ser trabalhada na escola?

 

4. Você tem o conhecimento da prática de jiu-jitsu?

 

5. Você já abordou jiu-jitsu na escola? Com que frequência? Quais as dificuldades na abordagem do mesmo?

 

6. Você tem interesse em participar de uma oficina baseada em uma proposta pedagógica para o jiu-jitsu?

A.    Sim

B.    Não

 

1.    Você utiliza as lutas em suas aulas de Educação Física?

 

Se a resposta for positiva:

A.    Através de práticas recreativas/ lúdicas.

B.    Através da ajuda de um especialista.

C.    Através de vídeos.

D.   Através de aula de campo.

E.    Outras alternativas.

 

Se for negativa:

A.    Não tenho instrução para isso.

B.    A escola não tem condições físicas para tal aula.

C.    Não temos um colaborador que saiba tal tema.

D.   Acho este conteúdo inadequado para a escola.

E.    Outras alternativas.

 

2.    Você considera que as lutas são apenas as formas pré-existentes, como Caratê, Boxe, Capoeira ou acha que cabo-de-guerra e braço-de-ferro também são formas de luta?

A. Somente as técnicas pré-existentes podem ser consideradas lutas.

B. Qualquer atividade em que dois oponentes se enfrentem, tentando superar o outro é um tipo de luta.

 

3.Que tipo de luta você acha ideal ser trabalhada na escola?

 

4.É possível trabalhar com lutas na educação infantil?

A. Sim

B. Não

 

5.Você considera que a prática da luta gera violência?

A.    Sim

B.    Não

 

6. Você acha que seus alunos se tornariam mais agressivos ao praticarem lutas?

A.    Sim

B.    Não

Fonte: Adaptado de Ferreira (2006)

 

Ética da pesquisa 

 

    O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Tiradentes (CAAE nº61789316.0.0000.5371) sob o parecer nº 1.940.414 (Brasil, 2016). Todos os participantes obtiveram as informações sobre o estudo e consentiram formalmente a participação, através de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

 

Análise estatística 

 

    Inicialmente foi realizada uma estatística descritiva com medidas de tendência central e dispersão dos dados descritivos da amostra. Posteriormente realizou-se uma estatística inferências não paramétrica com o teste exato de Fisher para as questões de (Sim ou Não) e o teste de Qui-quadrado para as questões com mais de uma alternativa. Foi usado o programa BioEstat 5.0 e o nível de significância adotado foi p<0,05.

 

Resultados 

 

    Os dados descritivos para idade da amostra de professores com valores de média como tendência central 35,2±7,5 anos e dispersão com desvio padrão, o número máximo com 55 anos e mínimo de 25 anos de idade.

 

    A Tabela 1 mostra os resultados para a análise das questões referentes ao instrumento de avaliação usada nesta pesquisa. Todas as questões mostram diferenças p<0,05. A exceção da questão 2.2 que aborda a resposta negativa a questão n° 2.

 

Tabela 1. Apresenta os resultados para a análise das questões

Questões do Questionário

Alternativas/Respostas

Frequência

%

p-valor

Questão 1

Sim

24

100

<0,001

Não

0

0

Questão 2

Sim

22

91,7

<0,001

Não

2

8,3

Questão 2.1

Lutas Recreativas

20

96

<0,001

Especialista

1

1

Vídeos

1

1

Questão 2.2

Não possui instrução

1

1

1,000

Outras alternativas

1

1

Questão 3

Jiu-Jitsu

3

12,5

<0,001

Outras Lutas

21

87,5

Questão 4

Sim

4

16,7

<0,001

Não

20

83,3

Questão 5

Sim

7

29,2

0,003

Não

17

70,8

Questão 6

Sim

23

95,8

<0,001

Não

1

4,2

Fonte: Dados da pesquisa

 

Discussão 

 

    As respostas dos professores aos questionários, mostrou que todos os profissionais pesquisados (Questão 1), ou seja, 24 (100%; Tabela 1) possuem graduação em Educação Física. Isso confirma que a prática da educação física sob a influência da motricidade, necessita que os professores sejam qualificados, detendo as responsabilidades escolares e pedagógicas indispensáveis ao ambiente escolar. (Miranda-Filho, e Silva, 2019)

 

    Relacionado a utilização das lutas em aulas de EFE, dos 24 professores questionados, 22 (91,7%; Tabela 1) afirmaram utilizar o conteúdo em suas aulas. Através destas respostas, nota-se o compromisso dos professores com respeito ao planejamento e ao educando, oferecendo a oportunidade de vivenciar práticas corporais diferenciadas como a luta; possibilitando a vivencia de movimentos novos e enriquecimento a sua cultura corporal. O que também foi mostrado no estudo de Borba-Pinheiro et al. (2016) com professores do mesmo município da presente pesquisa, reforçando tal compromisso com os PCNs e BNCC com os conteúdos de lutas na EFE.

 

    Dentre os professores que responderam de forma positiva, 20 (96%; Tabela 1), ou seja, que usam nas aulas de lutas, práticas recreativas e lúdicas; 01 (1%) empregam a ajuda de especialistas, e 01 (1%) usam vídeos como recurso metodológico. Nota-se que, grande parte dos professores utiliza as lutas de forma recreativa e lúdica, que é considerada uma forma estratégica potencial para trabalhar lutas na escola de ensino fundamental (Farias et al., 2019). O que também foi evidenciado no estudo de Borba-Pinheiro et al. (2016) em favor das atividades lúdicas e recreativas, pois brincar de luta ajuda no desenvolvimento das crianças, exigindo o físico e esforço cognitivo, além de aumento da autoestima, autocontrole e autodeterminação. (Ferreira, 2006)

 

    Aos professores que responderam de forma negativa, afirmaram que o motivo de não utilizarem as práticas das lutas foram: 01 (1%) não possui instrução e 01 (1%) respondeu outras alternativas não informadas. Mesmo sendo um número pequeno de profissionais que não possui a capacidade de ministrar o conteúdo de lutas, fica claro que ainda existem dificuldades e ou limitações para o desenvolvimento deste na escola. Portanto, é válido que o professor busque transpor barreiras, entendendo que a EFE como interdisciplinaridade deve ir além do componente curricular. (Rodrigues, e Antunes, 2019; Antunes et al., 2021; Moura, Silva Junior, Araujo, Sousa, e Parente, 2019)

 

    O que é reforçado por Cisne et al. (2022) quando afirma que, apesar das mudanças propostas nas últimas décadas referente ao entendimento do conteúdo de lutas na escola, ainda há limitações acerca da temática sobre lutas na formação inicial, devido à ausência nas matrizes curriculares ou mesmo pela abordagem insuficiente.

 

    Sobre as questões específicas do objeto da pesquisa, na Questão 3, quando os docentes foram consultados sobre o tipo de luta ideal para se trabalhar na escola, apenas 03 (12,5%) elegeu o JJ, enquanto, 21 (87,5%; Tabela 2) elegeram outras lutas como a capoeira, o judô e luta marajoara. Importa ressaltar, que o JJ deve ser incluído no conteúdo, pois é sustentado pelos PCN's quando tratado como produção da cultura corporal, possuindo uma pedagogia de ensino que pode ser educativa. (Jacauna et al., 2015)

 

    Acerca do conhecimento da prática do JJ a Questão 4, mostra que 4 (16,7%) dos entrevistados conhecem o JJ e 20 (83,3%; Tabela 1) não conhecem. Mesmo esta modalidade tendo ganhado popularidade, percebe-se que o JJ, ainda não está sendo pensado como conteúdo nas aulas de EFE. (Rufino, e Darido, 2013)

 

    Entretanto, Cavazani et al. (2016) em estudo sobre judô infantil afirma que o jogo consiste em um conjunto de procedimentos pedagógicos metodológico e didático, que busca gerir e garantir os objetivos do processo de ensino, vivência e aprendizagem do Judô, por meio da observação das relações que se estabelecem entre os personagens, o contexto, as finalidades e os significados do esporte. Nesta perspectiva é possível de forma análoga, associar este estudo as possibilidades de ensino do JJ da educação das séries iniciais.

 

    Na presente pesquisa, identificou-se que alguns professores 07 (29,2%; Tabela 1) mesmo não possuindo conhecimento específico sobre o JJ, fizeram uma abordagem desta luta em suas aulas; e 17 (70,8%) afirmam que não abordaram, o que é corroborado pelo estudo de Rego et al. (2011), pois também identificaram que a maioria dos professores não cumpriam o conteúdo de lutas nas aulas de EFE, isto é, dos professores pesquisados, 07 (38,9%) utilizavam as lutas e 11 (61,1%) não utilizam como conteúdo no ensino.

 

    O JJ é uma modalidade de boa aceitação a partir do momento em que a compreendemos como conteúdo pertencente à esfera da cultura corporal, sendo assim, é papel do professor aprender e apreender o JJ nas lutas, com estratégias na medida que, o possibilite abordá-lo (Rufino, e Darido, 2013), e com isso, pode ser abordado no ambiente escolar com atividades lúdicas, jogos e pré-desportivas relacionadas às lutas. (Dias et al., 2020; Farias et al., 2019)

 

    Perguntou-se se os entrevistados possuíam interesse em participar de uma oficina pedagógica para o ensino do JJ no ensino fundamental I. Deste total, 23 (95,8%) disseram ter interesse na oficina e apenas 1 (4,2%) disse não ter interesse. Nesse sentido, a capacitação profissional do professor de Educação Física é um fator importante para o ensino-aprendizagem do JJ na escola (Silva et al., 2019) oportunizando a todos os alunos potencializar suas habilidades e capacidades físicas (Brasil, 1998). Assim, o JJ também pode melhorar capacidades e habilidades físicas como: ao equilíbrio, força, coordenação motora, além de reforçar comportamentos de respeito mútuo (Ferreira et al., 2022; Silva et al., 2019), buscando também, adaptar os conteúdos das lutas a cultura local e nacional, sem desrespeitar a tradição original. (Ferreira, 2020)

 

    Nesta perspectiva, a formação profissional em licenciatura nos cursos de Educação Física, precisam ter maior atenção sobre essa importante questão que envolvem, entre outras variáveis: as propostas pedagógicas, métodos de ensino e conteúdo, neste caso, para as lutas, artes marciais e esportes de combate, pois existem estudos e recomendações na literatura científica que contribuem para o debate e para as práticas da sala de aula (Cisne et al., 2022; Antunes et al., 2021; Moura et al., 2019; Rego et al., 2011; Rodrigues, e Antunes, 2019) e pelos documentos oficias da educação brasileira PCNs, BNCC e as DCN (Brasil, 2017), pois a mudança de comportamento profissional, deve partir da formação para a atuação, e neste caso da inserção do JJ no conteúdo da disciplina de lutas nas instituições de ensino superior. (Borba-Pinheiro et al. 2016; Miranda-Filho, e Silva, 2019; Ferreira, 2019; Metzner, e Drigo, 2021a, 2021b)

 

    Contudo, entende-se que o conteúdo de lutas no contexto escolar, que envolve o JJ, pode ser um potencial aliado ao desenvolvimento de capacidades e habilidades motoras, bem como no equilíbrio do comportamento físico, social e emocional dos alunos (Dias et al., 2020; Rodrigues et al., 2020). Neste sentido, é necessário que seja cumprido os conteúdos das artes marciais e esportes de combate com assuntos teórico e prático, que gere discussão para debates e reflexões, entre eles: história, filosofia, princípios e é claro da prática, usando atividades lúdicas como estratégia, especialmente, nas séries iniciais (Farias et al., 2019; Cavazani et al., 2016; Corrêa, Silva, Pimenta, e Drigo, 2016; Antunes et al., 2021; Moura et al., 2019; Rego et al., 2011), alinhado com os documentos educacionais do Brasil, como os PCNs, BNCC e as DCN. (Brasil, 2017; Metzner, e Drigo, 2021a,b; Dias et al., 2020; Rodrigues et al., 2020)

 

Conclusão 

 

    Diante da análise apresentada, conclui-se que a maior parte dos professores entrevistados do ensino fundamental I do município de Tucuruí-PA utiliza o conteúdo lutas em suas aulas de forma recreativa, e uma menor parte não utilizam por acreditarem não possuir instrução para a aplicação da modalidade.

 

    Percebe-se que o JJ não é ensinado nas escolas de ensino fundamental I do município de Tucuruí, devendo-se ao fato da ausência do conhecimento teórico-prático, apesar de ser uma modalidade de luta com berço no Pará. Vale ressaltar que todos os professores tiveram vivências em lutas na formação acadêmica, mesmo que superficial, o conteúdo fora apreendido.

 

    Por meio dos achados, identificou-se que houve a explanação do JJ nas aulas como conteúdo em forma de vídeos, textos e pesquisas na internet. Porém, a maior parte absteve-se do ensino ou apresentação do JJ aos educandos. Obstando estes dos aprendizados que poderiam ser adquiridos com a prática do JJ.

 

    Por fim, todos os entrevistados demonstraram interessem em participar de uma oficina baseada em uma proposta pedagógica para a inserção do ensino do JJ nas aulas de EFE. Reforçando a necessidade da capacitação do profissional como o principal agente transformador dessa realidade.

 

Limitações e recomendações 

 

    A presente pesquisa tem como limitações o pequeno n-amostral para um estudo de corte transversal e também o fato do instrumento de avaliação ser uma adaptação de um contexto maior do conteúdo de lutas na escola para um conteúdo específico, que é o JJ. Dessa forma, recomenda-se novos estudos que possam contemplar estas questões. Ainda como sugestão para trabalhos futuros, considera-se importante a realização de uma pesquisa de campo após a aplicação de uma oficina teórico-prática, afim de verificar mudanças físicas, cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais dos alunos.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 305, Oct. (2023)