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ISSN 1514-3465

 

Perfil dos coordenadores de ações esportivas do Instituto Federal do Paraná

Profile of Coordenators of Sports Actions of Federal Institute of Paraná

Perfil de los coordinadores de actividades deportivas del Instituto Federal de Paraná

 

Andréia Paula Basei*
andreiabasei@yahoo.com.br
Matheus Amaral de Souza**
matheusamaraldesousa@gmail.com

*Doutora em Educação pelo Programa

de Pós-Graduação em Educação

da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Docente do Departamento de Ciências do Movimento

da Universidade Estadual de Maringá

Campus Regional do Vale do Ivaí (DMO/UEM/CRV)
**Graduado em Licenciatura em Educação Física

pelo Departamento de Ciências do Movimento

da Universidade Estadual de Maringá

Campus Regional do Vale do Ivaí (DMO/UEM/CRV)

(Brasil)

 

Recepção: 10/11/2021 - Aceitação: 07/04/2022

1ª Revisão: 31/03/2022 - 2ª Revisão: 03/04/2022

 

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Citação sugerida: Basei, A.P., e Sousa, M.A. de (2022). Perfil dos coordenadores de ações esportivas do Instituto Federal do Paraná. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(288), 80-96. https://doi.org/10.46642/efd.v27i288.3252

 

Resumo

    Esta pesquisa qualitativa e descritiva teve como objetivo analisar o perfil dos coordenadores de ações esportivas do Instituto Federal do Paraná (IFPR) no desenvolvimento de ações para toda comunidade institucional. As fontes de informações foram o currículo Lattes e uma entrevista semiestruturada com os quatro coordenadores atuantes no cargo no período de 2010 a 2021, analisadas mediante a análise de conteúdo. Os coordenadores possuem um papel fundamental na gestão das ações e o perfil destes não possui características únicas, tampouco relacionado com a formação e atuação específica na área do esporte ou da gestão. Os profissionais, figuras essenciais para o desenvolvimento do esporte, precisam dispor de conhecimentos, competências, habilidades e experiências para potencializar suas ações.

    Unitermos: Gestão do esporte. Perfil profissional. Instituto Federal do Paraná.

 

Abstract

    The objective of this qualitative and descriptive research is to analyze the profile of coordinators of sports activities of Federal Institute of Paraná (IFPR) not development of activities for all institutional communities. As sources of information form or curriculum lattes and a semi-structured interview with the four coordinators that do not charge for the period from 2010 to 2021, analyzed by means of a content analysis. The coordinators have a fundamental role in the management of actions and profiles that do not have unique characteristics, also related to training and specific intervention in the area of ​​sport or management. You are professionals, essential figures for the development of sport, you need knowledge, skills, abilities and experiences to enhance your actions.

    Keywords: Management of sports. Professional profile. Federal Institute of Paraná.

 

Resumen

    Esta investigación cualitativa y descriptiva tuvo como objetivo analizar el perfil de los coordinadores de acciones deportivas del Instituto Federal de Paraná (IFPR) en el desarrollo de acciones para toda la comunidad institucional. Las fuentes de información fueron el currículo Lattes y una entrevista semiestructurada a los cuatro coordinadores que trabajan en el cargo desde el 2010 hasta el 2021, analizados a través del análisis de contenido. Los coordinadores tienen un papel fundamental en la gestión de acciones y su perfil no tiene características únicas, ni está relacionado con la formación y desempeño específico en el ámbito del deporte o la gestión. Los profesionales, figuras imprescindibles para el desarrollo del deporte, necesitan tener conocimientos, habilidades, capacidades y experiencias para potenciar su actuación.

    Palabras clave: Gestión deportiva. Perfil profesional. Instituto Federal de Paraná.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 288, May. (2022)


 

Introdução 

 

    Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foram instituídos a partir da Lei n. 11.892, de 29 de dezembro de 2008, como instituições especializadas na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, sejam elas: educação superior, básica e profissional. (Brasil, 2008)

 

    No ato de criação, foram implantadas 38 unidades distribuídas nos diversos estados brasileiros. O estado do Paraná foi contemplado conforme consta no Art. 5°, inciso XXV com o “Instituto Federal do Paraná, mediante transformação da Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná”. No que se refere à estruturação a referida Lei dispõe em seu Art. 9° que “Cada Instituto Federal é organizado em estrutura multicampi com proposta orçamentária anual para cada campus e a reitoria, exceto no que diz respeito a pessoal, encargos sociais e benefícios aos servidores” (Brasil, 2008). No Paraná, atualmente, o Instituto Federal conta com 25 campi distribuídos em todas as regiões do estado.

 

    Os Institutos Federais possuem como missão a promoção da educação profissional, científica e tecnológica, pública, gratuita e de excelência, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão, visando à formação integral de cidadãos críticos, empreendedores, comprometidos com a sustentabilidade e com o desenvolvimento local, regional e nacional, abrangendo todos os níveis e modalidades de ensino. (Brasil, 2008)

 

    Neste contexto, a atuação dos profissionais nos IFs compreende o desenvolvimento de inúmeras ações de ensino, pesquisa e extensão, ou mesmo relacionadas aos aspectos culturais, sociais, esportivos e de lazer. Especificamente no âmbito do esporte e lazer, na esfera estadual, foi criada a Coordenadoria de Ações Esportivas, cuja missão é “desenvolver atividades e ações através da participação permanente de técnicos e da comunidade em geral visando a melhoria do lazer e da qualidade de vida das comunidades relacionadas ao IFPR” (IFPR, 2021). São objetivos desta Coordenadoria: a) otimizar espaços para o desenvolvimento científico do Esporte, lazer e qualidade de vida; b) oferecer local apropriado para capacitação de recursos humanos; c) trazer a iniciativa privada como parceria no gerenciamento destes espaços, arrecadando novos recursos para o desenvolvimento do Esporte, Lazer e qualidade de vida (IFPR, 2021). O responsável por esta Coordenadoria é o coordenador de ações esportivas, para o qual é designado um representante em nível estadual.

 

    O profissional atuante no cargo de coordenador exerce uma atividade muito importante para o desenvolvimento do esporte, uma vez que, a

    [...] gestão do esporte concerne à organização e direção racional e sistemática de atividades esportivas e físicas em geral e/ou de entidades e grupos que fazem acontecer estas atividades quer orientadas para competições de alto nível ou participação popular ocasional ou regular, e práticas de lazer e de saúde. (Nolasco et al., 2005, p. 760)

    Como destacam Amaral, e Bastos (2015), no Brasil, se conhece pouco sobre quem é o gestor esportivo. Partindo dessa premissa, destaca-se que, embora existam estudos que analisam o perfil dos gestores esportivos em seus diferentes espaços profissionais, a atuação nas especificidades do contexto desta pesquisa, a produção acadêmica é ínfima.

 

    Assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar o perfil dos coordenadores de ações esportivas do Instituto Federal do Paraná (IFPR) no desenvolvimento de ações de esporte e de lazer para toda comunidade institucional. Conhecer o perfil destes profissionais contribui para que a instituição invista no desenvolvimento profissional de modo a qualificar as ações nas esferas de atuação, oportunizando que o profissional possa aprimorar continuamente seus conhecimentos e potencializar as suas ações as quais impactam diretamente na efetividade, eficiência e eficácia das ações desenvolvidas pelo IFPR.

 

Metodologia 

 

    A pesquisa com abordagem qualitativa do tipo descritiva foi realizada por meio da pesquisa documental e empírica. Como participantes foram conscritos quatro profissionais que ocuparam o cargo de coordenador de ações esportivas no período de 2010 a 2021. Atendendo aos princípios éticos para preservar a identidade dos participantes eles são apresentados neste estudo como CAE1, CAE2, CAE3 e CAE4.

 

    A análise documental teve como fonte de informações o currículo de cada participante do estudo disponível na Plataforma Lattes, desenvolvida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Os parâmetros apurados em cada currículo Lattes foram: formação acadêmica, titulação, experiência profissional antes do ingresso no IFPR, ano de ingresso no IFPR, tempo de atuação no cargo de coordenador de ações esportivas. Embora as informações apresentadas no currículo Lattes se configurem como uma fonte relevante para pesquisa, destaca-se que, as mesmas são de responsabilidade individual e, eventualmente, os participantes podem não cadastrar ou apresentar todas as atividades profissionais desenvolvidas.

 

    Conforme Perucchi, e Mueller (2017, p. 119) a importância de analisar currículos Lattes reside no fato que é “uma das técnicas mais usuais para se conhecer dados referentes à formação, à atuação profissional e às atividades científicas, técnicas e de inovação de cada pesquisador”. A análise permitiu relacionar estas informações com as especificidades de atuação no cargo de coordenador de ações esportivas na Instituição.

 

    Os dados empíricos foram obtidos com a realização de uma entrevista semiestruturada. A entrevista foi agendada previamente mediante apresentação do objetivo do estudo, aceitação em participar da investigação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme estabelecido pelo Comitê de Ética em pesquisa. As entrevistas foram realizadas no primeiro semestre de 2020, de forma remota, individualmente, utilizando-se a plataforma Google Meet, permitindo a interação síncrona com os participantes, bem como a gravação da interlocução. Posteriormente, as entrevistas foram transcritas na íntegra.

 

    Os dados obtidos foram categorizados e analisados com base no método de análise de conteúdo (Bardin, 2011). Efetuou-se este procedimento a partir das três fases do método: a pré-análise, que consistiu na leitura flutuante e preparação do material; a exploração do material, sendo realizado o processo de codificação das informações, por meio de classificação e agregação do conteúdo; e o tratamento dos resultados e interpretações acerca das inferências e análise dos resultados obtidos na pesquisa (Bardin, 2011). A análise de conteúdos categorial, que corresponde ao conjunto de elementos com título genérico, por meio do agrupamento de informações com características comuns (Bardin, 2011), originou as seguintes categorias: a) perfil dos participantes; b) formas de ingresso no cargo de coordenador de ações esportivas e tempo de atuação; c) autonomia dos coordenadores para exercer suas ações.

 

Resultados e discussão 

 

Perfil dos participantes 

 

    A caracterização dos coordenadores das ações esportivas na Instituição torna-se importante para a compreensão das percepções dos participantes sobre todo o processo de gestão do esporte na Instituição, bem como em relação ao papel desempenhado por eles. Para esta caracterização, foram utilizadas informações coletadas nas duas fontes de pesquisa, ou seja, currículos e entrevistas.

 

    O primeiro aspecto identificado com relação ao perfil destes profissionais é que ingressaram no IFPR por meio de concurso público para o cargo de docente, com exceção do CAE4, cuja admissão foi como técnico administrativo. Esta constatação denota que, como na maioria das instituições de ensino superior, na educação profissional e tecnológica - que atualmente também abarca curso de ensino superior e de pós-graduação -, os docentes desenvolvem atividades que ultrapassam o ensino, a pesquisa e a extensão, figurando também, no âmbito das atividades administrativas.

 

    A cumulação de tarefas, funções e cargos de forma concomitante a desafiadora função docente, exige dos professores a intensificação do trabalho. Este fato vai ao encontro das constatações de Broch et al. (2020), em estudo realizado com professores de Educação Física que atuam no ensino superior, em que o acúmulo de funções (ensino, pesquisa, extensão e administração), pode apresentar prejuízos para o exercício profissional, independente do vínculo ser no setor público ou privado.

 

    Esta característica é retratada na entrevista realizada com os coordenadores. O trecho da fala do CAE3 é muito representativo:

    [...] eu não eu não pude abrir mão das aulas, fazia 20 horas aula no campus, e o restante lá na coordenação no campus sede, você não consegue resumir as atividades a 20 horas. Daí você tira esse horário do teu tempo pessoal. Então, se eu tiver que participar da coordenação, do cargo na reitoria, estar em dois lugares, tocando aula, projeto de extensão e atendimento ao aluno, o preparo das aulas, não dá para fazer coordenação. Pra fazer um negócio bem feito, se eu tiver que fazer jogos, vai ser assim, ou eu organizo isso, ou ficarei só em sala de aula e tocando que eu tenho que ter feito no campus, [...] eu fico na reitoria ou fico na sala de aula, não tem condições. (CAE3)

    Barbosa, e Medeiros Neta (2018, p. 27) também falam dos tensionamentos presentes na carreira dos docentes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica,

    Sabe-se que a docência é uma atividade complexa e o professor necessita de preparo para atuar em todas as dimensões de ensino. Porém, sabe-se que o professor dos IF, principalmente os que são engenheiros, bacharéis ou tecnólogos são os que mais sofrem diante da transitividade, pois grande parte deles não possuem formação pedagógica e isso, em certa medida, gera dificuldades em sua prática em sala de aula. Além desses professores, engenheiros, bacharéis e tecnólogos, as dificuldades também são vivenciadas por outros docentes que percorrem esses diferentes níveis e modalidades de ensino, tendo em vista que essa dificuldade é decorrente da necessidade de que esses professores sejam dotados de múltiplos saberes.

    A essa multiplicidade de saberes ligados a docência, ainda precisam ser agregadas funções administrativas e de gestão que são exercidas pelos docentes, tal qual ocorre com os participantes desta pesquisa. Embora para muitos cargos e/ou funções exista a redução de carga horária letiva, não se trata apenas de disponibilidade de tempo, mas do desenvolvimento de conhecimentos, competências e habilidades específicas para aquela função.

 

    Para além, a formação destes profissionais refere-se a uma área do conhecimento específica como exposto no Quadro 1. Esta formação, seja ela inicial ou continuada por meio dos cursos de pós-graduação, muitas vezes, não compreende conhecimentos administrativos e de gestão com os quais devem cotidianamente atuar. Para Campos Izquierdo et al. (2007) a existência de outros profissionais que executam funções relacionadas a gestão do esporte pode indicar uma falta de lógica entre a formação e a função que se executa.

 

    Neste entremear, é importante ressaltar que não se trata apenas de conhecimentos amplos nestas áreas, mas que estes devem ser atrelados às especificidades do cargo para o qual foram designados, ou seja, ações na área de esportes, lazer e qualidade de vida de toda a comunidade institucional. Para Karnas (2010) ter formação somente relacionada à área da atividade física não é o bastante, então o profissional terá que se especializar em áreas da gestão para que ele possa obter conhecimento específico.

 

    Ressalta-se que a atuação nesta área da gestão esportiva relaciona-se com a própria definição do termo, pois conforme Nolasco et al. (2005, p. 760) a gestão esportiva e,

    [...] um corpo de conhecimentos interdisciplinares que se relaciona com a direção, liderança e organização do esporte, incluindo dimensões comportamentais, ética, marketing, comunicação, finanças, economia, negócios em contextos sociais, legislação e preparação profissional.

    Corrobora com este entendimento os apontamentos de Azevêdo (2021, p. 18) sobre os fundamentos para a atuação em cargos de gestão do esporte: “(a) a formação e qualificação profissional; (b) preparação para agir com liderança; (c) saber utilizar os recursos necessários; e (d) atuar sempre maneira profissional”.

 

Quadro 1. Caracterização dos participantes

Coordenador

Idade

Sexo

Formação

CAE1

61

Masculino

Graduação em Desenho - 1984 (PUCPR), Graduação em Educação Física - 1985 (UFPR), Especialização em Magistério Superior - 1992 (UTP), Especialização em Educação a Distância - 2001 (UFPR), Especialização em Qualidade de Vida e Atividade Física - 2003 (UFPR), Especialização em Educação Ciência e Tecnologia - 2008 (UTFPR), Mestrado Profissional em Tecnologia - 2011 (UTFPR), Doutorado em Engenharia da Produção - 2017 (UNIMEP).

CAE2

58

Feminino

Graduação em Educação Física - 1983 (FEFI), Especialização em Ginástica Rítmica - 2002 (UNOPAR) Mestrado em Educação Física - 2011 (UEM/UEL).

CAE3

48

Masculino

Graduação em Tecnólogo em Processamento de Dados – 1993 (SPEI) e Mestrado em Informática – 1999 (PUCPR).

CAE4

38

Masculino

Graduação em Comércio Exterior – 2001 (POSITIVO), Especialização em Desenvolvimento Regional – 2011 (UFPR) e Mestrado em Educação Física – 2017 (UFPR).

Fonte: Elaboração dos autores (2021)

 

    Considerando as características apresentadas no Quadro 1, nota-se a predominância de ocupação do cargo por profissionais do sexo masculino. Conforme Amaral, e Bastos (2016), no Brasil é comum encontrar um maior número de profissionais do sexo masculino ocupando os cargos de liderança no campo da gestão esportiva. Embora se trata de uma tendência, enfatiza-se que o sexo dos profissionais não pode ser fator decisório para ocupar determinado cargo, mas sim, a formação e qualificação deste para exercer com excelência as suas funções.

    Por formação, entende-se a preparação básica, englobando princípios (origem), fundamentos (justificativas) e treinamento prático inicial. Já a qualificação é caracterizada como ampliação de experiências e, essencialmente, o aprimoramento de conhecimentos, que objetivam a expansão do desempenho profissional. (Azevêdo, 2021, p. 19)

    No que se refere a formação inicial nota-se que os gestores CAE1 e CAE2 são formados em educação física. Quanto aos cursos de pós-graduação, lato e stricto sensu apenas o gestor CAE3 não possui cursos vinculados a área da educação física. Cabe notar, ainda, que apenas a gestora CAE2 possui toda a trajetória de formação profissional ligada a área da educação física. Ao analisar o percurso formativo dos gestores, compartilha-se do entendimento de Santos et al. (2019, p. 180) de que,

    A gestão do esporte contempla conhecimento, visão e tomada de decisão para planejar, elaborar e avaliar, tanto as organizações como as atividades esportivas que são gerenciadas, sendo que para que isso aconteça, de maneira efetiva,é recomendável conhecer a realidade em questão, no caso, as características e particularidades de atividades e serviços esportivos.

    No Quadro 2 foram sistematizados os dados referentes a atuação no IFPR e o período correspondente a atuação no cargo de coordenador de ações esportivas.

 

Quadro 2. Atuação no IFPR

Coordenador

Atuação no IFPR

Período de atuação no cargo

CAE1

2008 - …

2008 - 2014

CAE2

2013 - …

2015 - 2016

CAE3

2010 - …

2016 - 2018

CAE4

2009 - …

2018 - …

Fonte: Elaboração dos autores (2021)

 

    Todos os profissionais continuam atuando na Instituição no recorte temporal desta pesquisa, sendo que a maioria deles já possui vínculo superior ou próximo há dez anos. Este fato demonstra que ao ingressar na Instituição por meio de concurso público os docentes vislumbram o desenvolvimento profissional e de sua carreira dadas as possibilidades oferecidas.

 

    Conforme Barbosa e Medeiros Neta (2018, p. 27),

    [...] a Lei que estrutura a carreira docente do IF equipara, em certa medida, os professores da carreira EBTT com os de Magistério Superior, somado a isso, constata-se, também, que a referida carreira oportuniza os professores ascenderem profissionalmente, tendo em vista que estes são estimulados à qualificação profissional (mestrado e doutorado) e dispõe de estruturas que fomentam a participação na pesquisa e na extensão.

    Corroborando com os apontamentos das autoras, cabe observar o fato de que a maioria dos participantes da pesquisa realizou cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) após o ingresso no IFPR relacionados a área da formação inicial.

 

    No que se refere ao tempo de atuação no cargo de coordenador de ações esportivas nota-se que não existe um período pré-determinado por normas institucionais. Sendo que o CAE1 permaneceu no cargo por um período de 7 anos, o CAE 2 por 2 anos, o CAE3 por 3 anos e, o CAE4 está no seu quarto ano de atuação no cargo. Pode-se inferir que esta diferenciação de tempo possui relação com a forma de ingresso no cargo, discutida na próxima categoria de análise, onde fica ainda mais evidente a disposição, por parte dos coordenadores, de um capital político e simbólico que os colocam em posições de destaque no campo esportivo na Instituição.

 

    Para além da formação acadêmica, buscou-se também no Currículo Lattes de cada um dos coordenadores a formação complementar e atuação profissional, no intuito de relacionar estas atividades com o exercício do cargo de coordenador de ações esportivas. As informações encontradas são sintetizadas no Quadro 3. Importante ressaltar que a inserção do currículo na Plataforma Lattes e a sua atualização constante são de responsabilidade individual, logo, pode configurar-se como uma limitação da pesquisa, tendo em vista o cadastramento de todas as atividades exercidas pelos participantes do estudo, embora todos os documentos apresentem data de atualização no ano de 2020 ou 2021.

 

Quadro 3. Formação complementar e atuação profissional

Coordenador

CAE1

Formação complementar

Participação em eventos científicos vinculados a área de formação inicial.

Atuação profissional

Docente - Secretaria de Educação do Estado do Paraná (1980-1985); Prefeitura Municipal de Araucária (1986-1989); Universidade Tecnológica Federal do Paraná (1989-1992); Universidade Federal do Paraná (1992-2008); Instituto Federal do Paraná (2008-…)

Coordenador

CAE2

Formação complementar

Participação em eventos científicos vinculados a área de formação inicial.

Atuação profissional

Programador de microcomputador - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (1992-1993); Analista de sistemas - Digidata Consultoria e Serviços de Processamento de Dados (1993-2010); Docente - Centro Universitário Campos de Andrade (2000-2010); Centro de Estudos Superiores Positivo (2010); Instituto Federal do Paraná (2010-…)

Coordenador

CAE3

Formação complementar

Cursos de curta duração em técnico em Desportos Ginástica Rítmica e Voleibol; Cursos de Arbitragem em Ginástica Rítmica; Dança; Participação em eventos científicos vinculados a área de formação inicial; Participação em eventos esportivos como técnico de equipe e arbitragem.

Atuação profissional

Docente: Faculdade de Educação Física do Norte do Paraná (1985-1986); Centro Universitário Filadélfia (2006-2013); Universidade Estadual de Londrina (1997-1998; 2006-2011); Instituto Federal do Paraná (2013-…)

Técnico esportivo: Faculdade de Educação Física do Norte do Paraná (1985-1987); Fundação de Esporte do Paraná (1987); Colégio Nossa Senhora de Lourdes (1987; 1991); Autarquia Municipal de Esportes e Turismo (1985-1987); Prefeitura Municipal de Arapongas (1989); Londrina Country Club (1990-1993); Associação dos Funcionários da Viação Garcia (1990-1994); Prefeitura Municipal de Cambé (1990); Fundação de Esportes de Londrina (2003-2005); Associação Atlética do Banco do Brasil (1987-1989; 1996-1997; 1999-2008)

Direção e administração: Secretária da Federação Paranaense de Ginástica (1988-1990)

Coordenador

CAE4

Formação complementar

Participação em eventos esportivos (JIFPR)

Participação em cursos de curta duração e eventos sobre planejamento e desenvolvimento institucional.

Atuação profissional

Vendedor: Trends Import (2001)

Estagiário: Service Bank Serviços Tecnológicos e Representações Comerciais (2003-2004)

Inspetor: Serviço de Inspeção Federal (2007-2008)

Analista: Kuhlmann Surveyours & Consultants (2008)

Técnico administrativo: Instituto Federal do Paraná (2009-…); Diretor de Planejamento e Administração do Campus Paranaguá (2009-2014).

Fonte: Elaboração dos autores (2021)

 

    As informações no Quadro 3 corroboram com a discussão dos dados referentes a formação inicial sobre a escassez de conhecimentos específicos sobre a área da gestão do esporte. Existem coordenadores com amplos conhecimentos na área do esporte, outros que se destacam no âmbito administrativo, todavia, em se tratando de gestão do esporte, ao assumir o cargo nenhum dos participantes possuía experiência anterior.

 

    Ao cruzar as informações oriundas da análise do currículo e aquelas obtidas na entrevista, é possível notar, ainda, que a ausência de formação na área do esporte traz certa dificuldade no processo de tomada de decisões. Para ilustrar aponta-se o excerto da entrevista:

    [...] como eu não era da área de educação física eu também não me sentia muito a vontade de tomar umas decisões sozinho, sabe, então tinha sempre o respaldo da professora CAE2, e ela, a gente em consenso achava as soluções [...]. Mas assim, tomar decisões sozinho, dificilmente eu fazia, meu perfil, tomar as coisas sozinhas assim, não, conversava com o pessoal ali, eu gosto muito de falar sobre processos e muitas vezes as soluções não existem, daí você tem que buscar soluções e eu converso, conversa com outro, e daí você não tem uma ideia, eu tenho outras, começa a juntar as ideias e aí acontece, a resposta começa a aparecer (CAE3).

    Ao entender que a gestão do esporte pode ser definida, conforme Mazzei, e Rocco Júnior (2017, p. 98) como “a utilização e aplicação de diferentes conhecimentos oriundos principalmente das Ciências do Esporte e da Administração, no gerenciamento das diferentes atividades e organizações existentes e que envolvem o fenômeno Esporte”, compartilha-se também da compreensão de que “não basta o conhecimento oriundo da Administração para gerir. É preciso conhecer, saber fazer, fazer e refletir sobre o que está sendo gerido”, ou seja, “para gerir algo relacionado com o fenômeno Esporte é preciso conhecer (de preferência profundamente) o universo da prática, da atividade, do serviço ou do produto esportivo em questão”. (Mazzei, e Rocco Júnior, 2017, p. 98)

 

Formas de ingresso no cargo de coordenador de ações esportivas e tempo de atuação 

 

    Dada a ausência de formação específica na área de gestão esportiva e também de experiência profissional em áreas correlatas buscou-se compreender a forma de ingresso no cargo. Foi possível identificar que todos foram convidados/indicados por instâncias superiores ligadas à reitoria. Nenhum outro mecanismo, como eleição, concurso, mérito ou seleção por outros meios foi relatado como critério. Os excertos das entrevistas abaixo evidenciam esta questão.

    Fui convidado em 2008 para assumir essa função em 2009. [...] a princípio eu desenvolvi todo o projeto em abril, maio de 2009 e convidei o professor [...] da área de administração [...] para trabalhar com a gente, fomos nós dois que iniciamos todo processo [...] (CAE1).

 

    Eu fui convidado para assumir a coordenadoria em Curitiba. [...] em 2014, no meu primeiro ano de competição JIFPR. Nas primeiras reuniões de organização de evento, [...] eu senti que eu poderia ajudar na organização dos regulamentos, mesmo enquanto docente eu acabei tendo uma participação mais ativa [...] (CAE2).

 

    [...] 2016 eu já estou com a professora lá no campo da educação física e o que acontece? Eu sou convidada para assumir uma coordenação de eventos esportivos na reitoria (CAE3).

 

    Eu recebi um convite, uma ligação do pró-reitor de ensino me falando da vaga. [...] o pró-reitor de ensino entrou em contato comigo me oferecendo (CAE4).

    Nota-se que a indicação para cargos tem sido algo comum para os gestores e seu entorno, pode ser visto como uma maneira mais rápida para inserir alguém na vaga e dar seguimento aos afazeres. Quinaud (2019) mostra que quem está à frente como um gestor do esporte no Brasil, são pessoas que podem ser um professor, treinador ou até mesmo pessoas com formações em outras áreas a não ser a educação física. Esses profissionais, muitas vezes, pouco capacitados para esse cargo tão importante, são profissionais da educação física que não tiveram o conhecimento da área da administração e também administradores que não possuem conhecimento da área da educação física.

 

    De igual maneira, os estudos de Santos et al. (2019 e Amaral, e Bastos (2015) evidenciam que assim como a formação inicial para exercer cargos de gestor não é bem definida é, também, corriqueira a presença de pessoas vindas das mais diversas áreas, que acabam sendo escolhidas para o cargo tendo como requisito o seu passado esportivo ou por influência político-partidária.

 

    Contrariamente a esta tendência, Azevêdo (2021, p. 18) caracteriza o gestor como “um indivíduo qualificado e dotado de competências para o desenvolvimento de determinadas atividades, para as quais ele recebe remuneração específica”. Para além,

    Espera-se que seja um profissional possuidor de aptidões, habilidades, competências, formação, facilidade de comunicação, vontade de aprender, iniciativa e proatividade (capacidade de antecipar as necessidades), domínio das modernas tecnologias, excelência nas línguas portuguesa e inglesa, além de facilidade de expressão. (Azevêdo, 2021, p. 18)

    As características indicadas são propositoras de algumas indagações ao partir da consideração que o campo esportivo é um cenário de disputas de poder em que estão envolvidos diferentes tipos de capital. Parte-se do entendimento de campo fundamentado em Bourdieu (2011) como espaços estruturados de posições que pode se configurar tanto como um ‘campo de forças’, enquanto uma estrutura que constrange os agentes nele envolvidos, quanto como um ‘campo de lutas’, em que os agentes atuam conforme suas posições relativas no campo de forças, conservando ou transformando a sua estrutura. Destarte, o direito ou a forma de entrada em um campo específico é predisposta pelo reconhecimento dos seus valores fundamentais, pelo conhecimento das regras do jogo e,pela posse do capital específico que define ambas as condições anteriores.

 

    Deste modo, a forma de ingresso no cargo possibilita inferir que os indicados podem dispor de um capital político, ou seja, “[...] uma espécie de capital de reputação, um capital simbólico ligado à maneira de ser conhecido” (Bourdieu, 2011, p. 204) e, simbólico, que é, na verdade, um efeito da distribuição das outras formas de capital em termos de reconhecimento ou de valor social, é “poder atribuído àqueles que obtiveram reconhecimento suficiente para ter condição de impor o reconhecimento” (Bourdieu, 2011, p. 164), que se sobressai perante o capital cultural específico na configuração do subcampo da gestão do esporte no contexto estudado.

 

Autonomia dos coordenadores para exercer suas ações 

 

    Os coordenadores exercem um papel fundamental desde o planejamento até a consolidação das ações esportivas e de lazer na Instituição. De acordo com Cárdenas et al. (2014) é de responsabilidade dos gestores organizar e administrar de uma maneira apropriada tendo como base o que foi planejado, assim, os coordenadores têm o papel de ser responsável pelo desenvolvimento, tanto da organização quanto da execução das ações.

    

    Embora possuam um papel definido na gestão, a autonomia é um aspecto que precisa ser destacado, pois, influencia diretamente nas tomadas de decisões. Nas entrevistas foi possível verificar a percepção dos entrevistados no que se refere a questão.

    [...] na situação de implantação do esporte [...] o meu reitor deu carta branca [...] quando ele saiu, as coisas começaram a piorar. Hoje existe uma limitação orçamentária, a DAES por mais que ela se envolva, existe uma limitação orçamentária, [...]você fica sem concluir o teu trabalho (CAE1).

 

    [...] eu posso te dizer que eu sempre tive total autonomia sobre como conduzir o processo. O que me limitava eram as consequências por uma ausência de recurso [...] era uma consequência daquele momento [...] (CAE2).

 

    [...] tem total autonomia, em relação ao MEC e os outros órgãos assim eles não interferem.É dessa maneira, assim, é participação, de tudo nada é imposto da base, você tem autonomia. [...] mas não tem como trabalhar um lado do aspecto organizacional sem ter outros aspectos amarrados, todos os funcionando em sintonia como uma engrenagem (CAE4).

    Observa-se que os coordenadores dispõem de autonomia, porém, torna-se limitada quando faz referência aos recursos, tudo depende de como está a situação estadual e nacional ligada a Instituição, que mostra ser o ponto principal de toda a organização.

    A autonomia é um conceito relacional pelo que a sua ação se exerce sempre num contexto de interdependência e num sistema de relações. A autonomia é também um conceito que exprime certo grau de relatividade: somos mais, ou menos, autônomos; podemos ser autônomos em relação a umas coisas e não o ser em relação a outras. A autonomia é, por isso, uma maneira de gerir, orientar, as diversas dependências em que os indivíduos e os grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de acordo com as suas próprias leis. (Barroso, 1996, p. 17)

    Para Vieira et al. (2007) os profissionais da área devem ter conhecimento sobre a legislação que deve ter como base para exercer sua profissão. Com o conhecimento das legislações juntamente das leis esportivas e de incentivo fiscal, ele poderá exercer sua autonomia.

 

Conclusões 

 

    O conteúdo deste artigo evidenciou o perfil dos coordenadores de ações esportivas do Instituto Federal do Paraná responsáveis pelo desenvolvimento de ações no âmbito esportivo e de lazer para toda comunidade, especialmente do IFPR, no período de 2010 a 2021.

 

    Os dados analisados indicam que o perfil dos coordenadores não possui características únicas, tampouco está relacionado com formação e atuação específica na área do esporte ou da gestão. A partir dessas constatações, e com respaldo dos estudos de Mazzei, e Rocco Júnior (2017, p. 102), compreende-se que “determinar um único perfil de gestor esportivo seria uma tarefa audaciosa, complexa e até errônea”. Todavia, é primordial, de acordo com os autores, que “o perfil do gestor esportivo deve ser composto de um conhecimento do Esporte unido com um conhecimento da Administração” e que estes profissionais atuem com profissionalismo.

 

    A presença majoritária de gestores de sexo masculino se confirmou neste estudo, como já está evidenciado em outros estudos, assim como, a média de idade de 35 anos no momento que ocupavam o cargo. Cabe salientar, entretanto, que estas características não são apresentadas pelos estudos como fatores determinantes para o desempenho da função.

 

    O estudo desvelou que os coordenadores são indicados para o cargo por órgãos superiores da Instituição, de modo que, não existem critérios ou mecanismos específicos para exercer a função. De igual modo, a diferença no tempo de atuação no cargo evidencia a inexistência de normas e/ou critérios que estabeleçam tempo mínimo ou máximo. As características evidenciadas por esta pesquisa apontam para impactos no perfil dos coordenadores das ações esportivas da instituição, uma vez que, a diversidade na formação profissional pode se refletir na forma de atuação, organização e prioridades para as ações esportivas institucionais. De igual modo, a inexperiência na área esportiva e de gestão requer um período de exploração da área, conhecimento inicial para, posteriormente, planejar as ações e atender as demandas, fato este, que influencia no tempo de desenvolvimento de ações assim como no alcance dos objetivos institucionais.

 

    Finalmente, a pesquisa demonstra que os coordenadores possuem um papel fundamental na gestão das ações relacionadas ao esporte e lazer de toda a comunidade institucional, o qual está atrelado ao compartilhamento de funções com outros setores institucionais para atender as demandas estaduais, especialmente quando se refere a autonomia.

 

    Os resultados desta pesquisa convergem com a literatura sobre a temática e com o contexto vivido nos últimos anos, retratados por Mazzei, e Rocco Júnior (2017, p. 103) referindo-se a tempos de crise como no Brasil, “[...] onde o Esporte é a manifestação mais importante dentre as outras menos importantes, é fundamental uma gestão do esporte criativa, eficiente, que vise práticas socialmente e financeiramente sustentáveis, e ainda com planejamentos em longo prazo”. Para isso, os profissionais na gestão são figuras essenciais para o desenvolvimento do esporte e precisam dispor de conhecimentos, competências, habilidades e experiências para potencializar suas ações.

 

    Para finalizar, aponta-se que as conclusões desta pesquisa estão fundamentadas em dados empíricos de um contexto específico de pesquisa – Instituto Federal do Paraná – e isso pode configurar uma limitação a pesquisa em traçar um perfil geral dos gestores que desempenham esta função em nível nacional. Sendo assim, e tendo em vista a existência de um quantitativo maior de Institutos Federais distribuídos nos diferentes estados brasileiros, acredita-se que pesquisas em outros contextos estaduais, regionais e mesmo nacional, possam contribuir significativamente com o avanço deste campo de estudos.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 288, May. (2022)