ISSN 1514-3465
Alterações na potência anaeróbica de atletas de karatê
decorrentes da aplicação do treinamento intervalado intensivo
Changes in Anaerobic Power of Karate Athletes Resulting from the Application of Intensive Interval Training
Cambios en la potencia anaeróbica de karatecas resultantes de la aplicación del entrenamiento interválico intensivo
Hélio Franklin Rodrigues de Almeida
*helio@unir.br
Leonardo Severo da Luz Neto
**lluz@unir.br
André Ribeiro da Silva
***andreribeiro@unb.br
Jônatas de França Barros
+jonatas@unb.br
Jitone Leônidas Soares++
jleonidas@unb.br
Lucicleia Barreto Queiroz+++
lucyqroz@gmail.com
*Doutor em Ciências da Saúde
Professor vinculado Departamento de Saúde Coletiva
da Universidade Federal de Rondônia
e Programa Avançado de Pesquisa Aplicada
em Ciências da Saúde, Sociais e Humanas
do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar
em Ciências da Saúde, Ambiente, Sociedade e Políticas Públicas
da Faculdade Instituto Rio de Janeiro
e Instituto Universitário do Rio de Janeiro
**Doutor em Ciências da Educação
Professor vinculado a Universidade Federal de Rondônia
***Doutor em Ciências da Saúde
Professor vinculado aos Programas de Pós-graduação
em Ciências do Comportamento e Enfermagem
e Núcleo de Estudos em Educação e Promoção da Saúde
da Universidade de Brasília.
+Doutor em Ciências
Professor vinculado ao Programa de Pós-graduação
em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Professor vinculado ao Centro de Estudos Avançados
e Multidisciplinares da Universidade de Brasília
++Doutor em Ciências da Saúde
Professor vinculado ao Centro de Estudos Avançados
e Multidisciplinares da Universidade de Brasília
+++Doutora em Ciências da Educação
Professora vinculada a Universidade Federal de Rondônia
(Brasil)
Recepção: 06/07/2021 - Aceitação: 31/08/2022
1ª Revisão: 13/07/2022 - 2ª Revisão: 12/08/2022
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Citação sugerida
: Almeida, H.F.R. de, Neto, L.S. da L., Silva, A.R. da, Barros, J. de F., Soares, J.L., e Queiroz, L.B. (2022). Alterações na potência anaeróbica de atletas de karatê decorrentes da aplicação do treinamento intervalado intensivo. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(293), 111-126. https://doi.org/10.46642/efd.v27i293.3095
Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar alterações na potência anaeróbica de atletas de karatê, decorrentes da aplicação do Treinamento Intervalado Intensivo (TII) realizado em hipóxia normobárica voluntária, e em normóxia. A amostra foi composta por 21 karatecas homens, na faixa etária de 19 a 28 anos. Foram formados aleatoriamente dois grupos experimentais (GE), sendo: a) GE-1, composto por 11 sujeitos, que durante seis semanas, nas segundas, quartas e sextas-feiras se submeteram a três sessões de treino com duração de sessenta minutos, cada uma, para a aplicação do TII em hipóxia normobárica voluntária; e b) GE-2, formado por 10 sujeitos, que também se submeteram nos mesmos dias e horários as mesmas sessões de TII do GE-1, apenas com os estímulos físicos sendo executados em normóxia. Ao final do experimento a análise estatística permitiu observar que ambos os grupos de estudo apresentaram diferenças significativas entre todas as variáveis analisadas (Potencia Anaeróbia Absoluta – PAAbs, Potência Anaeróbia Relativa - PARel, e Índice de Fadiga – IF), com significância maior ocorrendo no GE-1 (PAAbs p=0,00; PARel p=0,00; e IF p=0,00), quando comparado ao GE-2 (PAAbs p=0,039; PARel p=0,045; e IF p=0,023). Os valores encontrados neste estudo sugerem que o TII é um método eficiente para a otimização da potência anaeróbica de karatecas e, provavelmente, também de qualquer praticante de outro esporte de combate, ou modalidades esportivas cuja forma processual de desenvolvimento seja, a exemplo do karatê, também acíclica e intermitente.
Unitermos:
Treinamento intervalado intensivo. Treinamento hipóxico. Karatê.
Abstract
The aim of this study was to investigate changes in the anaerobic power of karate athletes, resulting from the application of the Intensive Interval Training (IIT) performed in voluntary normobaric hypoxia, and in normoxia. The sample consisted of 21 male karateka, aged between 19 and 28 years. Two experimental groups (EG) were randomly formed, as follows: a) EG-1, composed of 11 subjects, who for six weeks, on Mondays, Wednesdays and Fridays, underwent three training sessions lasting sixty minutes each one, for the application of IIT in voluntary normobaric hypoxia; and b) EG-2, formed by 10 subjects, who also underwent the same IIT sessions as EG-1 on the same days and times, with only the physical stimuli being performed in normoxia. At the end of the experiment, the statistical analysis allowed us to observe that both study groups showed significant differences between all the analyzed variables (Absolute Anaerobic Power - PAAbs, Relative Anaerobic Power - PARel, and Fatigue Index - IF), with greater significance occurring in the EG-1 (PAAbs p=0.00; PARel p=0.00; and IF p=0.00), when compared to EG-2 (PAAbs p=0.039; PARel p=0.045; and IF p=0.023). The values found in this study suggest that IIT is an efficient method for optimizing the anaerobic power of karateka and, probably, also of any practitioner of other combat sport, or sports whose procedural form of development is, like karate, also acyclic and intermittent.
Keywords
: Intensive interval training. Hypoxic-training. Karate.
Resumen
El objetivo de este estudio fue investigar los cambios en la potencia anaeróbica de los atletas de kárate, resultantes de la aplicación del Entrenamiento Interválico Intensivo (EII) realizado en hipoxia normobárica voluntaria y en normoxia. La muestra estuvo conformada por 21 karatekas varones, con edades comprendidas entre los 19 y 28 años. Se conformaron aleatoriamente dos grupos experimentales (GE): a) GE-1, integrado por 11 sujetos, quienes durante seis semanas, los días lunes, miércoles y viernes, realizaron tres sesiones de entrenamiento de sesenta minutos cada una, para la aplicación de EII en hipoxia normobárica voluntaria; y b) GE-2, formado por 10 sujetos, que también realizaron las mismas sesiones de EII que GE-1 en los mismos días y horarios, realizándose únicamente los estímulos físicos en normoxia. Al final del experimento, el análisis estadístico demostró que ambos grupos de estudio mostraron diferencias significativas entre todas las variables analizadas (Potencia Anaeróbica Absoluta - PAAbs, Potencia Anaeróbica Relativa - PARel e Índice de Fatiga - IF), ocurriendo mayor significancia en el GE-1 (PAAbs p=0,00; PARel p=0,00 e IF p=0,00), en comparación con GE-2 (PAAbs p=0,039; PARel p=0,045 e IF p=0,023). Los valores encontrados en este estudio sugieren que el EII es un método eficiente para optimizar la potencia anaeróbica del karateka y, probablemente, también de cualquier practicante de otros deportes de combate, o modalidades deportivas cuya forma procedimental de desarrollo sea, como el karate, también acíclicos e intermitentes.
Palabras clave
: Entrenamiento interválico intensivo. Entrenamiento hipóxico. Kárate.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 293, Oct. (2022)
Introdução
Sabe-se que a moderna ciência da preparação física de alto rendimento esportivo se alicerça em leis bio-metodológicas, e princípios científicos, que de maneira interdependente, porém interligados, orientam a organização das cargas de treino no tocante a adequada relação entre intensidade, duração, frequência e repetição das mesmas, as quais, segundo Rodrigues de Almeida (2002), atuam no organismo humano como agentes estressores controlados, possibilitando obter no sujeito um estado orgânico-funcional sistêmico otimizado, tornando-o apto a realizar elevadas performances motoras.
Quando observadas as admiráveis performances obtidas por atletas de alto rendimento, torna-se difícil imaginar todos os fatores que contribuíram decisivamente para o sucesso dos mesmos, que muitas vezes são classificados como admiráveis (Rodrigues de Almeida, 2002). Diante desse panorama esportivo, com o homem constantemente buscando superar seus limites, pode-se dizer que a moderna ciência da preparação física nos esportes em geral, não mais comporta somente a fixação em um só método de trabalho, nem a reedição do esquema vitorioso do ano anterior e, menos ainda a improvisação cotidiana típica da ausência de conhecimentos científicos adequados. (Dantas, 1995)
Dessa forma admite-se que num contexto moderno, tendo como objetivo final a otimização da condição orgânica funcional do sujeito, somente um treinamento metodizado em bases científicas e aplicado ao indivíduo mais favorecido geneticamente, pode promover a obtenção das condições ideais para se alcançar um alto nível de performance motora nas atividades esportivas em geral. (Dantas, 1995)
Sobre o assunto, um dos principais recursos metodológicos utilizados na preparação física para modalidades esportivas em geral, e com capacidade para gerar adaptações fisiológicas capazes de facultar altas performances esportivas, é o treinamento intervalado (TI) (Vasconcelos et al., 2020). Tal método pode ser aplicado de forma intensiva ou ostensiva, de acordo com o objetivo da sessão de treino, sendo conceitualmente entendido como qualquer carga de trabalho físico em que exista alternância, sistemática e deliberada, entre períodos de esforço e pausas para recuperação, as quais podem ser completas ou parciais. (Dantas, 1995; Reis de Moura, 1997; Rodrigues de Almeida, 2002)
Em adição ao TI surgiram os métodos adaptativos, dentre os quais o treinamento em hipóxia voluntária normobárica, ou Hipóxic-Training (H-T), que consiste na redução do oxigênio disponível no meio ambiente por hipóxia voluntária, realizando-se o esforço físico em bloqueio ventilatório (apneia), sendo de fácil aplicabilidade uma vez que pode ser realizado em qualquer local e sem a necessidade de equipamentos especiais.
De acordo com Millet (2016), Brocherie, Millet, e Girard (2017), Beard (2018), Brechbuhl (2018), e ainda Millet et al. (2019), este sistema de treino apesar de produzir eventuais desconfortos orgânicos (cefaléia, lipotimia, náuseas, etc.), tem se mostrado eficaz para uma grande variedade de esportes, tantos coletivos (rugby, futebol, basquetebol, futebol australiano, hóquei em campo), como individuais (jiu-jitsu, tênis, ciclismo, atletismo, esqui cross-country), e segundo Brocherie, Girard, Faiss, e Millet (2017) e Brocherie, Millet, D’Hulst, Van Thienen, Deldicque, e Girard (2018), se constitui numa ferramenta para melhorar o desempenho físico em nível do mar, bem mais eficiente do que o treino em normóxia.
Esta metodologia de treinamento diminui a difusão do oxigênio alveolar e consequentemente aumenta os níveis de dióxido de carbono no sangue arterial (hipercapnia), o que minimiza a sua captação em nível tecidual (hipoxemia), podendo assim promover melhorias na capacidade anaeróbica do esportista. (Gatterer, 2019)
Assim, parece fundamental que as cargas de treino, estejam associadas às exigências próprias de cada modalidade desportiva ou prova atlética em treinamento, considerando-se: a) Os parâmetros funcionais cardiopulmonares e neuromusculares intervenientes; b) O sistema energético preponderante; c) Segmento corporal mais utilizado; d) O grupo muscular mais solicitado; e) Coordenações psicomotoras utilizadas; e f) As condições materiais e ambientais de realização da competição.
Neste aspecto, admite-se que as cargas de treino próximas a competições importantes devem ser estritamente dirigidas às suas situações de competição e, que a realização de atividades diferentes das executadas durante a performance esportiva com a finalidade de preparação física, só se justificam se objetivem evitar a saturação psicomotora (Lussac, 2008). Dantas (1995) trata o tema da especificidade das cargas de treino como princípio científico, e afirma que esta se reflete em duas amplas categorias de variáveis fisiológicas: 1) a variável metabólica; e 2) a variável neuromuscular.
Dessa maneira, a lei da especificidade das cargas de trabalho físico indica que além de se desenvolver as funções orgânicas do sujeito considerando os aspectos da competição esportiva que ele irá realizar, deve-se fazê-lo também com o mesmo tipo de atividades que compõem seus fundamentos técnicos e táticos, propiciando, através da aplicação de estímulos específicos, adaptações orgânicas próprias dos requisitos da performance desejada, as quais, por sua vez, propiciarão o aumento do rendimento esportivo nas situações próprias da competição.
Ao analisar detalhadamente o Karatê-Dô Tradicional como esporte de competição, é possível perceber que os aspectos técnicos e táticos que o caracterizam são fundamentalmente de socos, chutes, defesas e esquivas, executados em avanço ou recuo, e que, as lutas se definem quase sempre no primeiro minuto de combate, exigindo do praticante um aprimoramento considerável do sistema energético anaeróbico, uma vez que os golpes são desferidos em altíssima intensidade, de forma velocíssima e durante um curto espaço de tempo.
Este elevado nível esportivo exige contínua evolução acadêmica dos treinadores, de maneira que busquem formas criativas de aperfeiçoamento de seus sistemas de preparação física, introduzindo novas estratégias organizacionais de treinamento, bem como métodos com maior potencial para aumento de performance que considerem baixo risco à saúde dos atletas.
Nesse sentido, constatamos que os trabalhos encontrados sobre Karatê-Dô na literatura científica abordam especialmente as questões pedagógicas e técnico-táticas (Nagamine, 1976; Tokitsu, 1979; Rodrigues de Almeida, 1986; Fiadeiro, 1986; Habersetzer, 1987; Perthuis, 1994; Chemama, e Herbin, 1994), bem como histórico-filosóficas (Figueiredo, 1987; Mclaren, 1988; Herraiz, 1989; Tokitsu, 1994; Costa, Santos, e Rezende, 2017). Entretanto, poucos são os trabalhos que abordam os aspectos relacionados à métodos de preparação física neste esporte de combate. (Rodrigues de Almeida, 1997; 1999; 2002)
Diante disso, pretendemos contribuir para essa temática, investigando quais as alterações na potência anaeróbica de atletas de Karatê-Dô Tradicional, decorrentes da aplicação do Treinamento Intervalado Intensivo (TII) realizado em hipóxia normobárica voluntária (Hipóxic-Training), e também em normoxia. Dessa maneira, de acordo com os resultados encontrados, esperamos ser possível propor uma metodologia de aprimoramento da capacidade anaeróbica de karatecas, embasada cientificamente e que seja de aplicação viável a este esporte de combate em seu viés de alto rendimento.
Métodos
A população deste estudo foi composta por karatecas do sexo masculino e filiados a Liga de Karatê-Dô Tradicional de Rondônia (LIKATRO), com a amostra constando de 21 sujeitos na faixa etária de 19 a 28 anos de idade, todos com experiências em competições estaduais e nacionais. Inicialmente foi realizado um primeiro contato pessoal com a presidência da instituição acima citada, para explicar a relevância da pesquisa e solicitar autorização para a realização do estudo. Posteriormente procedeu-se uma palestra para os sujeitos interessados em participar voluntariamente do experimento, explicando detalhes sobre o tema a ser investigado, sendo posteriormente estruturados aleatoriamente dois grupos de estudos.
a) Um Grupo Experimental 1 (GE-1), composto por 11 (onze) indivíduos que durante 6 (seis) semanas e em dias alternados (segundas, quartas e sextas-feiras), se submeteram a 3 (três) sessões de treino com duração de sessenta (60) minutos para a aplicação do Treinamento Intervalado Intensivo (TII) realizado em hipóxia normobárica voluntária, ou H-T; e b) Um Grupo Experimental 2 (GE-2), composto por 10 (dez) indivíduos que igualmente ao GE-1, também se submeteram nos mesmos dias e horários as mesmas sessões de Treinamento Intervalado Intensivo (TII), só que executado em normoxia, ou seja, sem associação com o H-T.
Variáveis de estudo, equipamentos e padronizações das medidas
Neste estudo, antecedendo o procedimento experimental, inicialmente os sujeitos informaram suas idades em anos, posteriormente mensurou-se os parâmetros antropométricos: a) Estatura (EST), aqui usado apenas para caracterizar a amostra; b) Peso Corporal Total (PCT), para em seguida finalmente realizar-se a medida da Potência Anaeróbica (PAn), a qual representa a variável dependente deste estudo, sendo utilizados para tal os seguintes equipamentos e padronizações.
A estatura (EST), expresso em centímetros (cm), entre a região plantar e o vértex do indivíduo, foi mensurada utilizando-se um estadiômetro portátil da marca Avanutri com precisão de 1 mm. A medida foi obtida com o sujeito descalço, os calcanhares, glúteos, a cintura escapular e o osso occiptal em discreto contato com a régua perpendicular do estadiômetro, sendo que, para proceder a medição um cursor transverso foi deslizado por esta até se apoiar no vértex, formando um ângulo reto. A leitura foi realizada com o avaliando em inspiração máxima e com a cabeça dirigida para o plano de Frankfurt. (Petroski, 1999)
O peso corporal total (PCT), admitido como sendo a massa da estrutura corporal, expressa em quilogramas (kg), foi mensurado utilizando-se uma balança eletrônica da marca Filizola com capacidade para até 150 kg e precisão de 1 g. A medida foi realizada com o equipamento posicionado em solo nivelado, estando o avaliando em pé no centro da plataforma, numa postura ereta e de costas para a escala de medição, com a cabeça horizontalizada, as pernas em ligeiro afastamento lateral e os braços relaxados ao longo do corpo. (Pitanga, 2008)
A Potência Anaeróbica (PAn), conceituada como sendo o parâmetro funcional que, através da energia liberada pelos sistemas dos fosfagênios e glicolítico, permite ao indivíduo realizar atividades físicas em elevados níveis de solicitação metabólica, durante um período curto de tempo (Rodrigues de Almeida, 2011), foi mensurada através do “Rast Test”, o qual se resume na execução de seis (6) deslocamentos na distância de trinta e cinco (35) metros em solo nivelado e com intensidade máxima, sendo cada repetição entremeada com dez (10) segundos para recuperação passiva. (Zagatto, Beck, e Gobatto, 2009)
Para realização da testagem, previamente numa quadra esportiva com piso de madeira foram demarcadas com fita adesiva de cor marrom, duas (2) linhas transversais de dois (2) metros de comprimento por cinco (5) cm de largura e equidistantes em trinta e cinco (35) metros uma da outra. Para aplicação do teste o sujeito se posicionou em afastamento ântero-posterior de pernas imediatamente atrás de uma das linhas e aguardando autorização para iniciar o deslocamento. Foram usados dois (2) avaliadores: a) Um para cronometrar o tempo de corrida de cada repetição realizada (usando um cronômetro Cássio, modelo digital com precisão de décimos de segundos); e b) Outro para controlar a execução e anotar o resultado do teste.
A partir dos resultados do “Rast Test” foram determinadas:
A Potência Anaeróbica Absoluta (PAAbs), que foi estimada em Watts (W) através do modelo matemático: PAAbs (W)= PCT x 352 / T3 (em que PCT= Peso Corporal Total (kg); 35= Distância de teste (m); T= Tempo usado para percorrer a distância preconizada (seg).
A Potência Anaeróbica relativizada por cada quilograma de peso corporal do sujeito (PARel W/Kg-1), tendo sido calculada em Watts (W) através da equação: PARel W/Kg-1= PAAbs / PCT.
O índice de fadiga (IF) que foi determinado em percentagem (%) pelo cálculo IF (%) = (PAAbsmax – PAAbsmin) x 100) / PAbsmax) (em que PAAbsmax e PAAbsmin, são respectivamente os maiores e menor valor de potência anaeróbica absoluta observados).
Tratamento da variável independente do estudo
O Treinamento Intervalado Intensivo (TII) associado ao Hipoxic-Training (H-T)
Tanto no GE-1 como no GE-2 o TII foi aplicado durante seis (6) semanas seguidas, em sessões de treino realizadas das 18h30 às 19h30 horas e em dias alternados (segundas, quartas e sextas-feiras), sendo antes do seu início, em todas as sessões, mensurada individualmente a frequência cardíaca de repouso (FCrepouso), medida esta obtida com o indivíduo permanecendo deitado no solo, completamente imóvel por um (1) minuto e monitorado com um relógio frequencímetro cardíaco Smart Run Atrio HC008, sendo ainda determinada a frequência cardíaca máxima (FCmaxima) de treino através da equação 208 - (0,70 x idade), sugerida pela ACMS (1995).
Considerando que a adaptação específica é o princípio fundamental do funcionamento dos sistemas biológicos, devendo esta se refletir adequada e objetivamente nas exigências específicas do esporte em treinamento (Zakharov, e Gomes, 1992; Dantas, 1995; Rodrigues de Almeida, 2011), cada karateca de ambos os grupos de estudo (GE-1 e GE-2), realizou como estímulo de treino a sua sequência preferida de golpes (deslocamentos, fintas, socos, chutes, defesas e esquivas), quando em situação específica de combate, os quais foram assim executados:
1) Inicialmente, estando os sujeitos com o relógio monitor cardíaco preso na lateral de cintura, um avaliador cronometrista emitiu um sinal verbal de “ATENÇÃO” e orientou os sujeitos do GE-1 a realizar uma expiração profunda e bloquear a ventilação, e os indivíduos do GE-2 a seguir ventilando livremente; 2) Seguidamente o mesmo avaliador com um segundo sinal verbal de “VÃO”, acionou o cronômetro e os sujeitos do GE-1 (com a ventilação bloqueada), e do GE-2 (ventilando livremente) executaram ininterruptamente e na intensidade prescrita, suas sequências de golpes durante seis (6) segundos; 3) Ao final deste tempo o mesmo avaliador emitiu um terceiro sinal verbal de “RELAX”, momento este em que todos os indivíduos, sem parar, permaneceram durante três (3) segundos (também controlados pelo avaliador cronometrista), ventilando livremente e executando sem intensidade significativa a mesma movimentação; 4) Ao final do intervalo de “RELAX” e sem interrupção, a um novo sinal de “VÃO” os sujeitos, tanto do GE-1 como do GE-2, repetiram o mesmo estímulo inicial, e da mesma forma, por mais seis (6) segundos.
Esta movimentação correspondeu a um (1) estímulo e foi entremeada com intervalos para recuperação metabólica controlados individualmente pela frequência cardíaca (FC), através da equação FCrecuperação = FCrepouso + 0,56 (FCmáxima - FCrepouso) sugerida por Dantas (1995), durante o quais os sujeitos de ambos os grupos de estudo caminharam suavemente até a FC baixar ao nível prescrito, quando então executavam um novo estímulo.
A intensidade de cada estímulo, tanto do GE-1 como do GE-2, foi determinada pela FC de treino, sendo esta calculada pela equação publicada por Dantas (1995), (FCtreino= % (FCmaxima - FCrepouso) + FCrepouso), adotando-se o valor de 90% como limite mínimo, atentando-se para que durante o esforço de treino todos atingissem valores superiores a este e, por segurança, não ultrapassassem a FC máxima de treino prevista para a sessão.
Para determinar as repetições dos estímulos, os sujeitos dos dois (2) grupos analisados executaram o maior número possível destes no tempo previsto para a parte principal da sessão treino, começando a partir de vinte (20) minutos e progredindo em cinco (5) minutos semanais durante três (3) semanas até atingir trinta (30) minutos de duração, permanecendo neste valor durante mais uma semana, voltando a aumentar também linearmente na quinta semana até o final do experimento, atingindo o tempo de 40 minutos na sexta semana.
Antecedendo o início do estudo os sujeitos de ambos os grupos de estudo se submeteram a duas (2) sessões de treino para familiarização com a metodologia a ser utilizada no experimento, sendo que, para auxiliar na coleta dos dados e no controle das cargas de trabalho físico, durante o experimento foram utilizados (quinze) 15 acadêmicos do curso de Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia – UNIR/RO, e também membros do GEISC - Grupo de Estudos em Saúde Coletiva da UNIR/RO, todos devidamente familiarizados com os materiais, métodos e protocolos utilizados na pesquisa.
Análise estatística
Neste experimento os dados foram analisados através dos seguintes procedimentos: a) inicialmente foi realizada a estatística descritiva para caracterizar a amostra e, posteriormente, visando detectar possíveis diferenças significativas entre os GE-1 e GE-2, utilizou-se o teste “t” de Student para amostras independentes; e b) finalmente para comparar os valores da PAbs, PRel W/Kg-1 e ainda do %IF entre os pré e pós-teste do período experimental, foi utilizado o teste “t” de Student para amostras dependentes. Os dados foram processados e analisados utilizando-se o pacote estatístico computadorizado Statistical for Windows versão 4.3 da Starsoft Incorporation, buscando-se nos mesmos uma significância de p<0,05.
Resultados e discussão
Na Tabela 1 apresenta-se os valores médios, desvios padrões e significância estatística do teste “t” de Student para amostras independentes das variáveis referentes às características físicas da amostra (IDADE, PCT e EST), cuja analise demonstrou não existir diferenças estatisticamente significativas nas variáveis analisadas entre os GE-1 e GE-2, atestando a homogeneidade dos indivíduos.
Tabela 1. Características físicas da amostra
Variáveis
|
Subgrupos
de estudo |
||
GE-1 |
GE-2 |
p |
|
Idade
(anos) |
24,71
± 8,79 |
22,93
± 5,94 |
0,47 |
PCT
(kg) |
75,60
± 4,56 |
69,90
± 8,22 |
0,29 |
EST
(m) |
1,73
± 0,03 |
1,78
± 11,19 |
0,36 |
Em consonância com os objetivos deste experimento e, de acordo com o tratamento estatístico adotado, apresenta-se a seguir, na Tabela 2, a análise estatística das variáveis dependentes deste estudo, antes e depois do procedimento experimental. Observa-se quando comparados os escores de início e fim do período experimental, que ambos os grupos de estudo apresentam diferenças estatisticamente significativas (p<0,05), em todas as variáveis analisadas, com significância maior ocorrendo no GE-1, grupo que se submeteu ao Treinamento Intervalado Intensivo (TII) realizado em hipóxia normobárica voluntária, ou H-T (PAAbs (W) p=0,00; PARel (W/kg-1) p=0,00; e IF (%) p=0,00) em relação ao GE-2, grupo que realizou o TII em normóxia (PAAbs (W) p=0,039; PARel (W/kg-1) p=0,045; e IF (%) p=0,023).
Tabela 2. Valores médios, desvios padrões e nível de significância estatística do teste “t”
de Student para amostras dependentes, das variáveis PAAbs, PARel e IF dos GE-1 e GE-2.
Variáveis |
Grupo
de estudo1 GE-1 |
Grupo
de estudo2 GE-2 |
||||
Testes |
p |
Testes |
p |
|||
Pré |
Pós |
Pré |
Pós |
|||
PAAbs (W) |
750,94 ± 27,07 |
848,32 ± 17,07 |
0,000* |
743,23 ± 17,07 |
796,51 ± 17,07 |
0,039* |
PARel (W/Kg-1) |
10,22 ± 4,65 |
14,90 ± 3,73 |
0,000* |
11,17 ± 9,65 |
13,19 ± 6,39 |
0,045* |
IF (%) |
34,35 ± 6,83 |
25,11 ± 9,17 |
0,000* |
27,35 ± 0,83 |
22,17 ± 0,83 |
0,023* |
Quando analisadas as diferenças percentuais entre os valores médios dos dois grupos de estudos nos pré e pós-testes, tem-se no GE-1, que se submeteu ao TII associado ao H-T, melhorias funcionais da ordem de 12,96% para a PAAbs, 45,79% para a PARel, e 26,89% para o IF. Ao se observar os números do GE-2, cujas cargas de treino foram compostas pelo TII realizado em normoxia, constata-se que este fenômeno evolutivo também ocorreu no mesmo interstício de tempo, apenas com escores significativamente inferiores, encontrando-se 7,16% para a PAAbs, 18,08% para a PARel, e 18,93% para o IF.
Os resultados positivos obtidos em ambos os grupos de estudos corroboram com as afirmações de Franchini, Cormack, e Takito (2019), que ao revisarem 117 artigos das bases de dados eletrônicos Pubmed, Scopus e Web of Science investigando os efeitos do treinamento intervalado intensivo (TII) no desempenho de 228 atletas olímpicos de diversos esportes de combate, dentre os quais 17 karatecas, constataram que o maior benefício observado foi o aumento da aptidão anaeróbica.
Neste estudo, os maiores escores observados no GE-1 em relação ao GE-2, somam-se aos enunciados de Hamlin et al. (2017), Brechbuhl et al. (2018), e Millet et al. (2019), os quais afirmam que a hipóxia induzida por hipoventilação voluntária em baixo volume pulmonar pode melhorar o desempenho anaeróbico mais do que na normoxia, bem como, também com os estudos de Beard et al. (2018), Gatterer et al. (2019), e ainda Kasai et al. (2019), que postulam ser possível em um curto espaço de tempo, aumentar significativamente as potências anaeróbicas máxima e média de atletas com esta metodologia.
Uma possível explicação para os melhores resultados apresentados pelo GE-1, é que para reforçar a síntese de albumina (actina e miosina) na célula muscular, é necessário obter a desagregação da fósforo-creatina (CP), promovendo uma alta concentração livre da creatina no ambiente celular (Kraemer, Fleck, e Deschenes, 2016), minimizando a velocidade de ressíntese da CP através do aumento da sobrecarga de treino, o que aconteceu acentuadamente neste estudo, promovendo assim um alto nível de fadiga localizada, alterando a homeostase da circulação sanguínea nos músculos e diminuindo a velocidade de recomposição do referido fosfagênio. Supõe-se que a creatina livre promove o fortalecimento da síntese de toda a estrutura morfológica básica das células: miofibrilas, retículo sarcoplasmático e outros. (McArdle, Katch, e Katch, 2016; Powers, e Howley, 2017)
Acredita-se que os estímulos preconizados para o GE-1, por terem sido executados com níveis reduzidos de oxigenação (H-T), tenham funcionado como sobrecarga adicional e, em decorrência da dessaturação arterial muscular induzida pela hipoventilação voluntária, promoveu as alterações fisiológicas anteriormente descritas, o que se refletiu na melhoria da PAAbs, também na PARel e no IF do referido grupo. Como não ocorreu situação similar no treinamento do GE-2, possivelmente tal fato tenha estabelecido as diferenças entre os dois grupos experimentais deste estudo.
Outro fato a se considerar é que em decorrência da alta intensidade e curta duração que caracterizaram a realização dos estímulos dos GE-1 e GE-2, recrutou-se predominantemente as fibras de contração rápida, as quais, possuem uma grande quantidade de enzimas glicolíticas e poucas enzimas mitocondriais e lipolíticas (Powers, e Howley, 2017; Millet et al., 2019). Assim, é de se supor que o recrutamento aumentado das fibras rápidas tenha favorecido a um maior metabolismo anaeróbio em ambos os grupos de estudo, sendo estes mais acentuados no GE-1.
Conclusão
Os resultados encontrados neste estudo sugerem que o H-T é um método eficiente para a otimização da potência anaeróbica de karatecas. No entanto, considerando que sua aplicação parece impor fisiologicamente uma baixa difusão do oxigênio alveolar, o que eleva os níveis de dióxido de carbono no sangue arterial e minimiza sua captação em nível tecidual, sugere-se, dado o nível de estresse que este é causador, que o mesmo seja utilizado apenas em fases avançadas do treino e, com estrita observância aos princípios científicos e organizacionais regentes do treinamento físico para altas performances esportivas.
Considerando-se as limitações com que este estudo foi realizado, sendo que o tipo de treino e coleta de dados não exigiu meios muito complexos, e a despeito da carência de investigações do tema em relação ao karatê, sugere-se a realização de pesquisas futuras investigando quais os efeitos a longo prazo do treinamento em hipóxia normobárica voluntária e suas respostas com componentes de uma abordagem metodológica voltada à periodização do treino, qual o curso de tempo de adaptação e desadaptação hipóxica não hematológica, e ainda quais as suas diferenças potenciais nas adaptações induzidas pelo esforço físico em diferentes volumes e intensidades de treino.
Não obstante, acredita-se ter contribuído para a melhoria da forma operacional dos treinamentos não só com relação ao Karatê, mas também a todo e qualquer esporte de luta, ou mesmo outras modalidades esportivas que se desenvolvam de forma acíclica e intermitente, a exemplo da arte marcial aqui investigada.
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