Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

Efeito do treinamento aeróbio no estado de humor. Estudo em

participantes de um projeto extensionista em corrida e caminhada

Effect of Aerobic Training on Mood. Study on 

Participants of an Extension Project on Running and Walking

Efecto del entrenamiento aeróbico sobre el estado de ánimo. 

Estudio sobre participantes de un proyecto de extensión de correr y caminar

 

Isabella Carolina Silva Pereira*

isabellacarolinaef@hotmail.com

Valéria Cristina de Faria**

valeriaefiufv@yahoo.com.br

Isadora Gomes Alves Mariano***

isadoragomesmariano@gmail.com

Thayane Fávero Silveira****

faverothayane@gmail.com

Júlia Vieira Salgado Silva+

juliavssilva@gmail.com

Ana Júlia Dias++

anajudias@yahoo.com

Roseli Silva de Oliveira+++

roselisilvaoliveira1703@gmail.com

José Vítor Vieira Salgado++++

rotivez@gmail.com

 

*Mestranda no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar

em Estudos do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Discente do curso de Educação Física Bacharelado da UEMG

Especialização em Esportes e Atividade Física Inclusivas

para Pessoas com Deficiência pela UFJF

Graduação em Licenciatura em Educação Física

pela Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal

Professora de Educação Física Efetiva no município de Claudio, MG

**Doutora em Ciências da Reabilitação pela UFMG

Mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa

Especializada em Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais

pela Universidade Gama Filho

Graduada em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa

Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Bases Biológicas

da Atividade Física e Saúde cadastrado no CNPq

Membro da equipe de projeto aprovado no Edital Universal CNPq

Atualmente é oficial RM2 da Marinha do Brasil

***Mestranda em Ciências da Saúde na área de Desempenho Motor

e Funcional Humano (UFMG)

Bacharel em Fisioterapia (UEMG)

Preceptora de Estágio no Ecossistema Ânima, UNA Sete Lagoas

****Bacharel em Fisioterapia pela UEMG

+Bacharel em Fisioterapia pela UEMG

Pós-graduanda em Fisioterapia

em Ortopedia e Traumatologia-Fisio em Ortopedia

++Bacharel em Fisioterapia pela UEMG

Pós-graduanda em Fisioterapia Cardiovascular pela PUCPR-ARTMED

+++Bacharel em Fisioterapia

Universidade do Estado Minas Gerais

++++Bacharel e licenciado em Educação Física - Unicamp

Especialista em Bioquímica, Fisiologia, Treinamento

e Nutrição Desportiva - Unicamp

Mestre em Educação Física na área de Ciência do Desporto - Unicamp

Doutor em Educação Física

na área Biodinâmica do Movimento Humano (Unicamp)

Bacharel em Gestão do agronegócio (Unicamp)

Docente dos cursos de Educação Física (UEMG, Divinópolis)

(Brasil)

 

Recepção: 26/04/2021 - Aceitação: 10/10/2023

1ª Revisão: 29/09/2023 - 2ª Revisão: 03/10/2023

 

Level A conformance,
            W3C WAI Web Content Accessibility Guidelines 2.0
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0

 

Creative Commons

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Pereira, ICS, Faria, VC, Mariano, IGA, Silveira, TF, Silva, JVS, Dias, AJ, Oliveira, RS, e Salgado, JVV (2023). Efeito do treinamento aeróbio no estado de humor. Estudo em participantes de um projeto extensionista em corrida e caminhada. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(306), 39-53. https://doi.org/10.46642/efd.v28i306.2996

 

Resumo

    O exercício físico proporciona diversos benefícios para a promoção da qualidade de vida de um indivíduo. A prática da atividade também se relaciona com os fatores psicológicos, sociais e ambientais. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento aeróbio em grupo no estado de humor dos participantes do projeto “Caminhar e Correr para Viver Melhor”. A amostra foi composta por 20 participantes, sendo 14 mulheres e 6 homens com média de idade de 30±13,9 e 33,67±9,35 anos, respectivamente. Para a mensuração do estado de humor foi utilizado a Escala de Humor de Brunel. Esta foi aplicada duas vezes entre os participantes para fins de comparação, sendo a primeira antes do início das atividades do projeto, e a segunda após oito semanas de treinamento aeróbio. A análise dos dados foi realizada pelo programa SPSS 25.0. Foi observado que oito semanas de treinamento aeróbio em grupo reduziu significativamente a dimensão depressão na amostra feminina (p=0,004). Entretanto, para o sexo masculino não houve diferença significativa para nenhuma das dimensões. Portanto, conclui-se que oito semanas de treinamento aeróbio em grupo afetou positivamente o estado de humor da amostra feminina avaliada. Além disso, a caminhada e corrida em grupo pode ser considerada uma intervenção prazerosa, barata e benéfica, que por meio do convívio social, tem o potencial de combater o estresse, auxiliar na promoção da saúde e qualidade de vida do individuo.

    Unitermos: Humor. Exercício físico. Qualidade de vida.

 

Abstract

    Physical exercise offers several benefits for the promotion of an individual's quality of life. The practice of the activity is also related to psychological, social and environmental factors. The objective of the present study was to evaluate the effect of group aerobic training on the mood of the participants of the project "Walk and Run to Live Better". The sample consisted of 20 participants, 14 women and 6 men with an average age of 30±13.9 and 33.67±9.35 years, respectively. To measure the mood state, it was used on the Brunel Mood Scale. This was applied twice between the participants for comparison purposes, the first before the start of the project activities, and the second after eight weeks of aerobic training. Data analysis was performed using the SPSS 25.0 program. It was observed that eight weeks of group aerobic training reduced to complement the reduction of the trend in the female sample (p=0.004). However, for males there was no difference within any of the dimensions. Therefore, it is concluded that eight weeks of group aerobic training positively affected the mood of the female sample evaluated. In addition, walking and running in groups can be considered a pleasant, inexpensive and beneficial intervention that, through social interaction, has the potential to combat stress, assist in promoting the individual's health and quality of life.

    Keywords: Mood. Physical exercise. Quality of live.

 

Resumen

    El ejercicio físico proporciona varios beneficios para promover la calidad de vida de un individuo. La práctica de la actividad también está relacionada con factores psicológicos, sociales y ambientales. El objetivo del presente estudio fue evaluar el efecto del entrenamiento aeróbico grupal sobre el estado de ánimo de los participantes en el proyecto “Caminar y correr para vivir mejor”. La muestra estuvo compuesta por 20 participantes, 14 mujeres y 6 hombres con una edad media de 30±13,9 y 33,67±9,35 años, respectivamente. Para medir el estado de ánimo se utilizó la Escala de Humor de Brunel. Esto se aplicó dos veces entre los participantes con fines de comparación, la primera vez antes del inicio de las actividades del proyecto y la segunda después de ocho semanas de entrenamiento aeróbico. El análisis de los datos se realizó mediante el programa SPSS 25.0. Se observó que ocho semanas de entrenamiento aeróbico grupal redujeron significativamente la dimensión de depresión en la muestra femenina (p=0,004). Sin embargo, para los hombres no hubo diferencias significativas en ninguna de las dimensiones. Por lo tanto, se concluye que ocho semanas de entrenamiento aeróbico grupal afectaron positivamente el estado de ánimo de la muestra femenina evaluada. Además, caminar y correr en grupo puede considerarse una intervención placentera, económica y beneficiosa que, a través de la interacción social, tiene el potencial de combatir el estrés y ayudar a promover la salud y la calidad de vida del individuo.

    Palabras clave: Humor. Ejercicio físico. Calidad de vida.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 306, Nov. (2023)


 

Introdução 

 

    O exercício físico proporciona benefícios para a promoção da qualidade de vida de um indivíduo. Nesse sentido, pode-se considerar essa prática como uma importante fonte de melhoria para a função cerebral e o bem-estar emocional.De acordo com Campos, Muniz, Belo, Romano, e Lima (2019) a prática regular de atividade física está associada a uma série de melhorias cognitivas. Além disso, essa prática estimula a liberação de endorfinas e outros neurotransmissores, que são responsáveis por proporcionar sensações de bem-estar, alegria e satisfação. Fossati et al. (2021) ressaltam que a participação esportiva e a prática de exercícios são consideradas benéficas para o estado mental, proporcionando melhora do humor e melhor qualidade de vida.

 

Imagem 1. O exercício físico é importante pois atua diretamente no bem-estar físico e emocional

Imagem 1. O exercício físico é importante pois atua diretamente no bem-estar físico e emocional

Fonte: Gerador de imagens de Bing (#Efdeportes)

 

    No contexto de uma ampla variedade de modalidades de exercícios físicos, a prática da corrida tem experimentado um notável crescimento (Ferreira et al., 2012). O aumento dessa modalidade pode estar associado às características intrínsecas desse exercício, como seu baixo custo e acessibilidade, além dos benefícios fisiológicos e psicológicos que ele proporciona. (Fonseca, 2012)

 

    Desta forma, a corrida pode ser considerada tanto uma atividade aeróbia quanto anaeróbia, dependendo da sua duração e intensidade. Em corridas de longa distância, onde o esforço é contínuo e moderado, o corpo tende a depender principalmente do sistema oxidativo como fonte de energia, tornando-a uma atividade predominantemente aeróbia. (Santos, e Nascimento, 2022)

 

    O American College of Sports Medicine - ACSM (2021) estabelece diretrizes que recomendam a realização de exercícios aeróbicos de treinamento moderado e vigoroso de 3 a 5 dias por semana. Para intensidade moderada, a faixa alvo é entre 40% e 60% da frequência cardíaca de reserva (FCR), enquanto para intensidade vigorosa, a faixa alvo é de 60% a 90% da FCR.

 

    A partir disso, é relevante destacar que o exercício físico é considerado como uma das práticas mais importantes nos dias atuais, pois atua diretamente no bem-estar físico e emocional. É importante no cuidado de transtornos psicológicos, como a depressão e a ansiedade, uma vez que contribui para o aumento dos níveis de serotonina, dopamina, endorfinas e outros neurotransmissores. (Freire, 2022)

 

    A adoção e manutenção de um comportamento ativo têm o potencial de fornecer ao praticante da corrida uma maior percepção de prazer e satisfação. Essa vivência positiva, por sua vez, pode gerar uma resposta favorável no domínio psicológico. Ao engajar-se em atividades físicas, as pessoas experimentam uma sensação de realização, superação de desafios e aumento da autoestima, o que contribui para uma melhor saúde mental e bem-estar emocional. Dentre as variáveis psicológicas influenciadas positivamente pela prática do exercício físico destaca-se o estado de humor. (Gula, Mattes, Paludo, Silva, e Tartaruga 2019)

 

    Diante da concepção de Bortoli et al. (2015) o estado de humor é considerado como conjunto de sentimentos específicos, constituído por aspectos positivos e negativos, sendo de característica provisória, sensível à experiência do sujeito. A partir disso, Berger, e Motl (2000) dialogam que vários estudos demonstram a correlação positiva do exercício físico com a melhoria no estado de humor, apresentando a diminuição da tensão, ansiedade, depressão e raiva, bem como aumento do vigor.

 

    Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar o estado de humor em participantes de um projeto de treinamento aeróbio.

 

Métodos 

 

    O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos sob o número 2.857.261 e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

 

    Trata-se de um estudo de caráter descritivo, longitudinal e quantitativo, realizado com uma amostra por conveniência de 20 participantes do Projeto de extensão “Corrida e Caminhada Para Viver Melhor”, 14 eram mulheres e 6 eram homens, todos universitários, com média de idade de 30 ± 13,9 e 33,67 ± 9,35 anos, respectivamente. O projeto de extensão foi realizado na Universidade do Estado de Minas Gerais - Unidade Divinópolis, com o objetivo de oferecer à comunidade uma oportunidade de obter benefícios para a saúde e qualidade de vida por meio da prática orientada de treinamento aeróbio com as modalidades caminhada e corrida, possibilitando assim maior consciência corporal, hábitos de vida saudável, além de promover interação e bem-estar social.

 

    A coleta de dados teve início após a obtenção da autorização médica dos participantes para a prática do exercício físico. Em seguida, foi realizada uma avaliação física inicial para a caracterização da amostra, a qual foi realizada na primeira semana de treinamento.

 

    Essa avaliação inicial foi composta por anamnese, questionário de ciclo menstrual para as mulheres participantes, variáveis antropométricas (massa corporal e estatura), composição corporal (dobras cutâneas) e posteriormente a aplicação da Escala de Humor de Brunel (BRUMS), proposto por Rohlfs (2006). Após 8 semanas de treinamento aeróbio foi reaplicado o questionário para a mensuração do estado de humor.

 

    Antes de iniciar o treinamento os participantes foram submetidos ao teste de 3.000 metros e orientados a realizá-lo com a sua intensidade máxima. Durante o percurso foi feita a análise subjetiva de esforço utilizando a escala de Borg (1982) adaptado por Foster et al. (2001). Os resultados foram analisados individualmente e os participantes foram categorizados a partir de sua performance e separados em grupos com os mesmos aspectos de treino.

 

    O treinamento aeróbio ocorreu três vezes na semana (segunda, quarta e quinta-feira) com duração total de 60 minutos e cada grupo foi acompanhado por pelo menos um aluno do curso de educação física (monitor). Cada sessão de treinamento foi dividida em 3 momentos: aquecimento, parte principal e alongamento. As atividades foram realizadas no período da noite.

 

    O monitoramento da intensidade foi realizado de acordo com a percepção subjetiva de esforço da escala de Borg (Borg, 1982; Foster et al., 2001). O treinamento seguiu o planejamento com uma carga progressiva adaptado de Bompa, e Haff (2012) com uma progressão da carga 3:1, na qual, priorizou-se um incremento de volume (quilômetros percorridos por microciclo-semana) de treinamento que correu com uma elevação de 10% no volume do treinamento proposto inicialmente por três semanas consecutivas e com uma redução de 10% na quarta semana, repetindo essa progressão nos mesociclos subsequentes. A escolha do incremento de 10% do volume foi baseada em Nielsen et al. (2014) e Johnston et al. (2003).

 

    A medida da massa corporal total foi verificada por meio de balança de plataforma, tipo Filizolla, com precisão de 0,1 kg e a medida da estatura foi obtida em um estadiômetro de madeira com precisão de 0,1 cm, de acordo com os procedimentos descritos por Gordon et al. (1988). Todos os voluntários foram medidos e pesados descalços, utilizando roupas leves. Com estes dados foram calculados o índice de massa corporal (IMC) correspondido pela relação da massa corporal e o quadrado da estatura, sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a estatura em metros (m).

 

    A composição corporal foi obtida pela técnica de mensuração das espessuras das dobras cutâneas (DC), utilizando-se um adipômetro da marca Lange, de acordo com as técnicas descritas por Heyward, e Stolarczyk (2000). A partir das medidas de dobras cutâneas foi utilizado o protocolo de 7 DC (peitoral, axilar média, tríceps, subescapular, abdominal, supra ilíaca e coxa) de Jackson, e Pollock (1978). Para o cálculo da densidade corporal (DENS) utilizamos a equação equivalente para homens, sendo: DENS = 1,12000000 - [0,00043499*(Σ7DC)] + [0,00000055*(Σ7DC)2] - [0,00028826*(idade)] e para a DENS para mulheres: DENS = 1,09700000 - [0,00046971*(Σ7DC)] + [0,00000056*(Σ 7DC) 2] - [0,00012828*(idade)]. Após este cálculo, utiliza-se a fórmula de Siri (1961) para chegar ao percentual de gordura: %G = [(4,95 * DENS-1) - 4,50] * 100.

 

    O estado de humor dos participantes foi analisado pela escala de BRUMS (Rohlfs, 2006) que é uma versão adaptada do Profile of Mood States - POMS (McNair et al., 1971). O BRUMS (Rohlfs, 2006) contém 24 indicadores de humor, divididos em seis domínios, sendo eles: raiva, confusão mental, depressão, fadiga, tensão e vigor. Cada uma dessas dimensões foi preconizada no artigo de Brandt et al. (2010). Os participantes se autoavaliaram para cada indicador de acordo com a escala de 5 pontos (0 = nada, 1 = um pouco, 2 = moderadamente, 3 = bastante e 4 = extremamente), e na sequência foi feita a média aritmética das respostas para cada domínio.

 

    Para análise estatística foram utilizados os seguintes testes: Shapiro-Wilk para avaliação da distribuição dos dados; e teste de Wilcoxon para comparar os valores antes e após a intervenção. Como as variáveis apresentaram distribuição não paramétrica optou-se pelo valor de mediana, e pelo primeiro e terceiro quartil (T1 e T3) como medidas de tendência central e de dispersão, respectivamente. O nível de significância adotado foi de 5%. Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 25).

 

Resultados 

 

    A Tabela 1 apresenta a caracterização dos participantes do Projeto de Extensão "Caminhar e Correr Para Viver Melhor" em relação às variáveis de massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura (%G).

 

Tabela 1. Caracterização dos participantes do Projeto de extensão “Caminhar e Correr Para Viver Melhor”

Variáveis

Homens (n = 6)

Mulheres (n = 14)

Média

DP

Média

DP

Idade (anos)

30,00

13,90

33,67

9,35

Massa Corporal (kg)

82,47

18,44

60,27

9,17

Estatura (m)

1,76

0,06

1,57

0,06

IMC (kg/m²)

26,36

4,78

24,33

3,40

%G

17,27

7,30

24,35

6,01

Nota: IMC = Índice de Massa Corporal; %G = Percentual de gordura; 

DP = Desvio padrão; kg = Quilogramas; m = Metros. Fonte: Elaborado pela autoria

 

    A Tabela 2 exibe os valores de comparação entre o estado de humor inicial e final das mulheres participantes do estudo. Foi observada uma redução significativa na dimensão do humor (p=0,04), enquanto não foram encontradas nenhuma diferença significativa nas demais dimensões.

 

Tabela 2. Comparação dos domínios do Estado de Humor das Mulheres 

Participantes do Projeto de extensão “Caminhar e Correr Para Viver Melhor” (n = 14)

Dimensões

Pré

Pós

p

Mediana

P25-P75

Mediana

P25-P75

Tensão

1,12

0,50-2,31

1,37

0,43-2,31

1,00

Depressão

0,75

0,25-1,56

0,50

0,25-0,56

0,04*

Raiva

0,00

0,00-0,31

0,00

0,00-0,31

0,81

Vigor

2,00

1,18-2,75

1,62

1,25-2,87

0,52

Fadiga

0,87

0,18-1,56

1,12

0,68-1,50

0,15

Confusão Mental

0,62

0,00-1,56

0,75

0,00-1,56

0,68

*p  ≤ 0,05; P = Percentil. Fonte: Elaborado pela autoria

 

    A Tabela 3 apresenta a comparação dos domínios do estado de humor inicial e final dos indivíduos do sexo masculino. Os resultados não apresentaram alteração significativa para nenhuma das dimensões de humor.

 

Tabela 3. Comparação dos domínios do Estado de Humor dos Homens 

Participantes do Projeto de extensão “Caminhar e Correr Para Viver Melhor” (n = 6)

Dimensões

Pré

Pós

p

Mediana

P25-P75

Mediana

P25-P75

Tensão

0,00

0,00-0,25

0,25

0,00-0,56

0,12

Depressão

0,00

0,00-0,06

0,12

0,00-0,25

0,15

Raiva

0,00

0,00-0,00

0,00

0,00-0,00

1,00

Vigor

3,50

2,62-4,00

2,50

2,12-3,43

0,22

Fadiga

0,12

0,00-0,62

0,50

0,18-1,12

0,10

Confusão mental

0,12

0,00-0,25

0,00

0,00-0,00

0,08

*p ≤ 0,05; P = Percentil. Fonte: Elaborado pela autoria

 

Discussão 

 

    O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do treinamento aeróbio em grupo no estado de humor dos participantes do projeto de extensão “Correr e Caminhar Para Viver Melhor”. Nesse sentido, a hipótese foi de que a prática dos exercícios de caminhada e corrida orientada durante oito semanas poderia afetar de forma significativa o estado de humor.

 

    Neste contexto, uma pesquisa conduzida por Oswaldi, Campbell, Williamson, Richards, e Kelly (2020) se alinha com nosso estudo. Eles realizaram uma revisão de escopo analisando a literatura sobre a relação entre corrida e saúde mental, destacando que a corrida possui implicações positivas para a saúde mental, especialmente no que se refere à depressão e aos transtornos de ansiedade.

 

    Os resultados desse estudo apontaram que, para os indivíduos do sexo masculino, não houve diferença significativa para nenhuma das dimensões. Vieira et al. (2010) encontraram resultado semelhante em seu estudo, no qual avaliaram o estado de humor em sete atletas fundistas do sexo masculino durante 12 semanas de treinamento nos períodos pré competitivo, competitivo e de transição.

 

    Em relação ao estado de humor das mulheres, o presente estudo revelou uma redução significativa na dimensão da depressão após o período de treinamento. Esse resultado é notável, uma vez que o exercício influencia uma variedade de processos biológicos e psicossociais que estão implicados na fisiopatologia da depressão. (Kandola, Ashdown-Franks, Hendrikse, Sabiston, e Stubbs, 2019)

 

    Tourinho (2003) destaca ainda que os sentimentos são condutas privativas e com isso as relações do indivíduo com o ambiente físico e social resultam na forma que o mesmo se comporta ao mundo a sua volta. Sendo assim, o resultado do presente estudo se torna importante, pois, indica que o exercício aeróbio somado ao convívio social com outros participantes e monitores afetam positivamente o estado de humor dessas mulheres e podem ser benéficos para o combate e prevenção da depressão.

 

    Corroborando com esse raciocínio, o estudo de Vieira et al. (2008) identificou uma diminuição significativa na dimensão depressão em nove mulheres diagnosticadas com depressão após uma intervenção de 12 semanas de hidroginástica, enquanto o grupo controle composto por nove mulheres com o mesmo diagnóstico, tratado apenas com medicação, não apresentou diferença. Apesar de modalidades diferentes, a hidroginástica e a caminhada e/ou corrida possuem uma demanda metabólica semelhante, e ambas foram realizadas em grupo.

 

    Considerando a amostra do sexo feminino destaca-se que as mulheres do presente estudo não estavam no ciclo menstrual no período inicial e final das avaliações. Essa constatação é importante, pois, o período menstrual pode ter efeito no estado de humor, devido às alterações hormonais desencadeadas ao longo do ciclo. Nesse sentido, Vieira, e Gaion (2009) em seu trabalho realizado com 25 atletas de diversas modalidades esportivas afirmam que a presença da síndrome pré-menstrual pode afetar o estado de humor das mesmas, gerando alterações negativas durante o período pré-menstrual, especialmente no último dia de menstruação.

 

    Ainda considerando a amostra feminina, segundo Borloti et al. (2010) a cultura da atualidade, os gêneros masculino e feminino, operam de diferentes formas com as dificuldades envolvendo o humor. Silva, e Kruszielski (2008) em seu estudo sobre estresse e depressão de mulheres trabalhadoras na indústria têxtil mencionam que estas possuem uma dupla jornada de trabalho, cumprindo seu papel de dona de casa, mãe, esposa e além de papel ativo na sociedade. E ainda, Brandt et al. (2011) dizem que mulheres que possuem uma ocupação formal possivelmente podem ter elevados níveis de fadiga devido às demandas e exigências relacionadas ao trabalho. Diante desse contexto, de atuar em diferentes papéis sociais, mulheres parecem ser mais afetadas do que os homens.

 

    A característica da amostra do presente estudo reforça esse cenário, pois trata-se de mulheres com média de 33 anos de idade, e que além de provavelmente ocuparem todos os papéis sociais mencionados acima, ainda são universitárias. E nesse sentido, os resultados desse estudo apontam caminhos importantes para combater a alta prevalência de depressão, principalmente em mulheres, durante esse período estressante e competitivo que é o meio acadêmico. (Brondani et al., 2019)

 

    Com um desenho metodológico e amostra semelhante ao do presente estudo, mas sem análise distinta entre sexos, Faria et al. (2017) identificaram uma redução significativa da dimensão raiva em 12 indivíduos (10 mulheres e 2 homens) após 6 meses de participação de um grupo de caminhada e corrida orientada. Apesar de ser um resultado diferente ao do presente estudo, considerando a definição de Brandt et al. (2010) sobre a dimensão raiva, este também pode ser considerado um efeito positivo sobre o estado de humor para o perfil do público avaliado.

 

    Para analisar o impacto dos resultados apresentados, é crucial levar em consideração o perfil do público avaliado e os objetivos subjacentes à proposta de intervenção. No caso de atletas com um foco prioritário no desempenho esportivo, é importante notar que algumas mudanças de humor, consideradas negativas, podem, na verdade, ser benéficas para melhorar o rendimento dos indivíduos. Esse efeito é especialmente observado nos fatores associados à raiva e à tensão, os quais estão intimamente ligados a uma maior ativação física e mental. (Brandt et al., 2011)

 

    No estudo de Santos, Palacio, e Gonzáles (2019) exemplifica essa questão, eles realizaram uma avaliação do estado de humor de 38 corredores amadores. Para essa análise, os autores utilizaram o "Profile of Mood States" (POMS) ao final de cada mês do mesociclo, buscando estimar a média mensal da subescala de fadiga dessa triagem. Os resultados revelaram que a subescala de fadiga do POMS mostrou-se sensível às variações de carga no treinamento. Ambos os indicadores experimentaram mudanças significativas em alguns momentos de fadiga, anteriores ao desenvolvimento da síndrome do overtraining. Os autores ainda acrescentam que usar a subescala pode ser indicador útil no impacto do treinamento, com alguma capacidade preditiva quando usados como indicadores da síndrome do overtraining.

 

    Para além dessa discussão do contexto de realização da intervenção, o estudo de Chekroud et al. (2018) associou o exercício físico à melhora da saúde mental e qualidade de vida dos indivíduos. Este estudo foi realizado por meio de pesquisa telefônica entre os anos de 2011 a 2015, e avaliou 1.237.194 pessoas com 18 anos ou mais residentes em 50 estados dos Estados Unidos da América. Esta pesquisa foi composta por perguntas sobre saúde mental e exercício físico e os resultados demonstraram que as pessoas que se exercitavam reduziram os dias de desconforto mental em 43%, e aquelas que foram diagnosticadas com depressão e realizavam o exercício físico apresentaram quatro dias a menos de desconforto mental no mês.

 

    No estudo de Pearce et al. (2022) ao verificar a associação entre atividade física e depressão foi identificado uma associação significativa entre a prática de atividade física e o risco de depressão. Esses achados apontam para a possibilidade de alcançar benefícios consideráveis para a saúde mental mesmo em níveis de atividade física que estejam abaixo das recomendações pelas autoridades de saúde pública. Isso reforça a importância de incorporar uma atividade física regular, mesmo que em menores do que as recomendações, pois ela continua a oferecer um impacto positivo substancial na saúde mental.

 

    Uma limitação do presente estudo foi o pequeno número amostral de indivíduos do sexo masculino, no entanto, contou com uma amostra por conveniência dos participantes do projeto de extensão “Caminhar e Correr Para Viver Melhor”. Por outro lado, esse estudo se destaca por apontar resultados e reflexões sobre a saúde mental acerca do contexto universitário e dos papéis sociais de homens e mulheres.

 

Conclusões 

 

    Diante do exposto, conclui-se que oito semanas de treinamento aeróbio em grupo afetou positivamente o estado de humor da amostra feminina avaliada. Além disso, a caminhada e corrida em grupo pode ser considerada uma intervenção prazerosa, barata e benéfica, que por meio do convívio social, tem o potencial de combater o estresse, auxiliar na promoção da saúde e qualidade de vida do indivíduo.

 

Referências 

 

American College of Sports Medicine (2021). Guidelines for Exercise Testing and Prescription (11th ed.). Wolters Kluwer.

 

Berger, B.G., e Motl, R.W. (2000). Exercise and mood: A selective review and synthesis of research employing the profile of mood states. Journal of Applied Sport Psychology, 12(1). https://doi.org/10.1080/10413200008404214

 

Bompa, T.O., e Haff, R.M. (2012). Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. In Medicine & Science in Sports & Exercise (5th ed.). Phorte Editora.

 

Borg, G.A.V. (1982). Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine and Science in Sports and Exercise, 14(5). https://doi.org/10.1249/00005768-198205000-00012

 

Borloti, E., Bezerra, A.C.M., e Balbi Neto, R.R. de Q. (2010). Mulheres, estressores no relacionamento interpessoal e seu enfrentamento. Interpersona: An International Journal on Personal Relationships, 4(1), 127-156. https://doi.org/10.5964/ijpr.v4i1.46

 

Bortoli, R. de, Freire, S., Macedo, R., Lima, G., Sobrinho, H., e Messias, S. (2015). Alterações do estado de humor em praticantes de ecofitness. Psicologia, Saúde & Doenças, 16(2), 164-173. http://dx.doi.org/10.15309/15psd160203

 

Brandt, R., Viana, M.D.S., Segato, L., e Andrade, A. (2010). Estados de humor de velejadores durante o Pré-Panamericano. Motriz. Revista de Educação Física. UNESP, 16(4), 834-840. https://doi.org/10.5016/1980-6574.2010v16n4p834

 

Brandt, R., Viana, M. da S., Segato, L., Kretzer, F. L., Carvalho, T. de, e Andrade, A. (2011). Relações entre os estados de humor e o desempenho esportivo de velejadores de alto nível. Psicol. Teor. Prat, 13(1), 117-130. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-36872011000100009&script=sci_abstract

 

Brondani, M.A., Hollerbach, M.D., Silva, G.P., Pinto, E.R., e Corrêa, A.S. (2019). Depressão em estudantes universitários: Fatores de risco e sua relação nesse contexto. Disciplinarum Scientia, 20(1), 137-149. https://doi.org/10.37777/2629

 

Campos, C.G., Muniz, L.A., Belo, V.S., e Lima, M.C. (2019). Conhecimento de adolescentes acerca dos benefícios do exercício físico para a saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva. 24(8), 2951-1958. https://doi.org/10.1590/1413-81232018248.17982017

 

Chekroud, SR, Gueorguieva, R., Zheutlin, AB, Paulus, M., Krumholz, HM, Krystal, JH, e Chekroud, AM (2018). Association between physical exercise and mental health in 1·2 million individuals in the USA between 2011 and 2015: a cross-sectional study. The Lancet Psychiatry, 5(9), 1-7. https://doi.org/10.1016/S2215-0366(18)30227-X

 

Faria, VC, Pereira, ICS, Carvalho, MA, Lima, EA, Miranda, RS, Pussieldi, GA, e Simplício, AT (2017). Espaço Movimento: Physical exercise program as prevention strategy in supplementary care. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 22(3), 270-277. https://doi.org/10.12820/rbafs.v.22n3p270-277

 

Ferreira, A.C., Dias, J.M.C., Fernandes, R.M., Sabino, G.S., Anjos, M.T.S., e Felício, D.C. (2012). Prevalence and associated risks of injury in amateur street runners from Belo Horizonte, MG. Rev Bras Med Esporte, 18(4), 252-255.https://doi.org/10.1590/S1517-86922012000400007

 

Fonseca, T.Z. (2012). Corrida de rua: o aumento do número de praticantes migrando para maratonas. Lecturas: Educación Física y Esportes, 16(164). https://efdeportes.com/efd164/corrida-de-rua-o-aumento-do-numero-de-praticantes.htm

 

Fossati, C., Torre, G., Vasta, S., Giombini, A., Quaranta, F., Papalia, R., e Pigozzi, F. (2021). Exercício Físico e Saúde Mental: Os Percursos de uma Relação Recíproca. Int J Environ Res Saúde Pública, 18(23), 1-10. https://doi.org/10.3390/ijerph182312364

 

Foster, C., Florhaug, JA, Franklin, J., Gottschall, L., Hrovatin, LA, Parker, S., Doleshal, P., e Dodge, C. (2001). A New Approach to Monitoring Exercise Training. Journal of Strength and Conditioning Research, 15(1). https://doi.org/10.1519/1533-4287(2001)015<0109:ANATME>2.0.CO;2

 

Foster, C., Heimann, K.M., Esten, P.L., Brice, G., e Porcari, J.P.P. (2001). Differences in perceptions of training by coaches and athletes. The South African journal of medical sciences, 8(2), 3-7. https://www.researchgate.net/publication/299559936

 

Freire, K.C. (2022). Inter-relação da saúde mental das mulheres na prática regular de atividade física. Revista Interdisciplinar da FARESE, 4(1), 209-214. https://revista.grupofaveni.com.br/index.php/revistainterdisciplinardafarese/article/view/957

 

Gordon, C.C., Chumlea, W., e Roche, A.F. (1988). Stature recumbent length and weight. In T.G. Lohman, A.F. Roche, e R. Martorell (Eds.), Anthropometric standardization reference manual (pp. 3-8). Human Kinetics Books.

 

Gula, J.N., Mattes, V.V., Paludo, A.C., Silva, M.P., e Tartaruga, M.P. (2019).Perfil motivacional e estado de humor em corredores de rua integrantes de grupos de corrida. ConScientiae Saúde, 18(4). 444-454. https://doi.org/10.5585/conssaude.v18n4.14826

 

Heyward, V.L., e Stolarczyk, L.M. (2000). Avaliação da Composição Corporal Aplicada (Vol. 1). Editora Manole.

 

Kandola, A., Ashdown-Franks, G., Hendrikse, J., Sabiston, C.M., e Stubbs, B. (2019). Physical activity and depression: Towards understanding the antidepressant mechanisms of physical activity. Neurosci Biobehav Rev., 107(2) 525-539. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2019.09.040

 

Johnston, C.A.M., Taunton, J.E., Lloyd-Smith, D.R., e McKenzie, D.C. (2003). Preventing running injuries. Practical approach for family doctors. Canadian Family Physician, 49(Sept.). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14526862/

 

McNair, D.M., Lorr, M., e Droppleman, L.F. (1971). EITS Manual for the Profile of Mood States. Educational and Industrial Testing Service.

 

Nielsen, R.Ø., Parner, E.T., Nohr, E.A., Sørensen, H., Lind, M., e Rasmussen, S. (2014). Excessive progression in weekly running distance and risk of running-related injuries: An association which varies according to type of injury. Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy, 44(10). https://doi.org/10.2519/jospt.2014.5164

 

Oswaldi, F., Campbell, J., Williamson, C., Richards, J., e Kelly, P. (2020). A Scoping Review of the Relationship between Running and Mental Health. Int J Environ Res Saúde Pública, 17(21), 1-39. https://doi.org/10.3390/ijerph17218059

 

Pearce, M., Garcia, L., Abbas, A., Strain, T., Schuch, F.B., Golubic, R., Kelly, P., Khan, S., Utukuri, M., Laird, Y., Mok, A., Smith, A., Tainio, M., Brage, S., e Woodcock, J. (2022). Association Between Physical Activity and Risk of Depression: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Psychiatry, 79(6), 550-559. https://doi.org/10.1001/jamapsychiatry.2022.0609

 

Rohlfs, I.C.P. de M. (2006). Validação do teste BRUMS para a avaliação de humor em atletas e não atletas brasileiros (p. 110). Universidade do Estado de Santa Catarina.

 

Santos, A.A., e Nascimento, F.W.A. (2022). Biomecânica da corrida e lesões decorrentes aos erros dos movimentos: Uma revisão bibliográfica. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 8(7), 1091-1101. https://doi.org/10.51891/rease.v8i7.6395

 

Santos, L.B., Palacio, E.A., González. (2019). Efectos del volumen de entrenamiento sobre el estado de ánimo en corredores de maratón aficionados. Lecturas: Educación Física y Esportes, 24(256). https://www.efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/article/view/895

 

Silva, S. da, e Kruszielski, L. (2008). Estresse e Depressão em Mulheres Trabalhadoras da Indústria Têxtil. Psico Dom, 2(2), 1-21. https://www.researchgate.net/publication/263424777

 

Siri, W.E. (1961). Body Composition From Fluid Spaces and Density: Analysis of Methods. In J. Brozek, e A. Henschel (Eds.), Techniques for measuring body composition (pp. 223-244). National Academy of Science.

 

Tourinho, E.Z. (2003). A produção de conhecimento em psicologia: a análise do comportamento. Psicologia: Ciência e Profissão, 23(2), 30-41. https://doi.org/10.1590/s1414-98932003000200006

 

Vieira, J.L.L., Rocha, P.G.M. da, e Porcu, M. (2008). Influência do exercício físico no humor e na depressão clínica em mulheres TT - Physical exercise's influence in mood and clinical depression in women. Motriz Rev. Educ. Fís. (Impr.), 14(02), 179-186. https://doi.org/10.5016/1444

 

Vieira, L.F., e Gaion, P.A. (2009). Impacto da síndrome pré-menstrual no estado de humor de atletas. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 58(2), 101-106. https://doi.org/10.1590/S0047-20852009000200006

 

Vieira, L.F., Oliveira, J.S. de, Gaion, P.A., Oliveira, H.G. de, Rocha, P.G.M. da, e Vieira, J.L.L. (2010). Estado de humor e periodização de treinamento: um estudo com atletas fundistas de alto rendimento. Revista da Educação Física/UEM, 21(4). https://doi.org/10.4025/reveducfis.v21i4.10454


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 306, Nov. (2023)