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ISSN 1514-3465

 

Assoalho pélvico e exercício físico: uma análise 

da compreensão dos Educadores Físicos

Pelvic Floor and Physical Exercise: an Analysis of Physical Educators' Understanding

Suelo pélvico y ejercicio físico: un análisis de la comprensión de los educadores físicos

 

Luana Cristine Pittas Teixeira*

luuh_teixeira@hotmail.com

Marília Martins**

mariliatins@gmail.com

Maria Simone Vione Schwengber***

simone@unijui.edu.br

Daniela Zeni Dreher****

daniela.dreher@unijui.edu.br

 

*Graduação em Educação Física

pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Atualmente trabalha com atendimento personalizado

de Treinamento Físico Funcional

**Graduada em Fisioterapia

pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Mestrado em Atenção Integral à Saúde pela Universidade de Cruz Alta

em parceria com a UNIJUÍ

***Graduação em Educação Física

Mestrado em Educação nas Ciências

pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Atualmente é professora assistente da UNIJUÍ

Pesquisadora membro atuante do Grupo de Estudos de Educação

e Relações de Gênero (GEERGE/UFRGS/CNPq)

e do grupo do Grupo de Estudo e Pesquisa Paidotibus em (Ijui-CNPq)

****Graduada em Fisioterapia e Especializada em Fisiologia do Exercício

pela Universidade de Cruz Alta

Mestrado em Engenharia de Produção - ênfase em qualidade e produtividade

pela Universidade Federal de Santa Maria

Doutora em Educação nas Ciências pela UNIJUÍ

Professora adjunta da UNIJUÍ

(Brasil)

 

Recepção: 22/10/2020 - Aceitação: 29/12/2020

1ª Revisão: 19/11/2020 - 2ª Revisão: 23/12/2020

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Teixeira, L.C.P., Martins, M., Schwengber, M.S.V., e Dreher, D.Z. (2021). Assoalho pélvico e exercício físico: uma análise da compreensão dos educadores físicos. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(273), 114-127. https://doi.org/10.46642/efd.v25i273.2646

 

Resumo

    Este artigo tem por objetivo identificar quais são os conhecimentos que os profissionais de Educação Física têm sobre a função do assoalho pélvico e sua relação com exercícios físicos. Trata-se de um estudo transversal descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa por meio de perguntas abertas e um questionário autoaplicável. A maioria dos profissionais tem certo conhecimento acerca do tema assoalho pélvico, porém, não conseguem conceituá-lo com propriedade uma vez que as explicações são vagas, reticentes, até confusas. Há necessidade deste assunto ser abordado e discutido no processo de formação profissional e também ser foco de educação continuada.

    Unitermos: Educação Física. Assoalho pélvico. Exercício físico. Incontinência urinária.

 

Abstract

    This article aims to identify the Physical Education professionals' knowledge about the function of the pelvic floor and its relationship with physical exercises. It is a cross-sectional descriptive study with a qualitative and quantitative approach, through open-ended questions and a self-answered questionnaire. Most professionals have some knowledge about the subject pelvic floor, however, they cannot conceptualize it properly since the explanations are vague, reticent, even confusing. There is need for this subject to be addressed and discussed in the process of professional training and also be focus of continuing education.

    Keywords: Physical Education. Pelvic floor. Physical exercise. Urinary incontinence.

 

Resumen

    Este artículo tiene como objetivo identificar cuál es el conocimiento que tienen los profesionales de la Educación Física sobre la función del suelo pélvico y su relación con los ejercicios físicos. Se trata de un estudio descriptivo transversal con abordaje cualitativo y cuantitativo mediante preguntas abiertas y un cuestionario autoadministrable. La mayoría de los profesionales tienen algún conocimiento sobre el tema del suelo pélvico, sin embargo, son incapaces de conceptualizarlo adecuadamente ya que las explicaciones son vagas, reticentes e incluso confusas. Es necesario que este tema sea abordado y discutido en el proceso de formación profesional y también en la educación permanente.

    Palabras clave: Educación Física. Suelo pélvico. Ejercicio físico. Incontinencia urinaria.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 273, Feb. (2021)


 

Introdução 

 

    A preocupação cada vez maior com a saúde e bem-estar para além da estética se reflete no aumento da demanda nas academias. Segundo Nota Técnica do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) n° 002/2012, o Educador Físico é capacitado para trabalhar nos campos da prevenção, promoção, proteção e reabilitação física, com a responsabilidade de prescrever/acompanhar/orientar os exercícios físicos quanto: a intensidade, frequência e duração, com um programa de exercícios adequado às necessidades, respeitando as particularidades dos sujeitos. Para tal, considera as condições de saúde, possíveis fatores de risco ou doença, condicionamento físico, limitações, objetivos e preferências pessoais. (CONFEF, 2012)

 

    Assim, entende-se que os profissionais estejam preparados para colher por meio da anamnese todas as informações necessárias para a prescrição dos exercícios. Uma das perguntas importantes a fazer se refere à função da continência urinária, uma vez que a principal disfunção do assoalho pélvico se refere à perda desta. A incontinência urinária é um problema de saúde pública e afeta principalmente as mulheres, com prejuízo nos aspectos físicos e psíquicos. Acomete também na gravidez e na menopausa alguns dos fatores de risco e pode acometer todas as faixas etárias com repercussões na qualidade de vida. (Santos, Mendonça, Alves, e Barbosa, 2006; Higa, Lopes, e Reis, 2008; Henkes et al., 2015)

 

    Recentemente, estudo multicêntrico realizado em cinco capitais brasileiras evidenciaram uma prevalência de 45,5% de mulheres incontinentes acima dos 40 anos (Soler, Gomes, Averbeck, e Koyama, 2018). A mulher é mais suscetível anatomicamente, fisiologicamente e também está exposta à eventos que modificam o funcionamento dos mecanismos de continência. A maioria não relata sobre as condições dessa patologia devido à falta de informação, pois geralmente pensam que se trata de algo normal ou até mesmo sem cura, o que atrasa ou impede a busca por um tratamento adequado. (Klüber, Moriguchi, e Cruz, 2002; Higa et al., 2008; 2010)

 

    A prática de exercícios físicos de alto impacto/esforço são considerados fatores preponderantes para o desenvolvimento da incontinência urinária, pois nestes há aumento da pressão intra-abdominal que pode resultar em disfunções do assoalho pélvico (Caetano, Tavares, e Lopes, 2007; Martines, Dambros, e Tamanini, 2014). O assoalho pélvico tem como função a sustentação de órgãos; promove a resistência ao aumento da pressão intra-abdominal e ainda são responsáveis pelo mecanismo de continência urinária (Fozzatti, e Herrmann, 2014). O desconhecimento do próprio corpo e da importância de utilizar essa musculatura torna a mulher mais suscetível à perda urinária; o que ocasiona desconforto e insegurança durante o treinamento ou no cotidiano. (Glisoi, e Girelli, 2011; Rosa et al., 2016)

 

    Assim, enfatiza-se a importância de conhecer e fortalecer os músculos do assoalho pélvico antes de ingressar à prática de exercícios físicos. O profissional deve estar capacitado para prescrevê-los sem prejudicar o assoalho pélvico, além de prevenir disfunções. Entretanto, grande parte dos profissionais não está preparado para reconhecer a patologia e atender esta especificidade, o que implica diretamente no agravamento dos sintomas e até no surgimento da mesma. Durante a prática de exercícios, os educadores físicos deveriam orientar sobre a localização da musculatura pélvica a fim de ensinar a contraí-la voluntariamente durante o treino (Caetano et al., 2007; Silva et al., 2016). Logo, é importante identificar possíveis sintomas de incontinência e viabilizar estratégias que amenizem o problema. (Caetano et al., 2007).

 

    A prática de exercícios físicos e a incontinência urinária tem sido tema de alguns estudos (Bo, 1992; Almeida, e Machado 2012; Patrizzi, Viana, Silva, e Pegorari, 2014; Frigo, Bordin, e Romeiro, 2015; Da Roza et al., 2018). Contudo, pesquisas sobre o conhecimento do profissional de Educação Física acerca da relação da incontinência urinária com a prática de exercícios físicos não foram encontrados. Assim, o presente estudo tem por objetivo identificar quais são os conhecimentos que os profissionais de educação física têm sobre a função do assoalho pélvico e sua relação com exercícios físicos.

 

Métodos 

 

    Estudo do tipo transversal descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa aprovado pelo Comitê de Ética da UNIJUÍ, sob parecer nº 75923417.0.0000.5350. A seleção dos sujeitos ocorreu por meio de consulta eletrônica na página do Conselho Regional de Educação Física (CREF) para inicialmente verificar o número de academias presentes no município estudado. Das 16 academias registradas, 10 autorizaram a realização da pesquisa. Dos 28 profissionais alocados às mesmas, 20 aceitaram participar do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

 

    Os participantes responderam a nove perguntas abertas com o propósito de compreender qual a sua concepção acerca do assoalho pélvico e puderam declarar se já ouviram falar sobre o assunto e se conheciam sua função e localização. Também, foram indagados quanto à abordagem do tema na graduação; as consequências do enfraquecimento destes músculos; se percebem a relação existente entre o esforço e a incontinência urinária; e, quanto à metodologia de trabalho com incontinentes. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra para posterior análise.

 

    Em seguida, cada participante respondeu a um questionário autoaplicado com 17 perguntas fechadas adaptadas para o objetivo da pesquisa. Parte do questionário é uma adaptação do instrumento utilizado por Alves et al. (2013) e foram incluídas seis questões elaboradas pelas autoras do estudo. As respostas para as perguntas de um a 13 foram: concordo, discordo e não sei. As demais são de múltipla escolha e relacionaram-se a estrutura e função do assoalho pélvico.

 

    Para a análise qualitativa, o conteúdo temático foi explorado e apresentado conforme a unidade de significados que naturalmente insurge das entrevistas de acordo com as perguntas; os dados quantitativos foram apresentados pela frequência absoluta com auxílio do programa Excel, Windows 7. Para apresentar trechos das entrevistas, cada profissional será denominado como Educador Físico acrescido de uma letra alfabética em caixa alta de A a S.

 

Resultados 

 

    Dos 20 participantes, 19 realizaram a entrevista e 20 preencheram o questionário. Na primeira questão: “Já ouviu falar sobre assoalho pélvico?” observou-se que nem todos os que afirmaram já ter ouvido falar em assoalho pélvico o explicaram satisfatoriamente.

 

    Na questão: “qual a função do assoalho pélvico?” foram citados: o suporte para os órgãos pélvicos, com oito referências, destes, dois o relacionaram à gestação e dois referiram à função de proteção embora não tenham conseguido mencionar como esta acontece. Dois entrevistados percebem ligação entre essa musculatura e a função sexual e dois citaram a função da continência. Outro aspecto interessante foi à relação estabelecida da função com a “postura”, “sustentação da faixa abdominal”, “sustentação da lombar” e “sustentação do tronco” com uma citação cada. Em contrapartida, disfunções foram citadas como função, a incontinência urinária foi mencionada por seis entrevistados, o prolapso de órgãos foi citado por três e um citou a incontinência fecal. Ainda, nesta questão, um profissional mencionou a importância de fortalecer o assoalho pélvico em caso de obesidade.

 

    Abaixo apresentamos fragmentos das entrevistas, o primeiro, mostra uma representação adequada acerca da função; o segundo confunde função e disfunção.

    “Assoalho pélvico é um conjunto de musculatura. Ele é denominado na literatura em senso comum como a chamada cama elástica que sustenta os órgãos pélvicos... intestino, útero e bexiga... a musculação tem uma ação muito direta com o assoalho pélvico porque, dependendo dos exercícios, principalmente os lombares e exercícios abdominais geram uma pressão muito forte... se você não ensinar as meninas a fazer contração perineal para que ativem a musculatura pélvica, com certeza, você dá certos problemas para elas.” (Educador Físico G)

 

    “Pois é (breve silêncio) ele serve (breve silêncio) para uma incontinência urinária, né?... E acontece muito é (breve silêncio), é com as mulheres, mais é com mulheres né?” (Educador Físico I)

    Para a questão: “Conseguiria localizar o assoalho pélvico em seu corpo?” nove não souberam e cinco citaram localizações inadequadas, como: envolve a musculatura glútea e adutora; localiza-se na sínfise púbica, entre as tubas uterinas e uretra, com uma citação cada e dois o localizaram na parte superior da pelve. Os outros cinco estabeleceram localização adequada, conforme segue:

    “É toda essa parte mais inferior da nossa estrutura, que é na parte da tradicional bacia... é toda essa parte inferior que sustenta nossas partes de genitálias, intestino, toda essa parte inferior.” (Educador Físico B)

 

    “Assoalho pélvico é um músculo que está localizado entre os ossos da região pélvica.” (Educador Físico L)

    Na pergunta: “Você entende que a graduação lhe proporcionou conhecimentos sobre o assoalho pélvico?” 14 afirmaram que não e cinco referiram que foi abordado em caráter informativo. Após a graduação 12 afirmaram ter procurado informações sobre o tema, conforme segue:

    “Não. Pelo fato de ser um tema, eu acho bem, assim, pouco esclarecido eu diria, mas sei lá, por ser músculos mais internos também... então essa questão assim na Universidade eu não tive nenhum tipo de material sobre... O pouco que eu sei referente a isso é porque busquei fora.” (Educador Físico F)

 

    “Na minha graduação, não. Quando eu me formei a gente não falava sobre isso... talvez eu até tivesse visto falar, mas não foi aprofundado, não.” (Educador Físico K)

    Quando questionados: “Você sabe o que acontece quando estes músculos estão enfraquecidos?”. A incontinência urinária foi referida 16 vezes; o prolapso de órgãos pélvicos cinco; e, outras disfunções também foram citadas:

    “Enquanto homem e mulher. Do pouco que eu sei ele tem uma diferença, né? Na mulher eu sei que influencia enquanto ela pode ficar incontinente como o homem também... como mulher que se engravidar pode haver deslocamento, por exemplo, como é que é o nome da palavra quando um órgão se desloca? Mas é (breve silêncio) tem algum nome para isso; enquanto o homem eu sei que influencia no tempo de resposta à ejaculação...” (Educador Físico G)

 

    “É que nem eu falei incontinência urinária, né? Depois, consequentemente, mais tarde incontinência fecal, a falta de vontade de ter relação sexual e na própria relação sexual acaba sendo um sacrifício, é sinal que tá tendo esses problemas...” (Educador Físico I)

    Na sequência, foram questionados sobre a relação entre o enfraquecimento do assoalho pélvico e a incontinência: “Você acredita que o enfraquecimento desses músculos tem ligação direta com a Incontinência Urinária?”. 15 concordaram com esta afirmação; dois disseram que o enfraquecimento não tem relação com a perda de urina; e outros dois não têm certeza. Nos trechos abaixo um estabelece relação entre enfraquecimento e incontinência e outro não.

    “Com certeza, porque se tu não trabalhar o assoalho pélvico... é muito perto da tua bexiga, então se tu não trabalhar esse músculo, ele vai ser um fator pra ter incontinência urinária.” (Educador Físico C)

 

    “Acredito que não. Tem outros fatores também... em função de infecções urinárias constantes não tratadas, não curadas, também acontece essa perda... já tive acompanhamento de alunos que não foi por falta de tônus muscular.” (Educador Físico S)

    Na pergunta: “Indicaria atividades com impacto ou que exigem muito esforço para pessoas incontinentes?” 17 relataram que não; destes, sete realizariam inicialmente o fortalecimento do assoalho pélvico. Um indicaria atividade com impacto somente se concomitante ao fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. E um profissional não compreende a incontinência como perda de urina, pois afirmou que: “para indicar exercícios de impacto dependeria do grau de incontinência”, porém, se contradiz ao afirmar que: “se a pessoa já tem a perda urinária não indicaria”. Dentre os que não indicariam atividades de esforços para incontinentes destacamos os seguintes trechos:

    “Não, porque (breve silêncio)pra quem tem incontinência urinária vai contribuir para alguns escapes, entendeu? Por exemplo, um jump, uma corrida...contribuiria de uma forma negativa, entende?” (Educador Físico A)

 

    “Eu acho que se tem impacto não pode fazer, não pode de jeito nenhum, nem muito esforço, né? Tem que fazer exercício pra fortalecer, pra evitar que agrave a situação.” (Educador Físico O)

    Na questão: “Tem uma metodologia para trabalhar na academia com pessoas incontinentes?”, 12 relataram não dispor de nenhuma metodologia. Os cinco que afirmaram ter citaram como métodos: aconselhar a contração do assoalho pélvico durante a ginástica localizada; trabalhar com os transversos do abdômen e “vácuo” (ginástica hipopressiva) afirmando ainda que insere esse exercício no treino de todas as pessoas acima de 40 anos; trabalhar a musculatura do assoalho pélvico durante o treinamento funcional; uma não soube explicar e outro citou o protocolo de exercícios isométricos, sem especificar qual, contudo relatou ainda que não tem só uma metodologia, mas que isso dependeria do grau de incontinência e faixa etária.

 

    Dos outros dois entrevistados, um afirmou não trabalhar com essa musculatura e outro refere que por meio de seus conhecimentos conseguiria desenvolver “fácil uma metodologia”, porém não soube especificar. Ainda, nessa mesma questão, alguns profissionais declararam que este assunto é importante na educação física.

    “....uma das metodologias mais usadas é a questão dos trabalhos isométricos, trabalhos que exigem que tu tenha uma boa contração da musculatura do assoalho pélvico... fazer com que o aluno tenha essa consciência corporal pra ele poder fazer isso.” (Educador Físico C)

 

    “...eu daria uns exercícios que eu acredito que já iriam ajudar e, com certeza, se eu tivesse que orientá-los, eu iria buscar mais orientações... estudos aprofundados com exercícios que iriam trabalhar especificamente a musculatura do assoalho pélvico...” (Educador Físico S)

    A seguir, são apresentados os resultados do questionário de múltipla escolha. Quando inqueridos sobre qualidade de vida, prevalência e queixa da incontinência urinária ao médico, 13 concordaram que “a maioria das pessoas que têm incontinência urinária não tem uma boa qualidade de vida”, seis discordaram e um não soube; 15 concordaram que “mulheres têm maior probabilidade de desenvolver a incontinência urinária do que homens”, três discordaram e dois não souberam; nove concordaram que “a maioria das pessoas que têm incontinência urinária falam com seus médicos sobre isso”, cinco discordaram, cinco não souberam e um não respondeu.

 

    Referente às afirmações sobre o tratamento e resolutividade da Incontinência Urinária, 14 discordaram que “quando uma pessoa começa a perder o controle de urina frequentemente, dificilmente irá recuperar o controle completo”, três concordaram com a afirmação e três não souberam responder; 19 concordaram que “muitas pessoas com incontinência urinária podem ser curadas e quase todas podem melhorar significativamente”, apenas um não respondeu; 18 discordaram que “geralmente o melhor tratamento para incontinência urinária é a cirurgia”, um concordou com a afirmação e um não soube responder; referente à questão “além de fraldas e sondas, pouco pode ser feito para tratar ou curar a incontinência urinária” todos discordaram.

 

    Quando as afirmações se referem ao envelhecimento e a perda urinária, 12 profissionais discordaram que “perda involuntária de urina, geralmente chamada de bexiga furada ou incontinência urinária, é um dos resultados normais do envelhecimento”, sete concordaram com a afirmativa e um não respondeu; 13 discordaram que “a maioria das pessoas irá involuntariamente ou acidentalmente perder o controle de sua urina quando atingirem 85 anos”, cinco concordaram e dois não souberam responder.

 

    Todos os entrevistados concordaram com as seguintes afirmativas: “alguns exercícios podem ajudar no controle de urina quando uma pessoa começa a perder urina frequentemente” e “existem exercícios que podem ajudar no controle de urina quando uma pessoa tem perda quando tosse, ri ou espirra”.

 

    Quando relacionado o exercício físico de alto impacto e a perda urinária 10 educadores concordaram que “as práticas de atividades físicas de alto impacto são fatores que podem desenvolver a Incontinência Urinária”, oito discordaram e dois não responderam. Na afirmação “a maioria dos profissionais de Educação Física, durante a anamnese, perguntam aos alunos se eles têm problemas com o controle de urina” 15 discordaram, quatro não souberam responder e um concordou.

 

    Nas questões assertivas de escolha única referente à localização do assoalho pélvico, 17 profissionais entendem que o assoalho pélvico se localiza na parte inferior da bacia e três na parte inferior do abdômen. Nove apontaram que o assoalho pélvico é formado por um conjunto de músculos e ligamentos, oito por um conjunto de músculos, ligamentos e órgãos da pelve e, três que é composto somente por músculos. A função do assoalho pélvico foi relacionada ao controle da eliminação de urina e fezes, sustentação do bebê, parto e função sexual por 15 educadores, quatro afirmaram que ele não é responsável pelo controle da urina e sim por sustentar os órgãos pélvicos e abdominais e um não respondeu. Referente às disfunções do assoalho pélvico, 12 apontaram que se este não funciona bem ocorre queda da bexiga, incontinência urinária e fecal e, problemas sexuais; seis relacionaram a disfunção com a queda da bexiga e a incontinência urinária e fecal; um relacionou apenas com a queda da bexiga e outro não assinalou nenhuma das alternativas correspondentes.

 

Discussão 

 

    O desconhecimento sobre o assoalho pélvico, sua localização e função revela uma fragilidade no processo de formação de Educadores Físicos, pois a maioria demonstrou não ter informações suficientes ao tema e sua importância na prescrição dos exercícios. Sabe-se que a prática de exercício físico pode desenvolver a incontinência urinária, ainda, pode evidenciar ou agravar os sintomas em função do aumento da pressão intra-abdominal repetitiva sobre os músculos do assoalho pélvico. (Patrizzi et al., 2014; Frigo et al., 2015)

 

    O tema assoalho pélvico e incontinência urinária no âmbito da Educação Física só ganhou espaço a partir do fim da década de 80 quando começaram a surgir pesquisas que comparassem o impacto da atividade física sobre a musculatura (Bo, 1992). Ainda assim, mesmo décadas depois, evidencia-se que existe uma lacuna na formação dos profissionais quanto aos exercícios para os músculos do assoalho pélvico, o que não é coerente, uma vez que esses fazem parte da atividade funcional e merecem a mesma atenção que os demais. (Caetano, Tavares, Lopes, e Poloni, 2009)

 

    Essa reflexão se traduz na necessidade de incluir o tema na graduação uma vez que, a função e localização do assoalho pélvico ainda requerem desmistificação, pois é tida como tabu na sociedade; e, sabe-se que é através da capacitação que o profissional terá conhecimento e estará apto para desenvolver estratégias coerentes de abordagem conforme o tipo de disfunção. Na mulher, a principal disfunção é a incontinência urinária (Baracho, Figueiredo, e Gontijo, 2014). Entretanto, Figueiredo, e Cruz (2014) complementam ainda que as disfunções não ocorrem de forma isolada, sendo comum a presença de mais de uma delas.

 

    A maioria dos Educadores Físicos entrevistados tem a concepção de que a incontinência urinária pode ocorrer em consequência da fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e entendem que quando uma pessoa está com incontinência, inicialmente a prática de exercício físico deve ser precedida por um treinamento específico para estes músculos, especialmente ao considerar que cerca de 30% das mulheres não conseguem realizar a contração do assoalho pélvico (Bo, e Sherburn, 2005). Silva et al. (2016) enfatizam que o treinamento destes músculos deve vir juntamente com os exercícios de maior impacto, independente da presença ou não de disfunções. Em estudo que avaliou 60 mulheres que praticaram aulas de Jump e Step durante oito semanas aliadas a exercícios para a musculatura pélvica evidenciou-se que o programa foi eficiente para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, apesar do impacto (Silva et al., 2016). Diante disso, os profissionais precisam incluir estes exercícios no programa de treinamento.

 

    Em nossos resultados, não foi citado nenhum protocolo específico para os músculos do assoalho pélvico, no entanto, a ginástica hipopressiva foi mencionada como técnica de fortalecimento por um entrevistado. Esta técnica compreende um conjunto de posturas associadas a movimentos respiratórios que provocam uma queda na pressão intra-abdominal, ativação sinérgica de músculos do pavimento pélvico e músculos abdominais, especialmente o transverso abdominal. A ativação desse músculo pode coativar a musculatura do assoalho pélvico. Em longo prazo, leva ao aumento no tônus do assoalho pélvico e músculos abdominais, diminuindo significativamente o risco de perda urinária. (Valente et al., 2015)

 

    Essa pode ser uma boa estratégia visto que os transversos do abdômen juntamente com os oblíquos possuem uma importante interação com a musculatura pélvica; ou seja, por meio de um protocolo de treinamento para os músculos abdominais (transversos do abdômen e oblíquos) podemos promover uma melhor contração dos músculos do assoalho pélvico também, isso se ela for bem orientada (Silva, 2015). Frente a essa discussão, cabe salientar que apesar da sinergia muscular, os exercícios específicos para o assoalho pélvico não são substituídos por exercícios, como: ponte, ginástica hipopressiva e para adutores de quadril. Entretanto, quando se orienta esses exercícios podemos solicitar contrações voluntárias do assoalho pélvico.

 

    Embora, tenhamos observado que a maioria dos profissionais tem a concepção de que a incontinência urinária pode prejudicar a qualidade de vida das pessoas acometidas por esta patologia, ainda há uma parcela que discorda desse fato, evidenciando assim a falta de informações a respeito da mesma. Bomfim, Soutinho, e Araújo (2014) esclarecem que essa patologia implica tanto na esfera psicológica quanto física e social e pode acarretar depressão.

 

    Além disso, no presente estudo, a maioria dos profissionais concordam que as mulheres tem maior probabilidade de desenvolver incontinência urinária em relação aos homens. Este fato é corroborado por Soler et al. (2018) que encontrou uma prevalência de incontinência urinária de 45,5% entre as mulheres e apenas 14,7% nos homens acima dos 40 anos. Embora o percentual seja menor que o do público feminino, percebemos que o homem também está sujeito ao desenvolvimento dessa patologia. Os fatores relevantes que levam as mulheres a ter maior prevalência é a sua anatomia pélvica que é mais rasa e aberta, devido às necessidades no período da gravidez e no parto, o que predispõe o assoalho pélvico ao enfraquecimento subsequente (Palma, e Portugal, 2014). Ainda, com a queda do estrogênio que ocorre durante a pós-menopausa há uma perda de tônus uretral devido à diminuição em sua coaptação o que contribui para a perda urinária. (Castro, Alvarenga, e Baracho, 2018)

 

    A diminuição da complacência uretral, como também a ausência de contratilidade do detrusor, tornam as pessoas idosas mais vulneráveis ao desenvolvimento da incontinência urinária, no entanto, está não deve ser vista como um processo natural do envelhecimento, mas sim como uma doença, que pode ser tanto prevenida como tratada (Sebben, e Filho, 2008; Cruz, 2015). Os autores Silva, e Lopes (2009) também corroboram com esta afirmação e acrescentam que a associação dessa doença ser própria da idade leva 56% das mulheres a não buscarem auxílio de profissionais, além disso, 71% desconsideram este problema como uma doença, o que pode agravar os sintomas.

 

    Observa-se que há um desconhecimento acerca desta patologia tanto pela população em geral como por parte dos profissionais. A maioria dos entrevistados acreditam que as mulheres incontinentes referem à queixa da perda aos seus médicos; porém Silva et al. (2013) em estudo transversal analítico afirmam que apenas um terço das mulheres relataram a perda aos profissionais da saúde, o que caracteriza a incontinência urinária, conforme Yip, e Cardozo (2007) uma epidemia silenciosa.

 

    Quanto à população em geral, Silva, e Lopes (2009) afirmam que um dos motivos que contribuem para que as mulheres não se queixem da incontinência é o desconhecimento em relação ao tratamento. Neste estudo que avaliaram 213 mulheres com idades entre 21 e 76 anos, os autores observaram que 45,7% desconheciam qualquer forma de tratamento para a incontinência e 65,7% não buscaram ajuda por entenderem que o escape de urina é algo normal. Desse modo, os sintomas podem se agravar, além de impedir a realização do diagnóstico e intervenção precoce. (Higa et al., 2010)

 

    Então, se de um lado ainda existe uma grande dificuldade das pessoas falarem sobre os sintomas relacionados à incontinência, por outro é necessário que os profissionais, além de estarem munidos de informações referentes a esse assunto, ainda indaguem seus clientes sobre possíveis perdas involuntárias de urina e orientem os mesmos a buscar tratamento adequado (Camillato, Barra, e Silva Jr, 2012). Para tanto, entendemos que é necessário incluir na anamnese perguntas referentes a possíveis perdas, possibilitando que os mesmos falem a respeito dessa disfunção e possam ser tratados de maneira correta por meio de exercícios indicados para cada caso.

 

    Os tratamentos disponíveis dividem-se em conservador e cirúrgico. Conforme a Sociedade Internacional de Continência, o tratamento conservador é considerado primeira linha na reabilitação (Hay et al., 2013). Dentre estas, Sebben, e Filho (2008) citam técnicas de fisioterapia como, propriocepção do assoalho pélvico, treinamento dos músculos do assoalho pélvico, reeducação manual, cones vaginais, biofeedback (aparelhos que emitem sinais visuais ou sonoros em resposta à contração muscular) e eletroestimulação. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico, também podem ser utilizados como medida protetiva no intuito de fortalecer a musculatura durante o exercício físico.

 

    Desse modo, entende-se que esta patologia tem tratamento resolutivo ou melhora significativa dos sintomas. O tratamento cirúrgico só é indicado em casos específicos após criteriosa avaliação médica. Para tal, segundo Camillato, Barra, e Silva Jr. (2012) o tratamento conservador deve ser realizado por no mínimo três meses antes da indicação cirúrgica.

 

Conclusões 

 

    A maioria dos educadores físicos apresentam conhecimento acerca do tema assoalho pélvico, possuem representações da localização e função do mesmo, porém não conseguem conceituá-lo com propriedade, pois durante as entrevistas suas explicações foram vagas, reticentes, até confusas.

 

    No que diz respeito à possibilidade de aplicação de um protocolo específico para o assoalho pélvico nenhum entrevistado relatou fazer uso, contudo, parecem compreender a ação sinérgica de glúteos, adutores e abdômen. Desse modo, enfatizamos a importância de conhecer as condições do assoalho pélvico de seus alunos antes de prescrever à prática de exercícios físicos, para isto uma avaliação funcional do assoalho pélvico realizada por um fisioterapeuta pode ser uma estratégia adotada.

 

    A qualificação dos bacharéis em Educação Física acerca dessa temática é fundamental, pois eles estão em contato direto com a população nas academias e devem estar preparados para orientar e prescrever exercícios a fim de minimizar os riscos e otimizar os benefícios que a prática pode oferecer. Assim, há a necessidade deste assunto ser abordado e discutido no processo de formação profissional e também ser foco de educação continuada.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 273, Feb. (2021)