Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Influência do treinamento resistido sobre 

variáveis de saúde de pacientes em hemodiálise

Influence of Resistant Training on Health Variables of Patients in Hemodialysis

Influencia del entrenamiento resistido sobre las variables de salud de pacientes en hemodiálisis

 

Felipe Paim*

felipe24paim@gmail.com

Kauan Nascimento Silveira*

kauan.nassilveira@gmail.com

Thais Severo Dutra**

thais.severo@hotmail.com

Vandressa Kupske***

vandressa.kupske@hotmail.com

Juliedy Waldow Kupske****

juliedykupske@hotmail.com

Moane Marchesan Krug+

moane.krug@unijui.edu.br

Kalina Durigon Keller++

kkeller@unicruz.edu.br

Paulo Ricardo Moreira+++

pmoreira@unicruz.edu.br

Rodrigo de Rosso Krug++++

rkrug@unicruz.edu.br

 

*Aluno do curso de Graduação em Educação Física (UNICRUZ)

**Aluna do curso de Graduação em Fisioterapia (UNICRUZ)

***Graduada em Fisioterapia (UNICRUZ)

****Doutoranda em Ciências do Movimento Humano (UFRGS)

Mestre em Atenção Integral á Saúde (UNIJUÍ/UNICRUZ)

Professora substituta do curso de graduação em Educação Física (Unicruz)

+Doutora em Educação Física (UFSC)

Coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional

em Saúde da Família UNIJUÍ/FUMSSAR

Professora adjunta da Universidade Regional

do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI)

++Mestre em Ciências da Reabilitação (UFCSPA)

Professora da Universidade de Cruz Alta (Unicruz)

+++Doutor em Medicina (Nefrologia)

Professor do Programa de Pós-Graduação

em Atenção Integral à Saúde (PPGAIS)

++++Doutor em Ciências Médicas (UFSC)

Professor do Programa de Pós-Graduação

em Atenção Integral á Saúde (PPGAIS)

(Brasil)

 

Recepção: 25/07/2020 - Aceitação: 06/11/2021

1ª Revisão: 25/08/2021 - 2ª Revisão: 04/11/2021

 

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Citação sugerida: Paim, F., Silveira, KN, Dutra, TS, Kupske, V., Kupske, JW, Krug, MM, Keller, KD, Moreira, PR, e Krug, RR (2022). Influência do treinamento resistido sobre variáveis de saúde de pacientes em hemodiálise. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(284), 66-81. https://doi.org/10.46642/efd.v26i284.2475

 

Resumo

    O objetivo do estudo foi analisar os efeitos de um programa de exercícios resistidos sobre a aptidão física de pacientes em hemodiálise (HD). Para isso, todos os usuários da clínica renal do Hospital São Vicente de Paulo foram convidados a participar da pesquisa, sendo divididos aleatoriamente em grupo controle (GC) e grupo experimental (GE). O GE realizou exercícios resistidos durante a HD, três vezes/semana, por três meses. A aptidão física foi avaliada por meio do teste de seis minutos de caminhada, do teste de sentar e levantar e do teste de resistência de membros superiores. Evidenciaram-se aumento significativo da força de membros superiores e manutenção da força de membros inferiores no grupo experimental, ao passo que o grupo controle teve uma perda de força em membros inferiores. No grupo experimental, ainda houve redução do tempo diário sentado, demonstrando uma diminuição do nível de sedentarismo. Intervenções com exercícios físicos parecem ser promissoras e devem ser incentivadas nessa população.

    Unitermos: Exercício físico. Insuficiência renal crônica. Hemodiálise.

 

Abstract

    The aim of the study was to analyze the effects of a resistance exercise program on the physical fitness of patients undergoing hemodialysis (HD). For this, all users of the renal clinic of Hospital São Vicente de Paulo were invited to participate in the research, being randomly divided into a control group (CG) and an experimental group (EG). The EG performed resistance exercises during HD, three times/week, for three months. Physical fitness was assessed using the six-minute walk test, the sit-up test and the upper limb endurance test. There was a significant increase in upper limb strength and maintenance of lower limb strength in the experimental group, while the control group had a loss of strength in the lower limbs. In the experimental group, there was still a reduction in the daily sitting time, demonstrating a decrease in the level of sedentary lifestyle. Interventions with physical exercise seem to be promising and should be encouraged in this population.
    Keywords: Physical exercise. Chronic renal failure. Hemodialysis.

 

Resumen

    El objetivo del presente estudio fue analizar los efectos de un programa de ejercicios de fuerza sobre la aptitud física de los pacientes en hemodiálisis (HD). Para ello, todos los usuarios de la clínica renal del Hospital São Vicente de Paulo fueron invitados a participar de la investigación, siendo divididos aleatoriamente en un grupo control (GC) y un grupo experimental (GE). El GE realizó ejercicios de resistencia durante la HD, tres veces por semana, durante tres meses. La aptitud física se evaluó mediante la prueba de caminata de seis minutos, de la prueba de sentarse y levantarse en la silla y de la prueba de resistencia de los miembros superiores. Hubo un aumento significativo en la fuerza de las extremidades superiores y el mantenimiento de la fuerza de las extremidades inferiores en el grupo experimental, mientras que el grupo de control tuvo una pérdida de fuerza en las extremidades inferiores. En el grupo experimental, también hubo una reducción en el tiempo diario de estar sentado, demostrando una disminución en el nivel de sedentarismo. Las intervenciones con ejercicio físico parecen promisorias y deben fomentarse en esta población.

    Palabras clave: Ejercicio físico. Insuficiencia renal crónica. Hemodiálisis.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 284, Ene. (2022)


 

Introdução 

 

    A insuficiência renal crônica (IRC) é considerada um problema de saúde pública devido às implicações na saúde dos pacientes, custo elevado com os tratamentos (Alcalde, e Kirsztajn, 2018) e altas taxas de prevalência e incidência. (Sesso et al., 2017)

 

    Segundo o Censo Brasileiro de Diálise realizado no ano de 2017, a hemodiálise (HD) foi a terapia renal substitutiva mais utilizada para o tratamento da IRC, atingindo 92% dos pacientes (Sesso et al., 2017). A HD ocasiona restrição nas atividades rotineiras e um cotidiano monótono, tornando as pessoas submetidas a ela mais suscetíveis à inatividade física (Oliveira et al., 2018), à baixa capacidade funcional e à redução da qualidade de vida (Marchesan et al., 2016). Esses fatores, associados à IRC, acarretam a diminuição no condicionamento físico e a baixa tolerância ao exercício (Souza et al., 2015), que estão relacionadas principalmente à atrofia muscular, à miopatia e à má nutrição. (Suzuki et al., 2018)

 

    Pacientes em tratamento hemodialítico também apresentam uma redução no consumo máximo de oxigênio (cerca de 50%) e na força muscular (entre 30 a 40%) quando comparados aos valores encontrados em indivíduos saudáveis (Medeiros et al., 2002). Além dessa perda considerável na função física, estudos vêm ressaltando que essas pessoas têm percepção ruim da própria qualidade de vida. (Ferreira, e Silva Filho, 2011)

 

    Como estratégia para reduzir e prevenir os desfechos deletérios associados a essa patologia, bem como do tratamento, programas de exercícios físicos começaram a ser orientados e implantados nas instituições de saúde. A inserção desses pacientes em tais iniciativas auxilia na reabilitação, contribuindo para a melhora da aptidão física (Marchesan et al., 2016), das variáveis bioquímicas (Böhm, Monteiro, e Thomé, 2012), da qualidade de vida (Marchesan et al., 2017), além de reduzir a fadiga, o que permitirá atingir níveis de atividade física mais elevados. (Böhm et al., 2012)

 

    A revisão sistemática realizada por Krug et al. (2019) analisou 10 estudos sobre a temática e verificou que o treinamento de exercícios resistidos para pacientes em HD é seguro e benéfico. Entre os resultados, foi evidenciado que a prática pode aumentar a força total, a força de membros inferiores e superiores, a tensão muscular, o VO2máx e diminuir a pressão arterial de repouso.

 

    Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do exercício resistido sobre as variáveis da aptidão física de pacientes submetidos à HD.

 

Metodologia 

 

    Estudo quantitativo experimental. A população foi constituída por 91 pacientes da Clínica Renal do Hospital São Vicente de Paulo, localizada no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Para a amostra, foram convidados todos os pacientes, entretanto o aceite, adesão e permanência no programa de exercícios físicos foi muito baixo, o que já é evidenciado na literatura. (Pimentel, e Ribeiro, 2019)

 

    Todos os pacientes que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa foi desenvolvida seguindo as recomendações da Resolução no 466/2012 e da Resolução nº 510/2016, do Conselho Nacional de Saúde, que indica os procedimentos para realização de pesquisas com seres humanos. A mesma foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade de Cruz Alta sob o protocolo CAAE no 82699917.1.0000.5322.

 

    Os critérios de seleção foram: tempo de HD superior a três meses; apresentar doença mental; ter liberação do nefrologista da clínica para participar de um programa de exercícios físicos; e, utilizar como acesso à HD uma fistula. Assim, os pacientes foram divididos conforme preferência do paciente em grupo controle (GC), com 9 integrantes (7 do sexo masculino, e 2, do feminino), e grupo experimental (GE), com 14 integrantes (8 do sexo feminino, e 6, do masculino). O grupo experimental foi submetido a um programa de exercícios resistidos durante a hemodiálise e o grupo controle não realizou nenhum tipo de exercício físico.

 

    Os exercícios resistidos foram realizados durante a sessão HD, ou seja, como os pacientes sentados e/ou deitados na poltrona de tratamento, três vezes na semana, com duração entre 20 a 45 minutos, e intensidade moderada (escala de Borg entre 6 e 8) (Borg, 2000). O protocolo de exercícios físicos foi aplicado de agosto a novembro de 2018 e era composto de três momentos, o alongamento, o fortalecimento muscular e o relaxamento:

  • Alongamento - era realizado de forma ativa com duas repetições de 15 segundos sendo executado nos membros inferiores (piriforme, isquitibiais, plantiflexores e glúteos), superiores (tríceps e bíceps) e tronco (rotação de tronco), durante a hemodiálise;

  • Fortalecimento muscular - onde foram realizados exercícios isométricos (três séries de 30 segundos) e isotônicos (três séries de 10 repetições) com o auxilio de bandagem elástica, halteres e caneleiras, com 60 segundos de intervalo entre séries e exercícios. O reajuste de carga foi realizado baseado na percepção de esforço. Eram realizados flexo-extensão de ombro com cotovelo estendido; Abdução de ombro com cotovelo estendido; Flexo-extensão de cotovelo com punho em supinação; Fortalecimento de tríceps. Com ombro e cotovelo em flexão (mão atrás da cabeça), realizar a extensão máxima do cotovelo; Ponte; Abdução de quadril; Extensão de joelhos; flexo-extensão de joelho; Flexão de quadril com joelho estendido; Plantiflexão e dorsiflexão do pé. Os exercícios eram realizados nos membros inferiores e nos superiores no braço contrário ao da fístula.

  • Relaxamento - por meio de práticas de alongamentos passivo e ativo assistido para membros inferiores e para o braço contrário ao da fístula.

    As atividades foram executadas durante a hemodiálise, nas primeiras duas horas de tratamento, orientado por alunos bolsistas do programa e supervisionado pelos pesquisadores responsáveis e pelo médico nefrologista da Clínica. Este protocolo de treinamento está detalhado na pesquisa de Krug et al. (2020).

 

    A coleta dos instrumentos de avaliação ocorreu em dois momentos, ou seja, antes da intervenção e após a aplicação de 12 semanas de intervenção. Os instrumentos de pesquisa foram aplicados nas dependências da Clínica Renal. As variáveis pesquisadas e os respectivos instrumentos de coleta foram:

  • Idade em anos e tempo de hemodiálise em meses.

  • Circunferência abdominal, de quadril e índice de massa corporal (IMC). O IMC é usado para estimar a média de peso em relação à altura de uma população. A relação da circunferência de cintura e quadril é utilizada para identificar o percentual de gordura de cada indivíduo.

  • Mini exame do estado mental (MEEM) para avaliação da função cognitiva, o qual consiste em um questionário em duas partes: a primeira abrange orientação, memória e atenção e tem uma pontuação máxima de 21 pontos; e a outra aborda habilidades específicas de nomear e compreender e possui 9 pontos, totalizando 30 pontos. (Folstein et al., 1975)

  • Independência funcional do sujeito para realização de dez atividades básicas de vida diária (ABVD) por meio do Índice de Barthel, que tem uma pontuação máxima de 100 pontos. (Mahoney, e Barthel, 1965)

  • Fragilidade, por meio do questionário de Edmonton Frail Scale, para identificar a vulnerabilidade sobre fatores como cognição, estado geral de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, continência e desempenho funcional. (Santos, 2008)

  • Qualidade de vida, por meio da versão brasileira do Questionário de Qualidade de Vida SF-36; trata-se de um questionário multidimensional formado por 36 itens, englobados em 8 escalas ou componentes (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental). (Ciconelli et al., 1999)

  • Nível de atividade física mensurado pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). (Craig et al., 2003)

  • Tempo sentado durante toda a semana mensurado pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) no domínio de lazer. (Craig et al., 2003)

  • Teste de seis minutos de caminhada (T6) para medir a resistência aeróbia e que consiste em o paciente caminhar o mais rápido possível pelo tempo de seis minutos, verificando a distância percorrida nesse tempo;

  • Teste de sentar e levantar, para investigar a resistência muscular localizada de membros inferiores (Jones et al., 1999), em que a pessoa permanece sen­tada em uma cadeira com 45 cm de altura, com as costas eretas, os pés apoiados no solo e afastados na largura dos ombros, e que durante 30 segundos levantam-se e sentam-se, sendo registrado o número máximo de repetições.

  • Teste de resistência muscular localizada de membros superiores, para o qual é utilizado o teste de flexão de antebraço em que o participante se senta em uma cadeira, com as costas retas e os pés no chão, segura o halter (homens – 4 kg; mulher – 2 kg) com a mão preferida (no caso o braço contrário ao da fístula) e realiza o máximo de repetições de flexão de braço que conseguir por 30 segundos. O total de repetições é contado pelo avaliador e classificado conforme sexo e idade do participante. (Jones et al., 1999).

  • Força de preensão manual, com o dinamômetro. Nele se afere a força, apertando o dinamômetro com uma flexão de cotovelo de 90° e o punho em posição neutra, sentado, com os pés no chão afastados na distância do ombro (Richards et al., 1996). Esse processo é repetido três vezes. O teste foi aplicado no braço contrário ao da fístula.

    Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, utilizando-se o programa Stata 11.0. Todas os dados foram analisados de maneira contínua, ou seja, tratadas de maneira quantitativa em função de suas médias e desvio-padrão. Após utilização de teste de normalidade, foi aplicado o teste t de Student para amostras independentes ou seu equivalente não paramétrico com objetivo de comparar as médias entre o GC e o GE no preteste, e o teste t de Student pareado ou seu equivalente não paramétrico, para comparar os valores em cada grupo, entre o preteste e o pós-teste. O nível de significância adotado foi de 5%.

 

Resultados 

 

    Na Tabela 1, estão os dados do pré-teste em cada um dos grupos, e fica evidenciado que ambos os grupos não apresentaram diferenças significativas em nenhuma variável pesquisada, ou seja, eram semelhantes antes da intervenção.

 

Tabela 1. Variáveis de pré-teste do grupo controle (n = 9) e do grupo experimental (n = 14) 

de pacientes em HD em uma clínica renal. Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (2018)

Variáveis

GC

Média ± DP

GE

Média ± DP

p

Idade em anos

61,89 ± 7,6

53,00 ± 15,60

0,129

Tempo de HD em meses

56,00 ± 83,7

102,80± 13,74

0,737

Circunferência abdominal

100,87 ± 9,93

102,80 ± 13,74

0,700

Cirncunferência do quadril

99,37 ± 6,94

103,40 ± 8,27

0,288

IMC

27,77 ± 3,73

26,80 ± 3,51

0,542

Função cognitiva

20,14 ± 6,96

23,70 ± 3,19

0,174

Atividades básicas de vida diária

97,85 ± 5,66

97,72 ± 5,17

0,961

Fragilidade

5,22 ± 2,63

4,00 ± 3,24

0,361

Qualidade de vida

Capacidade funcional

82,50 ± 28,15

66 ± 33,64

0,284

Limitações por aspectos físicos

65,62 ± 48,06

27,50 ± 44,79

0,101

Dor

69,87 ± 21,95

63,20 ± 31,91

0,622

Estado geral de saúde

60,75 ± 20,48

49,10 ± 25,68

0,313

Vitalidade

78,75 ± 15,97

69,00 ± 2 29,88

0,419

Aspectos sociais

93,75 ± 71,21

71,20 ± 36,43

0,129

Limitações por aspectos emocionais

100,00 ± 80,00

80,00 ± 42,16

0,201

Saúde mental

87,00 ± 9,73

70,80 ± 24,73

0,101

Nível de atividade física

321,66 ± 296,14

113,12 ± 174,82

0,103

Tempo sentado durante toda a semana

14,33 ± 5,83

15,87 ± 9,94

0,692

Resistência aeróbia

331,00± 113,66

371,60±121,27

0,479

Resistência de membros inferiores

13,75 ± 7,40

11,20 ± 3,45

0,346

Resistência de membros superiores

6,33 ± 3,51

6,60 ± 3,09

0,901

Força de preensão manual

28,25 ± 12,68

24,50 ± 7,07

0,437

Fonte: Autores

 

    A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos no pós-teste de cada um dos grupos. É possível notar que após o treinamento proposto, o grupo experimental obteve resultados mais positivos no tempo sentado durante toda a semana, no nível de atividade física e na resistência de membros inferiores em relação ao grupo controle; ou seja, os pacientes do grupo experimental têm menor tempo sentado durante a semana (apesar de ainda serem classificados como sedentários), são ativos fisicamente e apresentam maior força de resistência de membros inferiores em relação aos do grupo controle.

 

Tabela 2. Variáveis de pós-teste do grupo controle (n = 9) e do grupo experimental (n =14) 

de pacientes em HD em uma clínica renal. Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (2018)

Variáveis

GC

Média ± DP

GE

Média ± DP

P

Circunferência abdominal

108,00 ± 16,09

103,11 ± 9,84

0,498

Cirncunferência do quadril

101,00 ± 1,00

100,46 ± 15,20

0,953

IMC

27,77 ± 3,73

26,80 ± 3,51

0,542

Função cognitiva

19,83 ± 3,71

22,46 ± 5,54

0,309

Atividades básicas de vida diária

97,14 ± 3,93

95,35 ± 7,71

0,574

Fragilidade

4,71 ± 4,02

5,21 ± 3,53

0,773*

Qualidade de vida

Capacidade funcional

65,71 ± 19,66

65,00 ± 32,27

0,958

Limitações por aspectos físicos

67,85 ± 34,50

53,84 ± 36,58

0,416

Dor

65,00 ± 38,75

57,38 ± 35,21

0,661

Estado geral de saúde

60,85 ± 25,05

47,30 ± 22,69

0,235

Vitalidade

71,42 ± 18,86

60,00 ± 24,40

0,297

Aspectos sociais

84,00 ± 27,69

74,15 ± 24,12

0,419

Limitações por aspectos emocionais

76,28 ± 37,69

74,30 ± 41,22

0,917

Saúde mental

86,85 ± 13,99

74,76 ± 19,62

0,168

Nível de atividade física

75,71 ± 170,86

333,92 ± 343,50

0,033*

Tempo sentado durante toda a semana

35,00 ± 24,25

16,14 ± 15,98

0,045*

Resistência aeróbia

585,00 ± 0,00

291,00 ± 194,96

0,184

Resistência de membros inferiores

16,33 ± 6,02

10,53 ± 3,01

0,025*

Resistência de membros superiores

15,75 ± 4,57

15,16 ± 5,49

0,852

Força de preensão manual

32,40 ± 9,63

25,61 ± 9,00

0,179

*p≤0,05 para Teste t para amostras independentes. Fonte: Autores

 

    Os resultados da Tabela 3 evidenciam que após o treinamento os integrantes do GE alcançaram melhora estatisticamente significativa nos valores de teste de flexão de cotovelo, ou seja, aumentaram a resistência de membros superiores.

 

Tabela 3. Variáveis de pré-teste e pós-teste do grupo experimental (n =14) de pacientes 

em HD em uma clínica renal. Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (2018)

Variável

Preteste

Média ± DP

Pós-teste

Média ± DP

p

Circunferência abdominal

102,80 ± 13,74

102,85 ± 11,28

0,965

Cirncunferência do quadril

103,40 ± 8,27

99,30 ± 17,15

0,354

IMC

27,537 ± 4,60

26,58 ± 4,03

0,429

Função cognitiva

23,66 ± 3,39

22,77 ± 5,23

0,561

Atividades básicas de vida diária

97,72 ± 5,17

94,54 ± 8,50

0,132

Fragilidade

4,00 ± 3,24

5,07 ± 3,63

0,364

Qualidade de vida

Capacidade funcional

 66,00 ± 33,64

 67,00 ± 31,10

 0,798

Limitações por aspectos físicos

27,50 ± 44,79

60,00 ± 29,34

0,064

Dor

63,20 ± 31,91

65,30 ± 34,41

0,874

Estado geral de saúde

49,10 ± 25,68

43,30 ± 22,19

0,458

Vitalidade

69,00 ± 29,88

56,50 ± 23,10

0,076

Aspectos sociais

71,20 ± 36,43

72,60 ± 24,76

0,907

Limitações por aspectos emocionais

80,00 ± 42, 16

76,60 ± 38,73

0,844

Saúde mental

70,80 ± 24,73

73,60 ± 16,02

0,625

Nível de atividade física

113,12 ± 174,82

335,62 ± 382,35

0,212

Tempo sentado durante toda a semana

15,87 ± 9,9,94

14,50 ± 6,96

0,769

Resistência aeróbia

381,62 ± 134,91

264,37 ± 207,06

0,151

Resistência de membros inferiores

11,20 ± 3,45

10,90 ± 3,24

0,738

Resistência de membros superiores

6,60 ± 3,09

14,90 ± 5,92

>0,001*

Força de preensão manual

24,50 ± 7,07

23,70 ± 7,58

0,602

*p≤0,05 para Teste t para amostras independentes. Fonte: Autores

 

Discussão 

 

    Pacientes com IRC passam muito tempo sentados devido às suas comorbidades, e, por outro lado, algumas implicações da patologia dificultam ou limitam a prática regular de atividades físicas. Nesse sentido, esse e outros programas de exercícios resistidos auxiliam essas pessoas a aumentarem o nível de atividade física e a diminuírem o comportamento sedentário. (Silveira et al., 2021)

 

    Os resultados do presente estudo apontam que os pacientes do grupo experimental mantiveram a resistência de membros inferiores, ao passo que os do grupo controle acabaram reduzindo os escores dessa variável. Isso reforça o comprometimento ocasionado pela doença, incluindo a redução de força muscular, associada principalmente à sarcopenia. De acordo com Souza et al. (2015), a perda da força é decorrente da diminuição da massa muscular oriunda da miopatia urêmica, que se assemelha muito à sarcopenia. Essa condição pode desencadear várias complicações cardiovasculares e morbimortalidade, além de estar associada ao baixo nível de atividade física do paciente.

 

    Ainda existe bastante discussão acerca das modalidades de exercícios, e não está estabelecido qual protocolo proporciona melhores benefícios aos pacientes com IRC. Dessa forma, diferentes autores têm avaliado variáveis após protocolos com exercícios resistidos a fim de fundamentar que esse seria o adequado. O estudo realizado por Valle et al. (2019) após um protocolo de exercícios resistidos não encontrou diferença significativa nos valores pós-pré no tempo de caminhada, tempo de espera, tempo sentado, número de passos diários e força muscular no grupo de treinamento e no grupo controle, contudo, houve um aumento significativo na capacidade física (distância do teste de caminhada de seis minutos) e alguns domínios da qualidade de vida no grupo de treinamento em comparação ao grupo controle. Já no trabalho de Molsted et al. (2019), a força muscular foi melhorada em seis dos oito testes realizados após a intervenção com exercícios de resistência.

 

    Outra variável que apresentou alteração após a execução do protocolo de exercícios resistidos foi a fragilidade. Buscou-se avaliá-la por ser considerada um fator do processo natural de declínio da capacidade do corpo em responder a processos patológicos e fazer com que ele encontre a homeostase (Kupske et al., 2021). A fragilidade é altamente prevalente na população em diálise e está associada à mortalidade (Sy, e Johansen, 2017). Na comparação das tabelas apresentadas neste estudo notou-se que os pacientes com IRC obtiveram uma melhora sobre a variável de fragilidade após o intervalo de exercícios resistidos.

 

    O exercício durante a hemodiálise é uma recomendação comum dada para incentivar os pacientes a serem fisicamente ativos. Diversos estudos, incluindo revisões sistemáticas com metanálise, apontam os benefícios de programas que englobam tais exercícios, entre eles melhoria da adequação da hemodiálise, capacidade de exercício, depressão, qualidade de vida (Pu et al., 2019), prevenção do estresse oxidativo, redução da pressão arterial e da glicemia, aumento do volume e da força muscular (Ferrari et al., 2018) e melhora da função cognitiva (Fukushima et al., 2019). Todos estes aspectos proporcionam segurança com relação ao pico de consumo de oxigênio, hemoglobina, depressão (Chung et al., 2017). Nesse sentido, se torna fundamental fomentar programas de exercícios para pacientes em HD.

 

    Outro fator em que esses programas podem auxiliar é na redução da inatividade física, uma vez que quase um quarto dos pacientes mostra um declínio na atividade física ao longo do tempo. Isso está significativamente relacionado ao risco elevado de mortalidade, independentemente das características do paciente e da atividade física basal. (Shimoda et al., 2017)

 

    Estudo realizado por Warsame et al. (2018) investigou se os participantes estavam interessados ​​em realizar atividades adicionais durante a diálise, como exercício físico (76,0%) e tarefas cognitivas (67,9%). Esses autores apontaram que os pacientes com uma atividade intradialítica mais alta têm maior probabilidade de relatar interesse em exercícios e tarefas cognitivas, enfatizando que aqueles com menos atividade durante a diálise necessitam de suporte adicional para aumentar o nível de atividade, principalmente porque a falta de tempo nos dias de diálise é um fator importante e uma barreira comum relatada ao exercício entre pacientes em HD.

 

    As limitações do presente estudo se dão pelo principalmente da recusa da maioria dos pacientes em participar da pesquisa, reduzindo o número amostral da pesquisa e limitando a estrapolação dos resultados encontrados. Contudo destaca-se a temática da pesquisa, considerando-se que não é comum profissionais de educação física intervirem em hospitais e principalmente trabalharem com a população deste estudo, sendo necessário maior incentivo para que desenvolvam mais projetos com essa população.

 

    A relevância deste estudo se dá pelo fato de que há poucos trabalhos sobre exercícios resistidos e IRC. Trata-se de uma área ainda pouco explorada, assim a atuação da Educação Física dentro dos centros de clínica renal tem demonstrado destaque, tanto para ajudar no controle dos sintomas da doença como na produção de novos estudos.

 

Conclusões 

 

    Este estudo evidenciou um aumento significativo da força de membros superiores dos pacientes do grupo experimental; eles mantiveram a força de membros inferiores, ao passo que o grupo controle teve um declínio da força desses membros. Além dos resultados sobre a força, o grupo experimental teve aumento no nível de atividade física e diminuição no tempo sentado. Estes achados mostram a importância de um programa de exercício físico como adjuvante no tratamento renal.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 284, Ene. (2022)