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ISSN 1514-3465

 

Religiosidade, disposição para perdoar e saúde de universitários

Religiosity, Availability to Forgive and Health of University Students

Religiosidad, disposición para perdonar y salud en estudiantes universitarios

 

Ruthyelle Ribeiro Rodrigues Pimentel*

ruthyelle10@hotmail.com

Gina Andrade Abdala**

ginabdala@gmail.com

Maria Dyrce Dias Meira***

dyrcem@yahoo.com.br

Mônica de Fátima Freires da Silva****

mofreires@gmail.com

Sammila Andrade Abdala*****

sammiabdala@gmail.com

 

*Graduanda em Enfermagem

Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP)

**Doutora em Ciências (USP)

Docente do Curso de Mestrado em Promoção da Saúde e Enfermagem

no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP)

***Doutora em Ciências (USP)

Docente do Curso de Mestrado em Promoção da Saúde

no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP)

****Mestre em Promoção da Saúde

Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP)

*****Mestre em Saúde Pública. Universidade de São Paulo (USP)

(Brasil)

 

Recepção: 06/07/2020 - Aceitação: 21/03/2021

1ª Revisão: 10/01/2021 - 2ª Revisão: 18/02/2021

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Pimentel, R.R.R., Abdala, G.A., Meira, M.D.D., Silva, M. de F.F. da, e Abdala, S.A. (2021). Religiosidade, disposição para perdoar e saúde de universitários. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(277), 125-140. https://doi.org/10.46642/efd.v26i277.2400

 

Resumo

    Introdução: Os benefícios do perdão são mencionados há muitos anos, mas teve seu foco aumentado em estudos recentes, trazendo a sensação de bem-estar e saúde. Objetivo: Descrever o perfil da religiosidade, da disposição para perdoar e da saúde física e mental autorreferida de universitários. Método: Estudo de corte transversal quantitativo, envolvendo 120 estudantes iniciantes e formandos de enfermagem e psicologia em uma instituição de ensino particular na Zona Sul de São Paulo. Utilizou-se a Escala de Disposição para Perdoar e o Índice de Religiosidade - Duke-Durel. Resultados: A média de idade de todo o grupo foi de 23,1 (DP=7,3) e possuíam em média 16,16 anos de afiliação religiosa (DP=10,16). A religiosidade se apresentou acima da média (60%) para os dois grupos, nas três dimensões que a compõem. A saúde mental referida se apresentou discretamente melhor, no grupo de formandos (psicologia e enfermagem) (79,3% e 75% respectivamente), em relação à saúde física. A média do escore da Escala de Disposição para Perdoar para os alunos de Enfermagem foi de 42,59 para os iniciantes e 40,35 para os formandos. Já para os alunos de psicologia a média foi de 50,1 para os iniciantes e 45,0 para os formandos (p=0,598 e p=0,250 respectivamente). Conclusão: O perfil de religiosidade dos alunos se mostrou “muito bom”. A disposição para perdoar foi melhor no grupo dos alunos iniciantes e formandos da psicologia, porém sem diferença estatisticamente significante. A saúde mental se apresentou melhor para os concluintes do curso de psicologia do que os de enfermagem.

    Unitermos: Religião. Espiritualidade. Perdão. Enfermagem. Psicologia.

 

Abstract

    Introduction: The benefits of forgiveness have been mentioned for many years, but it has increased its focus, when recent studies have demonstrated its relationship with the feeling of well-being and health. Objective: To describe the profile of religiosity, the willingness to forgive and the self-reported health of university students in a private institution. Method: Quantitative cross-sectional study of 120 freshman and senior college students of nursing and psychology courses, at a private institution in the South Zone of São Paulo. The Availability to Forgive Scale (EDP) and the Religiosity Index - Duke-Durel were used. Results: The average age of the entire group was 23.1 (SD=7.3) and had 16.2 years of religious affiliation (SD=10.2). Religiosity was above average (60%) for both groups, in the three dimensions that compose it (adding the first two categories). The referred mental health was slightly better in the group of trainees (psychology and nursing) (79.3% and 75% respectively), in relation to physical health. The average EDP score for nursing students was 42.6 for freshman and 40.4 for senior students. Psychology students, meanwhile, had an average EDP score of 50.1 for freshman and 45.0 for senior students. This difference was not statistically significant (p=0.598 and p=0.250 respectively). Conclusion: The students' religiosity was “very good”. The willingness to forgive was better in the freshman and senior undergraduate students of psychology, but with no statistically significant difference. Mental health was better for graduate psychology students than the graduate nursing students.

    Keywords: Religion. Spirituality. Forgiveness. Nursing. Psychology.

 

Resumen

    Introducción: Los beneficios del perdón se han mencionado durante muchos años, pero su enfoque ha aumentado recientemente, aportando una sensación de bienestar y salud. Objetivo: Describir el perfil de religiosidad, voluntad de perdonar y salud física y mental autoinformada de estudiantes universitarios. Método: Estudio cuantitativo transversal, que involucró a 120 estudiantes y graduados en enfermería y psicología de una institución educativa privada al Sur de São Paulo. Se utilizaron la Escala de Disposición a Perdonar y el Índice de Religiosidad - Duke-Durel. Resultados: La edad promedio de todo el grupo fue de 23,1 (DE=7,3) con un promedio de 16,16 años de afiliación religiosa (DE=10,16). La religiosidad estuvo por encima del promedio (60%) para ambos grupos, en las tres dimensiones que lo componen. La salud mental referida fue levemente mejor, en el grupo de egresados ​​(psicología y enfermería) (79,3% y 75% respectivamente), en relación a la salud física. El puntaje promedio en la Escala de Disposición a Perdonar para estudiantes de Enfermería fue 42.59 para principiantes y 40.35 para graduados. Para los estudiantes de psicología, por otro lado, el promedio fue 50,1 para los principiantes y 45,0 para los aprendices (p=0,598 y p=0,250 respectivamente). Conclusión: El perfil de religiosidad de los estudiantes resultó ser “muy bueno”. La disposición a perdonar fue mejor en el grupo de estudiantes que se iniciaron y se graduaron en psicología, pero sin diferencia estadísticamente significativa. La salud mental fue mejor para los graduados del curso de psicología que para los estudiantes de enfermería.

    Palabras clave: Religión. Espiritualidad. Perdón. Enfermería. Psicología.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 277, Jun. (2021)


 

Introdução 

 

    Estudos evidenciam uma relação entre perdão, saúde e bem-estar físicos e psicológicos com benefícios interpessoais e espirituais que apontam um conjunto de fatores relacionados à vítima, ao ofensor e a ofensa.Esses fatores estão relacionados à decisão e ao esforço real para perdoar e aceitar ser perdoado, levando a uma nova percepção da situação que provocou mágoas, injúrias ou injustiças. (Hebl, e Enright, 1993; Pinho, e Falcone, 2018; Toussaint et al., 2017; Hyun, e Bae, 2017; Kaleta, e Mróz, 2020; Long et al., 2020a; Chen, Kim, e VanderWeele, 2021)

 

    O ato de perdoar gera um alívio emocional e pode ser facilitado mediante apoio religioso (oração, leitura da Bíblia, líder religioso), social ou processo psicoterápico (Pinho, e Falcone (2018). A disposição para perdoar tem sido correlacionado positiva e significativamente com a Religiosidade/Espiritualidade (R/E),ou seja, quanto mais as pessoas se colocam dispostas a perdoarem, mais propensas a se afastarem dos riscos e prejuízos à saúde física e mental. (Gouveia et al., 2009, Chen et al., 2019; Long et al., 2020b)

 

    No Brasil,a dimensão espiritual é um aspecto importante a ser abordado nos estudos relacionados à saúde, uma vez que, mais de 89% da população se declararam religiosos no último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010). A religiosidade e a espiritualidade, embora inerentes à natureza humana, têm sido pouco pesquisadas e discutidas entre profissionais da área da saúde. Ambas têm as mesmas finalidades no que diz respeito à aproximação do ser humano com o “Ser Sagrado” e uma complementa a outra. No entanto, a espiritualidade é um campo mais amplo para ser explorado, independente do individuo estar, ou não, filiado a uma instituição religiosa. (Monteiro et al., 2020)

 

    A religiosidade é entendida como práticas relacionadas aos aspectos doutrinários, tradições e crenças baseadas em uma determinada religião que tem o propósito de levar o indivíduo a buscar coletivamente conhecer um Ser Superior. A espiritualidade, por sua vez, se volta para uma busca individualizada por um relacionamento pessoal com o Ser Superior de maneira a dar sentido a sua vida. (Koenig, 2015)

 

    A religiosidade como meio de expressar a espiritualidade de um ser humano,que também é capaz de manifestar a maldade, pode conduzi-lo a consciência da origem de uma ofensa oculta em seu interior e levá-lo a buscar o perdão. Esse mesmo ser humano tendencioso para o mal, é também capaz de amar, perdoar e ser justo. Era assim no princípio, antes do rompimento da relação do homem com o Ser Sagrado, quando, baseado na tradição cristã, pairava o princípio do amor, cuja fonte é Deus. (Salles, 2019)

 

    A definição de perdão em sua evolução conceitual engloba diferentes aspectos que dificultam um consenso entre os pesquisadores. Todavia há concordância de que perdão “é um processo de mudança da motivação pró-social em relação ao transgressor, incluindo mudanças na cognição, emoção e motivação” (Li, Wade, e Worthington, 2020, p.1; Tucker, 2015). Outro aspecto relevante que tem sido apresentado nas pesquisas sobre essa temática é a diferenciação entre os construtos “perdão e disposição para perdoar”, na qual, este ultimo é definido como uma “característica pessoal” que faz referência à “percepção de si mesmo como alguém que tem facilidade para perdoar e/ou à crença de que o perdão é algo que depende mais da propensão da vítima que de fatores externos”. (Pinho, e Falcone, 2018, p.11)

 

    A lógica do perdão, evidenciada na base religiosa cristã, age mutuamente com a esfera da justiça e em conformidade com a lógica teológica que envolve a expressão maior do amor de um “Ser Supremo”, despertando no ser humano a capacidade para fazer o bem (Salles, 2019). Sendo assim, as reconciliações sociais, por meio do perdão, são meios de resolver ligações rompidas entre as pessoas e são consideradas o meio mais eficaz para restabelecer uma relação com a pessoa vitimizada. (Freedman et al., 2017)

 

    Nesse sentido, o bem-estar que o perdão pode proporcionar tem demonstrado ser um benéfico para a saúde integral do ser humano. Ele exige uma transformação dos sentimentos, do agir e do pensar, no sentido de libertar o ser humano para novos investimentos afetivos, não mais atrelados à sentimentos de hostilidades. Quando se perdoa verdadeiramente há uma sensação de alívio emocional, evitando as mágoas e o rancor, que podem trazer sérios problemas psicológicos e físicos para a saúde humana. (Lopes et al., 2016; Salles, 2019)

 

    Com base no entendimento que o indivíduo é um ser integral que contempla aspectos biológico, social, psicológico e espiritual Monteiro et al. (2020) realizaram uma revisão da literatura que aponta a importância de se abordar os aspectos que envolvem a dimensão espiritual no processo de formação dos profissionais que trabalham na área da saúde mental. Os autores consideram que, embora o tema do perdão seja amplamente associado às questões que envolvem a espiritualidade e saúde, ele tem sido pouco pesquisado em universitários das áreas da saúde, especialmente quanto ao perdão e a saúde física e mental de estudantes dos cursos de enfermagem e psicologia.

 

    Nessa direção,destaca-se dois estudos: o primeiro conduzido por Cavalheiro, e Falcke (2014) envolvendo1064 estudantes de psicologia (672 calouros e 392 formandos) de várias universidades do Rio Grande do Sul que teve como objetivo investigar o quanto o curso de Psicologia pode estar contribuindo para os baixos índices de espiritualidade de estudantes e profissionais da área. Ao concluírem os autores inferiram que os cursos de psicologia,de maneira geral, interferiram nos níveis de Bem-Estar Religioso e Espiritual dos acadêmicos, uma vez que os índices foram menores nos formandos em comparação com os calouros. O segundo estudo, realizado recentemente por Li et al.(2020) no qual se investigou o efeito moderador do perdão no estresse percebido e sofrimento psicológico em 182 estudantes de enfermagem, concluiu que a capacidade de perdoar reduzia os efeitos negativos do estresse percebido e melhorava o bem-estar psicológico.

 

    Assim, esse estudo teve como objetivo descrever o perfil da religiosidade, da disposição para perdoar e da saúde física e mental autorreferida por universitários.

 

Método 

 

    Estudo de corte transversal com abordagem quantitativa de amostragem não probabilística, envolvendo alunos, com idade de 18 anos ou mais, iniciantes e formandos dos cursos de enfermagem e psicologia, de uma instituição de ensino na Zona Sul de São Paulo. O local do estudo foi uma universidade da rede privada de ensino que atende alunos desde o ensino básico até o mestrado. A população foi composta por alunos do 1º e 5º ano, em um total de 120, que aceitaram participar da pesquisa (70 da enfermagem e 50 da psicologia). A coleta foi realizada no mês de outubro de 2018, durante as aulas de alguns professores que autorizaram a aplicação dos questionários, cujos dados foram coletados pela própria pesquisadora responsável.

 

    Utilizou-se os instrumentos de coleta de dados: Índice de Religiosidade (Duke-Durel), validado no Brasil por Taunay et al. (2012) e a Escala de Disposição para Perdoar (EDP), validada no Brasil por Barbosa (2015). Além disso, foram coletados os dados sociodemográficos e de saúde (sexo, idade, escolaridade, saúde física e mental autorreferidas).

 

    O Índice de Religiosidade Duke-Durel possui cinco itens que captam três dimensões da religiosidade que mais se relacionam com desfechos em saúde: a Religiosidade Organizacional (RO) sobre a frequência aos serviços religiosos; a Religiosidade Não Organizacional (RNO) sobre a frequência dedicada às atividades religiosas individuais e a Religiosidade Intrínseca (RI) que abrange três aspectos: “sentir a presença de Deus na vida (ou do Espírito Santo)”, “As crenças religiosas orientam a maneira de viver” e “o quanto a pessoa se esforça para viver a religião em todos os aspectos da vida”. (Taunay et al., 2012)

 

    Esse instrumento é interpretado com base em escala de Likert, na qual as duas primeiras dimensões são avaliadas individualmente e as três últimas são avaliadas conjuntamente como religiosidade intrínseca.Quanto maior a média alcançada melhor nível de religiosidade.

 

    A EDP foi construída originalmente por DeShea (2003). Trata-se de uma medida autoaplicável, composta por 12 perguntas regidos em formas de cenários. Os itens simulam situações de transgressões envolvendo pessoas com os quais o indivíduo potencialmente convive diariamente. Após ler cada cenário, o respondente deve focar no ato principal da transgressão e responder, em escala de zero a seis pontos (tipo Likert), o quão disposto estaria a perdoá-lo, variando de 0 a 6 (que vai de nada a totalmente disposto para perdoar). Essas perguntas representam maneiras de pensar, sentir ou comportar-se no dia a dia. A amplitude da escala varia de 0-72 pontos, indicando que, quanto maior, melhor a disposição para perdoar. (Barbosa, 2015)

 

    Os índices da saúde física e mental foram avaliados a partir de respostas autorreferidas, com classificação entre “muito ruim” a “muito boa”.

 

    A análise dos dados foi realizada com auxílio do programa Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS), aplicando análise descritiva para apresentação do perfil de religiosidade, disposição para perdoar e saúde física e mental autorreferida. Utilizou-se também o teste t de Student para comparação dos escores médios da EDP encontrados entre iniciantes e formandos dos cursos de Enfermagem e Psicologia.

 

    A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Adventista de São Paulo (CEP/UNASP),CAEE91699818.0.0000.5377, sob parecer 2.811.806.

 

Resultados 

 

    A média de idade de todo o grupo estudado foi de 23,1 (DP=7,3) e possuía 16,16 anos em média, de afiliação religiosa (DP=10,16); a maioria 88,6% (n=101) era do sexo feminino. Dos 120 alunos estudados, 80% eram adventistas, 5% católicos e 15% distribuídos em outras religiões (Messiânica, Cristã, Deus é amor e outras).

 

    A maioria era do sexo feminino em todos os cursos, tanto iniciantes como formandos e as idades foram mais dispersas nos grupos de formandos, ou seja, o desvio padrão foi maior nestes dois grupos. Observou-se também que os formandos em psicologia possuíam maior média de anos filiados às religiões (Tabela 1).

 

Tabela 1. Distribuição dos alunos iniciantes e formandos dos cursos de enfermagem 

e psicologia, segundo a idade e tempo que é religioso. São Paulo, 2020

 

 

N

Média

Desvio

padrão

Feminino

(%)

Masculino

(%)

Idade

Iniciantes

Enfermagem

42

19,9

3,29

88,6

11,4

Formandos

Enfermagem

19

25,8

5,85

95,8

4,2

Iniciantes

Psicologia

16

21,0

5,6

94,4

5,6

Formandos

Psicologia

27

27,3

10,4

78,6

21,4

Há quanto tempo é religioso

Iniciantes

Enfermagem

39

13,4

7,16

88,6

11,4

Formandos

Enfermagem

16

17,7

11,7

95,8

4,2

Iniciantes

Psicologia

17

12,2

6,8

94,4

5,6

Formandos

Psicologia

29

21,4

12,2

78,6

21,4

Fonte: Elaboração própria

 

    Ao observar as duas primeiras categorias de cada dimensão, a religiosidade apresentou níveis inferiores na RNO (prática particular de oração, leitura da Bíblia ou livro religioso) entre os cursos, sejam iniciantes ou formandos, mas mesmo assim ainda acima da média (Tabela 2).

 

Tabela 2. Distribuição dos alunos (enfermagem e psicologia, séries iniciais e formandos) 

quanto à Religiosidade de acordo com o Duke-Durel (RO, RNO, RI). São Paulo, 2020

Alunos

Iniciantes

Enfermagem

Formandos

Enfermagem

Iniciantes

Psicologia

Formandos

Psicologia

Religiosidade

n

%

n

%

n

%

n

%

RO

Mais 1 x semana

25

54,35

7

29,17

10

52,63

9

29,03

1 x semana

11

23,91

10

41,67

9

47,37

12

38,71

2 a 3 Semana

6

13,04

2

8,33

0

0,0

7

22,58

Algumas x ano

4

8,7

3

12,5

0

0,0

4

6,45

1 x ano ou menos

0

0,0

2

8,33

0

0,0

1

3,23

RNO

Mais de 1 x dia

9

9,57

1

4,17

4

21,05

7

22,58

Diariamente

23

50,0

14

58,3

7

36,84

14

45,16

2 ou + x semana

7

15,22

2

8,3

5

26,32

6

19,35

1 x semana

1

2,17

4

16,67

1

5,26

3

9,68

Poucas x Mês

3

6,52

3

12,5

2

10,53

1

3,23

Raramente

ou nunca

3

6,52

0

0,0

0

0,0

0

0,0

RI 1

Totalmente verdade

31

67,39

20

86,96

14

73,68

21

67,74

Em geral é verdade

13

28,26

3

13,04

4

21,05

7

22,58

Não estou certo

2

4,35

0

0

1

5,26

2

6,45

Em geral não é verdade

0

0

0

0

0

0

1

3,23

Não é verdade

0

0

0

0

0

0

0

0

RI 2

 

Totalmente verdade

20

43,48

14

60,87

11

57,89

12

38,71

Em geral é verdade

22

47,83

7

30,43

5

26,32

14

45,16

Não estou certo

1

2,17

1

4,35

3

15,79

1

9,68

Em geral não é verdade

3

6,52

1

4,35

0

0

1

3,23

Não é verdade

0

0

0

0

0

0

1

3,23

Totalmente verdade

0

0

0

0

0

35,48

0

0

RI 3

Totalmente verdade

22

47,83

12

52,17

7

36,84

11

35,48

Em geral é verdade

15

32,61

4

17,39

10

52,63

12

38,71

Não estou certo

5

10,87

3

13,04

1

5,26

2

6,45

Em geral não é verdade

4

8,70

3

4,35

1

5,26

2

6,45

Não é verdade

0

0

1

0

0

0

4

12,90

Totalmente verdade

0

0

0

0

0

0

0

0

Legenda: RO (Religiosidade Organizacional; frequência aos cultos religiosos); RNO (Religiosidade Não Organizacional; prática particular da religiosidade – orar, rezar, ler um livro religioso, assistir um canal TV religioso etc.); RI1 (Religiosidade Intrínseca 1: “Sinto a presença de Deus ou do Espírito Santo); RI2 (Religiosidade Intrínseca 2: “As minhas crenças estão por trás da maneira de viver”) e RI3 (Religiosidade Intrínseca 3: “Eu me esforço para viver a religião”). Fonte: Elaboração própria

 

    A seguir serão apresentadas as médias dos escores da EDP entre os cursos (Enfermagem e Psicologia), iniciantes e formandos, e o teste t de Student para comparação entre elas, indicando que não houve diferença estatisticamente significante entres essas médias (p>0,05) (Tabela 3).

 

Tabela 3. Distribuição das médias (Desvio Padrão) dos escores da EDP dos alunos

iniciantes e formandos dos cursos de Enfermagem e Psicologia. São Paulo, 2020

Cursos

Iniciantes

Formandos

 

n (%)

Média (DP) da Escala EDP*

n (%)

Média (DP) da Escala EDP*

Valor de p

Enfermagem

46 (38,3)

42,59 (15,6)

24 (20)

40,35 (18,3)

0,598

Psicologia

19 (15,8)

50,06 (11,9)

31 (25,8)

45,00 (16,0)

0,250

*Escala de Disposição para Perdoar

Fonte: Elaboração própria

 

    Ao distribuir os alunos, segundo a saúde mental e física, por cursos separados, observou-se que a saúde mental esteve melhor que a saúde física em ambos os grupos de formandos em comparação aos iniciantes dos cursos de enfermagem e psicologia (somando-se as categorias “Muito boa” e “Boa”) (Figura 1).

 

Figura 1. Distribuição dos alunos iniciantes e formandos em enfermagem e psicologia quanto à

saúde física e mental autorreferida (Somando-se as categorias “Muito boa” e “Boa”). São Paulo, 2020

Figura 1. Distribuição dos alunos iniciantes e formandos em enfermagem e psicologia quanto à saúde física e mental autorreferida (Somando-se as categorias “Muito boa” e “Boa”). São Paulo, 2020

Fonte: Elaboração própria

 

Discussão 

 

    A análise do perfil da religiosidade, da disposição de perdoar e da saúde física e mental autorreferida, de alunos iniciantes e formandos das turmas de enfermagem e psicologia,investigados no presente estudo aponta um perfil de religiosidade acima de 50% nas três dimensões do questionário Duke-Durel (Taunay et al., 2012). Em revisão da literatura realizada por Pereira e Holanda (2019) foram incluídos 11 estudos entre 2002 e 2017 e, embora os autores tenham buscado pesquisas empíricas sobre a relação entre estudantes, espiritualidade, religião e formação nos cursos de psicologia do Brasil, nenhuma pesquisa apresenta o índice de religiosidade com base instrumento aplicado na presente pesquisa. No entanto os pesquisadores concluíram que os estudantes tendem a apresentar índices menores de bem-estar espiritual. Com relação aos estudantes da enfermagem, a pesquisa de Espinha (2013) encontrou um perfil semelhante, aplicando também o questionário Duke-Durel. (Taunay et al., 2012)

 

    No presente estudo, os participantes tinham afiliação a alguma religião por 16 anos em média. Estudos sugerem que o exercício de atividades espirituais, como, por exemplo, a oração, leitura de livros de cunho espiritual e outros atos religiosos, podem influenciar psicodinamicamente, através de emoções positivas como a esperança, confiança, o amor, o perdão e a autoestima (Souza et al., 2015; Conceição et al., 2020; Chen, Kim, e VanderWeele, 2021). Além disso, essas emoções podem ser importantes para a saúde mental, em termos de possíveis mecanismos psicofisiológicos e psiconeuroimunológicos. (Billingsley, e Losin, 2017; Mwinnyaa et al., 2018; Barlow et al., 2019; Conceição et al., 2020)

 

    É de extrema necessidade o controle emocional e bem-estar promovidos pela espiritualidade entre os profissionais da área da saúde, pois quando a temática é abordada desde a graduação, preconiza-se que os estudantes refletirão quanto a se tornarem profissionais com uma visão mais integral do ser humano. (Cordero et al.,2018; Farahaninia et al., 2018; Ross et al.,2018; Lemos, 2019; Kuven, e Giske, 2019)

 

    Encontrou-se também, neste estudo, uma grande porcentagem de evangélicos (80% de adventistas) que, em sua filosofia doutrinária estimula a ideia de que o perdão é divino e que após ser perdoado, o indivíduo passa a viver uma vida mais plena, auxiliados pelo poder de Deus (Reis, 2015). Semelhante à pesquisa desenvolvida por Espinha et al. (2013), o grupo estudado apresentou um escore de “religiosidade intrínseca” (Tabela 2), considerado “muito bom”. Essa dimensão diz respeito à essência da espiritualidade que, ao ser utilizada pelo profissional de saúde, não deve se restringiras crenças e padrões religiosos seguidos, mas encontrar em si uma forte ligação, sendo o amor a grande força que une as pessoas. Assim, a maior qualidade dessa abordagem é o atendimento humanizado e holístico, baseado no amor fraternal que o profissional utiliza para atender as necessidades do cliente, usando os padrões da sua religião, ao incentivar o amar e ser amado, na maneira aprendida pela sua crença. (Sá, 2009)

 

    A espiritualidade é baseada na fé de cada indivíduo que, ao buscar um propósito mais significativo para a sua vida, geralmente, o encontra em uma religião. O ser humano que possui uma crença religiosa busca conforto, paz, apoio emocional, amor, esperança, alegria e uma qualidade de vida melhor. A espiritualidade é uma necessidade humana a ser suprida, independente da filiação a uma determinada denominação religiosa,pois ajuda a pessoa a ter mais compreensão e melhores escolhas. (Conceição et al., 2020)

 

    Quanto à disposição para perdoar, encontrou-se que os alunos iniciantes da psicologia alcançaram melhores índices na EDP do que os da enfermagem e que os formandos dos dois cursos tinham menor disposição para perdoar. O estudo de Li et al. (2020), aplicado estudantes concluintes de cursos de enfermagem, apontou que existe uma correlação importante entre a capacidade de perdoar e os efeitos negativos do estresse percebido. Já a pesquisa de Cavalheiro, e Falcke (2014) indicou um declínio na espiritualidade dos estudantes formandos da psicologia e sugere a necessidade de uma reavaliação quanto a forma como os aspectos, relacionados à espiritualidade, estão sendo abordados durante a graduação. Nesse sentido, Glaz (2019) reafirma que o perdão tem uma relação estatisticamente significativa com o significado na vida dos estudantes, de uma forma geral.

 

    A teoria de Wanda Horta (1974) enfatiza que a enfermagem é “gente que cuida de gente” e ressalta a necessidade de uma abordagem humanista, embasada no amor e numa forma cuidadosa de tratar o outro. Destaca-se que a espiritualidade vem sendo estudada e aplicada como uma necessidade humana básica, portanto, essencial a todo ser humano que pretende alcançar uma melhor qualidade de vida. (Sá, 2009; Lemos, 2019)

 

    Já no âmbito da psicologia, se trabalha mais com os traumas e em como lidar com eles, além de focar no estudo das emoções positivas e negativas. Hyun, e Bae (2017) afirmam que o perdão pode ser um ponto estratégico para lidar com os traumas que acontecem na vida de cada ser humano. Quando há o perdão, ocorre uma diminuição das emoções negativas, como raiva e aversão, que as pessoas podem sentir em relação ao outro. O perdão pode ser terapêutico, pois quem ama perdoa e segue em frente, não permitindo que o passado comande sua vida.

 

    Billingsley, e Losin (2017) afirmam que a vingança e o perdão estão relacionados aos sistemas cognitivos que são criados para atravessar o complexo terreno da interação social. O perdão procede da reconciliação de pelo menos uma das partes envolvidas. O perdão é algo que não é tão fácil, pois ele tem que ser conquistado de uma forma justa e consciente. Preconiza-se que as pessoas com o maior nível de religiosidade são mais propensas a perdoar do que as que não possuem uma fé religiosa. (Glaz, 2019)

 

    No presente estudo, a saúde mental esteve um pouco melhor (juntando as categorias “muito boa” + “boa”) nos dois grupos de formandos de psicologia e enfermagem (79,3% e 75% respectivamente) em relação à saúde física de ambos os grupos. Embora a associação direta entre perdão e saúde esteja bem estabelecida, torna-se necessário o desenvolvimento de pesquisas de caráter longitudinal para se analisar melhor os mecanismos pelos quais o perdão pode estar relacionado à saúde de estudante de enfermagem e psicologia. Perdoar os outros e auto perdoar-se está relacionado com uma melhor recuperação da saúde, autoestima, esperança e melhor saúde mental. (Tuck, e Anderson., 2014; Toussaint et al., 2017)

 

    Por ser um estudo de corte transversal,com aplicação de uma escala que avalia um momento pontual, não há perspectiva de análise causal, nem de acompanhamento dos participantes. Sugere-se que haja o seguimento dos alunos, durante a faculdade, para melhor avaliação e possível evolução da disposição para perdoar.

 

Conclusão 

 

    A religiosidade dos alunos estudados se mostrou “muito boa”. A disposição para perdoar entre os alunos iniciantes e formandos foi melhor nos alunos de psicologia, porém sem diferença estatisticamente significante. Entre os estudantes investigados, a saúde mental se mostrou melhor que a saúde física, principalmente para os alunos formandos de psicologia.

 

    Mais investigações precisam ser feitas para clarear os achados quanto à disposição para perdoar, uma característica importante para a saúde física e mental dos universitários de enfermagem e psicologia bem como de outros profissionais da área da saúde.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 277, Jun. (2021)