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ISSN 1514-3465

 

Autopercepção de saúde e qualidade de vida em idosas praticantes de atividade física

Self-Perception of Health and Quality of Life in Elderly Practitioners of Physical Activity

Autopercepción de salud y calidad de vida en mujeres mayores que realizan actividad física

 

Fabiano Nazar*

fabiano.nazar.86@gmail.com

Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes**

frblan@msn.com

Cinthia Fernanda da Fonseca-Silva***

fisioterapiacinthia@gmail.com

Mariana Lacerda Arruda****

marianalarruda@gmail.com

Valdomiro de Oliveira*****

oliveirav457@gmail.com

Gislaine Cristina Vagetti******

gislainevagetti@hotmail.com

 

*Mestre em educação, na linha de Cognição, Aprendizagem

e Desenvolvimento Humano - Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Especialista em Atividade Física Adaptada e Saúde - Universidade Gama Filho (UGF)

Bacharel em Educação Física - Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) 

Licenciado em Educação Física - UNICENTRO

Atualmente Professor e membro do colegiado do curso de Educação Física

do Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP)

Professor de educação física nas séries iniciais

no município de Francisco Beltrão - PR

**Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Especialista em Atividade Física - Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduado em Licenciatura plena em Educação Física pela UEPG

Professor dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado

em Educação Física da Faculdade Sant’Ana

Tutor a distância do curso de Educação Física UAB/UEPG

***Mestre em Educação, linha de pesquisa em Cognição, Aprendizagem

e Desenvolvimento Humano, voltado ao Envelhecimento Humano

pela Universidade Federal do Paraná

Membro do Grupo de Pesquisa em Envelhecimento Humano - GPEH/UFPR

Pós-graduada em Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia pela INSPIRAR

Aprimoramento em Fisioterapia em Pediatria pelo Hospital Pequeno Príncipe

Graduação em Fisioterapia - Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu

****Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Paraná

Mestre em Educação UFPR, Docente da Universidade Estadual do Paraná

Departamento de Musicoterapia - Campus Curitiba 2

*****Doutor e Mestre em Educação Física pela Unicamp/SP

Professor Associado do Departamento de Educação Física (UFPR)

Estágio Pós Doutoral em Ciências Pedagógicas da Educação Física e do Desporto

pelo Instituto de Cultura Física de Moscou/Rússia

Professor dos Programas de Pós-graduação stricto-sensu em Educação

na linha de Cognição Aprendizagem e Desenvolvimento Humano (UFPR)

******Doutora em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Mestrado com pesquisa em processo ensino-aprendizagem na educação física

para idosos, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Professora Associada da Universidade Estadual do Paraná, Curitiba, Campus II

Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação (UFPR)

na linha Cognição Aprendizagem e Desenvolvimento Humano, com o 

projeto Educação, Cognição e Qualidade de vida no Envelhecimento humano

(Brasil)

 

Recepção: 25/05/2020 - Aceitação: 25/12/2020

1ª Revisão: 29/08/2020 - 2ª Revisão: 27/09/2020

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Nazar, F., Gomes, F.R.H., Fonseca-Silva, C.F. da, Arruda, M.L., Oliveira, V. de, e Vagetti, G.C. (2021). Autopercepção de saúde e qualidade de vida em idosas praticantes de atividade física. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(276), 122-138. https://doi.org/10.46642/efd.v26i276.2284

 

Resumo

    Introdução: A expectativa de vida da população brasileira tem crescido consideravelmente, assim é importante compreender o modo como a pessoa idosa tem percebido suas condições de saúde, para uma melhor qualidade de vida (QV). Objetivo: verificar a associação da autopercepção de saúde com a QV de idosas que praticam atividade física (AF) e analisar a correlação entre o tempo despendido em AF e a percepção de saúde. Método: Quantitativo, transversal e correlacional. Instrumentos: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), World Health Organization Quality of Life – BREF e OLD, Sociodemográfico com a pergunta “De um modo geral, você se considera uma pessoa saudável?” e o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Foi realizado a análise descritiva das variáveis, teste de coeficiente de correlação ponto-bisserial e realização da regressão linear múltipla com significância de p<0,05. Resultados: houve uma boa percepção da QV e a percepção de saúde foi positiva na maioria da amostra. O IMC denunciou sobrepeso das participantes. Verificou-se a existência de correlação inversa no domínio Físico da QV geral, nas idosas com percepção negativa de saúde, sendo considerada uma correlação moderada (r=-0,436; p=0,00). Conclusão: Não houve significância estatística para associar a percepção de saúde com a QV, apesar da percepção de saúde delas ser positiva e o tempo de prática de AF semanal estar acima do recomendado pela OMS. Houve uma boa percepção da QV geral pelo grupo, porém, a correlação entre a prática de AF e do domínio Físico das idosas com percepção negativa de saúde foi inversa.

    Unitermos: Nível de saúde. Qualidade de vida. Pessoa idosa. Atividade física.

 

Abstract

    Introduction: The Brazilian population expectancy of life has been increasing, thereby is important to understand the way that the elderly has perceived their health status, for a better quality of life (QoL). Aim: To verify the association between the self-perception of health and the QoL by the older women that practice physical activity (PA) and to analyze the correlation between the time in PA and the perception of health. Methods: Quantitative, cross-sectional and correlational. Instruments: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), World Health Organization Quality of Life Questionnaire – BREF and OLD, Sociodemographic Questionnaire with the question: “In a general way, do you consider yourself a healthy person?” and the Body Mass Index (BMI) calculation. It was realized the descriptive analysis of variables, the point biserial correlation coefficient test and the multiple linear regression with significance of p<0,05. Results: There was a good perception of QoL and health perception in the sample. The BMI evidenced the participants overweight. It was showed the existence of inverse correlation on the Physical domain of QoL in the elderly with negative health perception(r= -0,436; p= 0,00). Conclusion: There was no statistical significance to associate the perception of health with QoL. Their perception of health is positive and the time of weekly practice of PA is above that recommended by WHO. There was a good perception of the QoL in general by the group, however, the correlation between the practice of PA and the Physical domain of elderly women with negative perception of health was reversed.

    Keywords: Health level. Quality of life. Elderly. Physical activity.

 

Resumen

    Introducción: La esperanza de vida de la población brasileña ha crecido considerablemente, por lo que es importante comprender cómo el anciano ha percibido sus condiciones de salud, para una mejor calidad de vida (CV). Objetivo: verificar la asociación de salud autopercibida con la CV de mujeres mayores que practican actividad física (AF) y analizar la correlación entre tiempo de AF y percepción de salud. Método: Cuantitativo, transversal y correlacional. Instrumentos: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), World Health Organization Quality of Life - BREF y OLD, Sociodemográfico con la pregunta “En general, ¿te consideras una persona sana?” y el cálculo del índice de masa corporal (IMC). Se realizó un análisis descriptivo de las variables, una prueba de coeficiente de correlación biserial puntual y una regresión lineal múltiple con significancia de p<0.05. Resultados: hubo buena percepción de CV y ​​la percepción de salud fue positiva en la mayor parte de la muestra. El IMC reveló el sobrepeso de los participantes. Hubo correlación inversa en dominio Físico de CV general, en mujeres mayores con percepción negativa de salud, considerándose una correlación moderada (r=-0,436; p=0,00). Conclusión: No hubo significación estadística para asociar percepción de salud con CV, a pesar de que su percepción positiva de salud y tiempo de práctica de AF semanal fue superior al recomendado por la OMS. Hubo una buena percepción de CV general por parte del grupo, sin embargo, se revirtió la correlación entre la práctica de AF y el dominio Físico de mujeres ancianas con percepción negativa de salud.

    Palabras clave: Estado de salud. Calidad de vida. Persona mayor. Actividad física.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 276, May. (2021)


 

Introdução 

 

    Nas últimas décadas, o Brasil, assim como os demais países em desenvolvimento, está passando por um processo acelerado de envelhecimento. Esta mudança, no perfil populacional, está diretamente relacionada à diminuição da mortalidade infantil e a melhora na qualidade de vida (QV) da população adulta. (Miranda, Mendes, e Silva, 2016)

 

    Outro fator importante está relacionado ao declínio da fertilidade e ao aumento da expectativa de vida (Camarano, 2013). Assim, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima-se que as pessoas com 60 anos ou mais representam 13,44% da população, e em 2054 esse percentual chegará a 30%. (IBGE, 2018)

 

    Segundo Miranda, Mendes, e Silva (2016), junto a este processo de envelhecimento populacional, aumentam também os desafios dos sistemas de saúde e previdência social, já que os idosos demandam necessidades físicas, psíquicas e sociais diferentes do restante da população.

 

    Kalache (2008) afirma que com avanço nos campos tecnológicos e de saúde, a população passou a ter mais acesso aos sistemas de saúde públicos e privados, consequentemente adquirindo novos hábitos e apresentando uma melhora nos índices de QV.

 

    Entretanto, observa-se, ainda, a necessidade de maiores investimentos em ações de prevenção ao longo de todo o período da vida, para que possa resolver os problemas de hoje e garantir a qualidade do amanhã, com isso, nessa fase da vida torna-se importante a aquisição de novas rotinas e hábitos saudáveis para a manutenção da QV, assim como perceber sua condição de saúde. (Valer, Bierhals, Aires, e Paskulin, 2015)

 

    Em seu estudo, Alves (2005) coloca que a percepção de estado de saúde é extremamente importante para a garantia da independência, autonomia e, principalmente, uma continuidade e contribuição dos idosos à sociedade. Sendo assim, acredita-se que percepção de saúde satisfatória está diretamente ligada com aspectos sociodemográficos, econômicos, culturais, psicológicos e ainda com a capacidade física.

 

    Evidências apontam que a saúde percebida é um excelente afirmativo do número de doenças crônicas, grau de incapacidade funcional e depressão, que resulta em uma conjectura da mortalidade na população idosa e um dos fatores que, podem agregar para esta independência, é a prática regular de atividade física (AF). (Pagotto, Nakatani, e Silveira, 2011)

 

    Sabe-se que a prática da AF é fundamental para a saúde, o bem-estar e a QV do indivíduo, independentemente da sua idade, a qual pode prevenir o aparecimento de diversas doenças crônicas, algumas alterações físicas e até mesmo psíquicas. Estas práticas podem ser realizadas em ambientes particulares, bem como, em locais públicos. (Alencar, Souza Júnior, Aragão, Ferreira, e Dantas, 2010)

 

    O estudo de Borges et al. (2014) evidenciou que 67,52% da sua amostra relataram realizar AF de forma regular, sendo que 47,81% da amostra total perceberam sua saúde como boa, apesar do elevado número de idosos que apresentavam alguma doença. Já o estudo de Jerez-Roig et al. (2016) evidenciou, em sua amostra de idosos, que há prevalência de autopercepção negativa da saúde, com um total de 63,19%.

 

    Próximo aos números dos estudos supracitados, a pesquisa de Carneiro et al. (2018), que avaliou 360 idosos, encontrou prevalência de autopercepção negativa da saúde de 60,5% de sua amostra. Já o estudo de Paskulin, Córdova, Costa, e Vianna (2010) aponta que, a percepção de saúde positiva representa uma boa QV por meio da percepção dos idosos analisados.

 

    Pode-se observar nestes estudos que, mesmo com a prática de AF, a percepção de saúde positiva ainda é baixa na população idosa, mesmo a AF tendo apresentado uma relação direta com saúde positiva e com a boa percepção de QV. Isso indica que a literatura ainda apresenta lacunas, em verificar a relação da prática da AF com a percepção de saúde na população idosa.

 

    Devido a estes fatos, o Brasil, assim como os demais países, tem procurado cada vez mais compreender este processo de envelhecimento, tentando encontrar alternativas para manter seus idosos economicamente e socialmente integrados e independentes (Kalache, 2008). Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar a associação da autopercepção de saúde com a QV de idosas que praticam AF e analisar a correlação entre o tempo despendido em AF e a percepção de saúde

 

Método 

 

    Este estudo caracteriza-se como quantitativo, transversal e correlacional. Este tipo de pesquisa consiste em descrever e determinar a relação existente entre as variáveis e a sua predição. (Thomas, Nelson, e Silverman, 2012)

 

População e amostra 

 

    A população do estudo consistiu em 1.980 idosas participantes do programa “Terceira Idade em Atividade”. Este programa é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão, Secretaria de Assistência Social e a Universidade Paranaense – UNIPAR – Campus de Francisco Beltrão, Paraná, Brasil. Para esse estudo optou-se apenas por investigar mulheres idosas, visto a recusa de homens idosos em participar da pesquisa. Neste programa são realizadas diversas atividades como aulas de teatro, aulas de ginástica, programas de caminhada e exercícios físicos, aulas de artesanato e atividades de dança, sendo disponibilizado aos idosos, além das atividades mencionadas anteriormente, atendimento odontológico, estético, jurídico entre outros. As atividades físicas ocorrem no período da manhã (caminhada e ginástica) e a tarde (dança e exercícios físicos em academia), de segunda a sexta-feira por profissionais habilitados.

 

    A amostragem adotada neste estudo foi não-probabilística por conveniência. Para determinação da amostra levou-se em consideração os parâmetros: nível de confiança desejado de 95%; erro máximo atribuído de 5%. Logo, se o total de mulheres é 1.980, a amostra deveria conter 322 idosas. A coleta de dados ocorreu de agosto a dezembro de 2017, semanalmente. Todas as idosas foram convidadas a participar da pesquisa, no entanto, 365 responderam aos questionários, utilizando a método de entrevista Face to Face (pesquisador pergunta a idosa). Trinta e dois questionários foram descartados por estarem preenchidos incorretamente, desse modo, a amostra final correspondeu a 333 idosas participantes.

 

Instrumentos e procedimentos 

 

    Os dados foram coletados por uma equipe previamente treinada. Os fatores de inclusão foram ser do sexo feminino, possuir idade igual ou superior a 60 anos e realizar as atividades físicas promovidas do programa “Terceira Idade em Atividade”, há pelo menos três meses. A exclusão de idosas da pesquisa ocorreu àquelas que não apresentaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado, antes da coleta dos dados, e não terem completado 60 anos até a data de aplicação dos instrumentos. Os instrumentos adotados na pesquisa foram:

  • Sociodemográfico: utilizado para caracterização da amostra, no qual apresenta onze questões abertas e fechadas, relacionadas com os dados de identificação e as características sociodemográficas dos idosos, como a Escolaridade. Dentre as questões abertas, utilizou-se da pergunta relacionada a percepção de saúde dos entrevistados, sendo esta: “De um modo geral, você se considera uma pessoa saudável? 1 () Sim 2 () Não”, a qual foi utilizada para a autopercepção positiva ou negativa da amostra.Neste questionário também é possível identificar a Ausência de doença e Doenças auto referidas.

  • International Physical Activity Questionnaire (Benedetti, Mazo, e Barros, 2004): composto por oito questões relacionadas às atividades físicas, referentes aos dias da semana, sendo considerada leve, moderada ou vigorosa, as quais levam em conta quantas vezes na semana e o tempo (minutos, horas e dia) de determinada AF. Para a análise dos resultados foi utilizada a somatória dos tempos (minutos/semana) de caminhada, atividades moderadas e/ou vigorosas. A partir desta ação, as idosas foram classificadas em 'ativas' (≥ de 150 minutos por semana de AF) e 'insuficientemente ativas' (≤ dos 149 minutos por semana de AF por semana) conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde. (WHO, 2010)

  • WHOQOL-BREF: questionário com 26 itens utilizado para verificar a percepção de QV, validado para as realidades brasileiras (Fleck et al., 2000). Os escores de QV geral do instrumento e dos domínios variam de 0 a 100.

  • WHOQOL-OLD: baseia-se nos mesmos princípios do WHOQOL-BREF, sendo desenvolvido para a avaliação da QV de idosos. Este instrumento foi validado para a realidade brasileira (Fleck, Chachamovich, e Trentini, 2006). Os escores de qualidade de vida geral (QVG) do instrumento e dos domínios variam de 0 a 100.

  • Índice de Massa Corporal (IMC): Foi utilizado a equação para determinação do IMC = massa corporal (kg)/estatura (m)². Para este cálculo foram coletadas as medidas antropométricas massa corporal (kg), por meio de uma balança de variação de 100 gramas, marca Bioland (EB9010+) com capacidade de medida de até 150 kg. A estatura foi medida com auxílio do Estadiômetro portátil marca Kratos-Cas (Brasil). A idosa foi posicionada de costas para o estadiômetro, descalça, vestindo roupas leves, segundo a padronização de Frisancho (1984).

Análise estatística 

 

    Os dados foram tabulados e analisados por meio do pacote de análises estatísticas Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 24.0). Foi realizado uma análise descritiva das variáveis envolvidas, em que as contínuas foram expostas em média, desvio padrão, valores mínimos e máximos. Enquanto as variáveis categóricas foram expressas por frequências relativas e absolutas. Foi realizado o teste de Coeficiente de correlação ponto-bisserial. Para a análise da associação da percepção de saúde com a QV dos idosos, foi realizado a Regressão linear múltipla com controle das variáveis IMC, tempo de AF, idade e anos de estudo. Foi aceita significância estatística para p<0,05.

 

Comitê de Ética 

 

    O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná-UFPR, e aprovado sob o parecer nº 2.140.131, sendo seguida a Resolução nº 466/2012 do CNS, que apresenta as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Todas as idosas participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), indicando estarem cientes dos procedimentos e concordando em participar do estudo.

 

Resultados 

 

    Na Tabela 1 é possível verificar as médias da idade, estatura, massa corporal, índice de massa corporal (IMC) e a AF, vigorosa e/ou moderada, das idosas participantes desta pesquisa. Foi possível observar que as idosas apresentam em média sobrepeso (28,49 kg/m²), porém, praticam AF acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Tabela 1. Análise descritiva com médias, desvio padrão, máximo e mínimo das variáveis: 

idade, estatura, peso, IMC e tempo de AF. Francisco Beltrão, PR, Brasil, 2017

Variáveis

Média

DP

Máximo

Mínimo

Idade (anos)

70,38

6,13

93,48

60,59

Estatura (m)

1,58

0,07

1,77

1,40

Massa corporal (kg)

71,67

12,32

110,60

38,20

IMC (kg/m2)

28,49

4,65

44,28

18,53

AFMV(min./semana)

419,68

651,10

3540

0

Nota: DP= Desvio Padrão, IMC= Índice de massa corporal, 

AFMV= Atividade física moderada e vigorosa, m= metros.

 

    Na Tabela 2, a maioria das idosas tem até 4 anos de estudo (43,84%), a percepção positiva de saúde mostrou-se elevada na amostra (84,9%), mesmo com a alta porcentagem das idosas tendo declarado ter algum tipo de doença (77,87%). Dentre as doenças relatadas, estiveram a Hipertensão (54,3%) e o Diabetes (8,4%) com maior prevalência na amostra.

 

Tabela 2. Análise descritiva com porcentagens de Escolaridade, Percepção de Saúde, 

Ausência de doença e Doenças mais relatadas das idosas de Francisco Beltrão, PR, Brasil, 2017

Variáveis

Categoria

%

n

Escolaridade

Até 4 anos

4 a 8 anos

8 a 11 anos

+ de 11 anos

Total

43,84

37,83

6,02

12,31

100

146

126

20

41

333

Percepção de Saúde

Positiva

84,9

283

Negativa

15,01

50

Total

100

333

Apresenta alguma doença

Sim

76,87

256

Não

23,13

77

Total

100

544

Doenças mais relatadas

Hipertensão

54,3

181

Diabetes

8,4

28

Depressão

6,0

20

Nenhuma

12,0

40

Outras

19,3

64

Total

100

333

Nota: n= número de idosas

 

    Na avaliação das médias dos escores das dimensões de QV, pode-se observar de maneira geral, uma boa percepção desse constructo. Na avaliação pelo instrumento WHOQOL-BREF o melhor escore foi do domínio Social (70,47), e o menor escore foi do domínio Ambiental (62,68). Na avaliação do WHOQOL-OLD, o escore de menor percepção foi o domínio Participação Social (51,52), e a melhor percepção do domínio Morte e Morrer (72,50), demais resultados sobre esta análise estão expostos na Tabela 3.

 

Tabela 3. Média e desvio padrão da percepção de QV e domínios da 

amostra de idosas praticantes de AF. Francisco Beltrão, PR, Brasil, 2017

Domínios da Qualidade de Vida

Média

DP

Qualidade de vida geral (QVG)

68,84

17,26

Físico

64,36

14,09

Social

70,47

14,46

Ambiental

62,68

12,41

Psicológico

69,30

11,83

WHOQOL-OLD

69,30

9,79

Funcionamento do sensório

68,33

17,49

Autonomia

65,20

14,56

Atividades passadas presente e futuras

68,99

13,53

Participação social

51,52

12,32

Morte e morrer

72,50

21,21

Intimidade

70,15

19,51

Nota: DP= Desvio padrão.

 

    Na análise da matriz de correlação da prática de AF com a QV, entre idosas com percepção positiva e negativa de saúde, verificou-se a existência de correlação inversa no domínio Físico da QVG nas idosas com percepção negativa de saúde, sendo considerada uma correlação moderada (r=-0,436 com p£0,001). Nas idosas com percepção positiva de saúde, nenhuma correlação foi significativa. Demais informações sobre as correlações estão dispostas na Tabela 4.

 

Tabela 4. Correlação da AF com a percepção de QV em idosas com

percepção positiva e negativa de saúde. Francisco Beltrão, PR, Brasil, 2017

Variável

Percepção Positiva de Saúde

Percepção Negativa de Saúde

R

P

R

P

QVG

0,063

0,29

-0,178

0,21

Físico

-0,035

0,55

-0,436

<0,001

Psicológico

-0,024

0,68

-0,239

0,09

Social

-0,009

0,87

-0,126

0,38

Ambiental

0,029

0,62

-0,221

0,12

OLD

0,066

0,26

-0,198

0,17

FS

0,043

0,47

-0,249

0,08

AUT

0,079

0,18

-0,098

0,49

PPF

0,015

0,80

-0,156

0,28

PSO

0,050

0,40

-0,129

0,37

MEM

0,014

0,80

-0,214

0,13

INT

0,038

0,52

0,160

0,26

Nota: p≤0,05, QVG= qualidade de vida geral (WHOQOL-BREF), OLD= escore geral (WHOQOL-OLD), 

FS= Domínio Funcionamento do Sensório, AUT= Domínio Autonomia, 

PPF= Domínio Atividades Passadas/Presente/Futuro, PSO= Domínio Participação Social, 

MEM= Domínio Morte e Morrer, INT= Domínio Intimidade.

 

    Na análise de regressão linear múltipla, depois de controlados IMC, tempo de AF, idade e estatura,não foi possível verificar que a percepção de saúde esteve associada a QV e seus domínios, em nenhum dos instrumentos utilizados na avaliação da QV para o nível de p≤0,05. Os resultados desta análise podem ser observados na Tabela 5.

 

Tabela 5. Regressão linear múltipla da associação entre a percepção de saúde e a QV 

e seus domínios em idosas praticantes de AF. Francisco Beltrão, PR, Brasil, 2017

Dimensões da QV

R² Ajustado

B

Beta

p

QVG

0,03

0,02

-0,002

-0,10

0,073

Físico

0,03

0,01

-0,001

-0,36

0,509

Psicológico

0,02

0,01

-0,000

0,10

0,862

Ambiental

0,03

0,01

-0,002

-0,57

0,305

Social

0,03

0,01

0,001

0,40

0,474

Escore geral OLD

0,03

0,02

-0,004

-0,09

0,076

FS

0,03

0,01

-0,002

-0,08

0,125

AUT

0,02

0,01

0,000

-0,007

0,894

PPF

0,03

0,01

-0,002

-0,069

0,210

PSO

0,03

0,01

-0,002

-0,052

0,342

MEM

0,03

0,01

-0,001

-0,054

0,326

INT

0,03

0,01

-0,001

-0,068

0,223

Nota: p≤ 0,05,QV= qualidade de vida QVG= qualidade de vida geral (WHOQOL-BREF), 

OLD= escore geral (WHOQOL-OLD), FS= Domínio Funcionamento do Sensório, 

AUT= Domínio Autonomia, PPF= Domínio Atividades Passadas/Presente/Futuro, 

PSO= Domínio Participação Social, MEM= Domínio Morte e Morrer, INT= Domínio Intimidade.

 

Discussão 

 

    A amostra, composta por mulheres, indica o predomínio da feminização da velhice, já demonstrado em outros estudos, e que pode ser devido ao maior comprometimento de idosas na prevenção e cuidado da saúde (Almeida, Mafra, Silva, e Kanso, 2015; Nascimento, Pereira, Cordeiro, e Araújo, 2017). A média de idade das participantes foi de 70,38 anos (dp=6,13), com uma variação de 61 a 93 anos. Essa amostra se aproxima das médias dos estudos realizados por Vagetti et al. (2013) na cidade de Curitiba, PR, com maior proporção de idosas com idade entre 60 a 69 anos, e Gomes (2016) realizado na cidade de Ponta Grossa, PR, com média de idade das idosas de 68,91 anos. Dessa forma, a amostra apresenta idade similar aos demais estudos apresentados.

 

    Em relação ao IMC, foi possível observar que as participantes apresentaram em média sobrepeso (28,49 kg/m²), apesar da prática de AF estar acima do recomendado pela OMS. O sobrepeso encontrado pode advir das mudanças hormonais devido ao climatério, o qual pode ocasionar prevalência de sobrepeso e de obesidade nesse período da vida (Xavier et al., 2020). Esse dado vai ao encontro com o achado de Nascimento, Pereira, Cordeiro, e Araújo (2017), que relataram excesso de peso em 73,5% da amostra com 76 mulheres idosas realizado no Sertão Nordestino. Já o estudo de Mourão, Xavier, Neri, e Luchesi (2016), realizado em Campinas, SP, demonstrou que dos 507 idosos, com 62% da amostra composta por mulheres, a maioria obteve medida do IMC como peso normal.

 

    Com relação ao nível de AF, 283 idosas (85%) foram classificadas como ativas, ou seja, estão acima da recomendação da OMS de ≥150 minutos de AF semanal. Quando comparado aos estudos de Vagetti et al. (2015) e de Gomes (2016), essa pesquisa apresentou números maiores e mais satisfatórios relacionados à prática de AF.

 

    No quesito saúde, quando foi questionado se a participante apresentava algum problema de saúde, 256 idosas (76,9%) responderam positivamente a essa questão. Mesmo assim, 283 idosas (85%) se consideram saudáveis. Esse achado corroborou com os estudos de Vagetti et al. (2013) e Krawutschke (2017), realizados em Curitiba, PR e de Gomes (2016) realizado em Ponta Grossa, PR, com mulheres idosas, nos quais grande parte da amostra se considerava saudável, apesar de relatar algum tipo de doença. Isso mostra a veracidade da posição da OMS, quando dispõe que ser saudável não é a ausência de doença, mas sim, sentir-se bem.

 

    As doenças com maior porcentagem de relato foram a hipertensão (54,3%) e o Diabetes (8,4%). Os estudos realizados por Almeida, Mafra, Silva, e Kanso (2015) e Mourão et al. (2016) também trouxeram alta prevalência de hipertensão e diabetes na população estudada. No primeiro estudo, a prevalência de relato pelas idosas de hipertensão foi de 55,3% e diabetes 26,3%. No segundo estudo, sendo a maioria dos participantes do sexo feminino (69,2%), foi relatado que 62,1% da amostra apresentava hipertensão e 20,3%, diabetes. Para esses autores, as doenças crônicas relatadas seriam naturais do processo de envelhecimento, o que pode trazer consequências que colocam as idosas em risco social.

 

    Ao analisar a QVG, observou-se um escore médio de 68,84 (dp=17,26), o que sugere um índice satisfatório. Esse resultado se aproximou à pesquisa de Gomes (2016), com a QVG média de 75 (dp=17,90). No WHOQOL-BREF, o domínio Social foi o que mostrou os melhores resultados, com média de 70,47 (dp=14,46), dado que difere da pesquisa de Gomes (2016), que apresentou o domínio Psicológico como o mais satisfatório. Já o domínio Ambiental foi o que apresentou baixa satisfação, com média de 62,68 (dp=12,41). No questionário WHOQOL-OLD, o menor escore médio foi no domínio da Participação Social com média de 51,52 (dp=12,32), e o melhor escore foi no domínio Morte e Morrer, com média de 72,50 (dp=21,21). Resultados semelhantes ocorreram nos estudos de Gomes (2016), no qual o domínio Morte e Morrer obteve média de 75,00 (dp=25,97), e no domínio Participação Social de Krawutschke (2017), com média de 51,35 (dp=11,44).

 

    Como visto anteriormente, o tempo semanal de prática de AF pelas idosas participantes do estudo é satisfatório, o que remete a uma melhor QV, como mostra o estudo realizado por Ferreira, Ferreira, Toledo, e Oliveira (2016), com 62 idosos, sendo 50 mulheres, no qual os idosos ativos apresentaram maior QV com média superior em todos os domínios do WHOQOL quando comparados com o grupo de idosos inativos. Os mesmos autores relatam que no domínio Social a autoestima e o convívio são fatores importantes de elo para a continuação da prática de AF, especialmente em atividades realizadas em grupo.

 

    No resultado mostrado na análise de correlação, houve a indicação de uma relação inversa entre a prática de AF e o domínio Físico da QVG nos idosos com percepção negativa de saúde, assim, pode-se dizer que, quanto menor o escore do domínio Físico, maior será o tempo de prática de AF, ou vice-versa. O contrário foi achado por Silva et al. (2016) que observaram que piores valores do domínio Físico da QV podem estar associados a baixos níveis de AF.

 

    Esse dado pode ser esclarecido por meio das pesquisas de Balbé, Benedetti, Meurer, e Mazo (2016) e Zanesco, Bordin, Santos, Müller, e Fadel (2018). O estudo de Balbé et al. (2016), realizado somente com mulheres, buscou compreender os fatores associados à baixa QV de idosas praticantes de AF, e descobriram que este fator negativo pode estar relacionado à percepção negativa de saúde, ao estado de saúde que dificulta a prática de exercício físico, presença de osteoporose, doença cardíaca e a polifarmácia. Ainda, indicaram que apresentar duas ou mais morbidades é um fator condicionante para a baixa QV, semelhante ao ocorrido nessa pesquisa. Tais fatores relatados no estudo acima, também foram constatados nos dados deste artigo, visto a alta porcentagem de participantes com problemas de saúde (76,9%) e hipertensão (54,3%).

 

    Em relação à percepção negativa de saúde, Zanesco et al. (2018) buscaram saber quais os fatores que determinam esse olhar negativo sobre a saúde, em idosos brasileiros, e constataram que o baixo nível de instrução educacional, dificuldade em realizar atividades instrumentais da vida diária, impossibilidade de realizar qualquer atividade habitual por motivo de saúde, possuir diagnóstico de doença crônica, condição de saúde bucal ruim e procura constante por serviços de saúde (consultas médicas e internamentos) são os determinantes à percepção negativa, o que pode justificar a correlação inversa da atividade física com o domínio físico da qualidade de vida nesta amostra. Novamente, alguns desses itens foram verificados nessa pesquisa, tais como o fato de a maior parte da amostra possuir até quatro anos de escolaridade (43,84%) e a alta porcentagem de idosas que relataram possuir alguma doença (84,9%), que condiz com o estudo supracitado.

 

    Apesar da prevalência da resposta positiva da amostra, em relação à pergunta sobre a autopercepção de saúde, não houve significância estatística nesse estudo quando realizada a associação entre essa percepção e a QV. Confortin, Giehl, Antes, Schneider, e d’Orsi (2015) concluíram, em sua pesquisa sobre autopercepção positiva de saúde em idosos, que o alto nível de escolaridade, o maior consumo de álcool, ser ativo fisicamente no lazer, utilizar Internet, redução das doenças e da dependência em atividades da vida diária, ausência de quedas e não fazer uso de muitos medicamentos foram fatores importantes para a visão positiva de saúde pelos mais velhos. Talvez pelo fato de a amostra ter demonstrado resultados diferentes dos itens acima, possa explicar a não associação das variáveis percepção de saúde e QV.

 

    Este estudo apresentou algumas limitações. A primeira é a utilização de um instrumento auto relatado para avaliação do nível de AF, pois o mesmo pode ter alta variabilidade, visto que, depende da recordação da idosa sobre as suas práticas recentes de AF. Entretanto, em amostras relativamente grandes, este método é muito utilizado, devido à dificuldade e custo de aplicação de métodos diretos. Outra limitação é a utilização de questionários para mensurar a percepção de QV, visto que esta variável é subjetiva, e pode não condizer com a real percepção do idoso. No entanto, este estudo apresenta pontos fortes, com uma amostra relativamente grande, com resultados satisfatórios e que colaboram para a compreensão da QV, AF e percepção de saúde em idosos.

 

Conclusões 

 

    Tendo por objetivo verificar a associação da autopercepção de saúde com a QV de idosas praticantes de AF, esta pesquisa chegou ao fato de que, não houve significância estatística para associar a percepção de saúde com a QV, apesar da percepção de saúde delas ser positiva e o tempo de prática de AF semanal estar acima do recomendado pela OMS.

 

    Houve uma boa percepção da QV geral pelo grupo, porém, a correlação entre a prática de AF e do domínio Físico das idosas com percepção negativa de saúde foi inversa. Isso pode ser devido a diversos fatos, tais como: doenças cardíacas, polifarmácia e baixo nível educacional.

 

    Dessa maneira, percebe-se a necessidade de mais estudos correlacionando a autopercepção de saúde com a QV de idosas praticantes de AF, a fim de identificar e relacionar os fatores determinantes para uma vida de maior bem-estar e qualidade no envelhecimento.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 276, May. (2021)