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ISSN 1514-3465

 

Contribuições do treinamento concorrente à saúde

de idosos hipertensos: uma revisão de literatura

Contributions of Concurrent Training to the Autonomy

of Hypertensive Elderly: A Literature Review

Contribuciones del entrenamiento concurrente a la autonomía 

de personas mayores hipertensas: una revisión de la literatura

 

Lucas dos Santos*

lsantos.ed.f@gmail.com

Rhaine Borges Santos Pedreira**

rhaineborges@gmail.com

Thaís Barros do Carmo***

thais_barros12@hotmail.com

Edite Lago da Silva Sena****

editelago@gmail.com

Sérgio Donha Yarid*****

syarid@hotmail.com

Rita Narriman Silva de Oliveira Boery******

rboery@gmail.com

 

*Licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 

Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI) 

Mestre/Doutorando em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem e Saúde, com área de concentração em Saúde pública

da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (PPGES/UESB)

Integrante do Núcleo de Estudos em Epidemiologia

do Envelhecimento (NEPE/UESB) e do Grupo de Estudos e Pesquisa

em Fisiologia Cardiometabólica e Exercício (GEFEX/UESB)

**Fisioterapeuta graduada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem e Saúde, com área de concentração em Saúde Pública

da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - PPGES/UESB

Integrante do Núcleo de Estudos em Epidemiologia do Envelhecimento - NEPE/UESB

***Bacharel em Enfermagem e Obstetrícia

pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Jequié, cidade de Jequié, BA

Pós graduada em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva

pela Universidade Candido Mendes (UCAM)

Mestre em Saúde Pública, pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem (UESB)

Atualmente Docente do curso técnico em enfermagem

no Centro Técnico Profissionalizante -CETEP.

****Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia

pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Mestrado em Enfermagem com Área de Concentração em Saúde Pública

pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Doutorado em Enfermagem - área de Concentração em Filosofia, Saúde e Sociedade

pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PEN)

da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Atualmente é Professora Pleno do Departamento de Saúde II

da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Campus de Jequié

Curso de Graduação em Enfermagem; Programa de Pós-Graduação

em Enfermagem e Saúde (PPGES)

Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde Mental - Loucos por Cidadania.

*****Professor Titular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Campus de Jequié. Graduado em Odontologia pela Universidade de Uberaba

Especialista em Odontologia em Saúde Coletiva pela APCD-Bauru

Mestre em Odontologia em Saúde Coletiva pela Faculdade de Odontologia

de Bauru - Universidade de São Paulo

Doutor em Odontologia Preventiva e Social pela Faculdade de Odontologia

de Araçatuba - UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Professor de Odontologia Legal – curso de Odontologia (UESB)

Professor permanente do Programa de pós-graduação

em Enfermagem e Saúde - Mestrado e Doutorado

******Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo

com Pós Doutoramento em Bioética, pelo Instituto de Bioética

da Universidade Católica Portuguesa - Porto/Portugal

Mestrado em Enfermagem em Saúde Pública

pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal da Bahia

Professora Pleno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

como docente do quadro permanente do Programa de Pós Graduação

em Enfermagem e Saúde. Experiência na área de Enfermagem, com ênfase

em Enfermagem Fundamental, Qualidade de vida e Bioética

(Brasil)

 

Recepção: 05/05/2020 - Aceitação: 12/12/2020

1ª Revisão: 27/05/2020 - 2ª Revisão: 10/09/2020

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Santos, L. dos, Pedreira, R.B.S., Carmo, T.B. do, Sena, E.L. da S., Yarid, S.D., & Boery, R.N.S. de O. (2021). Contribuições do treinamento concorrente à saúde de idosos hipertensos: uma revisão de literatura. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(272), 121-134. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i272.2219

 

Resumo

    Introdução: A hipertensão arterial sistêmica tem mostrando-se altamente prevalente entre os idosos, configurando-se como um preocupante problema de saúde pública, visto os desfechos que pode culminar às condições de saúde e à autonomia dos acometidos. Mediante a este contexto, o treinamento concorrente tem sido recomendado como terapia não medicamentosa, auxiliar ao seu tratamento. Objetivo: Averiguar os efeitos do treinamento concorrente à autonomia de idosos hipertensos, por meio de uma revisão de literatura. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura sistematizada, realizada nas bases de dados Literatura Latina-Americana e do Caribe, Scientific Electronic Library Online e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online. Resultados: Após as buscas foram encontrados 511 manuscritos científicos. Destes, seis artigos foram selecionados à presente revisão, atendendo ao objetivo e critério propostos. O treinamento concorrente mostrou-se eficiente em promover diminuições nos níveis de pressão e rigidez arterial, melhorias na composição corporal, aptidão física e aumentos nos níveis do colesterol HDL (High Density Lipoprotein). Conclusão: Averiguou-se que o treinamento concorrente pode ser uma estratégia não farmacológica eficiente para promoção e manutenção da autonomia de idosos hipertensos, visto que mostrou-se eficiente em promover importantes repercussões morfológicas, fisiológicas e metabólicas, dentro da respectiva população.

    Unitermos: Treinamento de resistência. Exercício físico. Autonomia pessoal. Envelhecimento. Pressão arterial.

 

Abstract

    Introduction: Systemic arterial hypertension has been highly prevalent among the elderly, becoming a worrying public health problem, considering the outcomes that may culminate in the health conditions and autonomy of the affected. In this context, concurrent training has been recommended as non-drug therapy to assist in its treatment. Objective: To investigate the effects of concurrent training for the autonomy of hypertensive elderly, through a literature review. Methods: This is a systematic literature review conducted in the Latin American and Caribbean Literature, Scientific Electronic Library Online and Medical Literature Analysis and Retrieval System Online databases. Results: After searching 511 scientific manuscripts were found. Of these, six articles were selected for this review, meeting the proposed objective and criteria. Concurrent training has been shown to be effective in decreasing blood pressure and stiffness, improving body composition, fitness, and increasing HDL (High Density Lipoprotein) cholesterol levels. Conclusion: It was found that concurrent training may be an efficient non-pharmacological strategy for promoting and maintaining autonomy of hypertensive elderly, as it has been shown to be effective in promoting important morphological, physiological and metabolic repercussions within the respective population.

    Keywords: Resistance training. Exercise. Personal autonomy. Aging. Arterial pressure.

 

Resumen

    Introducción: La hipertensión arterial sistémica se ha mostrado altamente prevalente entre las personas mayores, configurándose como un problema de salud pública preocupante, producto de los efectos que pueden influir en las condiciones de salud y la autonomía de los afectados. En este contexto, se ha recomendado el entrenamiento concurrente como terapia no farmacológica para ayudar en su tratamiento. Objetivo: Investigar los efectos del entrenamiento concurrente en la autonomía de pacientes mayores hipertensos, a través de una revisión de la literatura. Métodos: Se trata de una revisión bibliográfica sistemática, realizada en las bases de datos de Literatura Latinoamericana y del Caribe, Scientific Electronic Library Online y Medical Literature Analysis and Retrieval System Online. Resultados: Tras la búsqueda, se encontraron 511 trabajos científicos. De estos, seis artículos fueron seleccionados para la presente revisión, cumpliendo con el objetivo y los criterios propuestos. El entrenamiento concurrente demostró ser eficaz para promover la disminución de la presión y los niveles de rigidez arterial, mejoras en la composición corporal, la condición física y aumentos en los niveles de colesterol HDL (High Density Lipoprotein). Conclusión: Se encontró que el entrenamiento concurrente puede ser una estrategia no farmacológica eficiente para promover y mantener la autonomía de las personas mayores hipertensas, ya que demostró ser eficiente para promover importantes efectos morfológicos, fisiológicos y metabólicos dentro de la población respectiva.

    Palabras clave: Entrenamiento de resistencia. Ejercicio físico. Autonomía personal. Envejecimiento. Presión arterial.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)


 

Introdução 

 

    O envelhecimento humano consiste em um processo natural da vida, e atrelado a ele ocorrem diversas adaptações fisiológicas com repercussões na estrutura e função de diversos sistemas corporais, capazes de impactar na autonomia e funcionalidade do idoso, tornando-o mais vulnerável ao adoecimento e influenciando a sua qualidade de vida. (Macena, Hermano, & Costa, 2018)

 

    As transições demográfica e epidemiológica que vem ocorrendo mundialmente têm gerado grandes mudanças na pirâmide etária e no padrão de adoecimento da população, resultando em acelerado e contínuo aumento do contingente de idosos e na prevalência de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). (Silva, Silva, Rodrigues, & Miyazawa, 2015; Miranda, Mendes, & Silva, 2016)

 

    No Brasil, dentre as DCNT, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) tem se mostrado como uma das mais frequentes entre os adultos (25%), destacando-se nos grupos etários mais velhos, principalmente, naqueles com idade entre 55 a 64 anos e com 65 anos ou mais, onde a prevalência desta comorbidade apresentou-se na ordem de 49% e 64,2%, respectivamente. (Brasil, 2016)

 

    As altas prevalências de HAS evidenciam um preocupante problema de saúde pública, haja vista que a respectiva condição clinica é silenciosa e altamente perigosa, pois pode ocasionar uma grande quantidade de eventos desfavoráveis à saúde e qualidade de vida (Malachias et al., 2016), diminuindo, dessa maneira, a autonomia pessoal dos acometidos. (Guedes, Guedes, & Ribeiro, 2013)

 

    A autonomia pessoal diz respeito à capacidade de agir segundo os desejos e objetivos, remetendo, assim, a habilidade de controle sobre si próprio, bem como a tomada de decisões relacionadas ao cotidiano. Sendo assim, faz-se necessário a adoção de medidas que possibilitem a manutenção deste importante aspecto bioêtico, resultando em melhores condições de saúde. (Saquetto et al., 2013)

 

    Na literatura, tanto em diretrizes nacionais (Malachias et al., 2016), quanto internacionais (Chodzko-Zajko et al., 2009; Hackam et al., 2013), averigua-se a indicação do exercício físico como terapia não medicamentosa auxiliar ao tratamento da HAS, com potencial para minimizar as repercussões negativas desencadeadas pela respectiva condição clínica. (Sousa, Mendes, Abrantes, Sampaio, & Oliveira, 2013; Santos et al., 2014; Lima et al., 2015; Aguiar et al., 2017; Son, Sung, Cho, & Park, 2017; Lima et al., 2017)

 

    Entre as modalidades de exercício existentes, o treinamento concorrente tem sido evidenciado como uma vantajosa estratégia de intervenção, por ser composto pela combinação entre a realização de exercícios aeróbios e aqueles executados contra resistências externas, resultando em importantes adaptações para o sistema cardiovascular e muscular. (Santos et al., 2014; Lima et al., 2015)

 

    Entretanto, diante da escassez de estudos que buscaram reunir informações relacionadas aos efeitos da combinação de exercícios aeróbios e resistidos para idosos hipertensos, surgiu a seguinte pergunta: “Quais os efeitos que o treinamento concorrente pode ocasionar para as condições de saúde e autonomia de idosos hipertensos?”. Portanto, para respondê-la, o presente estudo teve como objetivo averiguar os efeitos do treinamento concorrente à autonomia de idosos hipertensos, por meio de uma revisão de literatura.

 

Métodos 

 

    Trata-se de uma revisão de literatura sistematizada, a qual se desenvolveu a partir das seguintes etapas metodológicas: 1) definição do tema e formulação da questão norteadora, 2) escolha das bases de dados utilizadas na pesquisa, 3) estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, 4) definição dos descritores, 5) pré-seleção dos artigos, 6) avaliação dos estudos pré-selecionados e seleção dos estudos incluídos na revisão, 7) interpretação dos resultados e 8) apresentação da revisão de literatura.

 

    Sendo assim, foram realizadas buscas entre julho e agosto de 2019, dentro das seguintes bases de dados: Literatura Latina- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – MEDLINE, acessadas por meio da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, além da Scientific Electronic Library Online - SciELO, utilizando a seguinte estratégia de busca: treinamento de resistência AND exercício aeróbico AND idoso AND hipertensão, construída a partir das versões em português dos descritores disponíveis nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).

 

    Os critérios de inclusão foram: artigos originais, publicados em língua inglesa ou portuguesa, entre 2009 e 2019, disponíveis em texto completo, que averiguaram os efeitos do treinamento concorrente em idosos hipertensos. Contudo, foram critérios de exclusão: projetos de pesquisa, dissertações, monografias, teses, publicações em anais de eventos, cartas ao editor, artigos de revisão, artigos não disponíveis em formato completo, artigos duplicados, estudos que não abordassem o tema proposto ou que retratassem populações diferentes da escolhida para o respectivo estudo.

 

    A pesquisa foi realizada seguindo quatro etapas: análise das duplicatas; leitura dos títulos e resumos; leitura dos artigos na íntegra e extração das principais informações, sintetizando-as em uma planilha.

 

    Os dados coletados dos estudos selecionados foram: autores, ano de pu­blicação, local do estudo, participantes (idade, sexo), grupos e número de indivíduos por grupos, tipos de exercícios, duração da intervenção, tipo de intervenção, intensidade do exercício e resultados encontrados.

 

Resultados 

 

    Após as buscas foram encontradas 511 produções científicas (437 na MEDLINE, 72 na LILACS e 2 no SciELO). Posteriormente análise das duplicatas e leitura dos títulos e resumos, 10 artigos foram selecionados para leitura completa. Destes, 6 foram atestados para compor a presente revisão, atendendo ao objetivo e critérios propostos (Figura 1).

 

Figura 1. Fluxograma do processo de inclusão e exclusão dos artigos revisados

Figura 1. Fluxograma do processo de inclusão e exclusão dos artigos revisados

 

    No que tange os anos de publicação, foi observado uma variação entre os anos de 2013 e 2017. Quatro dos respectivos trabalhos foram publicados em periódicos internacionais e dois em periódicos nacionais. Em relação ao idioma, verificou-se que todos os artigos encontravam-se em língua inglesa.

 

    Os estudos foram realizados com indivíduos, que possuíam idade entre 60 e 75 anos, em amostras que variaram entre 18 e 60 idosos, submetidos a três dias de treinamento concorrente por semana. O tempo total de treinamento variou de 10 a 36 semanas. A Tabela 1 apresenta a disposição dos artigos selecionados.

 

Tabela 1. Principais características dos estudos selecionados para a revisão de literatura 

Autores

(Local/Ano)

Participante

(Sexo)

Idade

Intervenção

Resultados

Sousa et al.

(Portugal, 2013)

33 idosos

(M)

65-75

anos

TR: 10 exercícios, com 3 séries de 8 a 12 repetições entre 65% e 75% de 1 RM. TA: 30’ de caminhada.

Diminuições significativas na PAS, PAD, e no % de gordura, além de aumentos significativos na força muscular e no VO2max, após 36 semanas.

Santos et al.

(Brasil, 2014)

60 idosas

(F)

60-65

anos

TR: 8 exercícios, com 3 séries de 10 repetições entre 70% e 90% de 10 RM. TA: 20’ de caminhada entre 65% e 75% da FCM.

Aumento significativo do HDL colesterol, força muscular e diminuições significativas PAD e PAD, após 16 semanas.

Lima et al.

(Brasil, 2015)

44 idosos

(M e F)

60-75

anos

TR: 9 exercícios, com 2 séries de 15 a 20 repetições, entre 50% a 60% de 1 RM. TA: 20-30’ de exercício aeróbio.

Melhora significativa nos valores do IMC, IL-6 e TNF-α, após 10 semanas.

Son et al.

(Coreia do Sul, 2017)

20 idosas

(F)

75,0 ± 2,0

Anos

TR: 12 exercícios, com resistência elástica. TR: 30 minutos de caminhada entre 50% e 70% da FCR.

Diminuição significativa na rigidez arterial, PAS, PAD, % de gordura. Aumento significativo na massa magra, VO2max e em variáveis de desempenho funcional, após 12 semanas.

Aguiar et al.

(Brasil, 2017)

18 idosas

(F)

≥60

Anos

TR: exercícios resistidos com bandas elásticas, peso corporal e halteres. TA: 30’ de caminhada.

Melhoria significativa na PAS e PAD, após 24 semanas.

Lima et al.

(Brasil, 2017)

44 idosos

(M e F)

60-75

anos

TR: 9 exercícios, com 2 séries de 15 a 20 repetições, entre 50% e 60% de RM. TA: 20-30’ de exercício aeróbio.

Diminuição significativa no IMC, massa gorda (kg), circunferência abdominal e da cintura, PAD, PAS. Aumento significativo da força muscular, VO2max, após 10 semanas.

M: sexo masculino. F: sexo feminino. TR: treinamento resistido. TA: treinamento aeróbio. RM: repetição máxima. FMC: frequência cardíaca máxima. VO2max: volume máximo de oxigênio. FCR: frequência cardíaca de reserva. PAS: pressão arterial sistólica. PAD: pressão arterial diastólica. HDL: High Density Lipoprotein. kg:quilogramas. IL-6: interleucina 6. TNF-α: fatores de necrose tumoral alfa %: percentual

 

    A partir das análises dos estudos selecionados, observou-se que o treinamento concorrente foi eficiente em promover repercussões fisiológicas, morfológicas e metabólicas, como diminuições nos níveis de pressão e rigidez arterial, melhorias na composição corporal (aumentos na massa magra e diminuição no tecido adiposo total e central), além de promover melhoras na aptidão física e aumentos colesterol HDL (High Density Lipoprotein).

 

Discussão 

 

    As DCNT têm se mostrado como as principais causas de morbidades e de reduções na autonomia pessoal de idosos (Saquetto et al., 2013). Entre as doenças incapacitantes que mais tem acometido os indivíduos da terceira idade, a HAS tem se destacado com uma das mais prevalentes (Brasil, 2016). Mediante a este contexto, o exercício físico tem sido descrito como uma estratégia primária auxiliar para o tratamento da respectiva condição clínica (Chodzko-Zajko et al., 2009; Hackam et al., 2013; Malachias et al., 2016). Assim, o presente estudo teve como objetivo averiguar as contribuições do treinamento concorrente à autonomia de idosos hipertensos, por meio de uma revisão de literatura.

 

    A partir das análises dos estudos selecionados,observou-se que o treinamento concorrente aparenta ser uma excelente alternativa, enquanto terapia não medicamentosa, para controle dos níveis pressóricos de idosos com HAS, visto que se mostrou capaz de promover diminuições significativas na referida variável fisiológica (Sousa et al., 2013; Santos et al., 2014; Lima et al., 2017; Son et al., 2017; Aguiar et al., 2017), bem como na rigidez arterial (Son et al., 2017), o que remete a sua importância na manutenção da saúde e autonomia dos indivíduos acometidos, tendo em vista que a elevada pressão arterial pode culminar em complicações como acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio e doença renais crônicas. (Malachias et al., 2016)

 

    A HAS tem sido descrita como uma das principais causas de internamento. Desta maneira, estima-se que no Brasil entre os anos de 2008 a 2012 foram registradas 5.685.827 internações por doenças que acometem o sistema cardiovascular. Destas, um total de 436.316 foram em caráter de urgência, originadas pela HAS, onde a população idosa foi a mais acometida, representando 56% das respectivas hospitalizações. (Santos & Vasconcelos, 2013)

 

    Esta grande quantidade de internamentos remete ao preocupante desafio de manutenção da autonomia dos idosos hipertensos, haja vista que durante as hospitalizações a aptidão física pode sofrer declínios, resultando em diminuição de sua capacidade funcional (Lopes, Lage, Vancini-Campanharo, Okuno, & Batista, 2015; Mendonça et al., 2016), que tem sido evidenciada como fator preponderante para uma boa qualidade de vida, pois idosos com melhores níveis de aptidão física tendem a ser menos dependentes. (Saquetto et al., 2013)

 

    A capacidade funcional diz respeito à forma como o indivíduo consegue desempenhar suas atividades instrumentais, e, principalmente, as atividades básicas de vida diária, como se vestir, banhar-se ou até mesmo se alimentar. Assim, o declínio no desempenho motor do idoso pode resultar em diminuições em sua capacidade de governar suas próprias ações e, por conseguinte, culminar em privações da realização de atividades do cotidiano. (Marinho,Vieira, Andrade, & Costa, 2013)

 

    Apesar das diminuições do desempenho motor serem inerentes ao próprio envelhecimento, a HAS tem se mostrado fortemente associada a incapacidades físicas (Guedes et al., 2013). Diante disto, verificou-se que o treinamento resistido, juntamente com o treinamento aeróbio se mostrou capaz de promover melhorais significativas na aptidão física de idosos hipertensos, culminando em aumentos da força muscular (Sousa et al., 2013; Santos et al., 2014; Lima et al., 2017; Son et al., 2017), capacidade aeróbia (Sousa et al., 2013; Lima et al., 2017; Son et al., 2017), agilidade e flexibilidade. (Son et al., 2017)

 

    Ademais, o treinamento concorrente mostrou-se eficiente em promover melhoras na composição corporal, no que diz respeito a diminuições da quantidade de gordura total (Sousa et al., 2013; Son et al., 2017; Lima et al., 2017) e abdominal (Lima et al., 2017), bem como demonstrou ser eficaz em promover aumentos da massa magra (Son et al., 2017). A elevada pressão sanguínea sozinha se apresenta como um potencial risco a saúde (Malachias et al., 2016). Contudo, sua associação com outros fatores de risco como o acúmulo excessivo de gordura expõe o idoso a piores condições de saúde tornando-o mais vulnerável. (Gomes et al., 2016)

 

    Nesta perspectiva, o excesso gordura corporal total e abdominal tem sido descrito como um importante fator de risco tanto para doenças cardiovasculares, quanto para metabólicas, a exemplo do Diabetes Mellitus (DM) (Who, 2011), que é uma morbidade altamente relacionada à incidência de complicações microvasculares e macrovasculares, que, por sua vez, podem resultar em retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial periférica (Milech et al., 2016), além de incapacidades físicas e fragilidade (Sinclair et al., 2012). Dessa maneira, estima-se que 70% dos acometidos pelo DM sofram dificuldades para realizar suas atividades do cotidiano tornando-se, assim, dependentes. (Kalyani, Corriere, & Ferrucci, 2014)

 

    O DM tem se mostrado fortemente associado à HAS entre os indivíduos mais velhos (Vitoi, Fogal, Nascimento, Franceschini, & Ribeiro, 2015; Garcia, Fischer, & Poll, 2016), aumentando o risco para desfechos, como diminuições da mobilidade física (Welmer, Angleman, Rydwik, Fratiglioni, & Qiu, 2013), artrite, sintomas depressivos, insônia (Loyola Filho, Firmo, Uchoa, & Lima-Costa, 2013), diminuições no desempenho cognitivo (Oliveira, Yassuda, Aprahamian, Neri, & Guariento, 2017), doença arterial coronária (Jacinto et al., 2014) e comprometimentos auditivos. (Gibrin, Melo, & Marchiori; Loyola Filho et al., 2013; Rolim, Rabelo, Lobo, Moreira, & Samelli. 2015)

 

    Não obstante, a massa muscular tem sido evidenciada com um importante fator para manutenção da capacidade funcional, posto que possui intima relação com uma melhor qualidade de vida, autonomia e aptidão física. (Gadelha et al., 2017)

 

    Deste modo, as repercussões referentes ao treinamento concorrente à composição corporal de idosos hipertensos, no que tange a diminuições no tecido adiposo total e central e aumentos da massa magra, se apresentam não só com um fator de melhora à saúde, mas também como um possível fator preventivo para outras morbidades e suas complicações, que, por sua vez, tendem a afetar a autonomia e qualidade de vida dos mesmos.

 

    No que tange a variáveis bioquímicas, o treinamento concorrente mostrou-se eficiente em aumentar o colesterol HDL entre idosos hipertensos (Santos et al., 2014), que é extremamente importante à saúde, visto suas repercussões antiestrogênicas, anti-inflamatórias e antitrombóticas, que culminam no transporte reverso do colesterol, evitando a oxidação do colesterol LDL (Low Density Lipoprotein) na parede arterial. Assim, baixos níveis de HDL, tem se apresentado como um elevado fator de risco para eventos cardiovasculares entre pessoas idosas. (Freitas et al., 2011)

 

    Portanto, um estilo de vida ativo, composto tanto por exercícios de cunho aeróbio, quanto resistidos com pesos aparenta ser um fator imprescindível para melhoria e manutenção da saúde, qualidade de vida, e, por conseguinte, a materialização da autonomia pessoal para pessoas idosas hipertensas.

 

    Entre as limitações dos estudos selecionados, destaca-se a heterogeneidade relacionada ao sexo, nas amostras estudadas. Ademais, foi averiguado baixo número de estudos que objetivaram analisar o efeito do treinamento concorrente em idosos hipertensos o que limitou a discussão da presente revisão de literatura.

 

Conclusão 

 

    Os resultados da presente revisão deixam evidente a relevância que o treinamento concorrente possui na manutenção e melhoria das condições de saúde e autonomia pessoal de idosos hipertensos, visto que apresentou-se eficiente em promover repercussões fisiológicas, morfológicas,funcionais e metabólicas,significativas, como diminuições em níveis de pressão e rigidez arterial, melhorias na composição corporal, além de promover melhorias na aptidão física, no que se refere a aumentos na força muscular, agilidade, flexibilidade e capacidade cardiorrespiratória, além de aumentos nos níveis do colesterol HDL.

 

    Entretanto, diante da pequena quantidade de publicações identificadas na literatura, acerca do tema em questão nesta revisão, sugere-se a realização de novos estudos clínicos, para a verificação dos efeitos do treinamento concorrente em indicadores de saúde, importantes para a autonomia da população idosa.

 

Referências 

 

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Chodzko-Zajko, W. J., Proctor, D. N., Singh, M. A. F., Minson, C. T., Nigg, C. R., Salem, G. J., & Skinner, J. S. (2009). Exercise and physical activity for older adults. Medicine & science in sports & exercise, 41(7), 1510-1530. Recuperado de: https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181a0c95c

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)