Tênis de Mesa e Pingue-Pongue: caracterização e prática

Table Tennis and ping-pong: characterization and practice

Tenis de Mesa y ping-pong: caracterización y práctica

 

Rafael Ramos Silva*

fael.rs@hotmail.com

Daniel Zonzini Voltan**

danielzvoltan@gmail.com

 

*Graduado em Educação Física pela Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo

**Professor Especialista do Curso de Educação Física

da Faculdade de Jaguariúna, São Paulo

(Brasil)

 

Recepção: 20/11/2017 - Aceitação: 15/01/2018

1ª Revisão: 22/11/2017 - 2ª Revisão: 15/01/2018

 

Resumo

    O Tênis de Mesa é uma modalidade esportiva que desenvolve a velocidade de raciocínio e habilidade, melhora o equilíbrio e a coordenação. Além disso, requer uma variedade de ações e tomadas de decisões em um curto espaço de tempo. Assim, este artigo tem por objetivo o intuito de explorar e descrever as características físico-técnico do Tênis de Mesa, o trabalho também trará a importância do Pingue-Pongue como forma de uma prática corporal, onde se destaca a importância desta prática através da ludicidade, lazer/tempo livre. Este trabalho procura explicitar os fundamentos do Tênis de Mesa, e as formas de aprendizagem através do Pingue-Pongue de modo que os resultados adquiridos dessa pesquisa possam fornecer subsídios tanto para iniciantes quanto para os profissionais que gostariam de se aprofundar no assunto. Desta forma, o trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica.

    Unitermos: Tênis de mesa. Pingue-pongue. Esportes de raquete.

 

Abstract

    Table tennis is a sport that develops reaction rate and many skills, improves balance and coordination. It is a complex system, which requires a variety of actions and decision making in a short time. In order to know more about characteristics of table tennis, this study will also bring the importance of Ping-Pong as a form of physical practices, which highlights the importance of this practice through playfulness, leisure, free time. This paper seeks to explain the fundamentals of table tennis, and forms of learning through the Ping-Pong. The results of this research can provide subsidies for both, beginners and for professionals, who would like to develop profoundly into this subject. In this way, the work was developed through a bibliographical research.

    Keywords: Table tennis. Ping-Pong. Racket sports.

 

Resumen

    El Tenis de Mesa es una modalidad deportiva que desarrolla la velocidad de razonamiento y la habilidad, mejora el equilibrio y la coordinación. Además, requiere una variedad de acciones y toma de decisiones en un corto espacio de tiempo. Así, este artículo tiene por objetivo la intención de explorar y describir las características físico-técnicas del Tenis de Mesa. El trabajo también destaca la importancia del Ping-Pong como forma de una práctica corporal, donde se pone de manifiesto la importancia de esta práctica a través de la recreación, ocio y tiempo libre. Este trabajo busca explicitar los fundamentos del Tenis de Mesa, y las formas de aprendizaje a través del Ping-Pong de modo que los resultados obtenidos de esa investigación puedan proporcionar insumos tanto a los principiantes como a los profesionales que quisieran profundizar en el tema. De esta forma, el trabajo fue desarrollado a través de una investigación bibliográfica.

    Palabras clave: Tenis de mesa. Ping-pong. Deportes de raqueta.

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 22, Núm. 237, Feb. (2018)


 

Introdução

 

    O Tênis de Mesa (TM) é um esporte institucionalizado desde 1926, ano da fundação da International Table Tennis Federation (ITTF). Originou-se na Inglaterra por volta do final do século XIX é reconhecido como esporte olímpico desde 1977, sendo incluído pelo Comitê Olímpico Internacional, iniciando sua participação nos XXIV Jogos Olímpicos de Seul em 1988. Inicialmente recebeu várias denominações, sendo “Pingue-Pongue” (PP) a mais conhecida, denominação onomatopeica devido à sonoridade da bola em contato com a mesa e a raquete no decorrer do jogo. Atualmente, a denominação “Pingue-Pongue”, é principalmente utilizada dentro de um contexto recreativo (lazer/tempo livre), e por conseguinte, a denominação Tênis de Mesa, entendido modalidade esportiva, com regras universalizadas e com padrões de jogo, como técnicas, táticas e outras particularidades específicas do rendimento (CBTM, 2011).

 

    Esta modalidade merece destaque devido à interatividade que promove entre diversos grupos, independente de gêneros e idades, e facilitando a inclusão de pessoas com deficiências motoras (Spolidori, 2003).

 

    Dessa maneira, entender as motivações para a prática desta modalidade é fundamental para sua construção e desenvolvimento, uma vez que Takase (2002) entende que esta modalidade esportiva:

    pode oferecer ao jogador oportunidades para ser um grande mesa-tenista e/ou o esporte como um entretenimento ou para organizar um plano de trabalho às pessoas que buscam uma atividade física para obter resultados no equilíbrio mente-corpo, por exemplo, no relaxamento. (p.04)

    Assim, tem-se por objetivo discutir as intenções das práticas Tênis de Mesa e Pingue-Pongue, suas particularidades e semelhanças e os benefícios de tais práticas. Espera-se também: analisar as capacidades e habilidades motoras específicas do Tênis de Mesa e do Pingue-Pongue; distinguir e discutir as diferenças entre o Tênis de Mesa e o Pingue-Pongue; e valorizar as práticas independente dos níveis de seus praticantes; e fornecer argumentos para discussões a respeito da modalidade.

 

Metodologia

 

    Metodologicamente, este trabalho constitui-se de uma pesquisa qualitativa, uma vez que este método busca explicar o porquê das coisas através de diferentes abordagens (Silveira e Córdova, 2009). Para isso, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, que “[...] não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras” (Lakatos e Marconi, 2003, p.186), como também a pesquisa documental, pelo fato desta modalidade não ter recebido vários tratamentos analíticos sobre sua prática, uma vez que este tipo de pesquisa “[...] oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente” (Manzo, 1971, p.32).

 

    As fontes pesquisadas constituíram-se basicamente de livros, artigos científicos, revistas especializadas, sites e documentos oficiais disponibilizados por federações responsáveis pela modalidade. Devido à escassez de trabalhos na área, os critérios de inclusão dos documentos neste trabalho foram estabelecidos através da relevância e concordância com os assuntos aqui tratados.

 

    A depender da fonte consultada, a origem do Tênis de Mesa é relatada de diferentes formas. No entanto, parece definitivamente estabelecido que o século XIX tenha sido o momento em que o esporte surgiu e que sua origem seja creditada à Grã-Bretanha disseminando-se em suas colônias sendo concebido como uma improvisação de uma mini-quadra sobre uma mesa dividida por uma rede, ou seja, um adaptação do Tênis de Campo para espaços menores, eventualmente fechados para dias chuvosos (Marinovic, Iizuka e Nagaoka, 2006; Nass, 2002).

 

    Para Azevedo e Vinhas (2005) algumas características do “esporte” naquele momento são:

    As raquetes podiam ser de madeira, papelão ou tripa de animal, cobertas algumas vezes por cortiça ou lixa; as bolas de cortiça ou borracha; as redes de diferentes alturas- algumas vezes constituídas de um simples fio. Mesas de diferentes tamanhos, partidas com contagens de 10 ou 100 pontos, saques com um “quique” inicial na metade da mesa do sacador, sistema atual, ou diretamente na outra metade de encontro a um espaço limitado ou não, porém com a obrigatoriedade do sacador estar afastado da linha de fundo da mesa. Nunca figuravam quatro tipos diferentes de duplas. Em qualquer caso, o que era virtualmente o mesmo tipo de jogo identificava-se por muitos nomes. (p.77)

    Com o aumento da popularização do esporte e do número de praticantes, muitas empresas registraram marcas referentes ao nascimento do jogo, sendo este material exportado para países como Índia, África do Sul e Austrália (Quintano, 1991). A partir disso, percebe-se que a prática do jogo no decorrer da história está vinculada a uma comercialização de produtos destinados à sua realização. Uma vez que o jogo “[...] apresentou desde cedo diversas denominações nos “boxes” (caixa com o material mínimo para ser montado sobre uma mesa para o jogo- rede, raquetes e bolas) onde os equipamentos eram ofertados ao público consumidor” (Ribeiro, 2012, p.46).

 

    Após o rápido crescimento do jogo, o interesse pela sua prática declinou. As principais causas são atribuídas ao grande número de sistemas de jogo, com regras diferentes, a monotonia do jogo quando era realizado com material improvisado, e por fim, o surgimento da “borracha com pinos” que mudou a forma de jogar de tal maneira que distanciou ainda mais os experientes dos iniciantes (CBTM, 2011; Azevedo e Vinhas, 2005).

 

    Em 1905, o esporte foi introduzido no Brasil, trazido por turistas ingleses. Até 1912, a modalidade era praticada somente em casas particulares e em clubes. E, neste mesmo ano, como início das atividades organizadas do Tênis de Mesa, foi disputado o primeiro campeonato por equipes na cidade de São Paulo, onde o vencedor foi o Vitória Ideal Clube (CBTM, 2011; Marinovic, Iizuka e Nagaoka, 2006).

 

    Em 1942, o TM teve suas regras traduzidas para o português e foi oficializado pela Confederação Brasileira de Desporto. Atualmente é organizado por 22 Federações Estaduais com mais de 5.000 atletas filiados à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (Marinovic, Iizuka e Nagaoka, 2006).

 

    A International Table Tennis Federation (ITTF) é responsável pela regulamentação dos materiais e sistemas de disputas oficiais (ITTF, 2016b).

 

    Enquanto modalidade esportiva olímpica, o Tênis de Mesa demanda diversas capacidades físicas, auxiliando na sociabilização de seus praticantes e com os aspectos cognitivos dos mesmos (Vilani, 2006).

 

    Matytsin (1997) caracteriza o TM pela “[...] complexidade das técnicas de coordenação, pelo ritmo muito rápido, pela qualidade acumulativa/explosiva de esforço físico e alta precisão, para que a colocação de bolas seja realizada por toda a mesa” (p. 03). Vilani, Samulski e Lima (2003) encontram a finalidade do TM no desenvolvimento humano, desenvolvimento motor, desenvolvimento técnico, aprendizagem motora, treinamento desportivo, características específicas da modalidade e da formação esportiva.

 

    Ao final de 2016, o ranking oficial (ITTF, 2016a) apresenta 4 atletas chineses de cada categoria no Top 10 e a China também ocupa a primeira posição por equipes tanto no masculino quanto no feminino.

 

    Com relação ao Tênis de Mesa Paralímpico a modalidade é um dos mais tradicionais esportes Paralímpicos, iniciado na edição de 1960, em Roma. Junto do ITTF, o IPC – International Paralympic Committee – é responsável pelo Tênis de Mesa Paralímpico, jogado por ambos os sexos e nas classes de 1 a 11 individual e por equipe no masculino – nas classes 1-2, 3, 4-5, 6-8 e 9-10 – e no feminino – nas classes 1-3, 4-5 e 6-10. Na edição dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, 47 países estiveram presentes distribuídos entre 269 atletas – 173 homens e 96 mulheres (IPC, 2016).

 

    Portanto, o TM é um esporte em evolução e que exige de seus praticantes, em especial os atletas profissionais, uma constante atualização no que se refere aos aspectos técnicos, táticos, físicos e psicológicos.

 

    Assim, será preciso dividir as características do TM, enquanto modalidade esportiva, com o intuito de entender as especificidades que o compõe.

 

Capacidades motoras

 

    Do ponto de vista das capacidades motoras, as possíveis contribuições da prática do Tênis de Mesa − especialmente no desenvolvimento infantil − são: percepção, equilíbrio, lateralidade, imagem do corpo, autoimagem, associação visual motora, coordenação, coordenação motora grossa, coordenação motora fina, movimento de locomoção, movimentos uniformes, orientação espacial, direcionalidade, coordenação entre os olhos e mãos, coordenação entre olhos e pés, mira ocular, cinestesia, habilidade de percepção motora, explosão do movimento e educação do movimento (Capon, 1983). Para Marinovic, Iizuka e Nagaoka (2006), as capacidades motoras mais importantes envolvidas na prática do Tênis de Mesa são: velocidade de reação, velocidade de movimento, orientação espacial, potência e resistência de potência.

 

    As capacidades motoras são divididas em condicionais e coordenativas (Weineck, 1999). As essenciais na eficiência do metabolismo energético são as capacidades condicionais de resistência, resistência-força, velocidade e flexibilidade. Já as capacidades coordenativas são as que dependem de conduções nervosas e da condição em organizar e regular o movimento, como a diferenciação sensorial, a observação, a representação, a antecipação, o ritmo, a coordenação motora, o controle motor, a reação motora e a expressão motora (Barbanti, 1996). E assim, dividiremos abaixo as específicas para o TM.

 

Capacidade motora coordenativas

 

    Vilani, Samulski e Lima (2003) ao observarem que, se fizermos uma análise das medidas físicas como espaço, tempo, aceleração e velocidade, e encontrarmos a relação entre estas medidas e a superfície da mesa (fricção, altura, elasticidade e tipo de superfície), por exemplo, é possível observar uma situação crítica, em que a atenção a alguns estímulos e a concentração do atleta durante o jogo são elementos primordiais para o êxito.

 

    Basicamente, o TM constitui-se da ação motora rebater entendida como ação de propulsão de um objeto, utilizando o próprio corpo ou um implemento. Neste caso, a propulsão se dá em relação a objeto (bola) em movimento, sendo o maior desafio para o jogador perceber a trajetória e a velocidade de deslocamento do objeto, de modo a executar a ação motora no tempo correto e com precisão (Williams, 1983; Tani et al., 1988). Gallahue e Ozmun (2005) destacam dois fatores que influenciam o rebater: a focalização e rastreamento da trajetória do objeto e a velocidade máxima do movimento no instante da rebatida.

 

    Desta maneira, as ações motoras, que dizem respeito aos fundamentos técnicos do TM, podem ser entendidas como:

 

Quadro 1. Fundamentos básicos do Tênis de Mesa

Formas de segurar a raquete

Clássica: A raquete é segurada como se fosse estar apertando a mão de alguém, colocando o cabo da raquete na palma da mão, com os dedos polegar e indicador paralelamente sobre a extremidade da borracha e os outros três dedos segurando o cabo dando estabilidade. O lado da raquete que fica o dedo polegar é chamado de forehand e o lado que fica o dedo indicador é chamado de backhand.

 

Para Canciglieri (2005) é uma empunhadura que permite golpear a bola com os dois lados da raquete (dorsal e palmar), otimiza maiores possibilidades para o repertório técnico e potencializa o uso do backhand (dorso da mão), facilitando uma maior coordenação dos membros superiores, diminui o deslocamento do centro de gravidade,buscando a conquista do ponto através de “rallys” (disputa), sendo caracterizado normalmente como um atleta generalista;

 

Caneta: Nesta forma, segura-se a raquete como estivesse segurando uma caneta, os dedos polegar e indicador envolverá o cabo do lado superior da raquete e os outros três dedos estarão localizado no lado inferior da raquete (Fortin apud Marinovic, Iizuka e Nagaoka, 2006).

 

Para Canciglieri (2005), neste estilo utiliza-se somente um lado da raquete, potencializando o uso do forehand (palma da mão) que exige maior atenção para o trabalho de membros inferiores devido a constantes solicitações de deslocamento lateral e de profundidade, aumentando a necessidade de deslocamento do centro de gravidade com maior frequência durante o jogo, onde a conquista do ponto ocorra de forma mais rápida, caracterizando-o como um atleta especialista.

Efeitos

 

Para baixo (backspin): Quando o jogador rebate a bola raspando-a na parte inferior, de cima para baixo (movimento descendente da raquete).

Para cima (topspin): É o processo inverso do backspin, quando o jogador rebate a bola raspando-a na parte superior, de baixo para cima (movimento ascendente da raquete).

 

Lateral (sidespin): Quando o jogador rebate a bola raspando-a na parte lateral. Onde o jogador pode dar dois tipos de efeito lateral, já que há dois lados, o efeito lateral para direito raspando a bola no lado direita e para esquerda raspando a bola no lado esquerdo.

Posição Fundamental

“(...) é a postura básica corporal para todos os golpes/movimentos realizados por um jogador no Tênis de Mesa” (Camargo e Martins, 1999, p. 26).

Saque

 

Harst, Giesecke e Schalaf (apud Marinovic; Iizuka; Nagaoka, 2006) explicam que o procedimento para realizar um saque correto é colocar a bola na palma da mão “livre”, onde essa mão deve estar aberta e acima da superfície da mesa. Para que a bola não fique na posição irregular o polegar deve estar destacado e os outros dedos estendidos, estando na palma da mão. A bola deve ser lançada verticalmente para cima, no mínimo 16 cm, e só ser batida na sua descendente, de qual maneira que ela toque primeiro no campo do sacador e ultrapasse sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor. É importante ressaltar que, o adversário possa ter a visão a todo o momento da bola durante a execução do saque.

Fonte: Baseado em Trsic e Munster (2008)

 

    Embora as ações sejam de grande intensidade e velocidade no TM, é possível inferir que suas ações motoras apresentam características finas, uma vez que esta habilidade de bater requer uma capacidade de alto controle do corpo, afim de atingir a execução bem sucedida da habilidade, envolvendo coordenação óculo-manual e extremo grau de precisão no movimento (Magill, 2000; Canfield, 1981).

 

    A orientação Espacial refere-se à capacidade de mudar de posição ou de movimento de um corpo no espaço e no tempo, com relação a um campo de ação ou com relação a um objeto de ação (Marinovic, Iizuka e Nagaoka, 2006).

 

    No Tênis de mesa, a orientação espacial ajuda o atleta a imprimir a velocidade almejada com precisão, uma vez que a raquete nesta modalidade funciona como uma extensão de seu próprio corpo, assim, o atleta necessita “sentir” sua posição, ângulo de inclinação e a velocidade que terá que aplicar na bola no momento em que a raquete estiver em contato com ela. Tais atributos são necessários para a execução do movimento.

 

    A capacidade de reação a estímulos externos, conhecida como velocidade de reação motora ou tempo de reação, é o intervalo de tempo entre o momento da apresentação do sinal externo e o início da resposta muscular apropriada (Schmidt,1993). Segundo Weineck (2003) como o Tênis de Mesa é um esporte em que a velocidade da bola e o espaço percorrido por ela são muito curtos, automaticamente, o jogador é impulsionado a ter igualmente um curto espaço de tempo para reagir e realizar a jogada para isso, ele utiliza as velocidades destacadas anteriormente de maneira combinada.

 

Capacidades motoras condicionantes

 

    Marinovic, Iizuka e Nagaoka (2006) destaca que, no TM são trabalhadas todas as variações da velocidade. Assim, está envolvida a velocidade de antecipação, ou seja, capacidade de antecipar, em menor tempo possível, seus movimentos durante o jogo; a velocidade de percepção, ou seja, a capacidade de perceber as alterações do jogo; velocidade de decisão; velocidade de reação ante a uma jogada inesperada por parte do adversário; velocidade de movimento cíclico ou acíclico que seria a capacidade de manter o ritmo realizando movimentos mesmo sem a bolinha; velocidade de ação e a capacidade de se ajustar rapidamente às possibilidades técnico/táticas e condicionais. Vale destacar que essas situações de velocidade são todas empregadas na dinâmica do jogo. A velocidade de movimento refere-se à realização de movimentos acíclicos, únicos, utilizando-se da máxima velocidade possível na sua execução, contra pequenas resistências. Tal capacidade é utilizada no Tênis de Mesa com o objetivo de imprimir velocidade ao golpe; para realizar a defesa de uma bola ou mesmo para realizar um contra-ataque.

 

    No Tênis de Mesa, uma maior velocidade da bola é alcançada quando se consegue uma grande velocidade ao movimentar o corpo, fazendo com que o impacto da raquete com a bolinha seja realizado dentro da maior velocidade possível.

 

    No TM a Resistência de Força ocorre como sendo a Resistência de Potência, visto que, o atleta não necessita da força em todos os momentos do jogo ou do treino, contudo, como o volume de movimentos é grande, uma deficiência nessa capacidade motora poderia prejudicar o desempenho do jogador, principalmente nos momentos finais de uma partida.

 

    Nesse esporte, a tendência é que cada vez mais as capacidades motoras, em especial a velocidade ser exigida na dinâmica da partida, uma vez que, com os avanços tecnológicos a velocidade será ampliada, seja nos materiais como também na técnica empregada pelos praticantes (Marinovic, Iizuka e Nagaoka, 2006).

 

    De acordo com Elliott (2000) além destas capacidades motoras, há ainda um componente de extrema importância para a aptidão física do atleta que é a flexibilidade. Segundo o autor, os esportes que utilizam raquetes dependem de uma boa flexibilidade para lançar mão da amplitude de movimento e gerar potência nos golpes.

 

    Além da flexibilidade, a agilidade também se encontra presente na prática do Tênis de Mesa, envolvendo força, flexibilidade, velocidade e coordenação, uma vez que, nesta modalidade ocorrem constantemente mudanças bruscas de direções durante o treinamento e na partida propriamente dita (Bompa, 2001).

 

    Uma partida em nível nacional possui cinco sets, e em nível internacional 7 sets, todos os sets sendo de 11 pontos. Um jogo de tênis de mesa possui como característica fisiológica esforço e pausa (Zagatto e Gobatto, 2007) e tem duração média de 10 a 25 minutos (Katsikadelis, Pilianidis e Vasilogambrou, 2007), exigindo do jogador um condicionamento físico tanto demandas aeróbias quanto anaeróbias.

    

    Castro (2015) realizou uma profunda revisão bibliográfica acerca dos estudos fisiológicos do TM encontrando 11 artigos verificando os índices aeróbios e apenas 2 os índices anaeróbios. Conclusivamente, o sistema aeróbio possui mais estudos quando comparado com o anaeróbio, talvez pelo fato do jogo ter predominância dessa via, mas o rally e/ou golpe utiliza-se da via anaeróbia. Entretanto, ainda são poucos os consensos sobre sua planificação de treinamento via sistemas metabólicos.

 

Psicológicas

 

    A coordenação das mudanças rápidas de tarefas pelos jogadores, ocorre em um ambiente com alto conteúdo emocional, repleto de conflitos e tensão psicológica e da necessidade de descobrir as intenções do jogador adversário sem, contudo revelar as suas. Os jogadores passam por grandes exigências do ponto de vista psicológico, onde: “[...] as variáveis a que um atleta está sujeito são tantas que o colocam perante situações muito complexas, uma vez que nunca se sabe como, quando e onde vai chegar à bola” (Malheiro, 2005, p.12).

 

    Martins (1999) estudou a modalidade sob a perspectiva da atividade cognitiva empregada o decorrer da partida. Para ele, depois do xadrez, o Tênis de Mesa é o esporte que mais propicia a mobilização das faculdades cerebrais (raciocínio intuitivo, criativo e lógico, concentração).

 

    López e Dolores (2009) analisaram todos os fatores psicológicos empreendidos no TM. Para eles a aplicação de planos de treino devem incluir técnicas psicológicas como:

 

Quadro 2. Fatores psicológicos de treinamento

Fatores

Exemplos

Controle de ativação

Relaxamento, visualização, bio-feedback, etc.

Técnicas cognitivas para o controle da atenção

Mapeamento visual, seleção atencional de estímulos discriminantes como a posição oposta da raquete mediante imaginação.

Autodiálogos internos

Autoinstruções, detenção do pensamento, reestruturação de pensamentos, etc.

Motivação

Estabelecimento de objetivos, aderência ao treinamento.

Controle de condutas

Rituais entre pontos, de saque e descanso, controle de linguagem corporal, período entre partidos, controle visual, etc.

Planificação da competição

Plano de pré-partida.

Favorecimento da aprendizagem técnica

Imaginação, ensaio mental, aprendizagem por analogias.

Táctico

Tomada de decisões.

 Fonte: Baseado em López e Dolores (2009)

 

    Além destes fatores, os autores ainda preconizam o treinamento das técnicas referentes a coesão de equipe e a comunicação entre os técnicos e jogadores, resultando em melhoras no controle de ativação, autoconfiança, concentração, níveis de motivação, regulação das emoções, aprendizagem técnico-táctico mais rápida e precisa, e outros aspectos psicológicos, em comparação com aqueles que não aplicam este tipo de treinamento, além de aumentar o rendimento mediante a redução de aspectos negativos como os erros não forçados, jogo pouco variado, comportamentos inapropriados que podem ocasionar sanciones, etc. (idem).

 

Tática

 

    Se tomarmos por base o modelo de como se produz uma ação em esportes, Mahlo (1974) descreve a ação tática em três fases sequenciais: a) Percepção e análise da situação; b) Solução mental do problema; c) Resolução motora do mesmo. A partir deste modelo, Greco (2006) por exemplo, se debruçou no quesito teórico dos processos táticos. Em particular nos jogos coletivos.

 

    O TM é um jogo no qual os oponentes se enfrentam sem contato, ou sejam em lados extremos da mesa. Uma partida oficial pode ser jogada na categoria individual (1x1 – masculino ou feminino) ou em duplas (2x2 – masculino, feminino ou misto) (ITTF, 2016b).

 

    Esta constituição de jogadores modifica completamente as táticas empregadas no jogo, pois, no caso das duplas, pode ser entendido como um esporte coletivo e, consequentemente, existe mais um fator a ser considerado, o próprio parceiro, que demanda uma reestruturação das ações e um sincronismo maior entre os jogadores.

 

    Vários estudos tem sido produzidos nesta direção (Guo e Xu, 2008; Guo, Xu, Gong, e Zhang, 2008; Jian-Jun, 2009; Hong, 2008). Não cabe aqui, explanar sobre os processos decisórios táticos ou estratégias adotadas em determinados momentos do jogo, mas sim dar luz à sua complexidade enquanto jogo, necessidade absoluta de oponente, imprevisibilidade, controle e precisão.

 

E o Pingue-Pong?

 

    Após esta caracterização da modalidade esportiva seria possível pensar esta prática sob outro prisma, o Pingue-Pongue (PP).

 

    Prática/nome considerado muitas vezes como pejorativo no mundo do TM, inclusive por alguns mesatenistas, o PP pode apresentar funções extraordinárias, tanto do ponto de vista pedagógico quanto social.

 

    Há que se destacar o PP enquanto jogo, ou seja, para Huizinga (1993):

    uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana (p.33).

    E o TM enquanto esporte, tal qual “atividade competitiva, institucionalizada, que envolve esforço físico vigoroso ou o uso de habilidades motoras relativamente complexas, por indivíduos cuja participação é motivada pela combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos” (Barbanti, 2006, p.57).

 

    Dadas as devidas proporções dos contextos em que se sucedem as práticas, ambas possuem seu valor. Pois, o jogo Pingue-Pongue pode ser estabelecido pelos seus participantes nas mais variadas formas, quanto ao número de participantes, pontuações e até mesmo as regras, utilizando apenas os gestos motores do Tênis de Mesa.

Baseado no conceito de esporte proposto por Tubino (2010), é possível a prática tanto do Tênis de Mesa quanto o Pingue-Pongue. Abaixo podemos verificar cada possibilidade a partir deste conceito.

 

    No contexto do Esporte-Educação, o PP e o TM têm um encaixe fundamental na prática. Uma vez que, o acesso aos esportes e atividades físicas são direitos de toda criança e adolescente, sendo ele dividido em duas formas: Esporte Educacional – a prática pode ocorrer através de iniciativas privadas como clubes, agremiações, associações, etc., ou subsidiadas pelas esferas públicas da União (municipais, estaduais e federais), onde as crianças podem experimentar/aprender/praticar a modalidade Tênis de Mesa através do Pingue-Pongue, que pode e deve (grifo nosso) ser utilizado como ferramenta de iniciação esportiva; Esporte Escolar – que ocorre na instituição de ensino formal, as vivências do TM ou PP podem ocorrer através das aulas de Educação Física como parte do processo de ensino/aprendizagem das ações motoras estabelecidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, durante intervalos nas aulas, e a prática na sua forma esportiva pode ocorrer em competições internas e/ou interescolares.

 

    Contudo, ambas as práticas têm como principal objetivo a formação dos indivíduos como cidadãos, desenvolvimento de espírito esportivo, inclusão, participação, prazer e cooperação.

 

    Já no contexto Esporte-Lazer, cabe tanto a prática do TM quanto a do PP. Uma vez que para Dumazedier (1979):

    o lazer é o conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (p.12)

    É comum encontrarmos mesas e jogadores em clubes, salões de descanso em empresas, durante os intervalos escolares e até mesmo em residências. Mesmo as competições internas em clubes e agremiações, há que se entender que os sócios, nestes casos não são atletas profissionais, ou seja, não se dedicam exclusivamente ao TM ou sua renda financeira não provém do esporte.

 

    No Esporte de Desempenho, que envolve o rendimento e alto rendimento, está explícito o desejo da vitória, caracterizado pela superação. Pois, nesta intenção de prática, com regras e regulamentos estabelecidos internacionalmente, o Tênis de Mesa ocorre no ambiente altamente competitivo, que para Lima (1985):

    [...] corresponde a uma prática desportiva em que os atletas obtêm resultados e marcas de elevado nível perante opositores qualificados, mercê de uma preparação orientada no sentido de promover uma superação constante das suas capacidades e resultados num quadro de condições conhecidas desses atletas. (p. 3-4)

    Neste nível de prática, seria impensável o atleta (Araújo & Scharhag, 2016) ter outras obrigações sem ser o treinamento, onde sua Condição Global (Kiss et al., 2004) para o rendimento esportivo está voltada única e exclusivamente para a vitória.

 

    Em tempo, no Brasil (Brasil, 2015) as práticas esportivas podem ser divididas em Desporto de Formação (Martins, 1996), Desporto Educacional, Desporto de Participação e Desporto de Rendimento, sendo este último considerado profissional aquele que possui contrato de trabalho com seus envolvidos e o não-profissional aquele sem contrato de trabalho (Miguel, 2014). Sendo basicamente estabelecidos os mesmos critérios de prática comparado aos de Tubino (2010).

 

Conclusões

 

    O objetivo deste trabalho foi caracterizar o Tênis de Mesa e correlacioná-lo com o Pingue-Pongue. Teve-se enquanto propósito pesquisar o maior número possível de informações acerca desta modalidade, bem como compreender as habilidades e capacidades motoras que são trabalhadas na sua prática.

 

    Trata-se de um esporte que, como tantos outros, evoluíram no decorrer dos tempos, em virtude da diversidade de matéria-prima empregada na confecção dos materiais, a evolução técnico-tática, as formas de disputas, e os aspectos do treinamento.

 

    Certamente, o Tênis de Mesa é uma modalidade esportiva em que o elemento técnico assume um papel significativo no desempenho dos jogadores. Pois, a complexidade dos golpes depende tanto do equipamento utilizado como da formação técnica de quem o pratica. Junto disso, as táticas empregadas na partida possuem função mister no processo de busca pela vitória.

 

    Tanto o TM quanto o PP, independente do contexto em que se sucede, contribui com o desenvolvimento das capacidades motoras coordenativas e condicionantes básicas, que por sua vez, contribuem o desenvolvimento das específicas, do mais simples para o mais complexo.

 

    Contudo, no decorrer da pesquisa ficou evidente que o Tênis de Mesa possui uma característica que não é possível de ser encontrada em muitos esportes, ou seja, a questão lúdica, de entretenimento, do jogar por prazer, ou mesmo na prática mais informal da modalidade, o Pingue-Pongue.

 

    Paralelo a isso, ambas as práticas podem ser aplicadas e aproveitadas em todos os níveis de desenvolvimento motor, contribuindo tanto na formação do atleta no rendimento como na formação geral do indivíduo. Portanto destaca-se a importância destas práticas independentemente do nível praticado, pois tanto o TM quanto o PP possuem benefícios.

 

Referências

 

    Araújo, C.G.S.; Scharhag, J. (2016). Athlete: a working definition for medical and health sciences research. Scand J Med Sci Sports, 26:4-7.

 

    Azevedo, A. G. P., & Vinhas, I. (2005). Tênis de Mesa. In L. Costa (Ed.), Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro (pp. 285–8). Rio de Janeiro: Shape.

 

    Barbanti, V. J. (1996). Treinamento físico: bases científicas (3rd ed.). São Paulo: CLR Balieiro.

 

    Barbanti, V. J. (2006). O que é Esporte? Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 11(1).

 

    Bompa, T. O. (2001). Periodização no Treinamento Esportivo. São Paulo: Manole.

 

    Brasil (2015). Lei nº 9.615, de 1998; Lei nº 9.981, de 2000; Lei nº 13.155, de 2015.

    

    Camargo, F. E. B., & Martins, M. S. (1999). Aprendendo o Tênis de Mesa brincando. Piracicaba: SE.

 

    Canciglieri, P. H. (2005). Tênis de Mesa – Acervo motor e treinamento muscular localizado no auxilio a performance esportiva e combate aos desvios posturais ocasionados pela prática no alto rendimento. Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Retrieved from http://www.cbtm.com.br

 

    Canfield, J. T. (1981). Aprendizagem Motora. Santa Maria: Universitária.

 

    Capon, J. L. (1983). Atividades Motoras. Barueri: Manole.

 

    Castro, L. B. (2015). Avaliações fisiológicas aplicadas ao tênis de mesa: uma revisão do estado da arte. Universidade Estadual de Campinas.

 

    CBTM. (2011). Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Retrieved April 10, 2014, from http://www.cbtm.com.br

 

    Dumazedier, J. (1979). Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva.

 

    Elliott, B. C. (2000). Treinamento no esporte: aplicando ciência no esporte. São Paulo: Phorte.

 

    Gallahue, D., & Ozmun, J. (2005). Compreendendo o Desenvolvimento Motor: Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos (3rd ed.). São Paulo: Phorte.

 

    Greco, J. P. (2006). Conhecimento técnico-tático: o modelo pendular do comportamento e da ação tática nos esportes coletivos. Revista Brasileira de Psicologia Do Esporte E Do Exercício, 0, 107–29.

 

    Guo, K. L., Xu, B. L., Gong, J., & Zhang, W. J. (2008). Ryu Seung-Min’s technical and tactic characteristics and tactical plan determination in 2007 Men’s Table Tennis World Cup. Journal of Shandong Institute of Physical Education and Sport, 5, 20.

 

    Guo, K., & Xu, B. (2008). Technical and tactical diagnose and tactical plans for main competitive rivals of Men’s Table Tennis of China. Journal of Shandong Institute of Physical Education and Sports, 8, 19.

 

    Hong, Q. I. A. O. (2008). Trailing Analysis and Diagnose on Technique and Tactics of Elite Athletes Chinese National Women’s Table Tennis Team. Journal of Beijing Sport University, 4, 13.

 

    Huizinga, J. (1993). Homo ludens (4th ed.). São Paulo: Perspectiva.

 

    International Paralympic Committee. (2016). Table Tennis at the Rio 2016 Paralympic Games. Retrieved December 1, 2016, from https://www.paralympic.org/results/historical

 

    International Table Tennis Federation. (2016a). ITTF Rankings. Retrieved November 9, 2016, from http://www.ittf.com/rankings/

 

    International Table Tennis Federation. (2016b). The International Table Tennis Federation Handbook (14th ed.). Lausane: ITTF, International Table Tennis Federation.

 

    Jian-Jun, T. A. N. G. (2009). Table Tennis Tactic System: tactic formation of techniques and its application model. Journal of Beijing Sport University, 4, 29.

 

    Katsikadelis, M., Pilianidis, T., & Vasilogambrou, A. (2007). Real play time in table tennis matches in the XXVIII Olympic Games Athens 2004. In 10th Anniversary International Table 

Tennis Federation Sports Science Congress. Croatia.

 

    Kiss, M.A.P.D.; Böhme, M.T.S.; Mansoldo, A.C.; Degaki, E.; Regazzini, M. (2004). Desempenho e talentos esportivos. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.18, p.89-100.

 

    Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos da Metodologia Científica (5th ed.). São Paulo: Atlas.

 

    Lima, T. (1985). Desporto de Alta Competição. Horizonte, Revista de Educação Física E Desporto, Caderno Especial “Alta Competição Em Portugal,” (1), 3–4.

 

    López, J. C., & Dolores, M. (2009). Habilidades psicológicas para la mejora del rendimento en Tenis de Mesa. Cuadernos de Psicología Del Deporte, 9(1), 53–72.

 

    Magill, R. A. (2000). Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações (5th ed.). São Paulo: Edgard Blücher.

 

    Mahlo, F. (1974). O acto táctico no jogo. Lisboa: Compendium.

 

    Malheiro, F. (2005). Estudo da Estruturado Treino de Jovens Mesatenistas dos Centros de Treino da Federação Portuguesa de Tênis de Mesa. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 5(2), 184–91.

 

    Manzo, A. J. (1971). Manual para la Preparación de Monografias: una guía para presentar informes y tesis. Buenos Aires: Humanitas.

 

    Marinovic, W., Iizuka, C. A., & Nagaoka, K. T. (2006). Tênis de Mesa: teoria e prática. São Paulo: Phorte.

 

    Martins, M. S. (1999). Tênis de Mesa é um importante instrumento pedagógico. Revista Table Tennis Player, 4, 15.

 

    Martins, M.S. (1996). Aprendendo o tênis de mesa brincando. 136f. Monografia (Certificação de Técnico Nível III), Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Piracicaba.

 

    Matytsin, O. V. (1997). El papel de las características personales del jugador de tenis de mesa en proporcionar eficiencia y estabilidad durante las competências. Lecturas: Educación Física Y Deportes, (6). http://www.efdeportes.com/efd6/hen6.htm

 

    Miguel, R.G.A. (2014). Atleta: definição, classificação e deveres. Revista eletrônica [do] Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Curitiba, PR, v. 3, n. 29, p. 51-61, abr.

 

    Nass, V. (2002). Identificar a importância do saque dentro de um jogo. Universidade da Região de Joinville.

 

    Quintano, J. A. (1991). Tênis de Mesa. Madrid: Comitê Olímpico Espanhol.

 

    Ribeiro, G. J. D. (2012). Relações Históricas entre o Tênis de Mesa e o Ping-pong em Porto Alegre (Décadas 1946 – 1954). Revista Cinergis, 13(4), 44–55.

 

    Schmidt, R. A. (1993). Aprendizagem e Performance Motora: dos princípios à prática. São Paulo: Movimento.

 

    Silveira, D. T., & Córdova, F. P. (2009). A pesquisa científica. In T. E. Gerhardt & D. T. Silveira (Eds.), Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

 

    Spolidori, W. L. (2003). Origem e trajetória dos jogos e esportes de raquetes e a pedagogia do movimento: bases para uma sacada de proposta. UNIMEP.

 

    Takase, E. (2002). O Papel do Tênis de Mesa na Psicologia do Esporte e Exercício. Lecturas: Educação Física y Deportes, 44(8). http://www.efdeportes.com/efd44/tmesa.htm

 

    Tani, G., Manoel, E. J., Kokubun, E., & Proença, J. E. (1988). Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/EDUSP.

 

    Trsic, M. P., & Munster, M. A. (2008). Inclusão da modalidade de tênis de mesa como conteúdo curricular da educação física escolar. In II Seminário de Estudos em Educação Física Escolar (pp. 293–327). São Carlos: CEEFE/UFSCar.

 

    Tubino, M. J. G. (2010). Estudos Brasileiros Sobre o Esporte: ênfase no esporte-educação. Maringá: Eduem.

 

    Vilani, L. H. P. (2006). Tênis de mesa nas escolas. Recuperado em 13 de outubro de 2014, de http://www.cbtm.com.br

 

    Vilani, L. H. P., Samulski, D. M., & Lima, F. V. (2003). General aspects of attention and concentration on table tennis: Functions, conditioning elements, forms and some recommendations for athletes’ training. In Congreso Científico Internacional Aplicado al Tênis De Mesa y Deportes de Raqueta. Santiago.

 

    Weineck, J. (1999). Treinamento ideal (9th ed.). São Paulo: Manole.

 

    Weineck, J. (2003). Atividade Física e Esporte Para quê? Barueri: Manole.

 

    Williams, H. G. (1983). Perceptual and motor development. New Jersey: Prentice Hall.

 

    Zagatto, A., & Gobatto, C. A. (2007). Validação do modelo de frequência crítica em protocolo específico através de método indireto para o tênis de mesa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 110, 1–7. http://www.efdeportes.com/efd110/validacao-do-modelo-de-frequencia-critica-para-o-tenis-de-mesa.htm


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 22, Núm. 237, Feb. (2018)