Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Ensino/aprendizagem/treinamento da defesa no basquetebol: 

diferentes óticas educacionais de professores e técnicos brasileiros

Teaching/Learning/Training Defense in Basketball: 

Different Educational Points of Teachers and Coaches Brazilian

Enseñanza/aprendizaje/entrenamiento de la defensa en baloncesto: 

diferentes perspectivas educativas de profesores y entrenadores brasileños

 

Valdomiro de Oliveira*

oliveirav457@gmail.com

Gislaine Cristina Vagetti**

gislainevagetti@hotmail.com

Adair José Pereira da Rocha***

adairbasquetecuritiba@gmail.com

Murilo Gasperin+

murilo.gasperin@gmail.com

Roberto Rodrigues Paes++

robertopaes@fef.unicamp.br

 

*Universidade Federal do Paraná (UFPR)

http://lattes.cnpq.br/6294139982602854

**Universidade Federal do Paraná (UFPR)

http://lattes.cnpq.br/8495637038816664

***Universidade Federal do Paraná (UFPR)

http://lattes.cnpq.br/6471246814286926

+Universidade Federal do Paraná (UFPR)

http://lattes.cnpq.br/8527470929089239

++Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

http://lattes.cnpq.br/8646834864326813

(Brasil)

 

Recepção: 09/04/2020 - Aceitação: 19/08/2022

1ª Revisão: 13/07/2022 - 2ª Revisão: 12/08/2022

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Oliveira, V. de, Vagetti, G.C., Rocha, A.J.P. da, Gasperin, M., e Paes, R.R. (2022). Ensino/aprendizagem/treinamento da defesa no basquetebol: diferentes óticas educacionais de professores e técnicos brasileiros. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(293), 75-96. https://doi.org/10.46642/efd.v27i293.2135

 

Resumo

    O objetivo geral da pesquisa foi explorar o conhecimento acumulado de técnicos brasileiros e professores do ensino superior em relação ao ensino/aprendizagem/treinamento dos sistemas defensivos na etapa de especialização no basquetebol do Brasil, atualmente categorias identificadas como sub-15 e sub-23. A amostra foi constituída por 11 técnicos de basquetebol com representação em nível nacional e internacional e 11 professores universitários que atuam com basquetebol em universidades brasileiras. O instrumento de medida utilizado foi a entrevista embasada num questionário semiestruturado com perguntas abertas. Os resultados mostraram que houve convergências e divergências, na ótica de técnicos e professores quanto aos conteúdos de ensino bem como as estratégias metodológicas a serem utilizadas. Houve também, indícios que na especialização, todas as defesas equiparam-se em importância. Contudo, há de se firmar as qualidades cognitivas de conjunto com a utilização de estratégias mais complexas nos sistemas defensivos. Conclusões: Os sistemas defensivos no basquetebol na especialização, deve ser concebido um processo longo dentro das categorias de idade sub-15 ao sub-23 anos experimentando todas as formas de defesa existentes na literatura e considerando sempre a realidade de cada equipe, e cenário de atuação. Firma-se a ideia de que é imprescindível a periodização embasada num planejamento dos conteúdos e métodos de treinamento em longo prazo, principalmente após 15 anos de idade, com o pensamento em nível internacional. Com os resultados, tornou-se possível sinalizar algumas possibilidades pedagógicas para as diferentes fases das etapas do processo de especialização defensiva para o basquetebol brasileiro, considerando o treinamento dos conteúdos e estratégias pedagógicas.

    Unitermos: Pedagogia. Cognição. Aprendizagem. Basquetebol.

 

Abstract

    The general objective of the research was to explore the accumulated knowledge of Brazilian coaches and higher education teachers in relation to the teaching/learning/training systems in the specialization stage in basketball, currently identified categories as from under-15 to under-23 years old. The sample consisted of 11 basketball coaches with national and international representation and 11 university professors who work with basketball in universities. The measurement instrument used was the interview based on a semi-structured questionnaire with open questions. The results showed that there were convergences and divergences, from the point of view of technicians and teachers regarding the teaching contents as well as the methodological strategies to be used. There were also indications that in specialization, all defenses are equal in importance. However, it is necessary to establish the qualities cognitive together with the use of more complex strategies in the defensive systems. Conclusions: The defensive systems in basketball in the specialization, a long process must be conceived within the age categories under-15 to under-23, experimenting with all the forms of defense existing in the literature and always considering the reality of each team, and scenario of acting. The idea is established that periodization based on a long-term planning of content and training methods is essential, especially after 15 years of age, with international thinking. With the results, it became possible to point out some pedagogical possibilities for the different phases of the stages of the defensive specialization process for Brazilian basketball, considering the training of contents and pedagogical strategies.

    Keywords: Pedagogy. Cognition. Learning. Basketball.

 

Resumen

    El objetivo general de la investigación fue explorar el conocimiento acumulado de entrenadores y profesores de enseñanza superior brasileños en relación a la enseñanza/aprendizaje/entrenamiento de sistemas defensivos en la etapa de especialización en baloncesto brasileño, en las categorías sub-15 y sub-23. La muestra estuvo compuesta por 11 entrenadores con representación nacional e internacional y 11 profesores universitarios que trabajan con baloncesto en universidades brasileñas. El instrumento de medición utilizado fue la entrevista basada en un cuestionario semiestructurado con preguntas abiertas. Los resultados mostraron que hubo convergencias y divergencias, desde el punto de vista de técnicos y docentes en cuanto a los contenidos de enseñanza así como las estrategias metodológicas a utilizar. También hubo indicios de que en la especialización, todas las defensas tienen la misma importancia. Sin embargo, es necesario establecer las cualidades cognitivas junto con el uso de estrategias más complejas en sistemas defensivos. Conclusiones: En los sistemas defensivos en baloncesto en la especialidad, se debe concebir un largo proceso dentro de las categorías de edad sub-15 a sub-23, experimentando con todas las formas de defensa existentes en la literatura y considerando siempre la realidad de cada equipo, y escenario de actuación. Se propone que la periodización basada en una planificación a largo plazo de contenidos y métodos de entrenamiento es fundamental, especialmente a partir de los 15 años, con criterio internacional. Con los resultados, se señalan algunas posibilidades pedagógicas para las diferentes fases de las etapas del proceso de especialización defensiva del baloncesto, considerando contenidos y estrategias pedagógicas.

    Palabras clave: Pedagogía. Cognición. Aprendizaje. Baloncesto.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 293, Oct. (2022)


 

Introdução 

 

    Pesquisadores da pedagogia do esporte no Brasil e no exterior, têm analisado as questões que envolvem o sistema o ensino/aprendizagem/treinamento dos atletas dos desportos coletivos, especificamente nas questões técnicas e táticas, estudando e transportando teorias gerais para modalidades especificas, como o basquetebol, nos quais se destacam os autores Balbino (2005), Oliveira (2007), Oliveira, e Paes (2003, 2004, e 2005), Oliveira et al. (2010, e 2012), Dante (2009), Penha (2014), Cunha (2021), Beneli (2018), Oliveira et al. (2021), Galatti et al. (2021), Teixeira, e Melo (2021), Rocha et al. (2022), e Santos et al. (2019), afirmam que apesar dessas pesquisas, a produção do conhecimento no basquetebol carece de pesquisas em vários aspéctos desse esporte.

 

    De acordo com Rocha et al. (2022), atualmente, existe um aumento considerável nas discussões sobre o processo de formação esportiva técnica e tática nos desportos coletivos, e a defesa é uma das preocupações dos especialistas. São vários os assuntos a serem debatidos como: quais conteúdos e quais estratégias de treinamento devem ser priorizados em diferentes momentos do treinamento dos sistemas defensivos principalmente sobre metodologias de treinamento em longo prazo? (Rodríguez, 2021)

 

    No Brasil e no exterior, de acordo com Oliveira et al. já em 2006, alertava que os estudos são similares ainda que se mostrem pouco suficientes para sustentar os anseios dos técnicos no seu trabalho na prática do basquetebol no dia a dia, assim sendo, recorreu-se aos estudos publicados na teoria dos jogos desportivos coletivos, no treinamento desportivo, na pedagogia do desporto, na aprendizagem e desenvolvimento motor, no crescimento, maturação e desenvolvimento físico e ainda em estudos sobre o treinamento das defesas do basquetebol, com fins de contribuição para os estudantes em geral, mas principalmente para os técnicos. (Ferraz, 2009; Lemos et al., 2017; Oliveira et al. 2021; Rosso et al., 2021)

 

    Esses estudos, por sua vez, podem ser compreendidos em uma etapa que abrange a especialização desportiva. No basquetebol, esse entendimento reflete as categorias de disputas nos campeonatos estaduais, nacionais e internacionais seguindo um padrão atual da divisão de categorias no Brasil e no Mundo (CBB, 2021; FIBA, 2020): sub-15, sub-16 em ordem crescente até o sub-23, considerada última competição da base no Brasil, variando em outras regiões do mundo.

 

    Atualmente no Brasil a Liga Nacional de Basquete (LNB) que é chancelada pela CBB e reconhecida pela FIBA proporciona o maior campeonato sub-23 da América do Sul; nestes 10 anos de execução ela recebeu já em seu início o nome de Liga de Desenvolvimento de Basquetebol (LDB), desenvolvimento não só para atletas, mas para novos árbitros e técnicos que tem a pretensão de se profissionalizarem.

 

    Exemplos de revelações base para a profissionalização são: Bruno Caboclo com passagens pela NBA, hoje defende o São Paulo Futebol Clube; Cristiano Felício que passou pelo Chicago Bulls na NBA e hoje está no basquetebol Europeu; diversos árbitros e técnicos que hoje são profissionais e tiveram passagem pela LDB. (LNB, 2022)

 

    Na LDB além da competição, existem diversos encontros entre os técnicos, atletas, arbitros e dirigentes que desenvolvem grandes discussões no ensino/aprendizagem da espcialização da defesa, entre outros fundamentos do basquetebol nacional, encontro que já mostra resultados que podem ser observados na quantidade de revelações de atletas, árbitros e técnicos, pois ensinar ajuda na revelação de profissionais. (LNB, 2022)

 

    Para Cunha, (2021) é o professor, técnico que se relaciona diretamente com o processo formativo da defesa que vai além de transmitir conhecimentos técnicos e táticos da modalidade, o treinador deve se comprometer a buscar estratégias que condizem com o seu ambiente de trabalho e oportunizar o treinamento das técnicas defensivas estimulando o pensamento tático (inteligência), incorporando atitudes de autonomia respeitando as individualidades e particularidades físicas de cada atleta.

 

Etapa de especialização em basquetebol e suas fases de desenvolvimento 

 

    Para estudar a aplicação dos conteúdos específicos dos aspectos fundamentais da preparação defensiva dos atletas de basquetebol na etapa de especialização, faz-se necessário buscar a compreensão de autores de distintas áreas do desenvolvimento desportivo, como Zakharov (1992), Gomes (2009), Bompa (2012), Secco, e Oliveira (2017), Rosso et al. (2021), e no caso específico do basquetebol, os estudos de Oliveira, e Paes (2012), Oliveira et al. (2021), Rocha et al. (2021), Maza Narváez, e Barrios Palacios (2022), entre outros.

 

    Segundo Bompa (2002, 2012) a especialização dos sistemas táticos é inevitável quando se pensa em especialização atlética e a alta performance os gestos próprios e específicos do basquetebol. Para Zakharov (1992), Gomes (2009), Oliveira et al. (2021) essa fase é a do aperfeiçoamento desportivo, e dá-se início à preparação geral e especial da técnica e da tática, voltadas para a especificidade do basquetebol. A idade de início de dedicação exclusiva deve acontecer aproximadamente após 14 e 15 anos, destacando a idade aproximada para a opção específica pelo basquete seja na escola ou fora dela. (Maciel et al., 2017)

 

    Pode-se desenvolver nos atletas a motivação e a dedicação que são fatores determinantes na fase de dedicação exclusiva nos treinamentos em basquetebol, com o pensamento nos sistemas defensivos quando estes são predominantes nas filosofias dos técnicos. (Oliveira, e Paes, 2012; Galatti et al., 2021)

 

    Justifica-se estudar o tema da especialização da defesa no Brasil, tendo a finalidade de compreender os pensamentos de Mestres e Doutores da Educação Física, que ensinam a especialização da defesa do Basquetebol no ambiente educacional (escolar ou não). Entretanto intrigou-se a realização da comparação com a ótica dos técnicos já consagrados de alto nível no basquete brasileiro sendo possível elucidar pensamentos convergentes e divergentes.

 

    Diante dessas proposições pergunta-se: Quais são os conteúdos e as estratégias pedagógicas que poderiam ser utilizadas no treinamento especializado para os sistemas defensivos em diferentes categorias do basquetebol no Brasil: sub-15 até o sub-23 que é a última categoria para a transição para o basquetebol da Liga de Desenvolvimento de Basquetebol. (CBB, 2021; LNB, 2022)

 

    Assim sendo os objetivos nesse estudo foram explorar o conhecimento acumulado de técnicos brasileiros e professores do ensino superior em relação ao processo de treinamento dos sistemas defensivos no basquetebol do Brasil em diferentes óticas.

 

    Pretendeu-se também, contextualizar as estratégias metodológicas utilizadas por técnicos e professores do ensino superior para o treinamento dos sistemas defensivos nas diferentes categorias da especialização desportiva e apresentar indicativos pedagógicos para as diferentes categorias considerando os conteúdos e os métodos de ensino-treinamento dos sistemas defensivos.

 

Métodos 

 

Caracterização da pesquisa 

 

    Esta pesquisa caracteriza-se como sendo descritiva e exploratória e, de acordo com Thomaz, e Nelson (2012), tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis, utilizando técnicas padronizadas de coleta de dados que foram analisadas de forma quantitativa e principalmente de forma qualitativa.

 

    Neste estudo, os dados quantitativos objetivaram evidenciar alguns padrões de respostas, contribuindo para o processo de análise qualitativa. Nessa perspectiva, analisar e quantificar os elementos caracterizados pela relação entre dois ambientes é o propósito.

 

Sujeitos do estudo 

 

    Os sujeitos do estudo foram 11 professores com titulação de Mestres e Doutores que atuam com o ensino da disciplina que envolve a modalidade basquetebol em universidades brasileiras e 11 técnicos de basquetebol; sendo eles sete técnicos que já passaram ou estão nas seleções nacionais; e quatro técnicos pertencentes a equipes de relevância nacional na atualidade.

 

Instrumento de medida 

 

    O instrumento de medida utilizado foi a entrevista semiestruturada. Foram utilizadas fichas com dados pessoais atuais e um questionário com perguntas semiestruturadas pré-elaborado. Para gravar os depoimentos, foi utilizado um minigravador e fitas cassete de 60 minutos, uma para cada técnico e professor entrevistado. As entrevistas foram gravadas em sua maioria na residência dos professores e técnicos e outras restantes nos locais de treinamento e de aulas. Posterior as explicações técnicas sobre o método, procedeu-se à coleta. A duração das entrevistas variou entre uma hora e meia a duas horas.

 

Definição dos participantes e os aspectos éticos da pesquisa 

 

    O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Campinas, comprovado pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Parecer nº 0193/0. As entrevistas, depois de gravadas, foram transcritas na íntegra para posterior análise. As informações são destaques, sendo permitido o aperfeiçoamento das ideias por eles expostas, com suas próprias palavras gravadas. As entrevistas foram realizadas de acordo com a disponibilidade dos sujeitos, em locais e datas sugeridas pelos mesmos pós treinamentos e em hotéis.

 

Procedimentos para analisar os dados da pesquisa 

 

    Para analisar os dados, utilizou-se a análise de conteúdo. Segundo Bardin (2016) esta pode ser definida como um conjunto de técnicas de análise de comunicação visando a obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens.

 

Análise quantitativa dos conteúdos: frequência e percentual 

 

    Para a compreensão dos resultados quantitativos, foi utilizado a frequência e percentual dos dados, no que se refere às informações de natureza qualitativa. Foi extraído das falas dos entrevistados determinada quantidade de ideias que são convergentes e divergentes entre eles que, nesse caso, são os técnicos e professores universitários, amparadas pela literatura vigente e pela experiência do pesquisador. (Thomaz, e Nelson, 2012)

 

Descrição, análise e discussão dos resultados da pesquisa 

 

    Com o intuito de organizar a descrição, análise e a discussão dos resultados da pesquisa, os dados foram descritos e analisados de forma qualitativa e, posteriormente, indicados os resultados de forma quantitativa, seguidos da discussão visando a uma melhor compreensão. Na primeira parte, apresentam-se os resultados referentes ao treinamento dos sistemas defensivos para a etapa de especialização desportiva – basquetebol. Os dados coletados foram apresentados em forma de sentenças na íntegra das falas dos pesquisados e em alguns casos tabulados em quadros e gráficos, promovendo uma melhor visualização e, a partir desses, analisou-se os dados coletivos.

 

Resultados e discussão 

 

Conteúdos – Sistemas defensivos (tática) 

 

Gráfico 1. Distribuição das respostas coletivas em relação ao 

treinamento dos conteúdos – sistemas defensivos na especialização

Gráfico 1. Distribuição das respostas coletivas em relação ao treinamento dos conteúdos – sistemas defensivos na especialização

Fonte: Oliveira et al. (2020)

 

    Em relação aos conteúdos de treinamento dos sistemas defensivos do basquetebol, pode-se perceber nos resultados que 81,8% dos técnicos defendem que todas as defesas devam ser treinadas e 18,2% entendem que o treinamento das defesas vai depender da periodização do treinamento. Entre os professores, 63,6% defendem que devam ser treinados todos os tipos de defesa individual e 36,4%, que devem ser treinadas todos os tipos de defesa, seja ela individual ou por zona e que vai depender da fase de treinamento implicando rever os conceitos da periodização do treinamento.

 

Quadro 1. Perfil dos conteúdos que os Técnicos destacam no 

treinamento dos sistemas defensivos na etapa de especialização

Técnico

Formação

Resposta

T.1

Educação Física

As defesas deverão ser em conjunto porque mesmo as individuais no basquete são em conjunto em função dos conceitos de ajuda, cobertura… as defesas por zona devem ser opções táticas.

T.2

Educação Física

Nós trabalhamos com 2, às vezes 3 tipos de defesa... um sistema, base e alguns sistemas alternativos... você tem que definir um sistema base... O nosso sistema base é a individual...

T.3

Educação Física

Devem ser treinados de forma individual muito agressiva... a forma é com ajuda, com troca pressionado nos cantos da quadra, enfim, com formas diferentes para mudar a forma normal de jogo...

T.4

Educação Física

É a mesma coisa e na verdade no meu treinamento dou mais ênfase à defesa... a minha filosofia de jogo é que o basquete começa da defesa para o ataque... eu tenho que ter boa defesa e a partir da defesa eu vou jogar em contra-ataque... uma equipe ideal para mim é aquela que faz 60% das cestas em contra-ataque, 20% de transição e 20% de jogo armado...

T.5

Educação Física

Defesa individual é prioridade.

T.6

Educação Física

É a mesma coisa, mas você não deve passar todas as defesas de uma vez para os garotos, eu cometi muito esse erro... se os garotos não aprenderem na etapa de 13 a 15 anos eu vou ter que retomar isso... daí muitos treinadores optam por marcar zona porque lhes dá o resultado mais rápido.

T.7

Educação Física

Bom, eu acho que tem que ser passado todos os tipos de defesa, mas a gente tem que dar prioridade, principalmente para a parte individual, para as defesas por zona.

T.8

Educação Física

Agora é assim... Continuamos a defesa individual como base até a juvenil... Só que já trabalhamos outros tipos de defesa... eu gosto muito da 2:1:2 e também da pressão zona 1:2:1:1, onde trabalhamos muito com box...

T.9

Educação Física

A opção da defesa que você vai ter vai depender da característica da equipe adversária e da sua equipe.

T.10

Educação Física

Agora na defesa é a forma do ensino dos fundamentos defensivos... e a forma de cobrança, que é a exigência em relação à execução.

T.11

Educação Física

Todos os tipos de defesa.

Destaque:

“... agora é assim... continuamos a defesa individual como base até a juvenil... só que já trabalhamos outros tipos de defesa... eu gosto muito da 2:1:2 e também da pressão zona 1:2:1:1, trabalhamos muito com box... em função das estatísticas... aí elas já estão com boas noções para marcar e a individual é que dá a base para tudo... são anos de prática na individual e aí fazemos a defesa zona de acordo com os adversários, mas pode ser qualquer uma... na semana, de 5 treinos, 2 dias eu dedico ao trabalho individual de defesa por função no jogo... pivô de um lado lateral e armador do outro... e outros 3 dias aos trabalhos mais específicos, que pode ser o contra-ataque, pode ser o ataque de 5x5, pode ser a defesa...” (T8)

Fonte: Oliveira et al. (2020)

 

Quadro 2. Perfil dos conteúdos que os professores mestres e doutores

destacam no treinamento dos sistemas defensivos na etapa de especialização

Professor

Formação

Resposta

P.1

Doutor

Agora que estão na categoria cadete e infanto-juvenil, o atleta tem que saber defender em todas as situações e variações da defesa individual e por zona.

P.2

Doutor

A defesa hoje é individual, mas sua concepção é coletiva... o coletivo prevalece através de trocas e de coberturas.

P.3

Doutor

Deve ser treinado em todas as defesas e possibilidades na quadra.

P.4

Doutor

Agora ele deverá saber todos os sistemas tanto individual quanto por zona.

P.5

Mestre

Você deve continuar os princípios defensivos, só que agora mais específicos, é o aperfeiçoamento da ação individual com e sem bola, se o jogador estiver com bola, o defensor precisa saber tudo que ele possa fazer.

P.6

Doutor

Nessa fase deve ser trabalhado todos os sistemas, o mais importante é saber o potencial de sua equipe, ou seja, se sua equipe é rápida, você pode defender individual se é muito grande por zona... Mas a defesa mais completa é a individual... utilizo muito trabalho de defesa em ½ quadra, nos exercícios de 1x1, 2x2, até chegar em 5x5.

P.7

Mestre

Devem ser treinados todos os sistemas defensivos.

P.8

Mestre

Todos os sistemas de defesa.

P.9

Mestre

Deve-se utilizar mais aquele que se adapte à sua equipe.

P.10

Doutor

Agora vai depender da sua equipe.

P.11

Mestre

Eu acho que são defesas que você vai necessitar no jogo.

Fonte: Oliveira et al. (2020)

 

    Nota-se, de acordo com os depoimentos, que nas fases de treinamento especializado devem ser ensinados, praticados e aperfeiçoados, nos mínimos detalhes, todos os sistemas e estratégias táticas. Não é diferente para o basquetebol nas fases de aperfeiçoamento inicial, na qual os atletas necessitam vivenciar todas as defesas durante o processo de treinamento, porém abrem-se exceções, quando as competições se aproximam.

 

    Há também, em função talvez do fator mercadológico, a necessidade do resultado desportivo de curto prazo nessas categorias que compõem a etapa de especialização como na década de 1990 seguiam os nomes de infanto-juvenil e cadete, juvenil ou atualmente após os anos 2000 seguem as categorias sub-15, sub-16 ao sub-23, fase esta que é anterior à fase final do processo de especialização denominada nesse estudo como fase de aperfeiçoamento inicial e aperfeiçoamento profundo. (Oliveira, e Paes, 2012; Oliveira et al., 2021)

 

    Alguns entrevistados referem que os jogadores já têm suas funções definidas no jogo e não há necessidade de treinar todas as defesas, o técnico opta por um sistema ou outro em função das características de suas equipes e também em função do calendário dos campeonatos. Comprovam-se essas ideias nos depoimentos, porém mostram-se as diferenças de pensamentos estratégicos:

    “... nessa fase deve ser trabalhado todos sistemas defensivos, o mais importante é saber o potencial de sua equipe, ou seja, se sua equipe é rápida, você pode defender individual, se é muito grande por zona... porque não importa o técnico trabalhar todos os tipos de defesa, o importante é saber o que ele tem na mão para escolher o tipo de defesa..., mas a defesa mais completa é a individual... utilizo muito trabalho de defesa em ½ quadra, nos exercícios de 1x1, 2x2, até chegar em 5x5... no trabalho individual, trabalho a postura de defesa, resistência muscular, localizada de membros inferiores, deslocamentos e entendo que o técnico tem que ser uma pessoa presente para motivar os atletas, para que eles entendam a importância da defesa...” (T6)

Metodologia de treinamento dos sistemas defensivos (tática) 

 

Gráfico 2. Distribuição das respostas coletivas em relação à 

metodologia de treinamento dos conteúdos – sistemas defensivos

Gráfico 2. Distribuição das respostas coletivas em relação à metodologia de treinamento dos conteúdos – sistemas defensivos

Fonte: Oliveira et al. (2020)

 

    No que diz respeito aos métodos de treinamento dos sistemas defensivos na etapa de especialização, 36,4% dos técnicos defendem a predominância dos exercícios individuais, 27% defendem a predominância das situações de jogo e 36,4% dos técnicos entendem que o principal método é o jogo de 5x5. Entre os professores, 54,5% defendem que o principal método são os exercícios individuais, 18,2% que são as situações de jogo e 27,3% que é o próprio jogo de 5x5.

 

    Pode-se postular que há convergências e divergências em função dos números obtidos entre o que técnicos e professores pensam acerca das metodologias para o treinamento dos sistemas defensivos para o basquetebol na especialização dos atletas. No campo prático, a busca pelos resultados precoces tem afastado muitos atletas no período da especialização, conforme apregoam Oliveira et al. (2010, 2012), Folle et al. (2017), Oliveira et al. (2021).

 

    Devem-se oferecer para os jovens os conteúdos dos sistemas defensivos de forma planejada e organizada em longo prazo. Desde a categoria sub-13 a sub-19 deve haver uma subdivisão rigorosa e metodológica dos métodos gerais e especiais até a sub-21/23 para aplicação dos conteúdos de treinamento. São mais de cinco anos de trabalho e eles precisam ter todos os conteúdos, independentemente dos campeonatos que estão disputando, para que possam na fase adulta enfrentar o cenário nacional e internacional com conhecimento adquirido e aprendido, e não decorado. Para Rodríguez (2021) todos os métodos de treinamento devem ser utilizados, com prioridades nas diferentes fases onde a defesa é prioridade para alguns técnicos e para outros não é a prioridade mas se iguala em nível de importância com as ações ofensivas. Particularmente defendemos que a defesa é sim prioridade nos programas de ensino/aprendizagem/ treinamento do basquetebol. O Brasil tem tido muitas dificuldades nas competições internacionais com as ofensivas das equipes do exterior quando se trata de defende-las. (Oliveira et al., 2021)

 

Quadro 3. Perfil dos métodos que os Técnicos destacam nos treinamentos dos sistemas defensivos na etapa de especialização

Técnico

Formação

Resposta

T.1

Educação Física

O Método é o jogo... Porque os técnicos e os jogadores precisam entender que todos os sistemas têm vantagens e desvantagens e quando o técnico pede para marcar linha do passe, por exemplo, e se o jogador for cortado, vai acontecer por causa dessa estratégia e aí o técnico precisa ter coerência do que ele está cobrando… se ele está pedindo alguma tarefa, ele precisa saber das dificuldades… essa compreensão entre técnicos e jogador é a segurança do bom trabalho... estamos marcando a zona 2x3 fechado, porque nós não queremos a cesta dentro do garrafão e se sair uma cesta de 3 pontos não dá para reclamar do jogador.

T. 2

Educação Física

Principalmente as situações de jogo em 1x1 para depois as coletivas. Dependendo do adversário, você vai ver se você faz com ajuda, meia quadra com agressividade, pela linha de passe... mas você tem que ter um sistema verdadeiro... Se for zona pode ser 3:2, 1:2:2 ou a mach-up, aquela zona que você vai igualando.

T.3

Educação Física

Individual e depois em grupo e coletivo. Porque hoje é importante desenvolver nos atletas a confiança e a vontade de ganhar... Eu falo para os meus atletas que 50% é com o técnico, mas os outros 50% é com eles mesmos.

T.4

Educação Física

Sempre da preparação individual dos fundamentos individuais de defesa até a formação de 5x5. Porque se eu tenho como meta filosófica trabalhar somente 20% de jogo armado, então não posso perder tanto tempo em táticas ofensivas.

T.5

Educação Física

Através de sistemas. Depois de 15-16 anos você deve colocar táticas defensivas mais sofisticadas, aí o garoto já pensa diferente, tem outro pique, já tá condicionado para defender ao jogar.

T.6

Educação Física

Através de sistemas. Eu falo que você não deve pular etapas porque tem um garoto que entra na sua equipe e não sabe tudo isso, e você como técnico tem que trabalhar tudo isso para que quando precisar de uma ou outra que adapte à sua equipe você possa utilizá-la.

T.7

Educação Física

Através de sistemas. Porque acho que deveria ser obrigatória a defesa individual e a proibição da zona estática em categorias abaixo de 15 anos.

T.8

Educação Física

Na semana, de 5 treinos, 2 dias eu dedico ao trabalho individual de defesa por função no jogo... Pivô de um lado, lateral e armador do outro... Os outros 3 dias aos trabalhos mais específicos, que pode ser o contra-ataque, pode ser o ataque de 5x5, pode ser a defesa. Porque trabalhamos em função das estatísticas.

T.9

Educação Física

O importante é conseguir fazer a leitura do jogo, não basta ter um bom componente físico apenas, para executar um bom deslocamento e ter um bom posicionamento vou precisar fazer a leitura do jogo. Porque não vai conseguir fazer isso... se ele não souber isso desde as categorias de base, dificilmente vai conseguir na categoria adulta, ou vai levar mais tempo.

T.10

Educação Física

Mais intenso na forma de cobrar. Porque quando vamos jogar fora do Brasil, o que a gente vê hoje em certas categorias é que os jogadores brasileiros, principalmente das categorias juvenil e adulto acham que não precisam mais treinar fundamentos defensivos.

T.11

Educação Física

Através de exercícios educativos e jogo. Porque agora ele precisa se exercitar muito nos exercícios para melhorar as condições físicas.

Fonte: Oliveira et al. (2020)

 

Quadro 4. Perfil dos métodos que os professores mestres e doutores 

utilizam no treinamento dos sistemas defensivos na etapa de especialização

Técnico

Formação

Resposta

P.1

Doutor

Os métodos de treinamento são a mesma coisa, tem que criar situações de trabalho individual de 1x1, 2x2, 3x3, até chegar no 5x5. Porque quando eu era técnico, uma coisa que eu gostava de fazer e dava certo era treinar defesa com inferioridade numérica, por exemplo, um ataque de 5x4 defensores, porque assim você aumenta a velocidade da defesa, nesse caso, é claro, defesa por zona, pode até ser feito também contra individual.

P. 2

Doutor

Devemos treinar as defesas de forma coletiva. Porque eles devem ter consciência que a defesa premia o ataque e se temos um bom ataque, antes teremos que ter uma boa defesa.

P.3

Doutor

Principalmente nas situações de jogo. Porque se eles estiverem motivados, se submeteriam a treinamentos mais fortes devemos dizer a eles: vocês conseguem sempre.

P.4

Doutor

Através dos sistemas. Porque eu acho que os atletas agora precisam muito da parte teórica… eles precisam estudar o basquetebol… entender para quê e por quê marcar, saber quais são os tipos de defesa… saber as características dos adversários.

P.5

Mestre

Dos exercícios individuais aos conceitos coletivos. Porque precisamos ensinar aos jogadores todos os conceitos de defesa e o que pode acontecer no jogo.

P.6

Doutor

Muito trabalho individual e depois nos sistemas. Porque não importa o técnico trabalhar todos os tipos de defesa, o importante é saber o que ele tem na mão para escolher o tipo de defesa.

P.7

Mestre

Através dos sistemas. Porque nessa fase o sistema que você vai escolher para o jogo deve ser um ponto forte, e o meu é uma defesa individual pressionada..., mas de repente pego um time que sai desse tipo de defesa, aí eu preciso saber quais pontos fracos dessa equipe: se ela joga com um pontuador só, joga com pivô, quer dizer, precisamos conhecer todos os sistemas, não significa que você tem que treinar todos os sistemas, mas os seus atletas devem conhecer os conceitos de todos os sistemas, porque no jogo você pode adaptar.

P.8

Mestre

Devem-se dar muitos exercícios de defesa. Porque a defesa só é aprimorada com exercícios.

P.9

Mestre

Busco aqueles que se aproximam do jogo. É no jogo que conseguimos melhorar as defesas.

P.10

Doutor

Através de exercícios e de jogos. Os exercícios dão base para a boa defesa.

P.11

Mestre

Através de exercícios e das situações de jogo. Porque eu vi muitas jogadoras que são muito mal fundamentadas.

Fonte: Oliveira et al. (2020)

 

    Divergências e convergências aparecem em alguns casos nas respostas dos entrevistados, assim, percebe-se que não há uma uniformização para o processo em longo prazo e sim que é sempre para vencer as competições de forma imediata. Percebe-se ainda que nos métodos de treinamento propostos por Oliveira et al. (2020, 2021), que são exercícios analíticos, sincronizados, em situações de jogo, e o jogo, além do método competitivo fundamentado em Zakharov (1992), e Gomes (2009), é utilizado por professores e técnicos, mas não foi percebido nas respostas uma preocupação com a formação da defesa aliada a técnica e tática em longo prazo, nesse caso com os métodos que estão relacionados aos sistemas defensivos.

 

    De acordo com Bompa (2012), Penha (2014), e Reis et al. (2022), as estratégias devem ser definidas por fatores como o tipo e a duração de uma temporada/competição, o material humano disponível, os adversários, situações momentâneas de uma competição/jogo, a classificação da equipe na tabela, ou seja: a estratégia é responsável pelas adequações necessárias para se alterar o planejamento do treinamento das defesas em acordo com o tempo de competição e uma das estratégias pode estar na percepção dos atletas no controle e avaliação das ações táticas defensivas sugerida por Rodríguez (2021), onde professores, técnicos podem elaborar indicadores, como “não ajuda na defesa, não defende o chute, etc.” e assim utilizar desta percepção como ferramenta de autocorreção e uma estratégia no desenvolvimento defensivo técnico-tático.

 

Conclusões 

 

    O objetivo inicial desses artigo foi, de forma geral, explorar o conhecimento acumulado de técnicos da elite do basquetebol brasileiro e professores do ensino superior em relação ao processo treinamento sistemas defensivos na etapa de especialização e de forma específica, contextualizar os a as estratégias metodológicas utilizadas por eles, no treinamento dos sistemas defensivos (tática), nas diferentes categorias do basquetebol no Brasil, como infantil, infanto-juvenil, cadete, juvenil ou sub-14, sub-15 ao sub-23, foi possível apresentar alguns resultados e tecer algumas considerações e posteriormente apresentar indicativos pedagógicos para o treinamento tático defensivo para as diferentes categorias, considerando os conteúdos e os métodos propostos pelos técnicos e professores, com respaldo da literatura especializada.

 

    Em proposição, defende-se para a etapa de especialização, o treinamento dos conteúdos do basquetebol por meio do equilíbrio dos métodos que percorre duas fases: a de aperfeiçoamento e a de aprofundamento desportivo no basquetebol, com base na inteligência tática-leitura do jogo. Para isso, desde a etapa de iniciação, pode-se estimular os praticantes a resolução dos problemas “porque fazer e não somente a tarefa motora do como fazer”.

 

    Sendo assim, não significa que se descarta os métodos que buscam a “repetição” dos exercícios analíticos, mas recomenda-se a compreensão da estruturação dos métodos para a etapa de especialização, no qual treinamento dos sistemas defensivos do basquetebol baseia-se na racionalidade da divisão dos conteúdos e métodos respeitando-se os princípios científicos da preparação desportiva e da periodização do treinamento.

 

    Entende-se que, nessa etapa, a proporção dos exercícios, que visam à repetição dos gestos técnicos do basquetebol, pode tomar a maior parte do treinamento, porém recomenda-se utilizá-los, prioritariamente, nas situações de jogo, em função da leitura que estas promovem, ou seja, dificuldades encontradas em função da atitude dos adversários e que, posteriormente, poderão ser utilizadas nas situações de 5x5 nas competições. Seguem alguns indicativos.

 

    Para as categorias infanto-juvenil e cadete; hoje nomeadas como sub-15, 16 e 17, recomenda-se todos os tipos de defesa individual em meia quadra e quadra inteira, todos os tipos de defesa por zona em meia quadra e quadra inteira, e todos os tipos de defesa pressão e combinadas e em situações especiais em forma de conhecimento e aperfeiçoamento. Os principais métodos são as situações de jogo, seguidos de exercícios analíticos e sincronizados e por fim o jogo de 5x5. As competições devem ser utilizadas em nível municipal, estadual, nacional e internacional como resultado desportivo em fase de aperfeiçoamento desportivo.

 

    Para as categorias juvenis sub-18 e 19 anos nomeadas na atualidade como sub-18 e sub-19, recomenda-se todos os tipos de defesa individual em meia quadra e quadra inteira, todos os tipos de defesa por zona em meia quadra e quadra inteira, e todos os tipos de defesa pressão e combinadas em forma de aperfeiçoamento e aprofundamento. Os principais métodos são os exercícios analíticos individuais e sincronizados em grupo, seguidos das situações de jogo 3x3, 4x4 e por fim o jogo de 5x5, podendo experimentar 6x5, 7x5, para trabalhar em inferioridade numérica fortalecendo as condições físicas de recuperação defensiva. As competições devem ser utilizadas em nível municipal, estadual, nacional e internacional como resultado desportivo em fase de aprofundamento desportivo.

 

    Sugere-se que o treinamento da defesa acompanhe o aperfeiçoamento do basquetebol que teve nos últimos 20 anos algumas mudanças, uma delas o passo zero que trouxe uma nova visão de como se defender, uma nova dinâmica defensiva comparada os movimentos tradicionais. É fundamental que o tema seja vastamente debatido sugerindo que o campo acadêmico esteja mais próximo do campo prático, pois é observado a necessidade de a ciência estar conectada as diferentes formas do ensino/aprendizagem na especialização da defesa seja na universidade ou fora dela.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 293, Oct. (2022)