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ISSN 1514-3465

 

Associação entre aptidão física e estilo de vida em adolescentes entre 12 e 15 anos

Association Between Physical Fitness and Lifestyle in Adolescents Aged 12 and 15 Years

Relación entre aptitud física y estilo de vida en adolescentes de 12 a 15 años

 

Flávia Évelin Bandeira Lima*

flavia.lima@uenp.edu.br

Mariane Aparecida Coco**

mariuenpedf@gmail.com

Silvia Bandeira da Silva Lima***

silviabslima@uenp.edu.br

Thais Maria de Souza Silva****

thais.msouza@outlook.com

Walcir Ferreira Lima*****

walcirflima@uenp.edu.br

 

*Doutora em Ciência do Movimento Humano

pela Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, SP

Professora efetiva do curso de Educação Física

da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR

**Graduada em Educação Física – Licenciatura e Bacharelado

pela Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR

***Doutora em Atividade Física e Saúde

pela Universidade de Extremadura, Cáceres, Espanha

Professora colaboradora do curso de Educação Física

da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR

****Graduanda em Educação Física – Licenciatura

pela Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR

*****Doutor em Atividade Física e Saúde

pela Universidade de Extremadura, Cáceres, Espanha

Professor colaborador do curso de Educação Física

da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Jacarezinho, PR

(Brasil)

 

Recepção: 01/04/2020 - Aceitação: 15/04/2021

1ª Revisão: 20/02/2021 - 2ª Revisão: 15/03/2021

 

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Citação sugerida: Lima, F.E.B., Coco, M.A., Lima, S.B. da S., Silva, T.M. de S., e Lima, W.F. (2021). Associação entre aptidão física e estilo de vida em adolescentes entre 12 e 15 anos. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(277), 141-151. https://doi.org/10.46642/efd.v26i277.2101

 

Resumo

    A adolescência é caracterizada pela aprendizagem de novas práticas, que pode induzir em escolhas saudáveis ou não, levando consigo suas consequências para a vida adulta. Objetivo: Com isso, o objetivo do presente estudo foi verificar entre os sexos a associação da aptidão física com o estilo de vida dos adolescentes entre 12 e 15 anos de idade. Participaram do estudo 1.161 adolescentes de escolas públicas. Foi coletado sexo e idade, massa corporal, estatura e circunferência da cintura. Em seguida, aplicou-se um questionário com fatores de estilo de vida: a) nível de atividade física, b) comportamento sedentário, c) hábitos alimentares, d) consumo de tabaco e bebidas alcoólicas. Para a avaliação da aptidão física foi utilizado o protocolo do PROESP-BR (2016): teste de flexibilidade, FMI, FMS e agilidade. Após a coleta os dados foram submetidos à análise estatística através do Statistical Package for the Social Science, versão 26.0. Utilizou-se estatística descritiva: Komolgorov-Smirnov (normalidade), U-Mann-Whitney (comparações), Qui-Quadrado (comparações de proporções) e Spearman (correlações), adotando p<0,05 para diferenças significativas. A maioria dos adolescentes foram classificados com risco nos testes de FMI, FMS e agilidade, baixo nível de atividade física, hábitos alimentares inadequados e horas excessivas em comportamento sedentário. A correlação mais forte foi entre o estado nutricional, o baixo nível de atividade física com a aptidão física. A partir dos resultados obtidos pode-se apontar que há associação entre os indicadores de aptidão física, o sobrepeso/obesidade, a obesidade abdominal e os fatores de risco relacionados ao estilo de vida em adolescentes.

    Unitermos: Aptidão física. Estilo de vida. Adolescente.

 

Abstract

    Adolescence is characterized by the learning of new practices, which can lead to healthy choices or not, taking with it its consequences for adult life. Objective: With this, the objective of the present study was to verify the association between physical sex and the lifestyle of adolescents between 12 and 15 years of age. 1,161 adolescents from public schools participated in the study. Sex and age, body mass, height and waist circumference were collected. Then, a questionnaire with lifestyle factors was applied: a) level of physical activity, b) sedentary behavior, c) eating habits, d) consumption of tobacco and alcoholic beverages. PROESP-BR (2016) protocol was used to assess physical fitness: flexibility test, IMF, FMS and agility. After collection, the data were submitted to statistical analysis using the Statistical Package for the Social Science, version 26.0. Descriptive statistics were used: Komolgorov-Smirnov (normality), U-Mann-Whitney (comparisons), Chi-Square (comparisons of proportions) and Spearman (correlations), adopting p <0.05 for significant differences. Most adolescents were classified as at risk in the IMF, FMS and agility tests, low level of physical activity, inadequate eating habits and excessive hours in sedentary behavior. The strongest correlation was between nutritional status, low level of physical activity and physical fitness. From the results obtained, it can be pointed out that there is an association between the indicators of physical fitness, overweight/obesity, abdominal obesity and risk factors related to lifestyle in adolescents.

    Keywords: Physical fitness. Life style. Adolescent.

 

Resumen

    La adolescencia se caracteriza por el aprendizaje de nuevas prácticas, que pueden conducir a elecciones saludables o no saludables, llevando consigo sus consecuencias para la edad adulta. Objetivo: Con esto, el objetivo del presente estudio fue verificar la asociación entre el sexo físico y el estilo de vida de los adolescentes entre 12 y 15 años. En el estudio participaron 1.161 adolescentes de escuelas públicas. Se recogieron sexo y edad, masa corporal, altura y circunferencia de cintura. Luego, se aplicó un cuestionario con factores de estilo de vida: a) nivel de actividad física, b) comportamiento sedentario, c) hábitos alimenticios, d) consumo de tabaco y bebidas alcohólicas. Se utilizó el protocolo PROESP-BR (2016) para evaluar la aptitud física: test de flexibilidad, IMF, FMS y agilidad. Después de la recopilación, los datos se sometieron a análisis estadístico utilizando el paquete estadístico para las ciencias sociales, versión 26.0. Se utilizó estadística descriptiva: Komolgorov-Smirnov (normalidad), U-Mann-Whitney (comparaciones), Chi-Cuadrado (comparaciones de proporciones) y Spearman (correlaciones), adoptando p <0.05 para diferencias significativas. La mayoría de los adolescentes fueron clasificados como de riesgo en las pruebas IMF, FMS y de agilidad, bajo nivel de actividad física, hábitos alimenticios inadecuados y horas excesivas de sedentarismo. La correlación más fuerte fue entre el estado nutricional, el bajo nivel de actividad física y la aptitud física. De los resultados obtenidos se puede señalar que existe asociación entre los indicadores de aptitud física, sobrepeso/obesidad, obesidad abdominal y factores de riesgo relacionados con el estilo de vida en adolescentes.

    Palabras clave: Aptitud física. Estilo de vida. Adolescente.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 277, Jun. (2021)


 

Introdução 

 

    A adolescência é caracterizada por um período de aprendizagem de novas práticas, com uma autonomia até então desconhecida, que pode induzir em escolhas saudáveis ou não, levando consigo suas consequências para a vida adulta (Ferreira, Jardim, e Peixoto, 2013). A relação entre atividade física, aptidão física e saúde é positiva para crianças e adolescentes (Petroski, Silva, Rodrigues, e Pelegrini, 2011), assim, é indicado a adoção de um estilo de vida apropriado ao desenvolvimento da aptidão física por intermédio da prática de exercício. (Contreira et al., 2016).

 

    Ainda que haja o reconhecimento da importância da adoção de comportamentos positivos à saúde, a prevalência de comportamentos contrários está cada vez mais elevada (Barbosa, Casotti, e Nery, 2016). O crescimento da prevalência de excesso de peso no Brasil, pois foi superior a 200% nas últimas três décadas e estima-se que cerca de 18% de adolescentes do sexo masculino e 15,4% de adolescentes do sexo feminino apresentem sobrepeso ou obesidade. (Brasil, 2016)

 

    O estilo de vida é um padrão de comportamento que pode refletir o estado de saúde de um indivíduo. No entanto, nos últimos anos esses comportamentos sofreram mudanças consideráveis, como hábitos alimentares insuficientes, uso precoce de álcool, tabaco ​​e o baixos nível de aptidão física. Esses fatores são muito comuns no padrão de vida dos jovens, dificultando o desenvolvimento de um estilo de vida mais ativo e saudável. (Grigollo, 2012)

 

    Diante do exposto, surge o questionamento: a aptidão física se associa ao estilo de vida dos adolescentes? Com isso, o objetivo do estudo foi verificar entre os sexos a associação da aptidão física com o estilo de vida dos adolescentes entre 12 e 15 anos de idade.

 

Métodos 

 

    Pesquisa com delineamento metodológico descritivo transversal, realizado em escolas públicas da região Sudoeste do Estado de São Paulo e Norte Pioneiro do Paraná. A população do estudo foi composta por adolescentes entre 12 e 15 anos de idade. Apresentado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CEP-UNIMEP pelo parecer nº 113/2015. Faz parte do projeto de pesquisa “Fatores de risco a saúde e sua relação com o desempenho motor de adolescentes” e foi parcialmente publicado no artigo intitulado “Aptidão física relacionada ao desempenho motor e a saúde de adolescentes da região Sudoeste do Estado de São Paulo e Norte Pioneiro do Estado do Paraná”. (Lima et al., 2018)

 

    Para que fosse realizado o sorteio dos municípios que aconteceram as coletas de dados, foram levadas em considerações as microrregiões do Estado de São Paulo e Norte Pioneiro do Estado do Paraná. Selecionou-se as três primeiras microrregiões do Estado do Paraná (Jacarezinho, Cornélio Procópio e Ibaiti), que compõem três Núcleos de Educação do Paraná com sede nos mesmos municípios. E, a microrregião do Sudoeste de São Paulo, optando por duas Diretorias de Ensino mais próximas ao Campus Jacarezinho, sendo selecionadas as Diretorias de Ourinhos e Piraju. A escolha dos núcleos e diretorias ocorreu para facilitar o acesso aos dados dos alunos das redes municipais e estaduais de ensino. Para cada região (núcleo/diretoria) escolhidos foi sorteado um município.

 

    Sendo assim, as cidades sorteadas ficaram da seguinte forma: Núcleo de Educação de Jacarezinho, foi sorteada a cidade de Santo Antônio da Platina e, ainda, foi selecionado o Município de Jacarezinho por ser sede do campus da UENP que ocorre o curso de Educação Física, ficando selecionado então 2 municípios; Núcleo de Educação de Cornélio Procópio, foi sorteada a cidade de Bandeirantes; Núcleo de Educação de Ibaiti, foi sorteada a cidade de Pinhalão. Para a Diretoria de Ensino de Ourinhos, foi sorteada a cidade de Ourinhos e para Diretoria de Ensino de Piraju, foi sorteada a cidade de Taguaí. Então, para a coleta de dados cinco municípios sorteados. Após, realizou-se um levantamento da quantidade de estudantes que estavam regularmente matriculados no ano de 2015 em cada município. Diante disso, a soma total de estudantes nas cinco cidades, na faixa etária proposta, era de 4.606 alunos, relacionados da seguinte forma: 924 em Santo Antônio da Platina, 891 em Jacarezinho, 630 em Bandeirantes, 202 em Pinhalão, 1.699 em Ourinhos e 260 em Taguaí.

 

    Por conseguinte, a amostra foi composta por 1.161 alunos, distribuídos da seguinte forma: 160 alunos no município de Santo Antônio da Platina, 261 alunos no município de Jacarezinho, 154 alunos no município de Bandeirantes, 108 no município de Pinhalão, 361 no município de Ourinhos e 117 no município de Taguaí. A composição da amostra foi com base no retorno dos TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) dos alunos e participação de todas as etapas da pesquisa.

 

    Para a seleção da amostra, foram utilizados os seguintes critérios: Ter entre 12 e 15 anos de idade, ou seja, ser nascido entre 01/01/2000 e 31/12/2003; ter assinado junto com seus pais ou responsável legal o TCLE; participar de todos os testes referentes ao estudo; ter no mínimo 75% de frequência escolar até a data da coleta de dados; foram motivos de exclusão os que não se enquadraram nas referências acima, bem como os que possuíram impedimentos para prática esportiva.

 

    Para que acontecesse as coletas, a direção de cada colégio selecionado recebeu uma solicitação formal e informações sobre a importância, os objetivos e a metodologia do estudo. Os pais foram devidamente comunicados e receberam o Termo de Consentimento Livre Esclarecido para a autorização dos adolescentes na pesquisa. Todos os participantes foram informados dos propósitos, riscos e benefícios do estudo, sendo respondidas todas as dúvidas sobre o referido estudo. Também, foram informados que não haveria remuneração como forma de ressarcimento ou pagamento por suas participações na pesquisa e que poderiam, sem constrangimento, deixar de participar da pesquisa quando desejassem. Todos os dados coletados durante a realização desse estudo foram utilizados apenas para fins de pesquisa e somente os pesquisadores envolvidos nesse trabalho tiveram acesso às informações. Estas precauções foram adotadas com o objetivo de preservar a privacidade e o bem-estar dos participantes.

 

    Foram coletadas informações relativas a sexo (autorrelato), idade (autorrelato: diferença entre as datas de nascimento e coleta de dados), estatura (indivíduo em pé com uma precisão da leitura de 0,01metro; fita métrica corporal), massa corporal (em kg: com precisão de 100 g; balança digital da marca QF2003A: capacidade máxima: 150 kg).

 

    Circunferência da cintura (CC): medida em cm, a partir da distância média entre a crista ilíaca e a última costela em duplicatas calculando-se a média admitindo-se variação máximo de 0,5 cm entre as duas e repetindo-se o procedimento no caso de ultrapassar essa variação (precisão de 0,1 cm). Os pontos de corte adotados para caracterizar a obesidade abdominal foram preconizados por Taylor, Jones, Williams, e Goulding (2000).

 

    A obesidade geral foi estabelecida através do Índice de Massa Corporal (IMC), calculado pela divisão da massa corporal em quilogramas pelo quadrado da estatura em metros (kg/m²). A partir do cálculo do IMC, a classificação do indivíduo foi realizada considerando a idade e o sexo, como proposto por Conde e Monteiro (2006). Os valores críticos para classificação do estado nutricional em déficit de peso, excesso de peso e obesidade são expressos de acordo com percentis e valores do IMC equivalentes.

 

    Foi aplicado um questionário que abrangia variáveis de estilo de vida, que foram:

  1. Atividade física: avaliadas por intermédio do Questionário Internacional de Atividade Física (International Physical Activity Questionnaire – IPAQ-A) modificado para adolescentes (Arvidsson, Slinde, e Hulthen, 2005; Guedes, Lopes, e Guedes, 2005; Hagströmer et al., 2008), tendo como referência a última semana. Foi considerado desfecho a inatividade física conforme o ponto de corte de <300 minutos de atividade física moderada/vigorosa semanal de acordo com a atual diretriz de atividade física para adolescentes proposta por Strong et al. (2005).

  2. Comportamento sedentário (CS) Avaliado em horas por dia, coletado por meio da seguinte pergunta: Em um dia de semana comum, quanto tempo você fica sentado(a) assistindo à televisão, usando computador, jogando videogame? (Não contar sábado, domingo, feriados e o tempo sentado na escola). As opções de resposta eram: até 1 hora por dia; mais de 1 hora até 2 horas por dia; mais de 2 até 3; mais de 3 até 4; mais de 4 por dia. Mensurado de acordo a American Academy of Pediatrics (Pediatrics, 2001), entendido como CS o tempo gasto pelo indivíduo sentado por longos períodos frente à televisão, videogame e/ou computador. Para classificação foi considerado CS os adolescentes que passaram duas ou mais horas por dia (> 2 horas/dia) para cada comportamento (Strasburger, 2011; Tremblay et al., 2011). Contudo, quando realizada a somatória dos três tipos atividades, foi considerado o valor igual ou superior a 4 horas/dia sendo considerada excessiva baseado no protocolo de Moraes (2011).

  3. Hábitos alimentares: foi verificada utilizando um questionário de frequência semanal de consumo alimentar traduzido e modificado para brasileiros (Ministério da Saúde, 2015). Considerou-se o consumo de frutas, verduras e legumes, farinha, refrigerantes, frituras e doces (bolos, biscoitos e chocolates), de forma habitual, precedente a coleta dos dados. O consumo alimentar inadequado foi classificado da seguinte forma: ≥ 4 dias/semana para frituras, bolos, bolachas e doces e ≤ 4 dias/semana para frutas e verdura. A quantidade de cada alimento ingerida não foi coletada. Verificou-se, também, o número das principais refeições realizadas em casa (café da manhã, almoço e jantar) e a realização de dietas específicas (não realizar dietas, para emagrecer e para engordar) com o objetivo de identificar possíveis causalidades reversas entre os desfechos e os hábitos alimentares.

  4. Consumo de tabaco e bebidas alcoólicas: foram mensurados através do questionário preconizado pelo Centro de Pesquisa Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (2007). Os adolescentes foram questionados sobre a frequência de consumo de tabaco (incluindo o consumo de tabaco em cigarros, cigarrilhas e charutos) e bebidas alcoólicas (incluindo o consumo de cerveja, chope, vinho, uísque, cachaça, champanhe), durante uma semana habitual. Foram considerados tabagistas e etilistas habituais os adolescentes que fumaram ao menos um cigarro, cigarrilhas ou charutos, por dia durante pelo menos um mês e que consumiram pelo menos uma dose de bebida alcoólica, respectivamente.

    A partir dessas variáveis relacionadas foi construído um questionário por Moraes (2011), e validado para o ambiente brasileiro. (Strong et al., 2005; Farias Junior et al., 2011; Conti, Córdas, e Latorre, 2009)

 

    Na avaliação de Aptidão Física (ApF) foram testados quatro medidores, utilizando o protocolo do Proesp-Br (Gaya, e Gaya, 2016): flexibilidade: teste de sentar e alcançar– sem banco de Wells; força de membros inferiores (FMI): teste de salto horizontal, força de membros superiores (FMS): teste de arremesso da medicineball; agilidade: teste do quadrado. Os adolescentes foram subdivididos em dois grupos: com risco, os que apresentaram baixa aptidão física, e sem risco os que apresentaram aptidão física regular, boa ou excelente.

 

    Após a coleta de dados, os valores obtidos foram introduzidos em uma base de dados por meio do software EpiData versão 3.1. Em seguida, a análise foi realizada através do Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 26.0. Foi utilizada estatística descritiva. Os testes utilizados foram, Komolgorov-Smirnov (normalidade), U-Mann-Whitney (comparações), Qui-Quadrado (comparações de proporções) e o teste de Spearman (correlações). Os valores de “p” menores do que 0,05 foram considerados estatisticamente significativos para todas as análises.

 

Resultados 

 

    Os primeiros resultados apontaram a descrição da amostra, separando e comparando os sexos (Tabela 1). Observa-se que nas variáveis antropométrica (massa corporal, estatura e circunferência da cintura), de aptidão física, nível de atividade física e comportamento sedentário, os resultados foram diferentes estatisticamente entre os sexos.

 

Tabela 1. Valores de medidas de tendência central e de dispersão para os indicadores

antropométricos, de aptidão física, atividade física e estilo de vida dos adolescentes relacionados ao sexo

Variáveis

G-Masc (n=501)

G-Fem (n=660)

Teste "U"

p-valor

Mediana (min-max)

Mediana (min-max)

Idade (anos)

13,00 (12,00-15,00)

13,00 (12,00-15,00)

156577,5

0,091

Massa Corporal (Kg)

55,30 (31,00-120,00)

51,55 (31,40-116,50)

143064,0

<0,001b

Estatura (m)

1,64 (1,36-1,82)

1,59 (1,10-1,72)

111509,0

<0,001b

IMC (kg/m²)

20,71 (15,16-40,56)

20,83 (12,82-49,12)

169315,5

0,481

Circunferência da

cintura (cm)

73,00 (59-117)

73,00 (59-111)

143731,5

<0,001b

Flexibilidade (cm)

30,00 (0-82)

31,50 (0-92)

178365,0

0,021a

FMI (m)

1,65 (0,47-3,16)

1,29 (0,46-2,86)

72314,0

<0,001b

FMS (m)

3,40 (1,32-6,60)

2,52 (0,82-4,48)

84401,0

<0,001b

Agilidade (s)

6,99 (4,80-11,23)

8,26 (5,00-12,55)

268336,0

<0,001b

NAF (min/sem)

94 (16-1042)

73 (11- 363)

125662,5

<0,001b

Hábitos alimentares

saudáveis (dias/sem)

2,4 (0,2-4,9)

2,4 (0-5,6)

160270,0

0,375

Hábitos alimentares

não saudáveis (dias/sem)

2,06 (0,1-5,4)

1,92 (0,4-5,4)

160506,0

0,398

CS (hs/dia)

5,2 (0-20)

3,8 (0-17,6)

144936,0

<0,001b

IMC: índice de massa corporal; FMI: força explosiva de membros inferiores; FMS: força explosiva de membros superiores; 

NAF: nível de atividade física; CS: comportamento sedentário. (a diferença p<0,05; b diferença de p≤0,001).

 

    De acordo com a Tabela 2, identifica-se que, ambos os sexos, a maioria dos adolescentes foram classificados com risco nos testes de força explosiva de membros inferiores, força explosiva de membros superiores e agilidade. Além de, baixo nível de atividade física, hábitos alimentares inadequados e horas excessivas em comportamento sedentário.

 

Tabela 2. Proporções (%) entre os sexos, dos indicadores biológicos, 

de aptidão física, atividade física e estilo de vida dos adolescentes

Variáveis

Categorias

G-masc (n=501)

G-fem (n=660)

Teste X²

p-valor

f (%)

f (%)

IMC (kg/m²)

Baixo peso/Eutrófico

294 (58,7)

450 (68,2)

11,165

0,001a

Sobrepeso/Obesidade

207 (41,3)

210 (31,8)

 

 

Circunferência da

Cintura (cm)

Obesidade Abdominal

180 (35,9)

234 (35,5)

0,028

0,867

Sem Obes. Abdominal

321 (64,1)

426 (64,5)

 

 

Flexibilidade (cm)

Com risco

192 (38,3)

204 (30,9)

6,966

0,008a

Sem risco

309 (61,7)

456 (69,1)

 

 

Força explosiva de

membros inferiores (m)

Com risco

293 (58,5)

508 (77)

45,498

<0,001b

Sem risco

208 (41,5)

152 (23)

 

 

Força explosiva de

membros superiores (m)

Com risco

297 (59,3)

459 (69,5)

13,209

<0,001b

Sem risco

204 (40,7)

201 (30,5)

 

 

Agilidade (s)

Com risco

426 (85)

618 (93,6)

23,279

<0,001b

Sem risco

75 (15)

42 (6,4)

 

 

Nível de Atividade

Física (min/sem)

Pouco ativo

480 (95,8)

654 (99,1)

13,510

<0,001b

Ativo

21 (4,2)

6 (0,9)

 

 

Hábitos alimentares

saudáveis (dias/sem)

Adequado

39 (7,8)

45 (6,8)

0,396

0,529

Inadequado

462 (92,2)

615 (93,2)

 

 

Hábitos alimentares

não saudáveis (dias/sem)

Adequado

45 (9)

60 (9,1)

0,004

0,949

Inadequado

456 (91)

600 (90,9)

 

 

CS (hs/dia)

Adequado

72 (14,4)

132 (20)

6,230

0,013a

Inadequado

429 (85,6)

528 (80)

 

 

Tabaco

Não

456 (91)

612 (92,7)

1,129

0,288

Sim

45 (9)

48 (7,3)

 

 

Álcool

Não

264 (52,7)

333 (50,5)

0,572

0,449

Sim

237 (47,3)

327 (49,5)

 

 

IMC: índice de massa corporal; Teste “qui-quadrado” (x²). (a diferença p<0,05; b diferença de p≤0,001).

 

    A Tabela 3 exibe a correlação (medida entre duas ou mais variáveis que se relacionam) dos indicadores antropométricos, de aptidão física, atividade física, comportamento sedentário, tabaco, álcool e hábitos alimentares dos estudantes. Nota-se que a correlação mais forte foi entre o estado nutricional, o baixo nível de atividade física com a aptidão física. Os hábitos alimentares se correlacionaram com a sobrepeso/obesidade, obesidade abdominal e o consumo de tabaco e álcool.

 

Tabela 3. Correlação (rho) dos indicadores antropométricos, de aptidão física, atividade física,

comportamento sedentário, tabaco, álcool e hábitos alimentares dos estudantes

Tabela 3. Correlação (rho) dos indicadores antropométricos, de aptidão física, atividade física, comportamento sedentário, tabaco, álcool e hábitos alimentares dos estudantes

IMC: índice de massa corporal; CC: circunferência da cintura; NAF: nível de atividade física; FMI: força explosiva de membros inferiores; 

FMS: força explosiva de membros superiores; HAS: hábitos alimentares saudáveis; HANS: hábitos alimentares não saudáveis. 

Teste Spearman (Rho). (a correlação p<0,05; b correlação de p≤0,001).

 

Discussão 

 

    Foram observadas diferenças significativas entre algumas características gerais em meninos e meninas. Os resultados demonstraram que os meninos possuem massa corporal e estatura maiores do que as meninas e, ainda, apresentam resultados melhores em três componentes da Aptidão Física (força de membros inferiores, força de membros superiores e agilidade) e possuem nível de atividade física maior. Contudo, as meninas apresentam um nível de aptidão física para flexibilidade melhor e uma obesidade abdominal menor. Entretanto, elas ainda apresentam um maior comportamento sedentário.

 

    O estudo de Farias, Carvalho, Gonçalves,e Guerreiro-Júnior (2010) corrobora com essas afirmações e vai ao encontro dos resultados da presente pesquisa identificando que as meninas são mais flexíveis que os meninos, que os meninos possuem maior força e melhor agilidade que as meninas, podendo atingir seu pico máximo. Um aspecto importante a ser apontado que nessa faixa etária os meninos têm preferência por atividades físicas mais intensas, enquanto as meninas optam por atividades mais leves e moderadas, que envolve o mínimo de força possível. (Perry, Straker, O’Sullivan, Smith, e Hands, 2008)

 

    Os níveis de aptidão física dos adolescentes, além das influências das transformações fisiológicas e anatômicas advindas das descargas hormonais, são também influenciados pela quantidade de atividade física habitual, que segundo Ronque et al. (2007) declinam claramente nas passagens da infância para a adolescência e para fase adulta. Gonçalves, Silva, e Gimenes (2015) afirmam em sua pesquisa que ser do sexo feminino, ter hábitos alimentares inadequados, apresentar comportamentos sedentários e baixo nível de atividade física são fatores determinantes para baixa aptidão física em adolescentes.

 

    Assim como nesta pesquisa, a prevalência de comportamento sedentário e baixos níveis de atividade física pelas meninas são, também, apontados no estudo de Greca, Silva, e Loch (2016). Comungando nesse contexto, algumas pesquisas (Tenório et al., 2010; Souza & Silva, 2017) apontam que o sexo feminino passa mais tempo assistindo televisão, enquanto o sexo masculino gasta mais tempo jogando vídeo game, dados estes que vão ao encontro com a presente pesquisa.

 

    Apesar de algumas diferenças significativas entre meninos e meninas, observa-se que ambos os sexos apresentam um grande percentual de adolescentes com sobrepeso/obesidade (41,3% meninos e 31,8% meninas). Índices altos dispêndio em comportamentos sedentários para ambos os sexos (44,8% meninos e 55,2% meninas). Demonstram nível de atividade física baixo, 95,8% meninos e 99,1% meninas são considerados pouco ativos. Dessa forma, esses dados apontam que independentemente do sexo alguns fatores de risco para saúde estão elevados para faixa etária.

 

    Os resultados identificaram que os baixos índices de aptidão física associados a outros indicadores como sexo, IMC, nível de atividade física, hábitos alimentares, tabaco e álcool, a prevalência e os riscos de resultados aquém ao esperado são maiores. O que pode ser apontado nas avaliações dessa pesquisa que baixa aptidão física está associada a diversos fatores. Esses dados demonstram que esse estudo comunga dos resultados da pesquisa de Lima, e Silva (2017), a qual os autores apresentaram como resultados que há uma alta prevalência de indicadores negativos de aptidão física, demonstrando a simultaneidade de quatro indicadores.

 

    Observou-se nas correlações que o IMC tem relação negativa com a aptidão física de força de membros inferiores, em contrapartida correlações positivas com a aptidão física de membros superiores. Ou seja, quando os adolescentes demonstraram um alto índice de IMC identificou-se grandes possibilidades de apresentar um baixo desempenho em força de membros inferiores. O contrário ocorre com a ApF-FMS, quanto maior os valores de IMC e massa corporal maior os valores de força de membros superiores. Para aptidão física de agilidade verificou-se que há uma correlação positiva com o IMC, ou seja, quanto maior o IMC maior o tempo gasto para cumprir o protocolo, dessa forma, menor a aptidão física nesse quesito. Em contrapartida, a agilidade apresentou correlação negativa com força de membros inferiores e força de membros superiores. Esses achados estão diretamente relacionados com o nível de atividade física, que por sua vez, apresentou uma correlação com FMI e agilidade.

 

    Estudos (Andersen, e Van Mechelen, 2005; Pelegrini, Silva, Petroski, e Glaner, 2011) corroboram afirmando que os baixos níveis de aptidão física estão diretamente relacionados com o estilo de vida. A alta prevalência de inatividade física encontrada nesse estudo pode ser apontada como fator determinante para os índices baixos de aptidão física. Sendo esses associados a mais fatores de estilo de vida ou não, resultados esses que vão ao encontro com algumas pesquisas (Oehlschlaeger, Pinheiro, Horta, Gelatti, e San'Tana, 2004; Pelegrini, e Petroski, 2009; Silva, Nahas, Hoefelmann, Lopes, e Oliveira, 2008; Vasconcelos-Rocha, Squarcini, Paixão-Cardoso, e Oliveira-Farias, 2016). Tassitano et al. (2007) em uma revisão sistemática sobre atividade física e comportamentos sedentários em adolescentes brasileiros verificaram que a prevalência de adolescentes expostos ao sedentarismo oscila de 39 a 93,5%.

 

    Ronque et al. (2007) afirmam que adoções de um estilo de vida fisicamente ativo pode produzir importantes modificações em diversos componentes da aptidão física relacionada a saúde, o que, por sua vez, pode proporcionar redução na incidência de doenças como as DCNT. Dessa forma, outros comportamentos de risco como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, hábitos alimentares inadequados são também fatores de risco à saúde em adolescentes de ambos os sexos. Sendo assim, os adolescentes que possuem hábitos não saudáveis, com baixos níveis de atividade física, alimentação de forma inadequada, possuem maior predisposição para o aparecimento de disfunções metabólicas em idades precoces.

 

    A utilização de questionário pode ter sido uma limitação do estudo, pelo fato de algumas vezes os adolescentes fazerem avaliações sobreestimadas em relação aos comportamentos de risco e subestimada em relação aos comportamentos de saúde. Apesar disso, a presente pesquisa trouxe algumas contribuições para auxiliar na compreensão da aptidão física, corporal, comportamentos de risco e estilo de vida dos adolescentes de 12 a 15 anos. Sendo avaliado uma amostra representativa de adolescentes de regiões brasileiras distintas.

 

Conclusão 

 

    A partir dos resultados obtidos foi possível observar que o estado nutricional e o baixo nível de atividade física influenciaram diretamente na aptidão física dos participantes. Os adolescentes com sobrepeso/obesidade apresentaram maior risco de dispor de uma baixa aptidão física, essa relação pode ser verificada, principalmente, nas avaliações de força explosiva de membros inferiores e força explosiva de membros superiores.

 

    Houve associação entre grande parte dos medidores avaliados. Podendo observar que há uma forte associação entre a aptidão física, o estado nutricional e o estilo de vida. Muitas vezes essa associação acontece com duas ou mais variáveis, o que indica que um fator pode interferir e/ou ocasionar índices ruins no outro fator. Por fim, observou-se correlação entre os indicadores sendo elas positivas ou negativas. A correlação mais forte foi entre o estado nutricional, inatividade física com a aptidão física. Os hábitos alimentares se correlacionaram com a sobrepeso/obesidade, obesidade abdominal e o consumo de tabaco e álcool.

 

    Diante do exposto, pode-se apontar com essa pesquisa que há associação entre os indicadores de aptidão física, o sobrepeso/obesidade, a obesidade abdominal e os fatores de risco relacionados ao estilo de vida em adolescentes de 12 a 15 anos. Neste cenário, são necessárias novas pesquisas que tenham como meta intervenções nessa população para que possa mensurar se com as mudanças de estilo de vida interfere nos fatores de risco dos demais indicadores.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 277, Jun. (2021)