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ISSN 1514-3465

 

Influência parental no esporte: uma revisão da psicologia do esporte

Parental Influence on Sport: a Review of Sport Psychology

Influencia de los padres en el deporte: una revisión desde la psicología del deporte

 

Fernando de Lima Fabris*

fabrislf@hotmail.com

Kauan Galvão Morão**

kauangm@hotmail.com

Afonso Antonio Machado***

afonsoa@gmail.com

 

*Mestrando no Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Humano e

Tecnologias pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Licenciado e Bacharel em Educação Física pela Universidade Estadual

Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Campus de Rio Claro (UNESP Rio Claro)

**Bacharel e Licenciado em Educação Física

Mestre em Desenvolvimento Humano e Tecnologias

pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Bolsista CAPES (2015-2017). Doutorando na Universidade

Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", no Programa de Pós Graduação

em Desenvolvimento Humano e Tecnologias

**Licenciado em Educação Física pela PUC- Campinas

Graduado em Filosofia e Pedagogia. Graduado em Psicologia

Mestre e Doutor em Educação, pela UNICAMP

Livre-docente pelo Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro

Coordena o LEPESPE (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte)

Realizou estágio de pós-doutoramento no Laboratório

de Psicologia do Esporte, junto ao Prof. Dr. Duarte Araújo, da

Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa e na Universidade do Minho,

com Prof. Dr. António Rui Gomes

(Brasil)

 

Recepção: 11/09/2019 - Aceitação: 02/12/2020

1ª Revisão: 18/04/2020 - 2ª Revisão: 17/11/2020

 

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Citação sugerida: Fabris, F. de L., Morão, K.G., & Machado, A.A. (2021). Influência parental no esporte: uma revisão da psicologia do esporte. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(272), 81-95. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i272.1652

 

Resumo

    Diversos são os aspectos que envolvem a prática esportiva, como as regras, a interação com outros participantes, o ambiente, os materiais utilizados, em muitos a torcida que está presente e o foco da pesquisa, que é a influência dos pais e familiares. Este último responsável por fazer parte do primeiro contexto social de nossas vidas, considerando tanto para o cenário esportivo quanto o social. Desta forma o trabalho buscou em publicações científicas identificar os fatores de interferência externa na prática de atividades esportivas, principalmente na relação parental. Foi utilizado o percurso de pesquisa bibliográfica, sendo desenvolvido por material já elaborado, como livros e artigos científicos, adotando-se do caráter qualitativo para análise e reflexão dos dados, prezou-se pela seleção e análise de trabalhos na língua portuguesa e língua inglesa. Através da análise dos dados foi possível destacar os principais fatores emocionais e psicológicos que envolvem o relacionamento entre pais e atletas, discutindo o papel da psicologia do esporte, rendimento esportivo e a sua prática, apontando as principais alternativas que melhoram essa relação parental no esporte. Portando foi possível aumentar os níveis de compreensão para os diversos aspectos psicológicos de influência externa que podem interferência no comportamento durante a prática de atividades esportivas e também em sociedade.

    Unitermos: Psicologia do esporte. Prática esportiva. Pais.

 

Abstract

    There are several aspects that involve sports, such as the rules, interaction with other participants, the environment, the materials used, in many the crowd that is present and the focus of the research, which is the influence of parents and family. The latter responsible for being part of the first social context of our lives, considering both the sports and the social scene. In this way, the work sought in scientific publications to identify factors of external interference in the practice of sports activities, especially in the parental relationship. The precursor of bibliographic research was used, being developed by material already prepared, such as books and scientific articles, adopting the qualitative character for analysis and reflection of the data, it was valued for the selection and analysis of works in Portuguese and English. Through data analysis, it was possible to highlight the main emotional and psychological factors that involve the relationship between parents and athletes, discussing the role of sport psychology, sports performance and its practice, pointing out the main alternatives that improve this parental relationship in sport. Therefore, it was possible to increase the levels of understanding for the various psychological aspects of external influence that may interfere with behavior during the practice of sports activities and also in society.

    Keyword: Sport psychology. Sports practice. Parents.

 

Resumen

    Son varios los aspectos que involucran al deporte, como las reglas, la interacción con otros participantes, el entorno, los materiales utilizados, en muchos la multitud que está presente y el foco de la investigación, que es la influencia de los padres y la familia. Estos son responsables de ser parte del primer contexto social de nuestras vidas, considerando tanto el ámbito deportivo como el social. De esta forma, el trabajo buscó en las publicaciones científicas identificar factores de interferencia externa en la práctica de actividades deportivas, especialmente en la relación parental. Se utilizó el recurso de la investigación bibliográfica, siendo desarrollado por material ya elaborado, como libros y artículos científicos, adoptando el carácter cualitativo para el análisis y reflexión de los datos, se valoró para la selección y análisis de trabajos en portugués e inglés. A través del análisis de datos, fue posible resaltar los principales factores emocionales y psicológicos que involucran la relación entre padres y deportistas, discutiendo el papel de la psicología del deporte, el rendimiento deportivo y su práctica, señalando las principales alternativas que mejoran esta relación parental en el deporte. Por lo tanto, fue posible incrementar los niveles de comprensión de los diversos aspectos psicológicos de la influencia externa que pueden interferir en la conducta durante la práctica de actividades deportivas y también en la sociedad.

    Palabras clave: Psicología del deporte. Práctica del deporte. Padres.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)


 

Introdução 

 

    Quando se trata de esporte, é inevitável considerar que algumas modalidades têm popularidade a ponto de mover as massas populacionais para os seus eventos, seja presencialmente ou por meio dos veículos de comunicação, as mídias, ainda mais se consideramos as transmissões pós-eventos como programas de televisão, reportagens online e matérias impressas.

 

    A popularidade de determinadas modalidades esportivas variam de país em país, de região para região, de cultura a cultura, como acontece com o futebol, esporte culturalmente popular no Brasil, cujo qual é conhecido como o “país do futebol” (Gastaldo, 2009), o beisebol nos países asiáticos, o basquete nos Estados Unidos da América, o cricket na Índia e assim por diante.

 

    No entanto, algumas modalidades conseguem ir além da popularidade cultural, aumentando a sua audiência e visibilidade devido a facilidade do acesso aos meios de comunicação. Como divulgado pelo Globo Esporte em 2017, a final do 51º Super Bowl teve repercussão mundial, com audiência na rede de televisão de 118 milhões, chegando a 150 milhões telespectadores, somando com os canais via internet, sendo considerado por Lima (2016) o evento esportivo mais valioso dos Estados Unidos da América.

 

    Com todos esses aspectos que envolvem uma “simples” modalidade esportiva, imagina-se que os meios externos podem influenciar na prática e quais os objetivos o indivíduo julga e considera importante incorporar em sua vivência, como um iniciante, um futuro esportista e até como atleta, tornando-se determinante no seu desenvolvimento emocional e motor.

 

    Quando jovem, os sonhos de se tornar um grande destaque em determinadas modalidades esportivas, é mais presente. Como no caso de crianças que estão começando a ter seus primeiros contatos com o esporte, muitas vezes a sua prática é influenciada diretamente por seus pais, visto que “a família representa habitualmente o primeiro contexto social de vida do atleta, tendo uma grande influência sobre o seu desenvolvimento emocional e psicológico”. (Machado, & Gomes, 2011, p. 144)

 

    Conseguir conciliar os pontos positivos e negativos no início da prática esportiva não se torna uma tarefa fácil para os profissionais da área, isso porque há uma variedade de interferências externas que envolvem aquele ambiente. Essas influências estão relacionadas a diversos fatores do cotidiano esportivo, como o da torcida, que na iniciação normalmente é composta por pais e familiares. Sendo a sua presença crucial para o desenvolvimento deste jovem atleta, podendo ser tanto benéfica quanto prejudicial.

 

    A falta de preparo dos pais pode estar relacionada ao momento que vivemos no esporte atualmente, estimulada pela mídia que valoriza cada vez mais a vitória a qualquer custo, como citado por Machado, & Gomes (2011, p. 19) no trecho em que indicam o “conjunto de situações e problemas que afetam esta perspectiva centrada no bem-estar da criança [...] ganhar não é o mais importante, é a única coisa que interessa!”.

 

    O fato citado acima deixa de lado o que pode ser considerado o aspecto mais valioso na iniciação esportiva de qualquer modalidade, sendo o dever da atividade física representar uma experiência agradável e saudável, promovendo o crescimento e desenvolvimento dos jovens, não só enquanto atletas, mas também como pessoas em meio a sociedade. (Machado, 1997; Machado, & Gomes, 2011)

 

    Segundo Machado (1998), existem fatores externos exercendo um papel sobre a conduta emocional e motora do atleta, sendo estas determinantes, pois ocorrem constantemente durante a sua vida, seja na prática esportiva ou não, podendo ter a sua interferência relacionada ao desempenho, envolvimento e desenvolvimento, como atleta e também como pessoas.

 

    As influências exteriores, são deixadas de lado no contexto esportivo do Brasil, já que “[...] não são todos os profissionais de educação física que estão atentos nos pontos de vista técnico, tático e psicológico” (Machado, 2014, p. 17), podendo afetar o desenvolvimento do indivíduo, chegando a desistência da prática esportiva em situações extremas.

 

    É importante o entendimento do profissional de educação física sobre os possíveis fatores externos que podem gerar influência direta ou indireta no contexto esportivo. Se esses aspectos não forem lidados de maneira correta, podem acarretar a desistência da prática em modalidades, implicando em consequências negativas ao próprio indivíduo, pois segundo a Revista Brasileira de Medicina do Esporte (1998), a inatividade física torna-se prejudicial à saúde e consequentemente à qualidade de vida.

 

    Portanto, devido aos pais representarem o primeiro contexto social da vida de um indivíduo (Fonseca, & Stella, 2015; Machado, & Gomes, 2011), a influência dos mesmos se faz muito presente nos primeiros anos de vida, tanto no contexto esportivo quanto no social. Sendo um fator fundamental, pois está relacionada a formação da identidade e personalidade, e mesmo assim, sendo desconsidera por diversos profissionais, tanto por falta de conhecimento quanto por preconceito.

 

Justificativa 

 

    O trabalhou justificou-se na teoria em que os pais e familiares fazem parte do primeiro contexto social da vida do ser humano (Gomes, 2011b; Fonseca, & Stella, 2015), fazendo-se presente na formação dos futuros atletas, não apenas na carreira esportiva mas também como ser humanos (Machado, 1997). Participando de vivencias e experiências que fornecem informações que irão interferir e auxiliar na construção da sua identidade e personalidade, refletindo em comportamentos nos ambientes sociais e esportivos. (Hellstedt, 1995; Machado, 2011; 2014; Souza, & Barreto, 2017)

 

Objetivo geral 

 

    O presente trabalho possuiu como objetivo geral realizar consultas em publicações e dados científicos a fim de analisar as consequências que as influências externas acarretam ao indivíduo praticante de modalidades esportivas, além de levantar questões gerais a respeito da influência parental nesse contexto.

 

Objetivo específico 

 

    Verificar dados relacionados ao fenômeno da influência da família no ambiente esportivo e sua relação com os participantes destas atividades, visando;

  • Realizar um levantamento dos principais fatores emocionais e psicológicos ligados ao relacionamento entre atletas e familiares, e o esporte;

  • Relacionar a psicologia do esporte, prática esportiva e rendimento esportivo em níveis de iniciação e alto rendimento;

  • Expor alternativas que auxiliam em uma melhor intervenção na relação envolvendo a prática esportiva, os pais e as crianças/atletas; e,

  • Destacar os principais pontos que potencializam a prática esportiva direcionando para o bem estar tanto esportivo quando emocional e social.

  • Discutir a importância da compreensão dos diversos fatores e aspectos psicológicos de influência externa que interferem no comportamento dos indivíduos durante a realização de atividades esportivas e do cotidiano.

Metodologia 

 

    Com o intuito de alcançar o objetivo geral e os específicos previamente descritos, foi realizado uma pesquisa bibliográfica, sendo “desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (Gil, 1994, p. 71), criando uma “avaliação crítica de pesquisa recente sobre um tópico particular”. (Thomas, & Nelson, 2002, p. 33)

 

    Adotada a pesquisa de caráter qualitativo para análise e reflexão dos dados, buscando compreender as experiências dos sujeitos como um todo, valorizando o ser humano, não reduzindo em quantidade. (Rampazzo, 2013)

 

    Prezou-se pela seleção e análise de trabalhos na língua portuguesa e língua inglesa, por preferência do autor. Utilizou-se da revisão bibliográfica com produções recentes, publicadas nos últimos cinco anos e obras clássicas da área, além da utilização de livros e artigos de autores considerados grandes nomes na temática escolhida.

 

    Além disso, respeitou-se a proposta previamente estabelecida neste trabalho, utilizando as plataformas e mecanismos de busca para seleção dos materiais selecionados e incorporados como base para o desenvolvimento desta pesquisa, sendo elas Google Acadêmico, Pubmed, Lilacs e Scielo.

 

    Foram utilizadas as seguintes palavras-chave como forma de mecanismo de pesquisa: influência dos pais; psicologia do esporte; rendimento esportivo; fatores psicológicos; aspectos psicológicos; aspectos emocionais.

 

Interferência dos fatores psicológicos no desempenho esportivo 

 

    Quais características são essenciais para um bom desenvolvimento e envolvimento do jovem em uma modalidade esportiva, seja profissional, amador ou iniciante? De maneira equivocada, normalmente é considerada como principal característica, com maior importância, o preparo das capacidades físicas e motoras.

 

    Na maior parte das vezes, a capacidade psicológica é esquecida ou deixada de lado, tanto por parte dos clubes, quanto dirigentes e profissionais da área, técnicos esportivos e professores, tornando-se preocupante, pois os aspectos emocionais são responsáveis por toda regulação e preparação dos fatores psicológicos do atleta, manejando em seus estados emocionais de motivação, confiança, estresse, ansiedade, medo e vergonha, nível de atenção, dentre outros que são exigidos antes, durante e após as partidas e competições. (Weinberg, & Gould, 2017)

 

    É possível citar alguns exemplos de interferência externa, como a torcida, presente na maioria dos eventos esportivos, na iniciação composta na maioria das vezes por pais e familiares; a arbitragem, que está presente nas decisões das partidas e eventos; o ambiente, sendo o tipo de material do piso da quadra, a grama no campo de futebol, a temperatura da água na piscina; o clima, como a chuva, o sol, o calor e o frio; entre fatores de interferências que podem alterar os estados emocionais de cada pessoa.

 

    Os questionamentos de como os fatores psicológicos podem interferir no desempenho do atleta durante o treinamento, partida, competição são frequentes, até mesmo nos momentos de descanso. Mesmo assim, o trabalho psicológico, é deixado de lado ou apenas recordado quando se tratam de intervenções pontuais, principalmente pela falta de confiança e/ou motivação, lembrada na queda de desempenho e rendimento da equipe ou do atleta.

 

    Contudo, esses aspectos emocionais vão além dos fatores citados acima e acabam se relacionando de maneira direta com as funções básicas e fisiológicas, interferindo no aspecto motor e físico do indivíduo. Segundo Fonseca, & Stella (2015, p. 49) “A criança percebendo o prazer e satisfação em que seus pais praticam atividades esportivas acaba apresentando a mesma vontade de praticar”. Exemplificando que o contexto familiar faz com que o filho sinta-se motivado em participar do esporte também.

 

    A influência externa, mesmo de maneira indireta, pode interferir na prática do jovem, como citado no trecho acima. Isso é uma forma simples de perceber como os fatores externos estão se relacionando o tempo todo com a formação do indivíduo, tanto como pessoa quanto como atleta.

 

    Como os familiares fazem parte do primeiro contexto social do indivíduo, os mesmos são os principais responsáveis no auxílio na formação da identidade e personalidade de tal pessoa, também podendo interferir no bem-estar psicológico, tanto para a carreira esportiva quanto para a social. (Hellstadt, 2005; Machado, 2008; 2011; 2014)

 

    No entanto, os pais não acabam por influenciar apenas de maneira positiva (benéfica), e se não houver uma preparação adequada, podem acabar interferindo negativamente, refletindo na queda de rendimento,desmotivação e, até mesmo, a desistência do jovem na modalidade. (Brustad, 1993; Machado, & Gomes, 2011; Weinberg, & Gould, 2017)

 

    Para lidar com esses fatores, é necessário um conhecimento do cenário esportivo que vá além de uma visão similar à do senso comum, necessitando que o profissional da área esteja preparado para isso. Dessa forma, deve identificar os principais pontos, desenvolvendo o treinamento de habilidades psicológicas (Weinberg, & Gould, 2017), potencializando as capacidades do atleta. Portanto, por conta desses aspectos, muitos professores, profissionais, dirigentes e clubes, e até mesmo atletas, acabam negligenciando o estudo e aplicação da psicologia do esporte no contexto esportivo.

 

Influência parental 

 

    Segundo o ministro do esporte, George Hilton (2015), cerca de 54,1% da população brasileira é praticante de algum tipo de atividade física. Porém não é possível verificar o número de crianças e jovens praticantes, sejam estas nas escolas, dentro dos currículos escolares, como nas aulas de educação física ou em outros contextos, por meio de escolinhas especializadas em esportes, como natação, futebol, basquete e dança.

 

    Naturalmente o primeiro contato do indivíduo com o esporte, ocorre quando criança, sendo estes nas escolas, principalmente nas aulas de educação física, por isso a importância da disciplina nas grades curriculares. E também fora delas, em escolinhas especializadas e também através dos pais, considerando que “[..] Os pais, a sua influência também se faz sentir no processo de integração e socialização desportiva dos filhos e os seus efeitos podem estender-se ao nível do bem-estar psicológico e satisfação com a prática desportiva”. (Machado, & Gomes, 2011, p. 132)

 

    Na iniciação esportiva, a família torna-se a principal responsável por incentivar o início, manutenção e permanência em modalidades esportivas. Ocorrendo tanto de forma direta ou indireta, pois o prazer e satisfação dos pais praticando atividades esportivas podem ser percebidas pela criança, e isso irá gerar tanto vontade quanto motivação pela prática daquilo. (Fonseca, & Stella, 2015)

 

    Desta forma, o papel dos pais é essencial para o sucesso e continuidade da criança no esporte, a modo de tornar uma experiência agradável e motivadora, promovendo o bem-estar com a prática, assim como o desenvolvimento e crescimento, não apenas como atleta, mas também como ser humano. (Machado, 1997; Machado, & Gomes, 2011)

 

    Muitas vezes, a responsabilidade e interesse dos pais e familiares em iniciar o jovem na modalidade, passa dos limites e torna-se preocupante, pois os mesmos começam a depositar na criança o seu interesse particular (Fonseca, & Stella, 2015). Não dando a devida importância para o bem-estar, mas sim no retorno que aquela prática proporcionará e quanto o seu “investimento” será recompensado. Ficando a perspectiva em relação ao esporte e desenvolvimento do seu filho centrado no “ganhar não é o mais importante, é a única coisa que interessa!”. (Machado, & Gomes, 2011, p. 19)

 

    Ocorrendo desta forma a influência dos pais no esporte torna-se um fator de risco para a continuidade da criança na modalidade, consequentemente na atividade física. Principalmente ao considerarmos a importância da família na prática esportiva, principalmente por formarem o primeiro contexto social da vida de um jovem atleta. (Machado, & Gomes, 2011)

 

    Essa situação também pode ser explicada pela forma que o esporte vem sendo demonstrado pelos meios de comunicação e pelas redes sociais, classificado como esporte espetáculo (Proni, 1998), desfigurando o princípio de bem-estar da prática esportiva.

 

    É considerável que os pais são fundamentais na prática esportiva, já que a sua presença durante a atividade age de maneira direta no desenvolvimento psicológico do atleta (Figueiredo, 2000; Machado, & Gomes, 2011), os pais e responsáveis se tornam naturalmente o ponto de liderança, sendo figura de apoio essencial para a iniciação e desenvolvimento do atleta. Sabendo disso, os profissionais da área,

    Devem procurar envolver os pais “ [...] no desporto, de modo a que estes possam funcionar como figuras de apoio e incentivo à pratica desportiva, sendo contraproducente a atitude de muitos técnicos em excluí-los de tudo quanto diga respeito ao treino e à competição”. (Machado, & Gomes, 2011, p. 25)

    Por isso a participação da família além de válida, é importante na prática esportiva, principalmente na iniciação, sendo papel do profissional de educação física reconhecer esse aspecto e conseguir conciliar os pais e familiares com a sua prática, o que segundo Weinberg, & Gould (2017), é um desafio para o profissional reconhecer e identificar esses aspectos de forma precisa, que levam a experiências positivas, resultando em motivação e encorajamento pela prática.

 

    Para essa relação pais/familiares, atletas e treinadores, ser bem-sucedida, há necessidade de uma estruturação adequada, pois cada indivíduo reage de maneira diferente de acordo com cada situação de influência exterior (Weinberg, & Gould, 2017), podendo um comportamento aparentemente benéfico em uma parcela de atletas e prejudicial para outros. Isso ocorre por conta que cada pessoa vivencia ou vivenciou contextos e experiências diferentes. Por conta disto, os professores e treinadores têm que estar por dentro desses detalhes psicológicos, não apenas nos aspectos técnico e tático.

 

    Os pais, familiares, professores e torcedores exercem uma grande carga de interferência nos jovens atletas, de diferentes formas (Fonseca, & Stella, 2015). Sabendo disso, o responsável pela prática, na maioria das vezes associamos aos técnicos, mas também isso é válido para os professores de educação física. Há a necessidade do conhecimento dos aspectos e habilidades psicológicas, para que o mesmo possa realizar uma intervenção adequada.

 

    De modo que consiga utilizar as relações pais/familiares e jovens, melhorando o envolvimento e nível de interesse do aluno na modalidade, consequentemente refletindo em seu desempenho e permanência na atividade. No entanto, “[...] não são todos os profissionais de educação física que estão atentos nos pontos de vista técnico, tático e psicológico”. (Machado, 2014, p. 17)

 

Os dois lados da moeda: o positivo e o negativo em questão da influência parental 

 

    Como cada indivíduo reage de maneira diferente a cada situação de influência externa (Weinberg, & Gould, 2017), não há uma fórmula exata de como os pais e familiares devem se comportar durante a prática esportiva dos jovens. Para poder lidar com as situações resultantes da participação dos pais, existem algumas características que podem potencializar os fatores positivos da sua presença nas atividades ou inibir os aspectos negativos.

 

    Portanto, algumas atitudes dos adultos, como xingamentos, falta de respeito com seus pares, provocações entre jogadores, torcida, arbitragem e treinadores quando observadas por seus filhos(as), podem ser consideradas como atitudes de referência, como exemplo, isso ocasiona repetição dos atos quando os mesmos passarem por situações semelhantes no ambiente esportivo.

 

    Isso é explicado por conta de a família representar o primeiro contexto social, tornando-se o ponto de referência, tanto na vida quanto no esporte, influenciando no comportamento do contexto escolar, social e esportivo do indivíduo. (Verardi, & De Marco, 2007)

 

    Estes detalhes são perceptíveis ao acompanharmos partidas de futebol dentro de um estádio de futebol no brasil. Nesse contexto, o xingamento oriundo da torcida, se tornam frequentes e naturais, sendo multiplicados com a participação dos jovens ali presentes, que repetem os acontecimentos, podendo se tornar frequente no dia a dia e na prática esportiva.

 

    Essa situação se torna mais preocupante, ao consideramos que as torcidas presente nos jogos e eventos esportivos de jovens e crianças, são formadas por muitos pais e familiares (Machado, & Gomes, 2017), que passam a ser reproduzido não apenas em eventos de alto rendimento e profissionais, e sim em competições em categoria de base, iniciação esportiva e esporte escolar.

 

    Para que todos esses aspectos não afetem de forma negativa a prática do jovem atleta, causando além da desmotivação, outros aspectos emocionais, como o medo e vergonha, que podem levar até uma situação de burnout, e consequente abandono (Weinberg, & Gould, 2017). Os professores e treinadores devem utilizar de mecanismos e estratégias que possam informar os pais sobre a importância da sua influência na vida tanto esportiva quanto social de seus filhos.

 

    Machado, & Gomes (2011) em sua obra trazem algumas recomendações para informar os pais e familiares sobre os papéis e deveres antes, durante e após as atividades esportivas. Como primeiro passo, será realizar reuniões periódicas com os familiares, explicando como deve ser o comportamento durante as atividades. Nessas reuniões serão expostos e discutidos temas de como evitar cobranças excessivas, xingamentos a arbitragem e membros de outras equipes, e também reforçando o seu papel como líder perante os seus filhos, dentre outros diversos fatores que irão influenciar durante as atividades, dependendo das especificidades de cada modalidade.

 

    É fundamental que os pais estejam cientes das consequências que suas atitudes podem levar ao atleta durante a prática esportiva e seus estados emocionais. Quando está ligado a dependência de recompensas exteriores, resultantes de desempenhos expressivos, sucesso instantâneo e muito dinheiro, poderá causar um desconforto durante a prática. Todos esses pontos geram uma pressão desnecessária entre os pais e seus filhos para resultados em um curto espaço de tempo.

 

    A comunicação é um dos principais meios de interação entre indivíduos, ocorrendo tanto de maneira verbal quanto não verbal (Weinberg, & Gould, 2017). Se essa comunicação ocorrer de maneira efetiva, pode potencializar o envolvimento entre pais e filhos. É comum, quando os filhos retornam das aulas ou atividades esportivas, os pais perguntam de forma objetiva e direta, como foi o desempenho e não se houve um grau de divertimento e envolvimento na atividade, ainda mais que esse fator é principal para o ponto de motivação e permanência na atividade. (Machado, & Gomes, 2011)

 

    Se os profissionais e adultos presentes nesse contexto, não estiverem preparados para lidar com essas situações, os efeitos psicológicos influentes no jovem podem ser agravados, como um erro de execução, uma meta não conquistada. Gerando uma reação negativa com a modalidade esportiva, levando até a desmotivação e desistência pela prática.

 

    Se os aspectos externos forem identificados de maneira correta, através dos profissionais da área, ocorrerá uma intervenção adequada, aumentando as possibilidades de experiências do jovem em diversas situações. Proporcionando experiências e ensinamentos para um possível sucesso no enfrentamento das adversidades desse espaço, como o fracasso, a vitória, ambientes hostis e favoráveis, clima, dentre outros. (Nerland, & Saether, 2016)

 

    Tal fato eleva a chance do jovem atleta em reverter os aspectos que interferem de maneira negativa em seus estados emocionais, consequentemente melhorando o seu estado de desenvolvimento e divertimento na atividade, enriquecendo a sua prática.

 

    É fundamental que os pais e familiares participem do dia a dia esportivo dos seus filhos, por conta que são cruciais para a participação e permanência na modalidade. Pois possibilitam novas experiências, estas mesmo que interferiram negativamente (Fonseca, & Stella, 2015; Machado, & Gomes, 2011; Weinberg, & Gould, 2017). Quando essas experiências são lidadas de maneira correta, tornam-se um fator que fortalece a participação, envolvimento e desenvolvimento do indivíduo na prática esportiva, pois através delas, será possível de sobressair sobre novas situações.

 

    Para despertar a motivação pela prática em alguma modalidade, é necessário que o aluno consiga se divertir e sinta-se feliz durante a atividade. Os pais possuem grande peso para que isso ocorra, principalmente ao participar diretamente, por meio de diálogos que desenvolvam esses pontos fundamentais, e não apenas procurando saber, por exemplo, quantos gols o filho fez no futebol.

 

    O ideal é que nesses momentos de diálogo, o foco faça-se em saber o nível de divertimento de seus filhos, como foi o envolvimento durante a aula, quais amigos participaram. Desta forma oportuniza que o jovem conte como foi a sua percepção na atividade, auxiliando na motivação a cada aula, por conta de suas referências demonstrarem interesse sobre o que se está fazendo.

 

    Além da participação direta no diálogo, é necessário que os pais possam proporcionar maior número de experiências aos seus filhos, constituídas de diversas modalidades e atividades esportivas, enriquecendo os jovens com habilidades motoras diversas, além do conhecimento da lógica interna dos jogos (Gonzalez, 2004) e desenvolvimento das habilidades psicológicas e seus estados emocionais.

 

    Os pais são responsáveis diretos pela iniciação da vida esportiva dos seus filhos, pois os influenciam de diversas maneiras durante a prática, tanto de forma positiva quanto negativa, sendo responsabilidade do profissional da área, identificar e intervir de maneira adequada, possibilitando aos alunos uma experiência agradável, consciente de que os indivíduos irão reagir de maneira diferente de acordo com cada situação de interferência externa. (Machado, & Gomes, 2011; Weinberg, & Gould, 2017)

 

    Foi possível observarmos a evolução que a psicologia do esporte obteve com o passar dos anos, tanto no que diz respeito aos estudos, quanto nas intervenções e aplicações da mesma. Com isso, torna-se perceptível a sua interação na prática de atividade física, assim como nas modalidades esportivas, confirmando a sua importância. Contudo, para que a psicologia do esporte tenha influências positivas e ocorra de maneira adequada, são necessários novos olhares, valorizando-a tanto quanto os aspectos técnicos, táticos e físicos, por exemplo.

 

    Além disso, fica evidente como os pais e familiares influenciam na maior parte do tempo e em fatores distintos, tanto de maneira direta quanto indireta. Essas relações são fundamentais para a iniciação, manutenção e permanência do jovem na modalidade esportiva. Quando realizada de forma correta (tornando essa relação entre pais e filhos, positiva) gera uma melhora no bem-estar do jovem, acarretando em consequências benéficas para a vida de um jovem atleta e também no aspecto pessoal e social.

 

Discussão 

 

Uma análise do teórico ao prático 

 

    A importância de compreender a relação de fatores externos em modalidades esportivas está ganhando cada vez mais importância no contexto científico, principalmente com pesquisas relacionadas aos estados emocionais em atletas de alto rendimento, mas ainda não há a mesma importância em relação a intervenções práticas que buscam a melhora da qualidade de vida e o desenvolvimento do jovem naquela modalidade.

 

    Isso ocorre pelo fato de que mesmo a Psicologia do Esporte ganhando espaço na nos esportes de alto rendimento, ainda existe um preconceito e o senso comum, até mesmo por muito profissionais da área de Educação Física (Machado, 2014), em que a psicologia do esporte serve apenas para apagar “incêndios” quando o rendimento não é o esperado e em palestras motivacionais em partidas e competições importantes.

 

    No entanto, observamos ao longo do trabalho que os aspectos emocionais e psicológicos vão além das barreiras e da prática de clubes e atletas de alto rendimento, refletindo em seu dia-a-dia, tanto no ambiente escolar quanto na vida em sociedade. Isso porque os fatores externos estão em contato o tempo todo com a pessoa, influentes em suas tomadas de decisões diárias, direta ou indiretamente, interferindo em questões que podem se relacionar com a sua formação de identidade e em estados de personalidade.

 

    Os pais e familiares estão lado a lado durante o processo de formação, iniciação e permanência esportiva, indo além das quadras, piscinas e campos, relacionando durante o cotidiano daquele jovem e futuro atleta, reforçado pelo fato de que sua participação se faz mais presente antes dos 16 anos de idade (Reis, Ferreira, & Morais, 2016). E ao mesmo tempo em que são fundamentais para o início de uma carreira de sucesso, os pais acabam também por interferir negativamente nos comportamentos daquele indivíduo. E com essa situação de relações positivas e negativas dos pais, como lidar para que os efeitos nocivos não comprometam a formação deste atleta?

 

    Para responder esse questionamento é necessário realizar alguns apontamentos, o primeiro é que a participação dos pais na prática esportiva é necessária para o desenvolvimento da criança e que e a exclusão dos pais pode se tornar prejudicial e para isso é importante que tenha uma comunicação ativa (Weinberg, & Gould, 2017) entre os técnicos e professores com os responsáveis pelos seus alunos e atletas. Apresentando aos mesmos, os objetivos e expectativas com aquela prática, determinando as possíveis ações, comportamentos e compromissos que cada um deve ter durante as atividades esportivas, respeitando os aspectos psicológicos, emocionais, técnicos, táticos e de relacionamento daquela equipe. (Machado, & Gomes, 2011)

 

    Comportamento relacionado a retornos positivos como elogios nos momentos de sucesso e compreensão durante as frustrações são bem aceitos e relevantes à aprendizagem dos valores adventos do esporte, elevando os sentimentos de prazer, satisfação e gosto pela prática (Danioni, Barni, & Rosnatti, 2017), sendo totalmente contrario a xingamentos, cobranças e níveis elevados de agressividade por parte dos mesmos, trazendo efeitos negativos a prática daquele esporte.

 

    Essa reunião ou conversa entre os pais e técnicos devem ocorrer no início da temporada de treinos e aulas, pois assim ambos ficam cientes do que irá e deve ou não acontecer ao longo desse processo. Caso apareça alguma mudança ou correção ao longo do tempo, é necessário repetir o encontro com os pais para que assim, novamente sejam passadas as recomendações aos mesmos, desta forma, evitando situações constrangedoras que prejudiquemos envolvidos, principalmente os alunos e atletas.

 

    Essa possibilidade de intervenção se da ao fato da necessidade que muitos pais e familiares depositam seus sonhos e expectativas na evolução em curto prazo do rendimento esportivo de seus filhos, transformando o resultado na única coisa que importa naquela situação (Fabris 2017; Pertile, Delevatti, & Dellevatti, 2017). Quando o objetivo esperado não ocorre, a culpa acaba sendo direcionada aos treinadores e também nas próprias crianças, criando uma rede de cobranças excessivas entre pais, treinadores e alunos, que ocasionam a um abandono daquela modalidade e até mesmo da prática de atividades esportivas.

 

    Para que essa interrupção na prática de esportes não ocorra, reforço a necessidade do conhecimento dos aspectos psicológicos e emocionais, além do tático e técnico, pois são esse que irão gerar motivação e satisfação para aquele jovem que se inicia no esporte. Com isso, estabelecendo metas e objetivos, tanto a curto quanto em longo prazo que harmonizam com a realidade daquele grupo tanto de jovens quanto de pais, não os frustrando de resultados inconsistentes e que vão além daquela prática (Weinberg, & Gould, 2017)

 

    Concluo que para se pensar na aplicação prática de todos os aspectos psicológicos e emocionais, é necessário que os treinadores e técnicos tenham o conhecimento básico sobre o assunto, principalmente os relacionados com a influência que os pais e familiares exercem sobre os indivíduos, podendo observar e identificar os seus efeitos no comportamento dos jovens atletas durante a prática daquela modalidade esportiva (Souza, & Barreto, 2017), buscando minimizar ao máximo os efeitos negativos que essa relação poderá causar.

 

Conclusões 

 

    Como os pais e familiares são considerados o primeiro contato social da vida do indivíduo, sendo um dos principais fatores de influência nos primeiros anos, acarreta em interferências diretas nas decisões e comportamentos durante a prática de atividades físicas, consequentemente, modalidades esportivas. Podendo ser a principal referência para a permanência no esporte, mas que ao mesmo tempo, se agir de forma negativa acaba afastando aquele jovem da prática.

 

    Por conta disto, é recomendado que a prática de atividades física e de esportes ocorra de forma regular, já que segundo Danioni, Barni, & Rosnati (2017) o perfil dos pais podem estar associados a níveis de satisfação e prazer no esporte, assim como nas necessidades psicológicas e emocionais daquela criança. Sendo um exemplo do quanto à influência pode ocorrer indiretamente através da observação e sentimentos.

 

    Outra forma dessa influência ocorrer será quando os pais optam por escolher a modalidade de iniciação esportiva, passando a influenciar de maneira direta. Através de diálogos positivos, buscando compreender como a participação nas aulas, os níveis de divertimento, as relações entre novas amizades, acabam por potencializar a relação entre os pais e as crianças, pois há uma clara demonstração de interesse. Isso irá visar tanto o bem-estar, quanto o encorajando a continuar naquela atividade.

 

    Considerando a importância para a participação dos pais e familiares e como a sua influência se faz presente no desenvolvimento do bem-estar tanto esportivo quanto social. Torna-se necessário que os profissionais da área conheçam esses fatores que interferem no comportamento e envolvimento do aluno nas atividades. Reforçando que um dos principais fatores de motivação para prática e manutenção no esporte são os níveis de divertimento e satisfação.

 

    Portanto, posso concluir que os pais e familiares possuem grande influência na prática esportiva, relacionando diretamente na formação do jovem, sendo essencial para a iniciação, permanência e envolvimento no esporte. Essa relação também pode levar a efeitos não desejáveis, refletindo em dificuldades no comprometimento durante as atividades, esportivas ou não. Devido a isso, é crucial o entendimento dos profissionais sobre os aspectos que influenciam o jovem, isso porque uma intervenção adequada se torna fundamental no desenvolvimento psicológico, emocional, social e esportivo.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)