Autopercepção da saúde e nível de atividade física de praticantes de exercícios físicos

Self-Perception of Health and Physical Activity Level of Physical Exercise Practitioners

Autopercepción de la salud y nivel de actividad física de practicantes de ejercicios físicos

 

Mara Jordana Magalhães Costa*

marajordanamcosta@gmail.com

Alessandro Ribeiro de Sousa Junior**

alessandrojunior@live.com

Victor Geovani Soares de Sousa***

geovgss@gmail.com

Carla Santana Silva dos Santos****

kakast01@hotmail.com

 

*Professora Adjunta. Centro de Ciências da Saúde (CCS)

Departamento de Educação Física. Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Campus Ministro Petrônio Portella

**Profissional de Educação Física. Graduado em Educação Física

Universidade Federal do Piauí (UFPI)

***Profissional de Educação Física. Mestrando em Educação Física

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

****Profissional de Educação Física. Especialista em Atividade Física e Saúde

Universidade Federal do Piauí (UFPI)

(Brasil)

 

Recepção: 21/02/2019 - Aceitação: 31/12/2019

1ª Revisão: 25/07/2019 - 2ª Revisão: 28/12/2019

 

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

 

Resumo

    A prática de Atividade Física (AF) pode ser realizada em diversos locais como academias ao ar livre, praças e parques. O aumento no número de locais públicos para a prática de AF repercute na regularidade de tais atividades, que influencia diretamente a autopercepção da saúde e o nível de atividade física dos praticantes. O presente estudo teve como objetivo analisar a autopercepção da saúde e o Nível de Atividade Física (NAF) de indivíduos adultos que realizam Atividades Físicas ao Ar Livre (AFAL) na zona leste de Teresina-PI. A amostra foi composta por 101 indivíduos, praticantes de AFAL em 3 locais da zona leste de Teresina-PI. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário adaptado visando caracterizar os participantes e obter informações sobre a autopercepção da saúde. Utilizou-se também o IPAQ (International Physical Activity Questionnaire) para avaliar o NAF. Na análise de dados foi realizada uma estatística descritiva utilizando o programa estatístico STATA 12.0. Sobre autopercepção de saúde, pode-se observar que 57,42% dos praticantes de AFAL estão satisfeitos ou muito satisfeito com sua saúde. Com relação ao NAF, 49,5% foram classificados como indivíduos fisicamente ativos e muito ativo. Diante do exposto, pode-se concluir que, apesar de a maioria dos praticantes de AFAL estarem satisfeito ou muito satisfeito com a saúde, poucos foram classificados como muito ativo. Como também, pode observar que mesmo a população investigada com acesso a espaços públicos adequados para a prática de exercício físico, menos da metade ainda está classificada em ativa ou muito ativa.

    Unitermos: Atividade física. Saúde. Espaço público.

 

Abstract

    The practice of physical activity (PA) can be performed in various places such as outdoor gyms, squares and parks. The increase in the number of public places for the practice of PA has repercussions on the regularity of such activities, which directly influence the self-perception of health and the level of physical activity of the practitioners. The present study aimed to analyze the self-perception of health and the level of physical activity (LPA) of adults who perform physical activities outdoors (PAO) in the eastern area of Teresina-PI. The sample consisted of 101 AFAL practitioners at three sites in the eastern zone of Teresina-PI. For the data collection, a questionnaire adapted was used, aiming to collect information to characterize the sample and self-perception of health. IPAQ (International Physical Activity Questionnaire) was also used to evaluate LPA. In the data analysis a descriptive statistic was performed, followed by the chi-square test to verify associations between the qualitative variables. The statistical program used was STATA 12.0 and the level of significance was 5%. On self-perception of health, it can be observed that 41.58% of PAO practitioners are satisfied with their health. Regarding LPA, 49.5% were classified as physically active individuals. Given the above, it can be concluded that, although most PAO practitioners are satisfied or very satisfied with their health, few were classified as very active. Also, it can be observed that even the population investigated try to access adequate public spaces for physical exercise, less than half are still classified as active or very active.

    Keywords: Physical activity. Health. Public place.

 

Resumen

    La práctica de la Actividad Física (AF) se puede realizar en varios lugares, como gimnasios al aire libre, plazas y parques. El aumento en el número de lugares públicos para la práctica de AF tiene un impacto en la regularidad de tales actividades, lo que influye directamente en la autopercepción de la salud y el nivel de actividad física de los practicantes. El presente estudio tuvo como objetivo analizar la autopercepción de la salud y el nivel de actividad física (NAF) de individuos adultos que realizan actividades físicas al aire libre (AFAL) en la zona oriental de Teresina-PI. La muestra consistió en 101 individuos, que practican AFAL en 3 ubicaciones en el lado este de Teresina-PI. Para la recopilación de datos, se utilizó un cuestionario adaptado para caracterizar a los participantes y obtener información sobre la salud autopercibida. El IPAQ (International Physical Activity Questionnaire) también se utilizó para evaluar el NAF. En el análisis de datos, se realizó una estadística descriptiva utilizando el programa estadístico STATA 12.0. Con respecto a la salud autopercibida, se puede observar que el 57.42% de los practicantes de AFAL están satisfechos o muy satisfechos con su salud. Con respecto a NAF, 49.5% fueron clasificados como individuos físicamente activos y muy activos. Dado lo anterior, se puede concluir que, aunque la mayoría de los practicantes de AFAL están satisfechos o muy satisfechos con su salud, pocos fueron clasificados como muy activos. Además, se puede observar que incluso la población investigada con acceso a espacios públicos adecuados para el ejercicio físico, menos de la mitad todavía se clasifican como activos o muy activos.

    Palabras clave: Actividad física. Salud. Espacio público.


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 24, Núm. 261, Feb. (2020)


 

Introdução

 

    Devido à globalização, processos de transformações sociais e avanços tecnológicos, hoje o ser humano possui grandes jornadas de trabalho e vários outros comportamentos que são prejudiciais à saúde, tais como más escolhas alimentares, poucas horas de sono e grandes jornadas de trabalho, que levam os indivíduos a adotarem hábitos sedentários (Duarte; Barreto, 2012). Uma ação que interfere positivamente no sedentarismo, na saúde e qualidade de vida é a prática regular de atividade física (AF), pois destaca-se nas melhorias fisiológicas, psicológicas, sociais e prevenção de doenças. (Meneguci et al., 2015)

 

    A prática de AF pode ser realizada em diversos locais como clubes de ginásticas, quadras poliesportivas, academias ao ar livre, praças e parques (Ribeiro et al., 2012). Nota-se uma crescente construção de parques, avenidas e praças públicas nas grandes cidades apropriados para que a população realize AF. Uma vez que esses são locais de fácil acesso e podem contribuir para a melhoria da saúde dos usuários e, até mesmo, ajudar nos gastos públicos com saúde. (Souza et al., 2017)

 

    O aumento no número de locais públicos para a prática de AF repercute na regularidade de execução dos praticantes, contribuindo para que esses sejam fisicamente ativos. A autopercepção da saúde e nível de atividade física (NAF) são algumas das variáveis que se modificam com a prática regular de AF. A percepção da saúde está diretamente associada a autonomia funcional e influencia diretamente no NAF (Vagetti et al., 2013; Benedetti; Mazo; Borges et al., 2012). De acordo com Mielke et al. (2015), quase metade dos adultos brasileiros não realizam se quer 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa durante a semana, índice considerado mínimo para um estilo de vida fisicamente ativo.

 

    Na cidade de Teresina-PI uma parcela da população utiliza espaços públicos para a prática AF. Esses locais são de suma importância para a manutenção da saúde da sociedade, pois estimulam o desenvolvimento de hábitos saudáveis, praticando atividades como corrida, caminhada, utilização das academias ao ar livre e ciclismo (Pierone et al., 2016). A partir disso, destaca-se a importância de se oferecer locais bem estruturados e de fácil acesso, visando promover um estilo de vida mais saudável e incentivar a prática de AF. (Polisseni; Ribeiro, 2014)

 

    Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar a autopercepção da saúde e o nível de atividade física (NAF) de indivíduos adultos que realizam atividades físicas ao ar livre (AFAL) na zona leste de Teresina-PI.

 

Métodos

 

    O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra da pesquisa foi composta por 101 indivíduos de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, selecionados de forma aleatória em três locais onde realizavam a prática de AFAL na zona leste de Teresina-PI.

 

    Os pesquisadores dirigiram-se para os locais da coleta de dados, escolhidos por conveniência, três vezes por semana de forma não consecutiva durante duas semanas. Os horários entre 18 e 20 horas foram escolhidos por ter um maior fluxo de pessoas nos locais escolhidos. Os voluntários eram abordados para participar da pesquisa, onde era realizado as explicações acerca da proposta de estudo, os que aceitavam eram convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e também responder o questionário utilizado para coleta das variáveis estudadas.

 

    Como critérios de inclusão para participar do estudo em questão foi adotado que os indivíduos teriam que praticar atividade física por no mínimo um mês. Como critério de exclusão adotou-se ter idade inferior a 18 anos e deixar o questionário incompleto. Cabe destacar que a presente pesquisa seguiu as normas do Conselho Nacional de Saúde CNS/96.

 

    O instrumento de coleta de dados utilizado para caracterizar a amostra e verificar a autopercepção da saúde dos indivíduos foi um questionário adaptado do estudo de Fermino, Reis e Cassou (2012), que contêm uma parte de caracterização: nome/nome fictício/termo de identificação do(a) participante, sexo, idade, estado civil, peso e estatura auto referido, escolaridade, renda mensal, zona em que reside; e a outra parte de informações específicas referentes ao objetivo do estudo: tempo e dias da semana que frequenta o devido local de prática, tempo que permanece no local, o que motiva o indivíduo a praticar AFAL e autopercepção de saúde. Também foi utilizado IPAQ (International Physical Activity Questionnaire) versão curta com adaptações para o Brasil para verificar o nível de atividade física dos praticantes (Matsudo et al., 2001). Os questionários foram entregues para os indivíduos, antes ou após a realização de suas atividades nos locais onde eles realizavam as mesmas, sendo assim respondido e, posteriormente, entregue ao pesquisador.

 

    Para a análise dos dados, inicialmente os mesmos foram tabulados em planilhas do programa Excel for Windows. Em seguida foi feita uma estatística descritiva, com valores absolutos e percentuais. A análise foi realizada no programa estatístico STATA 12.0 e o nível de significância adotado foi 5%.

 

Resultados

 

    A amostra do presente estudo foi composta de 101 indivíduos adultos que realizavam AFAL em três locais da zona leste de Teresina PI, sendo 55,45% do sexo feminino; 66,34% com idade entre 18 a 39 anos; com relação ao nível de escolaridade, 54,46% tinham ensino superior incompleto; com relação ao estado civil, 53,47% indivíduos eram solteiros; e 53,47% dos indivíduos apresentaram a renda mensal de 3 a 5 salários mínimos (Tabela 1). Os participantes da pesquisa têm média de peso de 72,63 kg, (± 15,03), estatura média de 164,73 centímetros (± 31,58), todas as medidas sendo auto referida.

 

Tabela 1. Caracterização dos praticantes de AFAL quanto ao sexo,
nível de escolaridade, faixa etária, estado civil e renda (n=101)

Variáveis

 

 

Sexo

N

%

Masculino

45

44,55

Feminino

56

55,45

Nível de escolaridade

N

%

Ensino fundamental incompleto

2

1,98

Ensino fundamental completo

4

3,96

Ensino médio incompleto

18

17,82

Ensino médio completo

7

6,93

Ensino superior incompleto

55

54,46

Ensino superior completo

15

14,85

Faixa etária

N

%

18-39

67

66,34

40-59

25

24,75

60 anos ou mais

9

8,91

Estado civil

N

%

Solteiro

54

53,47

Casado

32

31,68

Vivendo com parceiro

8

7,92

Separado

5

4,95

Viúvo

2

1,98

Renda

n

%

Até 1 salário mínimo

23

22,77

De 1 a 3 salários mínimos

24

23,76

De 3 a 5 salários mínimos

54

53,47

Fonte: Elaboração própria

 

    A Tabela 2 mostra que 45,54% dos praticantes residem na zona leste, 50,5% relataram que frequentam o espaço público de 1 a 6 meses, 85,15% dos praticantes de AFAL responderam que permanecem mais de 30 minutos nos locais de prática e 44,55% disseram que frequentam os locais de prática em dias de semana.

 

Tabela 2. Percentual dos indivíduos quanto à zona onde reside, o tempo em que se frequenta
o local, o tempo de permanência e dos dias em que frequentam o local. (n=101)

Variáveis

 

 

Local de origen

n

%

Centro

1

0,99

Zona Sul

29

28,71

Zona Norte

18

17,82

Zona Leste

46

45,54

Zona Sudeste

7

6.93

Tempo que frequenta o local

n

%

De 1 a 6 meses

51

50,50

De 6 a 12 meses

23

22,77

Mais de 12 meses

57

26,73

Tempo de permanência

n

%

Menos de 30 minutos/dia

15

14,85

Mais de 30 minutos/dia

86

85,15

Dias que frequenta o local

n

%

Dias de semana

45

44,55

Finais de semana

33

32,67

Ambos

23

22,77

Motivo para realizar atividade física

n

%

Indicação médica

15

14,85

Vontade própria

71

70,30

Convite de amigos/parentes

14

13,86

Incentivo da mídia

1

0,99

Fonte: Elaboração própria

 

    O Gráfico 1 mostra os percentuais de autopercepção de saúde e observou-se que 41,58% estão satisfeitos com sua saúde e 15,84% estão muito satisfeitos com a própria saúde.

 

Gráfico 1. Percentual relacionado a autopercepção de saúde dos praticantes de AFAL

Fonte: Elaboração própria

 

    O Gráfico 2 descreve os valores percentuais relacionado ao nível de AF dos praticantes de AFAL, no qual 34,65% são indivíduos fisicamente ativos, 34,65% são irregularmente ativo B e 14,85% muito ativo.

 

Gráfico 2. Percentuais de classificação dos indivíduos praticantes de AFAL segundo os níveis de atividade física

Fonte: Elaboração própria

 

Discussão

 

    É de fundamental importância identificar e entender sobre as variáveis relacionadas a saúde em indivíduos que praticam AFAL para que se possa ter noção da contribuição dos locais públicos ao ar livre na saúde e nível de atividade física da população. Dados dessa natureza podem contribuir para políticas públicas e ações voltadas para a promoção da saúde.

 

    Sobre a autopercepção de saúde, constatou-se que a maioria dos participantes estavam satisfeito com a própria saúde. Esses achados corroboram os achados de Fermino, Reis e Cassou (2012), que avaliou adultos praticantes de atividade ao ar livre da cidade de Curitiba-PR, encontraram que mais de 50% dos investigados perceberam a saúde como muito boa/excelente. Embora seja com participantes diferente do presente estudo de Benedetti, Mazo e Borges (2012) apontaram uma associação significativa entre praticar atividade física e percepção de saúde, onde mais de 83,8% dos idosos perceberam sua saúde como boa. Um estudo populacional sobre adultos realizado na Coreia do Sul (Han et al., 2009), apontou que existe na população uma relação direta e independente entre a pratica regular de atividade física e a percepção da saúde.

 

    A percepção de saúde é influenciada por vários domínios da vida do ser humano, podendo assim ser afetado direta ou indiretamente por alterações em algumas delas. Vagetti et al. (2013) concluiu em seu estudo que os domínios físico, psicológico e meio ambiente foram os que tiveram uma maior associação com a percepção de saúde. Além disso, o fato de ser fisicamente ativo, praticar atividade física em um ambiente ao ar livre e por vontade própria, são importantes preditores para uma boa percepção de saúde. (Vagetti et al., 2013)

 

    Sobre a variável nível de atividade física, os indivíduos foram classificados de forma positiva, mesmo havendo semelhanças nos percentuais de indivíduos ativos e irregularmente ativos B, 34,65 % para ambos. Os indivíduos classificados como irregularmente ativos “B” foram aqueles que não atingiram nenhum dos critérios da recomendação quanto à frequência nem quanto à duração das categorias propostas pelo IPAQ. Resultado divergente ocorreu no estudo de Iepsen e Silva (2015), pois a maioria dos pesquisados que realizavam AFAL (77,7%) foram classificados como indivíduos suficientemente ativos. Assim, parece que praticar AFAL é suficiente para melhorar o nível de atividade física dos praticantes. (Trindade, 2015)

 

    No presente estudo a grande maioria dos indivíduos reside na zona leste em virtude de a realização da pesquisa ter sido realizado nessa região da cidade. Porém o que se pode notar de diferente é que 28,71 % dos indivíduos residem na zona sul e realizam AFAL na zona leste. Uma das possíveis explicações para esse fato é que os locais para a prática de AFAL na zona leste de Teresina sejam mais frequentados e tem uma melhor estrutura que favorece a realização de tais atividades.

 

    Quando perguntados sobre o motivo pelo qual os pesquisados realizavam atividade física, a maioria respondeu por vontade própria. No estudo de Pierone et al. (2016), que investigou a qualidade de vida de jovens, adultos e idosos usuários de parques públicos, a maioria dos pesquisados relatou que o principal motivo para frequentar o local é sentir prazer em ir ao parque. Já Mathias et al. (2019), identificaram que as principais motivações citadas por adultos jovens para a prática de atividade física nas academias ao ar livre foi o prazer e saúde. Dessa forma, pode-se observar que a prática de AFAL tem uma estreita relação com a decisão pessoal e com a preocupação com a saúde.

 

Conclusão

 

    Diante do exposto, pode-se concluir que, apesar de a maioria dos praticantes de AFAL está satisfeita ou muito satisfeita com a saúde; poucos foram classificados como muito ativos. Como também, pode observar que mesmo a população investigada tento acesso a espaços públicos adequados para a prática de exercício físico, menos da metade ainda está classificada em ativa ou muito ativa.

 

    Os achados do presente estudo devem ser analisados com cautela, haja vista as limitações do estudo. Um dos fatores a ser ressaltado é a ausência de perguntas sobre hábitos alimentares, que poderia trazer mais informações sobre a saúde dos indivíduos. Além disso, o fato de algumas informações serem autor relatadas, fica suscetível a erros de interpretações e inibição.

 

    É preponderante a realização de novos estudos que avaliem o perfil dos praticantes de atividades físicas ao ar livre em outras regiões da cidade de Teresina, para que assim seja possível fazer um levantamento não apenas de uma zona, mas sim da cidade. Dessa forma, tendo conhecimento do perfil dos indivíduos, do nível de atividade física e da percepção de saúde é possível propor medidas para tornar a prática de atividade física mais acessível a outras localidades como, por exemplo, construção de locais adequados em diferentes zonas. Consequentemente, mais pessoas praticando atividade, terá grande repercussão na saúde e qualidade de vida da população.

 

Referências

 

Benedetti, T. R. B., Mazo, G. Z., Borges, L. J. (2012). Condições de saúde e nível de atividade física em idosos participantes e não participantes de grupos de convivência de Florianópolis. Ciências & Saúde, 17(8), 2087-2093.

 

Duarte, E. C., Barreto, S. M. (2012). Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 21(4), 529-532.

 

Fermino, R. C., Reis, R. S., Cassou, A. C. (2012). Fatores individuais e ambientais associados ao uso de parques e praças por adultos de Curitiba-PR, Brasil. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 14(4), 377-389.

 

Han, M. A., Kim, K. S., Park, J., Kang, M. G., Ryu, S. Y. (2009). Association between levels of physical activity and poor self-rated health in Korean adults: The Third Korea National Health and Nutrition Examination Survey (KNANES). Public Health, 123(10), 665-69.

 

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012). Estimativas populacionais para os municípios brasileiros. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2012/default.shtml

 

Iepsen, A., Silva, M. (2015). Perfil dos frequentadores das academias ao ar livre da cidade de Pelotas-RS. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 20(4), 413.

 

Mathias, N. G. (2015). Análise do perfil e da motivação de adultos praticantes de atividade física em uma academia ao ar livre de Paranaguá-PR. Monografia (Bacharel em Fisioterapia) – Universidade Federal do Paraná, Matinhos.

 

Mathias, N. G., Melo Filho, J., Szkudlarek, A. C., Gallo, L. H., Femino, R. C., Gomes, A. R. S. (2019). Motivos para a prática de atividades físicas em uma academia ao ar livre de Paranaguá-PR. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 41(2): 222-228.

 

Matsudo, S., Araújo, T., Matsudo, V., Andrade, D., Andrade, E., Oliveira, L. C., Braggion, G. (2001). Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 6(2), 5-18.

 

Meneguci, J., Santos, D. A. T., Silva, R. B., Santos, R. G., Sasaki, J. E., Tribess, S. et al. (2015). Comportamento sedentário: conceito, implicações fisiológicas e os procedimentos de avaliação. Motricidade, v. 11, 160–174.

 

Mielke, G. I., Hallal, P. C., Rodrigues, G. B. A., Szwarcwald, C. L., Santos, F. V., Malta, D. C. (2015). Physical activity and television viewing among Brazilian adults: National Health Survey 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 277-286.

 

Pierone, J. M., Vizzotto, M. M., Heleno, M. G. V., Farhat, C. A. V., Serafim, A. P. (2016). Qualidade de vida de usuários de parques públicos. Boletim de Psicologia, 66(144), 99-112.

 

Polisseni, M. L. C., Ribeiro, L. C. (2014). Exercício físico como fator de proteção para a saúde em servidores públicos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 20(5), 340-344.

 

Ribeiro, J. A. B., Cavalli, A. S., Cavalli, M. O., Pogorzelsk, L. V., Prestes, M. R., Ricardo, L. I. C. (2012). Adesão de idosos a programas de atividade física: motivação e significância. Revista Brasileira Ciências e Esporte, 34(4), 970-973.

 

Salin, M. S (2013). Espaços públicos para a prática de atividade física: O caso das academias da melhor idade de Joinville-SC. Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

 

Souza, R. G., Santos, C. G., Resende, A. F., Ferreira, J. T., Paz, A. de A. (2017). A influência da prática da atividade Física ao ar livre no desenvolvimento social de Capitais do nordeste. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT, 4(1), 77-94.

 

Trindade, C. S. (2015). Academia ao ar livre e a percepção de qualidade de vida de idosos. Dissertação de Mestrado (Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão), Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

 

Vagetti, G. C., Moreira, N. B., Barbosa Filho, V. C., Oliveira, V. de, Cancian, C. F., Mazzardo, O., Campos, W. de (2013). Domínios da qualidade de vida associados à percepção de saúde: um estudo com idosas de um programa de atividade física em bairro de baixa renda de Curitiba, Paraná, Brasil, Ciências & Saúde, 18(12), 3483-3493.


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 24, Núm. 261, Feb. (2020)